Festas, Drogas & Problemas escrita por Julya Com Z


Capítulo 8
Sete - Nimbus 2000 e tia Guida




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Olivia foi pegar uma bebida no bar quando percebeu que a atenção do Beck estava voltada somente à mim. Ela pensou que estava sobrando e resolveu sair. Convenhamos, não foi a melhor coisa que ela fez, quebrar a regra da vida que diz: não se larga um amigo sozinho com um desconhecido, a não ser que o amigo envie um sinal mais claro que água de que você pode sair!

— Pela sua cara, você já ouviu falar de mim. — Fiz que sim com a cabeça, um tanto apreensiva — Pode ficar tranquila; eu não mordo.

— Eu não confio em você.

— Considerando que eu estou aqui há menos de cinco minutos, seria errado se você confiasse.

Levantei uma sobrancelha para ele, com a cara mais irônica que eu fui capaz de fazer. O cara não parecia ser uma má pessoa, mas eu não podia simplesmente me tornar amiga dele, tendo a mais plena consciência de que Max queria vê-lo mortinho, podia?

Não, Naty. Não podia.

— Oi! — lá estava minha melhor amiga, com uma garrafa d'água na mão. — Eu sou a Olivia.

Ela estendeu a mão ao Beck, que a apertou, num gesto inesperadamente cordial. 

— Beck.

A cara dela se transformou em um ponto de interrogação gigante.  

— Desculpa a pergunta, mas que tipo de apelido é Beck?

Ele sorriu. Eu fiquei um tanto curiosa para saber qual era a origem daquele apelido, mas estava tentando manter a pose para afastá-lo. Estava difícil, mas eu não podia dar trela para ele.

— É muito simples. Meu nome é Bernardo e eu fumo muita maconha.

A expressão de Olívia de transformou em desgosto. Foi quase palpável. Eu poderia sentir o tapa que ela daria na cara dele se eles fossem amigos.

— Por que você não coloca isso no currículo? É super normal sair falando para desconhecidos que seu apelido é relacionado à maconha.

Beck riu em resposta, apontando o polegar em minha direção.

— Ah, Natalie é amiga do Max, então eu tenho certeza de que ela está familiarizada com a maconha.

— Ei!

— Me corrija se eu estiver errado.

Levantei às mãos, em sinal de rendição.

Caso eu não tenha te contado (eu sei que não contei; não queria levar bronca), eu fumo maconha. Max também. Na verdade, a maioria dos meus amigos, e a minha avó também! Eu não tive bons exemplos na vida, você deve saber disso. Não que isso justifique meus atos ilegais, mas eu tenho que arranjar uma desculpa, não é mesmo?

Não, eu sei.

Mas acalme-se, eu não sou uma viciada, não fumo todo dia. Posso parar quando quiser (eu sei que esse é o lema dos viciados, você não precisa comentar isso, mas eu juro que é verdade). Para ser totalmente sincera, eu não compro maconha; apenas fumo quando estou com meus amigos e algum deles oferece. Aí você deve estar pensando "a senhorita hipócrita não financia o tráfico; mas colabora com ele", não é? Pois é isso mesmo, você acertou. Eu sou uma baita hipócrita.

Mas você gosta de mim, não gosta?

Ah, antes de você sair crucificando todos os meus amigos, fique ciente de que a Olivia não é "maconheira". Ela adora um cigarro de menta, mas nada que ela não possa comprar na padaria da esquina. 

Nós sabemos que estamos praticamente fazendo churrasco com nossos pulmões, mas se nós não nos importamos, você pode ficar em paz.

— Então... Natalie... — Beck coçou a nuca, pensando no que diria — posso te fazer uma pergunta?

— Isso foi uma pergunta? — Ele fez uma careta e eu respondi com um sorriso — À vontade.

— O que o Max te contou sobre mim que a fez me odiar tanto?

