Black Star escrita por loadiing


Capítulo 2
Uma Visita de Aniversário


Notas iniciais do capítulo

Acho que nesse capítulo vão ter menos erros, sou péssima revisando erros. Espero que gostem :)



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anos depois...

Hoje eu tinha acordado cedo, mesmo que meus pais tivessem deixado eu faltar a aula hoje eu não conseguia dormir de novo. Hoje faço 11 anos, estou muito feliz e ansiosa, tanto que nem unhas eu tenho mais. Estou a manhã inteira sentada em frente à janela esquadrinhando o céu em busca de uma coruja ou qualquer pássaro que esteja trazendo uma carta.

Tanta coisa mudou desde o final dos meus 6 anos, quando eu saí daquela casa. Agora eu tenho um novo lar, uma nova família, tudo graças a minha sorte de ter ido parar logo em frente a um orfanato onde fiquei alguns meses, fiz alguns colegas e logo um casal chegou no orfanato, eles conversaram e brincaram comigo, e hoje eu os chamo de papai e mamãe.

Mamãe se chama Isabella, ela é linda com cabelos longos e dourados, olhos castanhos, ela é baixinha e ainda mais quando está perto do papai que é bem alto. Ela é dona de duas lojas de doces trouxas, que são incríveis e ao contrário dos feijões de todos os sabores eu não preciso me preocupar com o gosto ruim, apenas se uma bala é azeda demais, meu preferido até agora é o sorvete saber graviola. Uma delas fica perto de um zoológico onde tem vários animais legais e outra fica em frente à minha escola, onde papai trabalha.

Papai se chama Jason ou, como costumam chamar ele na escola, Sr. Lorian. Ele é alto, olhos e cabelos castanhos, e tem covinhas nas bochechas o que eu acho bem fofo. Ele é professor de Geografia lá na escola, é bom que ele trabalhe no mesmo lugar onde eu estudo, assim podemos ficar mais tempo juntos, mesmo que na escola não seja a mesma coisa que em casa.

Eles são bons, carinhosos, me tratam melhor do que os Black jamais me trataram. Por mais que Sirius e Reggie tivessem sido legais comigo.

De tanto que eu estou encarando o céu o azul nem é mais o mesmo, virou uma versão mais estranha e pálida do que era antes um céu feliz e celeste. Como meus pais vão reagir quando chegar uma carta dizendo que sou uma bruxa e que vou para uma escola de feitiçaria e bruxaria bem longe? Eles me adotaram porque não podiam ter filhos e agora eu vou passar a maior parte dos próximos 7 anos num castelo.

Ou eu acho que vou passar porque não chega essa maldita carta!

A porta se abre e minha mãe entra sorridente no meu quarto. — Vai passar seu aniversário trancada aqui? – Ela riu anasalado caminhando até mim e me abraçando apertado. — Quando seu pai chegar nós vamos passear e depois ir para a casa do Alex, sua tia Maggie sente saudades suas.

Alex é o melhor amigo da minha tia Maggie que, ao contrário dela, mora não muito longe daqui. Alex é o que meu pai chama de "agregado da família".

Assenti com a cabeça sem dizer nada e continuei olhando para a janela. — O que foi? Tem alguma coisa acontecendo? Está estranha.

— Nada não, mãe. – Tentei disfarçar parando de encarar a coruja inexistente, recebendo um olhar desconfiado da minha mãe.

Estava claro que ela sabia que tinha alguma coisa, ela sempre sabe, porém por algum motivo ela decidiu ignorar isso dessa vez. — Ok, vamos lá para baixo, o almoço está pronto. – Ela beijou o topo da minha cabeça e se virou para ir embora.

Me levantei de onde estava sentada e a segui pelo caminho já muito conhecido por mim até a cozinha. Ainda das escadas eu já podia sentir o cheiro delicioso de lasanha à bolonhesa, um dos meus pratos favoritos, ainda mais feito pela minha mãe que faz a melhor comida que já comi, melhor até mesmo que a do Kreacher.

