Família Moderna escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 4
Em casa


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/yIoze5G5elw

https://youtu.be/UH9twpzOBb0

https://youtu.be/YDkO72w3Sdc



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P.O.V. Adele.

Estávamos tão preocupados. Quando ela finalmente voltou nós ficamos aliviados.

—Oi querida. Você está bem?

—Não. Diz pro Eric que eu não vou voltar lá nunca mais.

—A vovó vai te fazer um chá.

—Se você fez alguma coisa com a minha irmã... eu acabo com você.

—Jason! Não seja rude.

—Isso é sangue no seu pulso?

—Eu fiz isso. Mas, já sarou.

Eu voltei com uma xícara de chá e dei nas mãos dela.

—Toma. Bebe tudo.

—Obrigado.

—Não vai me apresentar o seu amigo?

—Bill Compton, essa é a minha vó Adele, vó esse é o Bill Compton.

—Tome um pouco de chá.

—Não vó. Ele é vampiro.

—Oh! Desculpe. Compton? Como o senhor Anthony Compton?

—Sim. Somos parentes, bem distantes.

—Entendo.

—Eu vou subir, tomar banho e me preparar pra dormir. Amanhã, você vai acordar cedo e vamos ver o sol.

—Miranda, vampiros não podem sair ao sol.

—Ele pode.

Nos despedimos e ela subiu. Eu voltei para o Vamtasia e fui forçado a transformar uma moça.

O nome dela era Jessica.

Eu apresentei a Jessica á Miranda e nós vamos sair amanhã. Eu vou ver o sol depois de tanto tempo.

Quando o momento finalmente chegou eu fiquei meio assustado.

—Calma, vai dar certo. Eu vou estar com você.

Nós demos as mãos e eu vi o nascer do sol. Senti sua luz na minha pele sem sentir dor, só calor.

—Obrigado Miranda.

—Você fez por merecer.

—E quanto a Jessica?

—Não é tão simples. O vampiro ou vampira tem que merecer. Eu fiz funcionar, posso fazer parar. Não se esqueça.

—Como fez funcionar?

—Sou uma bruxa fada. É magia.

—Você é mesmo um milagre.

—Obrigado. Eu acho. Pode ficar aproveitando o sol, eu tenho que ir trabalhar.

Eu caminhei pela cidade, sob o sol. E as pessoas ficaram me olhando chocadas.

P.O.V. Eric.

Quando a notícia chegou a mim eu não pude crer.

—O que disse?

—Bill Compton consegue caminhar no sol.

—Como?

—Eu não sei. Ele não quis contar, disse que prometeu que não contaria.

—Prometeu pra quem?

—Eu não sei senhor. Eu só sei que toda a cidade de Bon Temps o viu caminhando em plena luz do dia! Interroguei todo mundo lá e ninguém sabia como.

—Eu acho que faço tenho uma ideia. Me traga a humana do Compton. Miranda Stackhouse. Ilesa.

—Sim senhor.

P.O.V. Miranda.

Eu estava trabalhando e fui até o freezer pegar algumas caixas de cerveja quando sinto alguém me agarrar e me arrastar.

—Miranda! Solta ela infeliz!

O cara era um vampiro e me levou de volta para o lugar que eu mais detestava.

—Me solta! Me larga!

—Solte-a.

Ele me soltou.

—Imbecil! Você. Certo. O que você quer?

—Como eu faço pra andar no sol?

—Você quer andar no sol? Vai comprar protetor solar na farmácia.

P.O.V. Eric.

Então, eu perdi minha paciência.

—Ela é toda sua.

Ele avançou encima dela e ela gritou e gritou, então alguém a salvou.

—Quem diabos é você?

O humano, meu vassalo implorou:

—Godric sou eu.

Ele quebrou o pescoço do humano.

—Meu Deus!

—Eu to aqui minha criança. Pensei que tivesse te ensinado melhor, isso não é maneira de se tratar uma dama.

 Me ajoelhei diante dele e implorei seu perdão.

—Não é a mim que deve pedir perdão. É a ela.

