Festas, Drogas & Problemas escrita por Julya Com Z


Capítulo 5
Quatro - O beijo do Vingador




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Faltavam poucas horas para a festa de Ano Novo, então todo mundo estava se preparando. Os monitores estavam decorando o acampamento, enquanto os alunos se arrumavam em seus alojamentos. Eu e as garotas fizemos a maior bagunça; espalhando roupas por todo o quarto.

— Cara, eu ainda não acredito que vocês roubaram as pranchas!

Era a sétima vez que ela falava isso.

— Olivia, eu não aguento mais dizer isso; então será a última vez: nós não roubamos nada! Pegamos as pranchas emprestadas e então nos roubaram! Se você disser mais alguma coisa que sugira que Pedro e eu roubamos as pranchas, eu juro por Deus que te jogo um sapato na cara!

Ela sorriu, pegando uma blusa de paetês sobre a cama. 

— Ela está estressada, gente! Cuidado com a fera! Você fica uma gracinha quando quer me matar, sabia?

— Então eu devo ser uma gracinha o tempo todo.

Seu sorriso se tornou uma cara de criança arteira. Kimi e Juliana deram risada, enquanto Gabriela terminava de vestir sua calça. Até aquele momento, ela não havia falado nada além de "bom dia" para a gente. 

  — E aí, Gabi? — Eu me atrevi a chamá-la. — Você quer ficar com a gente na festa? Se quiser, será muito bem-vinda.

Ela enfiou os pés em suas sapatilhas e me olhou como se eu tivesse acabado de cometer um crime hediondo em convidá-la.

— Não.

E então, ela pegou seu celular e saiu do alojamento sem sequer olhar para ninguém. Apenas bateu a porta quando saiu, nos deixando totalmente surpresas.

— Essa garota é maluca!— Kimi disse, enquanto revirava sua bolsa em busca de algo para prender o cabelo.

— Pelo menos ela saiu... — enquanto eu falava, encontrei na minha mala o embrulho que estava procurando — Alguém quer cocada?

Juliana deu um grito e pulou sobre sua cama para se aproximar de mim, numa velocidade espantosa. Eu não tive tempo nem de abrir a embalagem; ela a arrancou da minha mão com toda a sua deselegância, me deixando sem nada.

  — Regra número um sobre Juliana Molina: sempre tenha um doce para alimentá-la.

  — Gente, — Kimi chamou, olhando de forma estranha para Juliana — Que negócio é esse aí? Esse tal desse doce estranho... Não parece ser bom.

— O QUÊ?! — Juliana soltou um grito revoltado — Regra número dois sobre Juliana Molina: jamais insulte os doces que ela gosta!

  — Quantas regras a gente precisa saber? — Olivia perguntou revirando os olhos. — Se forem muitas, eu sugiro que você escreva um manual sobre como lidar com você.

  — São poucas — Juliana sorriu ao responder — A maioria envolve comida, então não será difícil se acostumar. 

  — Gente... — Kimi chamou, ainda com um olhar incomodado — Vocês ainda não me disseram o que é isso. — Ela apontou para o doce, então me olhou, cheia de confusão no olhar.

— Kimi, te apresento à cocada. — Peguei um pedaço da mão da Juliana e levei até a Kimi. — É simplesmente um doce feito com coco. Experimente, você vai gostar.

Ela pegou o doce da minha mão, claramente preocupada com o que colocaria na boca. Todas nós a observamos atentamente aproximar com calma o pedacinho de cocada da boca, até que ela colocou a ponta da língua para fora e deu uma lambida de leve, para provar. 

  — Parece sabão.

— Você já comeu sabão? — ela fez que não com a cabeça, então eu perdi a paciência e enfiei o pedaço todo dentro da boca dela à força — Coma logo isso, chega de frescuras!

A princípio, ela me odiou. Reclamou com um grunhido alto, que mais pareceu um cachorro rosnando. Então resolveu saborear a cocada, mastigando lentamente, até que engoliu.

