Família Moderna escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 7
Noite normal




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/733218/chapter/7

P.O.V. Tara.

Eu, Miranda e Lafayette saímos pra dançar. Viemos pra Nova Orleans numa boate super legal.

—Quer uma bebida?

—Sabe que eu não consigo engolir não é?

—Desculpe, eu esqueci.

—Tudo bem.

Pois é, o corpo da Miranda não aceita bebidas alcoólicas de jeito nenhum, ela nem consegue engolir.

Estávamos dançando e cantando, nos divertindo que nós nem percebemos que tinham nos seguido.

P.O.V. Eric.

Elas vieram para uma boate em Nova Orleans. Tara Thornton e Lafayette beberam todas, mas ela nem encostou no álcool.

Decidi ser gentil.

Eu to ficando louco vendo ela dançar.

P.O.V. Miranda.

Estava dançando com a Tara quando um garçom trás um Dry Martini pra mim.

—Eu não pedi nada moço. Deve ter sido um engano.

—Foi engano não. Cortesia do cavalheiro ali.

Eu olhei e vi o Eric Northman sentado no bar.

—Que droga. Agora vou ter que beber.

—Ta doida? Vai passar mal.

—Fica pra você. Vou pedir água.

—Obrigado.

A Tara do jeito que é tinha que provocar. Olhou pro Eric, levantou a taça e bebeu.

—Ai Tara! Você é doida!

Eu fui até o bar e pedi:

—Moço, me vê uma água por favor.

—Tá falando sério?

—To.

—De que planeta você veio?

Só pra zoar com ele eu disse:

—Dizem que as mulheres vem de Vênus. Vai ver que foi de lá.

Ele deu risada e me deu uma garrafa d'água.

—Quanto é?

—Ta com a comanda ai?

—To.

—Da ai.

Ele marcou e quando eu vi escrito um dólar eu ri.

—Ninguém que vem aqui pede água.

—Eu sou como nenhuma outra.

Estava voltando pra Tara quando sou parada.

—Foi muita falta de educação sua rejeitar a minha cortesia.

—Foi muita burrice sua pagar bebida pra uma garota cujo organismo não aceita álcool.

—Como assim não aceita?

—Eu nem consigo engolir. O meu corpo rejeita.

—Como isso é possível?

—Como você é possível? Vem, to ficando com pena de você. Dança comigo.

Puxei ele pela pista e nós começamos a dançar.

—Isso não te faz mal?

—Isso o que?

—Todo esse barulho, essas luzes. Vampiros tem os sentidos mais aguçados.

—Conseguimos controlar.

—Então tá.

—Mas, tenho que admitir que eu prefiro assistir á ópera.

—A Ópera me dá sono.

—Você ta me deixando doido sabia?

—Você já é doido. Não adianta jogar a culpa em mim.

A música mudou e eu comecei a me afastar, mas ele me puxou de volta.

—Onde acha que vai?

—Eu vou procurar a Tara. Ela ta com problema.

—Como sabe?

—Telepata lembra?

Eu fui atrás da Tara e tinha um vampiro ensandecido tentando pegar ela.

—Larga dela seu idiota!

Ele se virou pra mim, tentou me atacar e eu taquei um feitiço nele e ele explodiu.

—Odeio quando isso acontece. Você tá bem?

—Obrigado. Sabia que eu tava com problema?

—Eu não te vi mais e então comecei a ver o que você tava vendo. Quer ir pra casa?

—Não. Em casa é pior.

—Vem. Não é seguro ficar aqui.

P.O.V. Eric.

Ela torrou um vampiro sozinha. Com aquela luz rosa que saiu da mão dela.

O mais chocante é que elas entraram e voltaram a dançar como se nada tivesse acontecido.

—Depois eu que sou o louco.

—Ele ia matar a Tara. Se ele tivesse ficado quieto não teria explodido. Ai essa é minha música!

Estava tocando S.O.S. da Rihanna e ela começou a dançar. O povo da boate até abriu espaço pra ela executar a coreografia. Só tinha ela na pista e o povo em volta tudo olhando, babando.

—Essa é a minha amiga!

E ela estava tão concentrada que acho que nem percebeu que o lugar inteirinho parou pra ver ela dançar.

P.O.V. Tara.

Não importa onde a gente vá, a Miranda sempre, sempre, sempre é o centro das atenções. Ela é como a gravidade, tudo e todos são atraídos por ela e pra ela.

A boate inteira parou pra ver ela dançar e quando ela acabou o povo explodiu num estrondoso aplauso.

E ela tomou um susto. Ela chamava a atenção sem nem perceber, sem nem fazer esforço.

Ela se adaptou rapidamente e prestou uma reverencia de bailarina.

—Não sabia que Miranda era bailarina.

—Você não sabe nada sobre ela. Você acha que ela é a sua mulher que morreu, talvez ela seja, na alma, mas ela é a Miranda, ela teve uma criação diferente, pais diferentes, amigos diferentes. Outra educação.

—Você não tem medo de mim?

—Eu acho você um babaca que se acha porque tem presas. Se você beber meu sangue você vai passar mal. Então isso é um não. Não tenho.

—Vamos achar o Lafayette e ir pra casa. O que acha?

—Demorou. To cansada.

Elas mandaram uma mensagem pro Reynalds e ele respondeu.

—Onde ele tá?

—Enroscou. Até parece que não conhece seu primo. Já falei pra ele ter cuidado.

—Você dirige.

—Como sempre.

A Miranda dirigiu pra casa da Tara.

—Posso passar a noite? Eu não posso voltar pra casa.

—Porque não?

—Porque o maluco do Northman comprou a minha casa! Não me sinto mais segura lá dentro. Ele invadiu o meu quarto e me viu pelada!

—Que cretino.

—Pois é. Mas, ás vezes bem ás vezes eu olho pra ele e eu vejo que no fundo, no fundo, bem no fundo tem uma parte dele que ainda é humana.

—Você tá brincando? Deve ter inalado alguma coisa lá na boate.

—Talvez. Provavelmente.

Elas dormiram na mesma cama. E a Miranda acordou antes do amanhecer.

—Estamos de folga hoje Miranda.

—Eu sei, mas eu tenho que ir olhar o Jason. O maluco tem acesso á minha casa e ontem eu dei o fora nele. E se ele resolveu que queria se vingar e fez alguma coisa com o meu irmão? O Eric Northman não bate bem.

—Me fala algo que eu não sei.

—Acho que todos esses anos sozinho e nas trevas o levaram ao limite. E ele surtou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Família Moderna" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.