O Segredo dos Blacks escrita por Paula Mello


Capítulo 5
Monitora Chefe




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No dia anterior a sua volta para Hogwarts, Hydra recebeu a coruja com sua lista de material de seu último ano.

"Senhorita Hydra Bellatrix Malfoy

Chalé das rosas, colina nos arredores de Tinworth, Inglaterra."

— Finalmente, achei que demoraram tanto para enviar esse ano, geralmente a lista chega bem mais cedo – Disse Peter.

— Sim e olha, eles já colocaram o endereço daqui – Disse Hydra

— Eles sempre sabem – Sorriu Peter

— Só um livro novo – Disse Hydra observando a lista - Teoria da defesa em magia, de Wilberto Slinkhard.

— Professor de Defesa contra as artes das trevas novo então? – Perguntou Peter

— Sim, os gêmeos me disseram que Dumbledore teve muito problema para achar um professor novo – Disse Hydra

— Não me surpreende, todo ano é um professor novo e geralmente com um fim trágico, quem iria querer? – Disse Peter observando o dia pela janela do quarto.

Hydra notou então que um outro pedaço de pergaminho veio junto com sua lista de material, após ler o conteúdo ficou alguns bons minutos em choque calada.

— O que houve??? – Perguntou Peter notando que Hydra estava sentada na cama de boca aberta olhando o pergaminho.

— Eu sou Monitora chefe da Grifinória – Disse Hydra ainda de boca aberta mostrando para Peter o distintivo dourado e vermelho com um grande "MC" sobreposto ao leão de Grifinória.

— Isso é maravilhoso! – Comemorou Peter – Monitora chefe, como eu no meu último ano!

— Mas isso não é possível, eu não fui monitora, como eu posso ser monitora chefe? – Perguntou Hydra ainda examinando o pergaminho cuidadosamente.

— Bem, não necessariamente você precisa ser monitora para ser monitora chefe, já tiveram diversos casos em que isso aconteceu, além disso, a Jeniffer me disse que a Laura que era monitora do sexto ano pediu para a Professora McGonagall para não ser monitora chefe, algo sobre atrapalhar seus estudos, não sei.

— Mas então por que não escolheram alguém que de fato tenha entrado em Hogwarts no primeiro ano? Eu só cheguei lá no quarto, não me parece justo – Disse Hydra.

— Olha, você é a melhor aluna do seu ano, suas notas são excelentes, você só pegou detenção duas vezes e seus professores gostam de você, até o professor Snape... – Disse Peter fazendo uma "cara confusa" enquanto falava de Snape antes de continuar – É claro que você ia ser escolhida e é uma honra, ser monitora chefe é uma responsabilidade sim, mas é muito bom, você merece.

— Ai o Fred e o Jorge vão me matar – Disse Hydra baixinho, mas Peter ouviu.

— Não deixe que o fato de eles acharem tudo isso ridículo te prender Hydra, é uma honra ser monitora-chefe e você merece – Disse Peter um pouco irritado.

— Bem, hoje a noite eu conto para eles... De qualquer maneira, eu preciso ir até o Beco diagonal e... – Hydra então se lembrou que não tinha mais o dinheiro de seus pais, não era mais rica, pela primeira vez na vida se preocupou em como iria pagar pelas coisas.

— E o que? – Perguntou Peter.

— Peter, eu não tenho dinheiro! – Disse Hydra não acreditando que as palavras sairam de sua boca.

— É claro que tem – Riu Peter – Eu vou com você no Beco diagonal e a gente compra o que você quiser.

— Mas não é meu dinheiro, é seu... Não que o dos meus pais fosse meu, mas de qualquer maneira... Eu sou... Eu sou pobre! – Disse Hydra engasgando nas palavras enquanto Peter ria.

— Para com isso Hydra, você não é pobre, longe disso, nós vamos nos casar e eu tenho um bom dinheiro guardado, na verdade eu acabei de pedir um cofre para a nossa família em Gringotes...  – Disse Peter.

— Nossa família? – Perguntou Hydra.

— Sim, nossa futura família, eu e você, eu ia hoje depositar meu ouro no cofre e você também terá a chave para pegar o que quiser, quando quiser e colocar quando tiver como e se quiser também, eu antes dividida o cofre com meus pais, agora acho que é mais certo termos o nosso próprio cofre.

— Mas eu não tenho nada para colocar lá dentro... – Disse Hydra, triste.

— Ainda não meu amor, mas você ainda está estudando, ano que vem você começara a trabalhar e já pode usar o cofre, não se preocupe.