— Mas eu não te odeio. Eu só... não vou com a sua cara.

— Será que eu posso ao menos te provar que sou um cara legal?

— Como?

— Te dando uma carona até em casa; já que você está visivelmente sem condições de voltar sozinha.

— Se você não tentar me matar, tudo bem.

Ele riu e prometeu se comportar. Olivia foi procurar o Leo e resolveu ligar para ele. Ele contou que havia saído duas horas atrás com um cara que ele nunca viu na vida e estava agora em outra festa, sem saber se voltaria naquele dia para casa, mas estava bem. Olivia e eu resolvemos aceitar a carona do Beck; já que não havia mal algum em voltarmos para casa de graça...

Eu fiquei com sono no momento que entramos no carro, então tirei alguns cochilos no caminho, acordando de vez em quando para responder a alguma pergunta ou fingir que estava atenta. Como Olivia morava mais perto da Avenida Piazon que eu, Beck a deixou primeiro.

— Tchau, queridos! — Olivia desceu do carro gritando. — Cuidado com a minha amiga, hein!

Beck esperou até que Olivia entrasse em casa para se certificar de que ela ficaria em segurança, então saiu com o carro.

Lembre-se de uma coisa: eu estava muito bêbada e com muito sono.

Isso significa que simplesmente apaguei.

E eu não lembrava de absolutamente nada quando acordei.  

Aliás, onde eu acordei?  

Identifiquei a parte de baixo de uma cama, o que me levou à conclusão de que eu estava em uma beliche. A camiseta que eu estava usando não era minha, eu tinha a mais absoluta certeza disso. Como eu troquei de roupa?

Considerando que a coisa mais inteligente a se fazer no momento seria levantar e descobrir onde eu estava, sentei na cama e passei a mão no rosto, tentando me lembrar do que havia acontecido na noite passada. Minha cabeça doía tanto, que eu quase pude ouvir o som da minha dor, latejando incansavelmente, me esmurrando com força nas têmporas. 

Reuni todas as forças que eu tinha para levantar e olhei em volta do quarto tentando reconhecer o local, mas não havia nenhum elemento  familiar por ali. Que droga, o que foi que aconteceu depois daquela festa?

Havia uma pessoa na cama de cima da beliche, mas esta era muito alta e eu e minha pouca altura não conseguimos ver quem era. Procurei pelos meus pertences, mas não encontrei nada. Decidi então sair do quarto e me deparei com um corredor fortemente iluminado pela luz do sol que vinha da janela perto da escada. Senti vontade de esconder o rosto, mas eu precisava descobrir onde eu estava. 

Ouvi um barulho no andar de baixo, como se fosse um talher se chocando contra um prato e achei melhor ver o que era. Desci as escadas o mais silenciosamente possível, para não chamar a atenção de ninguém. 

Eu estava em uma sala muito bonitinha de uma casa muito bem cuidada. Havia toalhinhas de crochê por toda parte; o que me fez pensar que era a casa de uma senhora. E eu estava certa.

— Bom dia, moça!

Sentada à mesa da cozinha, estava uma senhora tão bonitinha quanto a decoração da casa. Ela tinha cabelos macios e brancos, que lembravam uma nuvenzinha cheia, contrastando com a cor de céu claro de seus olhinhos finos, cercados de marquinhas de expressão, certamente causadas por sorrisos.

— Hã... Bom dia.

— Pode se sentar, fique à vontade, tem bastante coisa para comer. — ela começou a colocar várias coisas na minha frente, desde pacotes de pão até uma jarra de suco — Eu suponho que você seja namorada do meu neto.

— É... não, eu não tenho namorado.

— Ah, desculpe-me! Então você é namorada da minha neta...?

— Não, senhora... Eu... na verdade, eu não me lembro de como cheguei aqui.

Ela ergueu as sobrancelhas brancas, num sinal de compreensão. Me perguntei se era corriqueiro pessoas aparecerem na casa dela sem saberem como.