  — Pelo amor de Deus, esse negócio é muito bom!

E foi assim que eu apresentei à Kimi seu doce favorito.

  ⌘  

Terminamos de nos arrumar pouco tempo depois do começo da festa. As garotas saíram do quarto na mesma hora em que minha mãe resolveu fazer uma chamada em vídeo comigo. Ela estava fora do Estado e eu sentia falta dela, mas não era nada absurdo. Minha mãe era uma pessoa maravilhosa, uma grande amiga minha, que não sabia de metade das coisas que eu aprontava por aí. Quando atendi à chamada, ela estava acenando para a câmera com um enorme sorriso no rosto.

  — Oi, filhinha!

— Oi, mãe! Como está a viagem?

— Resolvi voltar e passar o Ano Novo aqui na clínica com sua avó. Ela está aqui, olha!

Ela virou a câmera do celular para que eu pudesse ver a minha vó ao seu lado. Ela segurava um copo de refrigerante em uma mão e um cigarro na outra , com todo o seu típico mau humor estampado na cara e o cabelo tingido de vermelho enrolado em um coque bagunçado. Ela olhava para a câmera com tanto mau humor que parecia que ela estava querendo me matar.

  — Oi, vó! Tudo bem?

— "Vó" é o caralho, menina! Me respeita!

  — Desculpa. E aí, Lolita! 

— Como é que você está, diabinha?

E então nós três conversamos por um tempo. Minha avó se recusava a ser chamada de "vó", porque se recusava a ser vista como velha, o que ela era. Eu não tenho a menor ideia de quantos anos ela tinha, porque a minha mãe não estava autorizada a me informar. Ela também tinha sua lista de apelidos para mim, o mais recorrente deles é "Natoringa"; que eu nem imagino de onde ela tirou. 

Ela nasceu na Alemanha — daí vem meu sobrenome — e o nome verdadeiro dela é Marília, mas pouquíssimas pessoas sabem disso. A história que ela conta é que quando ela era adolescente, ela se apaixonou por um homem que tinha idade o suficiente para ser seu avô. Eles namoraram por muito tempo, mas ele usava drogas e até a incentivava a usar. Prestes a completar dois anos de namoro, o homem morreu de overdose e ela ficou de luto por muito tempo, o que a levou a uma depressão profunda e levantou muitas dúvidas da família, considerando que o homem não era próximo de nenhum parente dela. Depois de muita pressão da família para saberem o motivo de toda sua tristeza, ela revelou o caso e a história veio a público, tornando o homem um eterno condenado por ter se envolvido com uma garota de quatorze anos e ainda lhe fornecido drogas. Minha avó passou a ser chamada de Lolita, por conta do livro de Vladimir Nabokov, onde a jovem Dolores se envolve com um professor de meia idade. 

Quando chegou à maioridade, Lolita se mudou para o Brasil, onde poderia recomeçar sua vida do zero; mas incorporou o nome dado a ela. Como não tinha como se manter aqui, foi morar em um bordel, onde fazia faxina, até que um dos frequentadores se sentiu atraído por ela e pagou uma bela quantia para que a inserissem nas apresentações. Lolita então se tornou uma dançarina de palco, participou até de alguns programas de televisão. Se apaixonou por um dos clientes do bordel, com quem teve uma filha— minha mãe; mas ela nunca deixou seu vício por drogas e bebidas; o que causou a separação de meu avô, que foi embora e nunca mais deu notícias. Você vai perceber que abandono (assim como violência gratuita) é um acontecimento muito frequente na minha árvore genealógica.

Desde então, Lolita criou minha mãe sozinha, com seu salário de dançarina e, como não era o suficiente, passou a vender drogas. Mas como era viciada e alcoólatra, minha mãe resolveu começar a trabalhar para ajudá-la e ela foi piorando seus hábitos com o tempo; o que a levou à internação. Ela vem entrando e saindo de clínicas de reabilitação há anos, mas sempre tem uma recaída.