Hydra se sentiu ainda meio triste com o fato de ter que usar o ouro de Peter, mas decidiu se levantar e arrumar seu malão para o dia seguinte enquanto Peter resolvia algumas questões legais sobre seu novo cofre, mais tarde eles haviam combinado de passar no Beco diagonal para comprar os livros que Hydra queria e o seu novo da escola.

Hydra estava ajeitando as vestes que tinha trazido da casa de seus pais no closet de Peter (guardando tudo que não fosse levar para Hogwarts finalmente) quando viu uma grande sacola com uma carta em cima, ela ficou muito curiosa e abriu o pergaminho.

"Minha querida filha,

Eu sei que em toda a minha vida eu errei muito com você, eu deixei que coisas desagradáveis acontecessem e que eu nunca fui uma mãe tão boa quanto eu poderia, eu quero que você saiba que te amo muito, que eu não concordo com a vida que você quer levar ou o que você pensa, mas não irei lhe deixar desamparada.

Nessa sacola você irá encontrar uma parte do dinheiro que eu e seu pai guardamos para você durante toda a sua vida, são 20000 galeões, espero que use para viver a vida que sempre mereceu

Com amor,

Narcisa Malfoy"

— 20 MIL GALEÕES? – Gritou Hydra.

— O que houve? Falou comigo? – Perguntou Peter vindo correndo da sala ouvindo o grito de Hydra.

— 20 mil galeões! – Repetiu Hydra para Peter.

— Quem tem 20 mil galeões? –Perguntou Peter confuso.

Hydra não conseguia falar, ela entregou a carta para Peter que abria a boca conforme ia lendo.

— Seus pais lhe deram 20 mil galeões? – Perguntou ele.

— Sim! – Disse Hydra mostrando a sacola cheia de ouro.

— Isso é muito dinheiro Hydra, muito! É muito mais que o prêmio do torneio Tribuxo, é mais dinheiro do que se pode fazer com ele – Disse Peter ainda de boca aberta.

— O que eu faço? Eu pensei em não aceitar mas... 20 mil galeões! – Disse Hydra sem conseguir falar muitas palavras.

— Pelo que ela diz aqui o dinheiro já era seu de qualquer maneira, você pode guardar em Gringotes, usar quando quiser, é seu Hydra – Disse Peter.

— É nosso, o cofre é nosso, o dinheiro também é nosso! – Disse Hydra ainda chocada olhando para Peter que ficou vermelho.

— Não Hydra... É...

— É nosso Peter, se eu vou casar com você então é nosso e eu não quero discutir sobre isso – Disse ela um pouco irritada.

— Tudo bem... De qualquer maneira vamos guardá-lo em Gringotes hoje, é mais seguro assim – Disse ele sorrindo sem graça.

Hydra ainda não podia acreditar, era rica novamente, tinha dinheiro para viver confortavelmente (claro que trabalhado para aumentá-lo ou iria acabar) e juntando com o que Peter tinha guardado, eram um casal jovem que não teriam problemas financeiros, Hydra se sentiu mal por um momento, por que aquilo significava tanto para ela? Não fugiu de tudo isso quando saiu de casa? Como pode ficar tão feliz por ter mais dinhero do que precisa novamente? Será que realmente era mais fútil do que imaginava? Esses pensamentos assombraram sua mente e tiraram seu sorriso por boa parte do dia.

A tarde, foi com Peter até o Beco diagonal.

— Vamos primeiro no banco – Disse ele – Temos que depositar nosso ouro rápido, não acho que seja seguro andar com ele pelas ruas assim – Disse Peter se referindo tanto ao ouro que Hydra acabara de descobrir que tinha quanto ao que ele tinha guardado.

Tinham chegado a um edifício muito branco que se erguia acima das lojinhas. Parado diante das portas de bronze polido, usando um uniforme vermelho e dourado, havia um duende

Em seguida depararam com um segundo par de portas, desta vez de prata, onde havia gravado o seguinte:

"Entrem, estranhos, mas prestem atenção,

Ao que espera o pecado da ambição,

Porque os que tiram o que não ganharam Terão é que pagar muito caro,

Assim, se procuram sob o nosso chão,

Um tesouro que nunca enterraram,

Ladrão, você foi avisado,

Cuidado, pois vai encontrar mais do que procurou"

— Bem ameaçador - Comentou Hydra

Havia mais de cem duendes sentados em banquinhos altos atrás de um longo balcão, escrevendo em grandes livros-caixas, pesando moedas em balanças de latão, examinando pedras preciosas com óculos de joalheira. Havia ao redor do saguão portas demais para contar, e outros tantos duendes acompanhavam as pessoas que entravam e saiam por elas. Hydra se aproximou com Peter de um balcão

— Bom-dia – Disse Peter – Vim completar o registro de um novo cofre e fazer um depósito nele.