— Você então deve ter bebido um pouco além da conta ontem, estou certa?

Senti minhas bochechas arderem de vergonha imediatamente. Uma senhora tão bonitinha quanto aquela não aparentava ser do tipo que merecia conversar com pessoas de ressaca em plena quarta-feira de manhã.

— Eu não me orgulho disso, mas a senhora acertou em cheio.

Ela abriu um sorriso cheio de compaixão, como se eu tivesse acabado de revelar que era uma criança perdida da mãe no supermercado.

— Eu tenho a cura perfeita para essa sua ressaca, querida. 

Ela levantou e caminhou graciosa e lentamente até a geladeira, de onde tirou uma garrafa de refrigerante de limão. Colocou-a sobre a mesa, pegou um copo grande no armário e então buscou algo em uma gaveta, até encontrar uma cartela de remédios.

— Aqui está, querida. Um grande copo de refrigerante de limão e uma aspirina ajuda muito com a ressaca.

Ela encheu o copo à minha frente, tirou da cartela um comprimido e me deu.

— Muito obrigada, dona...

— Naomi. Agora beba, você vai se sentir muito melhor em poucos minutos.

 Bebi o refrigerante de uma vez, sentindo o gás queimar a minha garganta com muita força. Apertei os olhos e senti lágrimas se formando, mas senti um grande alívio rapidamente. Não que a minha ressaca tenha sido curada magicamente; mas eu me senti muito melhor. Talvez aquilo seja um mero Placebo, mas eu vou usar essa técnica a partir de agora.

— Vó? — era a voz de um garoto. Ele desceu as escadas, vestindo uma cueca samba-canção em um tom de verde muito feio. Os cabelos estavam extremamente bagunçados e tinha o rosto inchado de sono. Eu o reconheci logo que ele parou de coçar os olhos azuis ao chegar à mesa.

Era o Beck.

— Bom dia, querido. Esta amiga é sua ou da Bia?

— É minha, vó. — ele sorriu para mim, mas eu tive a ligeira impressão de que ele estava rindo de mim. — Dormiu bem, Naty? Precisei te carregar ontem; não deu tempo nem de você me dizer onde é a sua casa.

— Mistério resolvido, querida! — exclamou Naomi, dando uma batidinha de leve na mesa. Antes de continuar, ela se virou para o Beck. — Ela estava perdida, não se lembrava de nada.

Beck riu, dessa vez para a avó. Se sentou e pegou uma fatia de pão, passou nela um pouco de requeijão e comeu em menos de cinco segundos.

— E a ressaca, Naty? — Perguntou, ainda com a boca cheia.

— Acho que estou melhor. Sua avó me deu refrigerante de limão...

— E aspirina. — Beck me interrompeu, completando minha frase. — A receita mágica da dona Naomi, curandeira de ressacas.

— Algumas avós fazem bolos de cenoura com cobertura de chocolate, outras fazem bolinho de chuva e eu faço um remédio ótimo para ressaca. — Ela se virou para o Beck — Onde está a Bia?

— Dormindo ainda. Ela deve acordar e sair para correr mais tarde. 

O clima ficou muito mais leve depois daquela conversa. Me apresentei devidamente à Naomi e ela me contou que tinha mais uma neta além do Beck, a Bia, que no fim das contas era a pessoa dormindo na beliche de cima da cama onde eu acordei. Beck e Bia eram órfãos de pai e mãe, que morreram em um acidente quando eles ainda eram crianças, então passaram a morar com a fofíssima vovó Naomi.

Depois de tomarmos café da manhã e meu estômago praticamente implorar para eu não enviar mais comida para ele, eu e Beck fomos até o quarto dele, já que a Naomi insistiu que não era para eu ajudá-la com a louça. Ele me entregou as roupas que eu usava ontem, meu celular e documentos e contou que a Bia foi quem trocou minha roupa (que, aliás, era do Beck) e me colocou em sua cama. Ele disse que eu permaneci dormindo o tempo inteiro. E eu não fiquei nem um pouco surpresa, pois eu sou do tipo que se cair uma bomba atômica na minha casa, eu morro dormindo e nem percebo.