  — Vá curtir a festa, filha! Já tomamos muito de seu tempo — minha mãe disse, após a quinta ou sexta vez que Lolita reclamou que havia fumado todos os seus cigarros do dia.

Ela tinha a permissão de fumar uma quantidade limitada de cigarros por dia, para que não fosse uma recuperação tão rígida e para que ela pudesse se acostumar. Mas considerando que ela fumava vários maços por semana, ela não estava nem um pouco contente com apenas um.

  — Tchau, mãe! Tchau, Lolita! Feliz ano novo!

  — Tchau, cachorrinha!

— Mãe!

— O que foi, Sophia? Cachorrinhos são lindos!

Minha mãe desligou a chamada antes que eu pudesse ouvir sua resposta. Enviei uma mensagem ao Max, desejando-lhe Feliz Ano Novo e não obtive nenhuma resposta. Claro, já havia passado das nove da noite, então ele provavelmente estava muito bêbado àquela altura.

Olivia veio até o quarto perguntar se eu estava ficando com alguém lá dentro, porque nada além disso justificaria a minha demora. Respondi que não, ela revistou todo o quarto em busca de alguém que pudesse estar escondido sob as camas ou dentro de alguma mala e me puxou pelo braço para sairmos. 

O camping estava lindo, muito bem decorado com bandeirolas prateadas e tochas espalhadas pelo espaço. Uma mesa cheia de comidas e bebidas — nenhuma alcoólica, mas com toda a certeza alguém daria um jeito naquilo. Eu e Olivia demos uma volta pelo lugar, apenas para observar as pessoas e então Leo acenou para a gente, nos chamando para experimentar um cupcake de morango com chocolate. Olivia saiu correndo na minha frente e eu me distraí por alguns segundos com a sombra curvada da pessoa que entrou na cabana da Malu.

  — Eu já vou, podem ficar tranquilas. Eu... só vou ao banheiro.

Enquanto Olivia gritava para que eu voltasse, eu ignorei e fui em direção à cabana para ver o que estava acontecendo. A sombra que eu vi entrar na cabana não me pareceu muito amigável, mas eu não podia fazer nada sem antes saber do que se tratava. Aliás, o que eu faria se houvesse alguém tentando matar a Malu?

Provavelmente eu deixaria. É mentira, eu não a odeio a ponto de querer vê-la morta.

Talvez incrivelmente machucada apenas.

Quando cheguei à janela da cabana, vi que havia apenas uma pessoa ali: a Malu. Ela falava ao telefone, estava chorando e não parecia haver ninguém do outro lado da linha, pois só ela falava. Talvez ela estivesse gravando uma mensagem na caixa postal de alguém, o que não é mais tão comum nesse século, diga-se de passagem, mas ela é velha. Velhos fazem coisas de velhos o tempo todo.

A janela ao lado de sua porta estava entreaberta; o que me permitiria ouvir o que ela dizia sem que ela percebesse e se eu fosse rápido, então eu corri até lá e aproximei o ouvido o máximo que pude.

  — Eu te amo, filho. Feliz ano novo.

E então ela desligou o telefone e eu saí correndo para não ser vista. Eu não sabia que a Malu tinha um filho. Aquilo me afetou um pouco, pois eu sabia o quanto era difícil para a minha mãe ficar longe de mim e, a julgar pelo choro dela, ela sentia a mesma coisa ao ficar longe do filho. A Malu era uma pessoa terrível no colégio, mas eu não a conhecia fora de lá. O que ela passava em sua vida pessoal era um mistério para mim, então eu me toquei que eu e Olivia pegamos pesado com ela na noite passada. Ela vai passar o Ano Novo completamente sozinha, com um bando de jovens idiotas que estão curtindo com os amigos. 