O almoço foi como sempre, conversei com mamãe, ela me pediu ajuda sobre o que mais poderiamos colocar à venda na loja de guloseimas dela, o mesmo de sempre, e depois que eu terminei de guardar a louça já lavada e seca, mamãe veio até mim com um bolinho com cobertura rosa e uma velinha acesa. — Você terá um bolo melhor lá na casa do Alex, mas até lá...Feliz aniversário docinho. – Ela sorriu docemente. Eu retribui o sorriso e então eu assoprei as velas.

...

— Aquele cachorro está enorme! Achei que fosse machucar a Alioth quando ele veio correndo! – Meu pai comentava entre risos com minha mãe enquanto voltavamos para casa.

Papai estava me levando nas costas enquanto caminhava ao lado de mamãe. Alex tinha comprado um cachorro da raça Bulmatife e que se chama Summer, da última vez que o vimos ele ainda era um filhote mas agora está imenso!

Parecia que ele poderia me engolir enteira se quisesse, no entanto ele é um docinho de cachorro apesar de sua aparência.

A rua não estava realmente vazia, havia crianças brincando e sendo supervisionadas por seus pais, ainda nem era 19:00 horas então não havia motivos para a rua estar deserta. Quando chegamos na esquina da rua onde moramos já conseguimos perceber um homem em frente à nossa porta, ele parecia estar nos esperando.

Ele tinha o cabelo castanho claro na altura dos ombros, parecia ser um pouco mais baixo que meu pai mas tinha um físico forte, usava um terno preto com uma gravata de cor verde bem vivo, ele tinha uma carta em suas mãos e parecia estar nos esperando.

Fomos nos aproximando cada vez mais até que chegamos na nossa casa e também ao homem desconhecido. Papai me colocou de volta no chão e dai eu pude ver melhor sua expressão confusa, não era sempre que um homem desconhecido com roupas estranhas aparecia na porta de nossa casa.

— Os senhores são Isabella e Jason Lorian? – Foi a primeira coisa que ele perguntou, ele tinha sum sorriso simpático no rosto.

— Sim, sou Isabella Lorian e esse é meu marido. – Mamãe parecia tão confusa quanto papai, e dava para ver que ela ela estava com vontade de rir.

— Vim entregar isto para Alioth, e também preciso explicar algumas coisas para vocês. – Ele estendeu a carta para minha mãe, a carta tinha um lacre de cera com o brasão de Hogwarts.

Meu pai pegou a carta e a abriu lendo o que tinha escrito junto com minha mãe, cada vez mais o cenho deles franzia enquanto eles corriam os olhos pelo papel. — Isso deve ser alguma piada. – Meu pai murmurou soltando um riso descrente assim que terminou de ler.

— Na verdade não meu senhor, a senhorita Black é mesmo uma bruxa.

—Ela é nossa filha. Uma Lorian, não uma Black. – Quase que mamãe o interrompeu.

— Creio que Alioth seja adotada, e que sua família biológica seja uma família de bruxos, assim como eu. Aconteceram coisas estranhas e inexplicáveis envolvendo Alioth no tempo em que esteve aqui?

— Senhor... – Começou meu pai se colocando na minha frente. — Não tenho ideia de como sabe sobre nós e Alioth mas essa brincadeira não tem graça. – Não havia irritação no tom do meu pai, ele parecia apenas estar receoso, como se o homem fosse um louco. — Por favor, vá embora.

Dito isso mamãe abriu a porta e eu e meu pai entramos, olhei uma última vez para o homem antes da porta se fechar.

Mamãe estava calada, pensando, ela teria acreditado no homem lá fora? — Como ele sabe das coisas estranhas que acontecem com a Alioth? Semanas atrás me lembro de ter cortado o cabelo dela e minutos depois ele ter crescido duas vezes o tamanho que eu tinha cortado?

— Deveria ser apenas uma piada querida.