— Nome? – Perguntou o duende sério.

— Peter Lance Macmillan.

— Trouxe os pergaminhos assinados?

— Sim – Disse Peter entregando alguns pergaminhos para o duende que examinava a todos com cuidado.

— Muito bem – Disse o duende quando terminou de examinar – Cofre 1213, família Macmillan quarta, aqui está a sua chave – Disse ele entregando uma pequena chave dourada para Peter.

— É sua também – Disse Peter para Hydra.

— De quanto é o depósito? – Perguntou o duende sem muita paciência.

— A sim – Disse Peter pegando as duas sacolas e dando para o duende – Dois mil galeões, 2700 sicles e 350 nuques nessa – Disse apontando para a primeira sacola – E 20 mil galeões nessa outra.

O Duende olhou interessado quando Peter afirmou ter 20 mil galeões na sacola, colocou então todo ouro em balanças de latão mágicas que contou cada um deles.

— Muito bem – Disse ele depois de um tempo – 22 mil galeões, 2700 sicles e 350 nuques é o total do cofre 1213 – o Duende assinou um documento e deu para Peter – Está disponível para retirada sempre que necessário, só precisa trazer a chave.

— Muito obrigada – Disse Peter e ele e Hydra se retiraram do banco.

Os dois foram então até a Floreios e Borrões que estava completamente lotada, aparentemente todos os alunos de Hogwarts só receberam suas corujas hoje e todos tiveram que ir correndo até o Beco Diagonal para comprar todo material, o que tornou insuportável de cheia cada uma das lojas (e especialmente ela).

Depois de mais de meia hora, finalmente Hydra conseguiu comprar o livro que precisava para Hogwarts e mais cinco de tarefas domésticas e feitiços que a Senhora Weasley indicou e saíram correndo dali ela e Peter.

— Eu não quero mais ir em lugar nenhum, sem condições de andar por aqui hoje – Comentou Hydra

— Concordo, vamos para casa – Disse Peter e os dois seguiram para casa onde deixaram os livros e partiram em seguida para a sede da ordem aonde iriam jantar.

— Hydra, Peter, já sabem da grande novidade? – Perguntou a Senhora Weasley com muita alegria quando chegaram.

— Não, qual? – Perguntou Peter

— Adivinha que idiota foi nomeado monitor? – Disse Fred de forma irônica.

— Como vocês sabem? – Perguntou Hydra assustada e os gêmeos a olharam de boca aberta.

— Não... Você também não! – Disse Fred parecendo que ia chorar.

— Eu não acredito! – Dissse Jorge.

— Você também, Hydra? – Perguntou Rony.

— Também? Você quer dizer que? A... – Disse Hydra percebendo que os gêmeos estavam se referindo ao irmão mais novo e não a ela e então reparou na flâmula vermelha sobre a mesa de jantar coberta de iguarias, em que se lia:

"PARABÉNS RONY E HERMIONE OS NOVOS MONITORES"

— Você também virou monitora minha filha? – Disse a senhora Weasley com alegria – Que maravilha! Meu Rony e a Hermione também!

— Ela virou monitora chefe – Disse Peter com orgulho.

— É sério Hydra? – Perguntou Hermione – Meus parabéns!

A Senhora Weasley sacudia a varinha e tentava incluir o nome de Hydra na flâmula.

— Eu sinceramente não acredito, um irmão otário tudo bem, mas você não Hydra – Disse Fred triste...

— Me desculpe, eu nunca podia imaginar, eu nem monitora fui! – Disse Hydra sem graça.

— Ora que absurdo, se desculpar por isso? Devia ter orgulho Hydra – Disse a Senhora Weasley olhando furiosa para os gêmeos - E vocês dois deveriam se espalhar mais na amiga de vocês!

— Eu também acho, é uma honra, eu amei ser monitor chefe, tenho certeza de que ela também vai – Disse Peter sorrindo.

Hydra e Peter se sentaram para jantar e logo em seguida o Senhor e Senhora Macmillan chegaram e a abraçaram quando ouviram a novidade.

— Que maravilha, um casal de monitores chefe – Disse a Senhora Macmillan com orgulho.

