Mystic : O Segredo das Sombras escrita por Glaucia Torres, Tatiane Torres


Capítulo 6
Verdades falhas


Notas iniciais do capítulo

Helloooo baby's estou muito feliz por ter voltado e peço mil desculpas pela demora pois enfrentei alguns probleminhas, espero que entendam desculpa:)
Hoje nossa garota finalmente vai ter uma de suas perguntas respondidas, mas talvez suas verdades vividas sejam falhas. O que esperar de um chão prestes a desabar?
Boa Leitura com pãezinhos de queijo ;)



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Sentado confortavelmente na poltrona fofa no canto do quarto estava meu estranho, sério e imóvel, como se fizesse parte da pavorosa decoração. Bebo um pouco da água e pouso o copo calmamente sobre a cômoda, dou um passo corajoso a frente e o encaro, imediatamente sinto um calor tomar conta do meu corpo, droga... estou nervosa!

— Precisamos conversar. — diz em um tom baixo e gutural.

— Precisamos. — sinto-me ruborizar enquanto seus olhos percorrem minhas pernas nuas — Comece por me dizer quem é você, por que e como entrou aqui e também por que me persegue.

— Suas questões não são importantes, ao menos não por enquanto. Entrei aqui porque preciso saber onde está Guilhermina.

Uma lágrima ameaça rolar, mas me controlo  a tempo.

— De onde você a conhece? — tento soar fria, mas a dor na minha voz é perceptível.

— Somos velhos amigos. —  diz enigmático.

— A quanto tempo?

— Mais do que pode imaginar.

— Como assim?

— Digamos apenas que é muito tempo.

— De onde? — tento arrancar mais informações, mas ele não cede.

— Diga agora onde ela está! —  ele se levanta e da um passo em minha direção passando as mãos pelo cabelo — Ela desapareceu de repente sem deixar rastros, preciso  vê-la o mais rápido possível.

Sinto que minhas lágrimas teimam em querer voltar e dessa vez não sei se consigo me controlar. Sinto-me zonza e sento-me em minha cama, as primeiras lagrimas começam a rolar sobre minhas bochechas, instintivamente dou-lhe as costas tentando não mostrar minha fraqueza.

— Ela... ela morreu. — as palavras saem estranguladas.

— IMPOSSÍVEL! NÃO OUSE MENTIR PARA MIM! — ele se aproxima e me agarra pelos braços —  Me diga agora onde está Guilhermina!

— Morta. Ela está morta. —  grito em meio a soluços.

Ele continua repetindo que é impossível e me pressionando por uma resposta que não tenho, minha mente se turva e acabo entrando em um estado desconhecido de calma e alerta em meio a minha dor. Meu coração acelera, minha respiração pesa, um calor enlouquecedor começa a tomar conta de mim, minhas mãos formigam e as sinto quentes como brasa, isso arde mas não me importo, só me deixo levar. O copo da escrivaninha de repente começa a tremer e vejo com a visão periférica que bolhas se erguem pela água... sobre a água. Não sei se aquilo é uma alucinação, mas as grandes gotas começam a atacar meu estranho, uma após outra, elas se chocam violentamente contra suas costas e consigo ver o momento exato em que seus olhos se arregalam de susto ou pavor, mas é tarde demais para me importar, minha alma dói e não consigo evitar que aquilo continue.

— Amélia, pare... Amélia...— sua voz é tão distante — Por favor Amélia respire. — Por que ele está preocupado? Não consigo entender, mas sinto raiva, ela é aconchegante e me deixo levar.

Cristais de gelo começam a voar em nossa direção, meu quarto está um caos e minha mente não está muito diferente. Algumas pedras me atingem, mas não sinto dor. Estou anestesiada.

— Amélia, por favor... — Não sei se ele me abraçou, mas um calor confortável tomou conta de mim, trazendo-me conforto... puxando-me de volta. Fui ficando sonolenta, fraca e antes que pudesse fazer ou dizer qualquer coisa, caí adormecida em seus braços.

Não sei por quanto tempo dormi, mas acordo atordoada em minha cama. Olho ao redor tentando me situar e vejo que ainda é noite. Nossos olhos se encontram, imediatamente tento desviar, mas não sou capaz.

— O que aconteceu?— Sinto-me zonza e minha voz sai fraca e estranha.

— Tudo. — Ele encara a parede completamente atordoado.

— Explique-me, por favor. Lembro-me vagamente de coisas estranhas, gelo e água, por acaso eu bati com a cabeça ou algo assim e tive alucinações? — é desesperador se sentir tão desamparada perto de um estranho, o que me lembra... —  E quem é você?

— Meu nome é Alexander, sou um velho amigo de Guilhermina, já lhe disse. — aquela pontada de dor volta ao ouvir o nome dela, mas tento passar por cima.

— Você é meio novo para ser o velho amigo da minha avó. —  ergo uma sobrancelha de forma inquisitiva.

— Você ficaria surpresa. — encaro-o esperando por mais alguma pista, mas ele apenas ri sem vontade e prossegue sem mais informações — Amélia, preste atenção. Algumas coisas precisam ser esclarecidas e acredito que não será uma conversa muito fácil para você, mas tente se manter calma. Sim?

— Sim. — respondo sem pensar.

— Onde está sua avó? — uma centelha de esperança brilha em seus olhos verdes.

— Por favor, não recomece com isso. Já lhe disse e não quero me lembrar disso a cada segundo. É uma dor muito crua, muito recente, não me peça para repetir.

Ele me olha como se pela primeira vez realmente me enxergasse e de repente se levanta e começa a caminhar pelo quarto passando as mãos pelos cabelos em um gesto nervoso inconsciente.

— Não, não, não, não... Ela não pode ter feito isso... me escondido isso... te escondido — ele fala, mas sei que não é comigo — Ok! — ele para abruptamente e fala de forma paciente, como se tentasse acalmar uma criança — O que você sabe sobre Guilhermina?

— Que raio de pergunta idiota é essa? —  cuspo as palavras sem pensar.

— Apenas responda Amélia. —  seu tom autoritário me pega de surpresa, desarmando-me de imediato.

— Ela era minha avó! Vivemos juntas minha vida toda. Sei tudo sobre ela. —  Estou atordoada com essa situação, mal tenho tempo para organizar meus pensamentos e ele continua.

— Tudo bem, este é um bom começo. Agora me responda, sinceramente, o que sabe sobre você? — seu olhar me prende por algum tempo e antes que eu possa dizer qualquer coisa estúpida e grosseira, penso na estranheza de tudo isso.

— Até esta noite, tudo! — ele continua me encarando.

— E sobre o que acabou de acontecer? — instiga-me a continuar.

— Não tenho tanta certeza. — ele fecha os olhos e seu belo rosto se contrai como se uma dor incontrolável o tomasse. Quando volta a me encarar, seu tom é sério e contido.

— Amélia... Vou te contar uma história e preciso que deixe sua mente aberta.


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Notas finais do capítulo

Nossa o que foi isso leitores? tudo muito real para uma simples alucinação, o chão de Amélia esta prestes a desabar com ela em cima e que amigo é esse? Alexander?talvez apaixonante ou quem sabe mortal? Será qual essa tal história?
Aeee final do capitulo espero que tenham gostado e até o próximo Baby's
Comentários e sugestões são muito bem vindas;)



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