— Mas ele sabe o sobrenome da Alioth antes de adotarmos ela!

Me sentia meio desconfortável ali. É, eu realmente deveria ter contado a eles sobre ser bruxa.

Minha carta de Hogwarts chegou mas do que adianta isso se eles não acreditam? Se eles nem ao menos podem me levar para a plataforma 9 3/4? — Ele estava falando a verdade... – Murmúrio, alto o suficiente apenas para meus pais ouvirem.

Eles olharam para mim espantados, como se eu tivesse dito algum palavrão. — Eu sou mesmo uma bruxa.

— Alioth, pare de brincadeiras. – Disse meu pai colocando a carta de Hogwarts na mesa de centro.

— Mas eu não estou brincando! Vim de uma longa linhagem de bruxos, todos eles foram para essa escola, Hogwarts, e foram para a casa da Sonserina. É verdade!

Eles ficaram bons segundos me encarando, quase podia ver os pensamentos deles correndo dentro de suas cabeças. Eles devem achar que eu sou louca.

Crac! Um barulho foi ouvido e de reflexo todos nós olhamos para o batente da entrada para a sala de jantar, o mesmo homem que estava fora da casa minutos atrás aparatou para dentro da casa. — Estive ouvindo atrás da porta a conversinha de vocês, agora podem conversar comigo? Creio que Alioth não pode se preparar para Hogwarts sozinha...

Meus pais ficaram olhando petrificados para o homem, a boca do papai abria e fechava, como se tentasse dizer alguma coisa mas não tivesse palavras para falar qualquer coisa.

O intruso ergueu sua varinha mostrando ela para meus pais. — Desculpa invadir a casa de vocês, mas é a primeira vez que sou mandado para explicar para os pais que seus filhos são bruxos e também disseram para eu fazer de tudo até pode explicar a situação para vocês.

Meus pais continuam petrificados.

Balançando a varinha o homem gez aparecer mais uma cadeira na sala próximo a mesinha de centro, ele também fez aparecer uma bandeja com um bule e xícaras de chá sobre a mesa.

— Isso deve ser um sonho... – Meu pai disse enquanto se sentava no sofá, ele parecia mais encantado do que assustado agora. Minha mãe se sentou ao lado dele.

Sorrindo eu me sentei numa poltrona enquanto o homem se sentava na cadeira que ele materializou. — Meu nome é Norman Collins, sou professor de Trato das Criaturas Mágicas em Hogwarts, vim aqui para explicar para vocês que sua filha Alioth é uma bruxa e que no dia 1° de Setembro ela deverá embarcar no Expresso de Hogwarts para ir para a escola, como vão comprar o material escolar e como irão chegar à plataforma 9 3/4 eu já irei explicar, mas antes, vocês tem alguma pergunta sobre o mundo bruxo?

— Mas não existem bruxos... – Mamãe disse, mais para ela mesma do que para Norman.

Norman fez uma expressão como se estivesse prestes a dizer "Você tem certeza?". Porém ele disse outra coisa. — Bem, é isso que queremos que a os trouxas pensem.

— Trouxas? – Meu pai pareceu ter saido do seu estado petrificado.

— É como chamamos pessoas sem magia.

— Então...os pais biológicos da Alioth são bruxos? – Minha mãe disse se ajeitando no sofá buscando uma postura mais confortável.

— Sim, Alioth é uma bruxa de sangue-puro. A família Black é uma tradicional família bruxa, quase todos os bruxos foram para a casa da Sonserina, uma das quatro casas de Hogwarts. As outras 3 são Lufa-Lufa, Corvinal e Grifinoria.

Não sabia dizer se meus pais estavam mesmo ouvindo, o olhar deles estava perdido, pareciam não acreditar realmente em nada do que estava acontecendo, como se tudo fosse realmente um sonho.

— Filha. – Desviei minha atenção da minha mãe para meu pai. — Você sabia disso então porque não nos contou antes?

Me remexi desconfortável na poltrona. — Tinha medo de como vocês iriam reagir, achava que vocês não iam acreditar em mim.