— Meus parabéns Hydra, sem nem ser monitora antes, isso é uma grande conquista, com certeza se destacou muiito para isso – Disse o Senhor Macmillan.

Também estavam presentes Sirius, Lupin, Tonks e Quim Shacklebolt e Olho-Tonto Moody chegou, batendo a perna de pau. A noite na verdade era uma festa para os dois (agora os três e não um jantar).

— Ah, Alastor, que bom que você está aqui – cumprimentou a Sra. Weasley animada, quando Olho-Tonto sacudiu do corpo a capa de viagem. – Há séculos que andamos querendo pedir a você: será que podia dar uma olhada na escrivaninha da sala de visitas e nos dizer o que é que tem lá dentro? Não quisemos abri-la, porque pode ser alguma coisa realmente ruim.

— Pode deixar comigo, Molly... O olho azul elétrico de Moody girou para o alto e fixou-se no teto da cozinha, transpassando-o. -  Sala de visitas... – rosnou à medida que sua pupila se contraía. – Escrivaninha no canto? É, estou vendo... é, é um bicho-papão... quer que eu suba e me livre dele, Molly.

— Não, não, eu mesma farei isso mais tarde – sorriu a Sra. Weasley –, tome a sua bebida. Na verdade estamos fazendo uma pequena comemoração... – disse, indicando a flâmula vermelha. – O quarto monitor na família! – disse com carinho, arrepiando os cabelos de Rony.

— Monitor, eh? – resmungou Moody, seu olho normal fixando-se em Rony e o mágico girando para olhar um lado da própria cabeça. - Bem, então meus parabéns – disse Moody, ainda olhando para Rony com o olho normal –, figuras de autoridade sempre atraem problemas, mas suponho que Dumbledore o considere capaz de resistir à maioria das principais azarações, ou não o teria nomeado.

Rony pareceu bastante espantado com esta opinião, mas não foi preciso responder graças à chegada do pai e do irmão mais velho.

— Meus parabéns Hydra – Disseram o Senhor Weasley e Gui.

— Muito obrigada – Sorriu ela.

— Bom, acho que a ocasião pede um brinde – disse o Sr. Weasley, depois que todos se serviram de bebidas. Ele ergueu o cálice. – A Rony e Hermione, os novos monitores da Grifinória e a Hydra, nova monitra chefe da Grifinória!

Os três garotos sorriram enquanto todos brindavam e em seguida os aplaudiam.

— Eu nunca fui monitora – disse Tonks animada, quando os convidados se aproximaram da mesa para se servir. Seus cabelos hoje estavam vermelho-tomate e batiam na cintura; ela parecia a irmã mais velha de Gina.

— A diretora da minha casa disse que me faltavam certas qualidades necessárias.

— Quais, por exemplo? – perguntou Gina, que estava escolhendo uma batata assada.

— A capacidade de me comportar – disse Tonks.

Gina riu; Hermione parecia não saber se ria ou não, e escolheu um meio-termo, servindo-se de um gole exagerado de cerveja amanteigada e se engasgando e Hydra também riu.

— Pois é, por isso não sei como fui escolhida, eu já arrumei algumas confusões, mesmo que sem querer! – Brincou Hydra se servindo de batata assada também.

— E você, Sirius? – perguntou Gina, batendo nas costas de Hermione. Sirius, que estava bem ao lado de Harry, soltou a risada de sempre, que lembrava um latido.

— Ninguém teria me nomeado monitor, eu passava tempo demais detido com Tiago. Lupin era o garoto bem-comportado, ele ganhou o distintivo.

— Acho que Dumbledore talvez tivesse esperanças de que eu fosse capaz de exercer algum controle sobre os meus melhores amigos – disse Lupin. – Não preciso dizer que falhei miseravelmente.

— Nossa, então agora entendo tudo – Brincou Hydra – Espero que ele não ache que eu posso controlar o Fred e o Jorge, isso também seria impossível.

Todos riram da brincadeira (menos os gêmeos que ainda estavam muito emburrados em um canto).

— Vocês vão ficar assim mesmo? – Perguntou Hydra sentando ao lado dos dois.

— Por que? Vai nos dar detenção? – Pergunto Fred

— Claro que não, parem de ser idiotas, eu vou continuar a ser a mesma de sempre, pensem que isso pode ser uma coisa boa, eu vou poder ajudar vocês as vezes... – Disse Hydra comendo um pouco de seu prato.