Obviamente, eu não iria simplesmente deixar todas as nossas diferenças de lado e lhe oferecer um ombro amigo, pois tenho um orgulho a zelar. Fui até uma árvore próxima, que estava cheia de flores coloridas, peguei algumas e arranjei como um buquê, prendendo-as com a fita amarela da Bahia que eu usava no pulso. Coloquei as flores na entrada da cabana, bati à porta e saí correndo para me esconder atrás de uma árvore. Ela abriu a porta com sua enorme carranca para afastar quem quer que a incomodasse, mas quando percebeu que não havia ninguém, olhou para os lados e então para baixo. Ela se abaixou para pegar as flores, cheirou-as, esboçou um sorriso e entrou de volta na cabana, levando o buquê consigo.

Pronto, agora você não pode dizer que eu sou tão ruim assim. 

Quando voltei, Olivia estava com Kimi e Juliana, segurando um copo cheio de refrigerante. 

  — Será que eles vão deixar a gente beber champanhe à meia-noite? 

Ela não me viu chegar por trás dela, então eu apoiei meu braço sobre seu ombro e roubei o copo de sua mão antes de responder.

 —  Não sei. Mas algo me diz que a Malu vai ficar de bom humor...

  — Onde é que você estava?!

— Fui ao banheiro, eu disse.

Ela então olhou em direção ao lugar de onde eu vim e notou que havia apenas a cabana da Malu. Como ela sabia que não havia a menor chande de eu me aproximar de lá, procurou outro lugar onde pudesse haver um banheiro, mas não obteve sucesso em sua busca. Então ela voltou a olhar para mim, desconfiada.

  — Não tem banheiro por ali.

Então eu respirei fundo, fechei os olhos e fiz um sinal de rendição com as mãos.

— Eu fui fazer xixi no matinho, tá legal? Satisfeita?

— Credo, como você é porca. 

Revirei os olhos e então percebi que o Pedro estava me encarando de longe. Ele estava com um grupo de garotos e sempre olhava em minha direção, .

— Ok... — Kimi percebeu o que estava rolando e puxou eu, as meninas e o Leonardo (que, de certa forma, se encaixa no termo "meninas") — Quem vocês vão beijar à meia-noite? E você— ela olhou para mim — está fora dessa.

— Por quê?! Eu quero beijar à meia-noite!

— Você já tem alguém para beijar! O Pedro!

— Ei! Isso é... ok, é verdade.

— Esperem. — Leo cruzou os braços, um pouco nervoso — Eu sou gay, quem eu vou beijar?

— Eu! — Juliana levantou a mão — Eu não quero beijar nenhum desses garotos, mas você eu beijaria...

— Qual parte do "eu sou gay" você não entendeu, querida? — ele fez aspas no ar ao dizer.

— Você quer beijar alguém ou não?

— Ok. — ele respondeu dando de ombros.

— Tá, então eu beijo a Kimi? — Olivia perguntou no momento exato em que Pedro parou perto da gente.

— O que está rolando aqui?

— Nós estamos decidindo quem vai beijar quem à meia-noite. — respondeu Juliana.

Ele me olhou torto, estranhando aquela história. Eu levantei os ombros em resposta, já que não tinha nada de enriquecedor a dizer.

— Vocês vão se beijar? Quer dizer, todos vocês?

— Eu e Kimi, Leo e Juliana.

— E a Naty?

Essa era a pergunta que eu preferia evitar. Ele me olhou de forma sugestiva e todos fizeram a mesma coisa.

  — Naty não vai beijar ninguém... — Leo respondeu, segurando Pedro pelo ombro. — Por que vocês dois não se beijam? 

Minha cara de vergonha se transformou imediatamente em uma cara de pânico.

  — Claro! Se ela quiser...

Eu dei de ombros, nervosa demais para responder.

  — Que bom que o beijo não envolve nenhum tipo de diálogo.— Olivia sussurrou no ouvido de Kimi, mas eu pude ouvir àquilo, o que me emputeceu ainda mais.