Uns cinco segundos de silêncio desconfortável se seguiram apartir dai, o primeiro a se manifestar foi Norman ao se aproximar da mesinha de centro e colocar chá em três xícaras e oferecer duas para meus pais que as aceitaram.

— Meus pais me tratavam mal porque eu demorei demais para demonstrar magia então achavam que eu era um aborto, alguém que nasce de pais bruxos mas não é um bruxo, e por isso fugi de casa, e fui parar no orfanato...

E mais silêncio desconfortável.

E mais uma vez Norman foi o primeiro a se manifestar depois de beber um gole da sua xícara de chá. — Bem, a plataforma 9 3/4 fica em King's Cross, entre a plataforma 9 e a 10...

— Eu sei como chegar lá. – Interrompi. — Na verdade, sei tudo, como chegar a plataforma, ao Beco Diagonal...acho que posso explicar isso à eles.

Acho melhor que apartir daqui seja eu que explique tudo sobre a magia para meus pais, e não um completo estranho que simplesmente aparece na nossa porta do nada.

Norman pareceu compreender isso já que assentiu com um sorriso, se levantou e fez a cadeira onde ele estava sentado desaparecer, assim como a bandeija com o bule de chá e as xícaras. — Já que é assim, acho que já posso ir. Boa noite, senhor e senhora Lorian.

Norman caminhou calmamente até a porta até que eu me levantei da poltrona e fui correndo até ele, tinha mais uma coisa que eu queria dizer para ele antes de ele ir embora. — Sr. Collins...

— Pode me chamar apenas de Norman, querida. – Ele disse gentilmente.

Assenti antes de continuar. — Poderia pedir para o diretor, e para os professores de Hogwarts me chamarem pelo meu novo sobrenome? Não quero ser reconhecida como uma Black.

Ele franziu o cenho estranhando meu pedido. — Por que não quer mais ser conhecida como uma Black?

— Eles não me queriam na família, e também, eu prefiro essa... – Olhei para meus pais que ainda estavam sentados no sofá sem ouvir a nossa conversa. — Quero ser conhecida por ser membro da família que realmente cuidou de mim e me amou, os Lorian, não os Black.

Ele ouviu atentamente minha explicação e no final me deu um sorriso de compreensão. Eu já estava pensando nisso a um bom tempo, não queria chegar em Hogwarts e ser conhecida como a filha fugitiva dos Black, na verdade eu mal conheço as outras famílias bruxas já que mal saia de casa e sempre fui muito "quieta" em festas e coisas do tipo, então não diria que são muitas as pessoas em Hogwarts que vão me reconhecer. Eu prefiro chegar em Hogwarts como Alioth Lorian, uma nascida trouxa, do que Alioth Black, a sangue-puro de uma família repleta de bruxos das trevas.

— Vou dizer isso para Dumbledore. Boa noite, Alioth. – E dito isso, Norman foi embora.

Quando voltei para perto dos meus pais o ambiente estava tão descontraido quanto quando estavamos a caminho de casa, a repentina revelação de que eu era uma bruxa pareceu não afetar a forma como eles me tratavam.

Antes de eu dormir, como sempre, mamãe e papai me colocaram na cama, dessa vez cantaram uma música para mim, beijaram minha testa e quando estavam na porta do meu quarto eu disse.

— Boa noite, mamãe. Boa noite, papai.

— Boa noite, minha bruxinha. – Mamãe respondeu com um sorriso antes de fechar a porta.

Continuei sorrindo até cair no sono.


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Notas finais do capítulo

Ok talvez eu tenha descoberto o cachorro Bultkus do Estalone e estaja louca para ter um Bulmatife e talvez eu tenha colocado o nome do professor de Norman porque eu o imagino como o Norman Reedus (meu amorzinho). Mais um capítulo para vocês! Até o próximo :)

(Capítulo especial para quem ficou com odio dos Black e com dó da Alioth kshaga)



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