— Adorei sua avó. — Eu disse, depois que nosso assunto meio que acabou. — E a receita dela é ótima; minha cabeça melhorou quase que totalmente.

— Ela faz essa receita desde que meu pai era adolescente. Sempre deu certo. — Ele não pareceu muito confortável ao mencionar o pai. Percebi que ele soltou um suspiro chateado. — Dona Naomi criou minha irmã e eu sozinha depois que meus pais morreram. Eu devo tanta coisa à ela... Você acredita que eu tinha vergonha dela?

— Por quê?

— Porque todo mundo tinha mãe e pai e eu só tinha a minha avó. Então eu era conhecido no colégio como "Filhinho da vovó".

Deixei escapar uma risada.

— Isso não é nada. Eu era a Nimbus 2000.

— Você era o quê?!

— A vassoura do Harry Potter.

— Eu sei que a Nimbus 2000 é a vassoura do Harry Potter. Mas por que você era chamada assim?

— Porque eu sou tão fina quanto ela, ué! — ele tentou segurar uma risada, mas eu mesma acabei rindo — Não tem problema; é passado. Minha melhor amiga era chamada de Guida, a tia que o Harry transforma em um balão em O Prisioneiro de Azkaban. Nos chamavam também de "dupla 10": eu era o um e ela o zero.

— Crianças são cruéis.

— Pois é.

Passamos alguns segundos em silêncio, até que meu celular começou a tocar. Era minha mãe, dizendo que Max estava lá. Ô, mas que maravilha, não?

Quando eu disse ao Beck que seu ex melhor amigo estava na minha casa, ele arregalou os olhos. Fazia algum tempo que eles não se viam. Ele me ofereceu uma carona, mas levando em consideração que Max não podia imaginar que eu estive com Bernardo, resolvi pegar um ônibus até minha casa, afim de evitar um encontro tão agradável desses. Bia acordou, mas estava tomando banho, então eu nem pude saber como era a cara dela. Me despedi rapidamente de Naomi e corri até o ponto de ônibus.

  ⌘  

Quase trinta minutos depois, eu cheguei em casa. Caso você não saiba, São Paulo não é o melhor lugar para andar de transporte público, pois está sempre lotado e sempre há trânsito. Bela propaganda da minha cidade, não acha?

Lá estava a moto do Max, estacionada na minha garagem para não ser roubada. O carro da minha mãe também estava lá,  o que significa que os dois estavam lá dentro, falando de mim há algum tempo. Não me surpreenderia se ela estivesse me esperando com uma equipe de médicos para me internarem num hospício. Max sabe alguns podres meus, que você vai descobrir com o tempo. Mas por favor, não conte à minha mãe! Principalmente aquela coisa da maconha.

— Onde você passou a noite, Natalie Moser?! — Ela levantou da poltrona da sala com urgência, me encarando com as mãos na cintura.

— Bom dia, mãe! — respondi com um sorriso irônico. — Eu fiquei na casa da Juliana, a garota que conheci no acampamento. 

Antes que você pergunte, eu conhecia minha mãe o suficiente para saber que ela já havia ligado para a Olivia e o Leonardo, perguntando de mim. E eu conhecia os meus amigos o suficiente para saber que Olivia disse que não fazia ideia de onde eu estava e que Leo não havia atendido.

— Eu fiquei desesperada quando Olivia disse que não sabia onde você estava! — eu não disse? — Como você vai dormir na casa de uma pessoa que você não conhece direito?! 

Ah, dona Sophia... pobrezinha...