— É, olhando por esse lado... – Disse Jorge se animando um pouco – Ter como monitora chefe nossa amiga pode ser algo bom.

— Muito bem, assim que eu gosto, esse é o espírito! – Disse Hydra sorrindo para os amigos.

Rony elogiava com entusiasmo as qualidades de sua vassoura nova para quem quisesse ouvi-lo.

— ... de zero a cem quilômetros em dez segundos, nada mal, hein? Quando se pensa que a Comet 290 só atingia noventa e cinco, e isso com um bom vento de cauda, segundo o "Que Vassoura?"

Hermione estava conversando muito séria com Lupin sobre suas ideias a respeito dos direitos dos elfos.

— Quero dizer, é o mesmo tipo de absurdo que a segregação de lobisomens, não é? Tudo isso parece nascer dessa horrível maneira dos bruxos se acharem superiores aos outros seres...

A Sra. Weasley e Gui requentavam a mesma discussão de sempre sobre o cabelo do rapaz.

— ... está realmente passando dos limites, e você é tão bonito, ficaria muito melhor se os cortasse mais curtos, você não acha, Harry?

Harry ficou sem graça e respondeu qualquer coisa se afastando para onde Fred e Jorge estavam com Mundungo

— Você não acha Hydra? – Perguntou ela então.

— Eu sou suspeita Senhora Weasley, eu amo cabelo comprido em homem – Disse ela olhando para Peter que tinha o cabelo louro na altura mais ou menhos dos ombros e conversava em um canto com os pais.

A Senhora Weasley ficou sem graça e Gui riu.

— Viu só mãe? Agora vai me deixar em paz?

— É... Eu realmente acho que um pouco mais curto ficaria bem melhor – Respondeu ela ainda sem graça.

Hydra foi para onde estavam Fred, Jorge, Mundungo e Harry.

— Ela também pode saber – Disse Fred para Mundungo quando Hydra se aproximou.

— Olha só o que o Dunga arranjou para nós – disse Jorge, estendendo a mão para Harry e Hydra. Estava cheia de alguma coisa que lembrava vagens murchas. Produziam um barulhinho abafado de chocalho, embora estivessem completamente paradas.

— Sementes de tentáculos venenosos – esclareceu Jorge. – Precisamos delas para o kit Mata-Aula, mas são substâncias não comerciáveis classe C, por isso estamos tendo dificuldade para comprá-las.

— Uau, elas são ótimas para fazer poções de sono mais fortes, eu nunca tinha conseguido uma – Comentou Hydra examinando a substância.

— Dez galeões a partida então, Dunga? – perguntou Fred.

— Com todo o trabalho que tive para conseguir essas? – exclamou Mundungo, seus olhos empapuçados e vermelhos se arregalando ainda mais. – Lamento, rapazes, mas não estou aceitando nem um nuque menos de vinte.

— Dunga gosta de fazer piadinhas – disse Fred a Harry e Hydra.

— É, a melhor até agora foi pedir seis sicles por um saco de espinhos de ouriço – disse Jorge.

— Cuidado – alertou-os Harry em voz baixa.

— Quê? – admirou-se Fred. – Mamãe está ocupada, arrulhando em volta do monitor Rony, estamos seguros, a não ser que a Hydra nos coloque em detenção – Disse ele alfinetando a amiga.

— Mas Moody pode estar de olho em vocês – lembrou Harry.

Mundungo espiou nervoso por cima do ombro.

— Bem lembrado – resmungou. – Tudo bem, rapazes, dez então, se levarem tudo depressa.

— Valeu, Harry! – exclamou Fred, encantado, enquanto Mundungo esvaziou os bolsos nas mãos estendidas dos gêmeos e saía rápido em direção à comida. – É melhor levarmos isso para cima...

— Eu vou com vocês, preciso contar uma coisa – Disse Hydra e se afastou com os gêmeos .

— Vão indo, vou avisar ao Peter – Disse ela para os meninos enquanto eles subiam depressa.

Hydra chegou aonde Peter estava conversando com seus pais.

— Hydra, venha – Disse o Senhor Macmillan fazendo sinal para ela se aproximar – Nós estávamos falando sobre o novo cofre de vocês.

— Nem acredito, meu bebê está um homem, já tem um cofre para a família, a passou tão rápido... – Disse a Senhora Macmillan com lágrimas nos olhos.

— Mãe... – Peter parecia sem graça.

— Ele contou sobre a herança adiantada dos meus pais? – Perguntou Hydra se sentando ao lado deles.