  — Chega, gente!

Eles riram da minha cara e então resolveram mudar de assunto: começaram a falar sobre a possibilidade de liberarem a bebida para nós. Foi então que, poucos minutos antes da meia-noite, Malu anunciou que o acampamento disponibilizou algumas garrafas de champanhe barato para bebermos. Então, quando elas começaram a esvaziar, as pessoas começaram a enchê-las com as bebidas que trouxeram nas malas.

 Kimi pegou uma garrafa de vodka e despejou dentro da embalagem do champanhe, assim como todos estavam fazendo. Nós bebemos no gargalo, para que ninguém percebesse e ficamos dançando às músicas que tocavam, sem sequer prestar atenção a elas. 

Faltando trinta segundos para a virada do ano, um dos monitores ligou um microfone e começou a contagem regressiva. Então todo o pessoal se reuniu no centro do acampamento para começar o brinde.

Três...

Pedro se aproximou de mim com um sorriso enorme. Colocou as mãos na minha cintura e me puxou para perto de si.

 Dois...

Eu me permiti relaxar e abraçá-lo em volta do pescoço, sentindo seu maravilhoso perfume levemente amadeirado.

 Um...

E aconteceu o beijo. Que, infelizmente, eu não posso dizer que foi perfeito. Aliás, não chegou a ser exatamente bom. Aquele beijo me fez sentir coisas estranhas, ao invés daquele frio na barriga que um beijo realmente bom causa. Ele parecia estar curtindo, já que demorou séculos para me soltar.

— Feliz Ano Novo, Naty.

— Pra você também. — Lhe respondi com um sorriso amarelo, já que um segundo beijo estava totalmente fora de cogitação. 

  ⌘  

Considerando que os seres humanos desconhecem o significado da palavra "limites", o pessoal extrapolou com a bebida: ficou todo mundo tão massivamente bêbado, que lembraram o que eu e minhas amigas fizemos na nossa primeira noite no acampamento e resolveram repetir a dose. Praticamente todo mundo pulou pelado no lago e começou a fazer o maior estardalhaço da face da Terra lá dentro. Ok, eu quem tive a ideia de fazer isso antes, mas não na festa de Ano Novo, quando todos os monitores e professores estavam patrulhando.

Eu e o pessoal resolvemos que seria má ideia repetir nosso ato criminoso, então ficamos apenas observando e esperando a professora terrível acabar com tudo.

Depois que o circo já estava armado, Malu percebeu que o champanhe havia acabado há muito tempo e que havia gente fumando escondido pelos cantos. Ela então apareceu com um megafone e ligou aquele som de sirene insuportável para chamar a atenção de todos.

 — Muito bem, bando de irresponsáveis! — ela gritou pelo aparelho — Está na hora da festa acabar! Todos arrumem suas coisas e já para as camas; voltaremos para nossas casas amanhã assim que o sol sair!

Muitas pessoas gritaram suas reclamações e xingamentos contra a professora, mas nada adiantou, pois ela ficou extremamente puta da vida. 

  — Ah, cara! — Olivia agarrou meu braço enquanto íamos à cabana — Eu não acredito! Como ela é capaz de fazer isso?! Nós pagamos por uma viagem de uma semana; não três dias! 

  — Mas nós trouxemos bebidas e cigarros, o que é totalmente proibido. Eles não vão devolver nosso dinheiro.

— Você está do lado dela agora?

— É claro que não, idiota! Eu só estou dizendo que nós fizemos merda e temos que pagar!

Ela deu de ombros. Ver o pessoal voltando aos alojamentos não era nada animador, mas era nossa única escolha. Pelo menos, foi uma bela festa. Exceto pelo pior beijo de todos os tempos.

Definitivamente, aquele beijo foi terrível. O Vingador do Cocô não é tão bom em beijos quanto em vinganças.


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