— Eu estou bem, mãe! Já tomei café da manhã, não estou de ressaca e meu corpo está intacto. Posso cumprimentar Max agora?

Ela fez um sinal com a mão, apontando na direção de Max, que assistia àquilo tudo com um sorriso de "se fodeu, otária" estampado na cara. Eu fui até ele, beijei-lhe a bochecha e então fomos até o meu quarto. Ele perguntou como foi a noite e eu contei tudo, parando na parte em que Pedro foi embora depois daquela cantada horrorosa que ele levou do cara comprado pelo Leonardo.

— Eu queria ter visto isso.

— Você ia adorar, com certeza. 

Ele sorriu, mas não estava lá muito animado.

— O que aconteceu, Max? Você está esquisito.

— Será que a gente pode dar uma volta? Eu quero te contar sobre o que aconteceu ontem com a minha mãe.

Eu disse que sim e então nós saímos. Como ele queria tomar um vento na cara e eu não achei que seria má ideia, pois ainda estava um pouco afetada da bebedeira, nós fomos de moto até o parque, conhecido como o coração da cidade, pois ficava no centro de todos os bairros próximos ao meu, inclusive o bairro onde Beck morava.

Sabe por que eu incluí esse último detalhe?

Espere só mais um pouquinho e eu já te conto.

Quando chegamos ao parque, vi várias pessoas correndo, caminhando, fazendo piquenique ou simplesmente admirando as árvores. Max comprou picolés para a gente e começamos a caminhar, enquanto ele me contava sobre a noite passada.

— Minha mãe disse que está em dúvida entre três homens. Um deles é o meu pai, ela tem certeza disso.

  — Como ela chegou à essa conclusão? 

  — Ela fez uma busca pelo passado e fez as contas. Ela havia acabado de terminar um namoro quando se envolveu com dois outros caras e disse que só pode ser um deles. Há uma chance de entrar em contato e fazerem os exames de DNA, mas eu não sei se quero passar por isso, entende? Eu já estou tão acostumado a não ter um pai, não sei por que mexer com isso agora. 

— Com certeza ela se sente culpada, Max. Ela quer fazer pelo menos uma coisa boa, né? Nós já tivemos essa conversa antes. Por que você não deixa rolar?

— Porque eu não estou afim de me decepcionar com ela outra vez. Ela sempre faz alguma merda que acaba me afetando e acabando comigo.

— Mas Max, você não quer conhecer seu pai? Pelo menos saber quem ele é?

— Você quer conhecer o seu?

— Claro que eu quero! Conhecer o cara que ajudou a te colocar no mundo não significa que você vai ter que ser o filhinho que ele sempre quis. Significa apenas que você vai conhecer seu pai.

— Eu vou pensar. Eu não quero me envolver nisso, só quero que acabe logo.

— Independentemente do que aconteça — coloquei a mão sobre o ombro dele, acariciando carinhosamente — Você sabe que eu estarei do seu lado, não sabe?

— Claro que sei.

Ele sorriu para mim e foi nesse momento que aconteceu o que eu disse ali em cima que contaria mais tarde. Você se lembra que o Beck disse que a irmã dele sairia para correr quando acordasse? E que eu não a conheci, mas ela me conheceu? Pois é, você já deve ter sacado. Ela foi correr lá no parque central. E ela me reconheceu, pois eu estava com a mesma roupa da noite anterior, já que eu não tive tempo de me trocar.

— Ei, você não é a Natalie? — ela se aproximou, alternando o olhar entre Max e eu.

— Sim, mas...

— De onde você a conhece? — Max perguntou, visivelmente confuso. Mas não mais que eu.

— Eu... Não sei.

— Você dormiu na minha casa, menina! Eu sou a Bia, irmã do Bernardo!

Ai, caralho.

— Naty, você conheceu o Beck?

Puta que pariu, que merda, hein! E agora, Nimbus 2000? Vai fazer o quê? Se vira aí, idiota.


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