— Sim, foi muito generoso deles – Disse o Senhor Macmillan.

— Na verdade eu duvido que o papai saiba que a mamãe me deu esse dinheiro, duvido que ele fosse deixar.

— Mas de qualquer maneira, é uma maravilha começar a vida a dois sem problemas financeiros, vocês tem sorte – Disse o Senhor Macmillan.

Hydra ficou conversando um pouco com os três então disse baixinho para Peter ouvir:

— Eu vou ali em cima resolver um problema com os gêmeos e já volto

— Tudo bem – Disse ele e voltou a conversar com seus pais.

Hydra subiu até o quarto dos gêmeos e encontrou os dois examinando a compra que tinham acabado de fazer.

— Isso vai ser ótimo – Disse Fred para Hydra – Era justamente o que precisávamos.

— Meninos, eu queria conversar sobre propostas comerciais com vocês – Disse Hydra se sentando no chão ao lado dos dois.

— Que proposta comercial? – Perguntou Jorge

— Eu recebi um dinheiro da minha mãe, bastante dinheiro e eu queria investir e ser sócia no gemialidades Weasley.

Fred e Jorge se olharam, da forma que sempre faziam quando se espantavam com algo.

— Mas a gente não está precisando de dinheiro agora Hydra, o prêmio do Harry já foi o suficiente por enquanto – Disse Fred

— Não importa, vocês guardam, investem, usam quando forem abrir a loja – Disse Hydra.

— Mas o investimento seria de quanto? – Disse Jorge

— Mil galeões, o que acham?

Os dois se oilharam novamente, incrédulos.

— Hydra, não, é muito dinheiro, nós já ganhamos esse valor do Harry – Disse Fred

— Eu sei e eu quero dobrar.

— Não, tudo isso não, é sério – Disse Jorge.

— Ok, 500 galeões então, pode ser? – Perguntou Hydra.

Os gêmeos cochicharam entre si e então responderam.

— Ok, 500 galeões nós aceitamos – Sorriu Fred – Bem-vinda novamente as gemialidades Weasleys – Ele estendeu a mão para ela apertar.

— Excelente, eu então como sócia não quero receber pelas poções que fizer, considere minha contribuição para a loja.

— Tudo bem, mas nós vamos dividir os lucros – Disse Fred

— Nem pensar, eu não quero – Respondeu Hydra

— Hydra, não, sócios dividem os lucros, dividimos em três – Disse Jorge sério

— Não, então eu quero, digamos, 10%, está ótimo, é mais do que justo – Disse ela

— Não Hydra... – Disse Fred sem jeito

— 10% é o máximo que eu aceito e isso só depois da loja estar pronta e dando lucro, antes disso toda minha parte quero que incluida no investimento, estamos entendidos? – Disse Hydra séria

— Tudo bem... – Disseram os dois sorrindo

Hydra desceu então dizendo que precisava voltar para casa.

— Vejo vocês amanhã no trem.

Hydra e Peter se despediram de todos e aparataram de volta para casa

— Eu não acredito que amanhã eu volto para Hogwarts – Disse Hydra enquanto colocava seus últimos livros no malão.

— Seu último ano – Disse Peter sorrindo – Está nervosa?

— Estou, mas na verdade eu estou achando tão irreal, é como se eu não pudesse acreditar que com tudo que está acontecendo eu terei que voltar a me preocupar com provas e notas

— Isso é bom Hydra, você deveria aproveitar, é seu último ano como uma adolescente, digamos assim.

— Eu sei, eu só realmente as vezes não vejo sentido, não com uma guerra na nossa frente.

— Sempre tem sentindo, não podemos parar a nossa vida por causa de Você-sabe-quem.

— Eu sei que não, sabe, você, os Weasleys, seus pais, o Abbas, os Tonks, praticamente todos que são importantes para mim estão na ordem e os que ainda não estão como o Fred, Jorge e Jeniffer ano que vem vão estar e meus pais e o Draco estão do lado inimigo, eu fico pensando, será que vamos sobreviver a tudo isso? Será que eu vou ter todos vocês no final? – Disse Hydra com lágrimas nos olhos.

— Hydra, eu não sei – Peter a abraçou – Mas eu prometo que a ordem está preparada, muito mais do que na primeira vez e que estamos fazendo de tudo para evitar um mal maior, não se preocupe, ok? Tenha fé que vai dar tudo certo e que estaremos todos juntos no final disso tudo.

— Assim eu espero, eu tenho fé sim – Disse Hydra.


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