—Me perdoe Miranda.

—Ta perdoado. Você, você merece. Godric não é?

—Sim.

—Por favor me acompanhe. Você vai ganhar o dom de caminhar ao sol. Mas, tem que seguir as regras. Nada de matar humanos e fique longe de encrenca. Pode matar pra se defender só existe essa exceção. Se matar por qualquer outro motivo o dom será tirado de você e você vai ter que pagar com a sua vida. Entendeu?

—Ousa ameaçar Godric?!

—Olha só meu filho, eu não faço as regras! Só obedeço elas. Se não obedecer a natureza vai revidar e a consequência será a morte, a verdadeira morte.

—Concordo.

—Venha comigo.

Ela levou Godric.

—Fique ai Eric.

P.O.V. Godric.

Ela me levou para um lugar e queimou uma erva pronunciando palavras em latim.

—Podemos falar livremente sem medo de sermos ouvidos. Preste atenção, eu não tava brincando sobre as regras e nem sobre a morte. Para poder andar no sol, você precisa escolher um anel que seja do seu agrado e trazê-lo pra mim. Vou encantá-lo e ai enquanto usá-lo vai poder andar ao sol. Eu posso tirar o feitiço do anel também.

—Entendo.

—Não brinque com a magia, ou haverá sérias consequências. Aviso três vezes porque os vampiros tem uma tendência a exagerar e a não acreditar. A se acharem invencíveis e quanto mais velho pior. E não conte a ninguém sobre o que eu fiz e como fiz. Por favor.

—Não se preocupe. Seu segredo está seguro comigo senhorita Stackhouse.

Na noite seguinte ela veio buscar o anel e na seguinte da seguinte estava com ele na mão.

—Não desperdice minha mágica e aproveite. Quer que eu vá com você?

—Seria bom.

—No começo a luz pode incomodar os seus olhos. Mas, não vai queimar nem nada assim.

Nós fomos até o terraço do Vamtasia e logo o sol nasceu. 

—Essa é a coisa mais linda que eu já vi nos meus quatro mil anos.

—São vampiros como você que me fazem não perder a fé na sua raça. Apesar de sermos tão diferentes, somos tão iguais.

—Eu vou escoltá-la de volta a sua casa. Ter certeza de que vai sair ilesa.

—Não precisa. Tá de dia, a maioria dos seus não pode sair. Á menos que você queira ir conhecer a cidade. Se você queria ir só tinha que ter me pedido.

—Obrigado Senhorita Stackhouse.

—Pode me chamar de Miranda. Vamos.

Assim que entramos no bar a animação dela foi murchando e Eric nos esperava.

—Ainda está vivo. 

—Pela primeira vez minha criança, me sinto vivo. Vamos ser honestos, somos muito assustadores, depois de milhares de anos nós não evoluímos, nós só ficamos mais brutais, mais desumanos. Eu não vejo perigo em tratar os humanos como iguais. Uma trégua com a irmandade do sol nunca funcionou porque nós nunca tentamos.

—Foi por isso que não lutou quando te levaram?

—Irmandade do sol? Aqueles extremistas religiosos malucos?

—Sim. Eu poderia ter matado cada um deles, até o último deles em minutos, mas o que isso teria provado?

Eu estava conversando com Eric tão distraidamente que não vi a mulher tentar atacar Miranda. Até ela gritar.

Eu peguei Lorena pelo pescoço.

—Retraia suas presas. Agora.

Ela obedeceu.

—Sim xerife.

—Obrigado.

—Essa humana, Miranda se provou ser uma amiga corajosa e leal aos nossos. E ainda assim você a trata como uma borboleta. A qual você arranca as asas só porque acha graça. Depois não sabem porque eles nos odeiam.

—Ela me provocou. Roubou meu namorado.

—E você me provocou.

—Opa. Pisa no freio dona, como assim roubei seu namorado? Eu não roubei o namorado de ninguém.

—Bill Compton!

—Ai Meu Deus! Você... e ele... eu não sabia. Nossa, me sinto tão estúpida. Me desculpe não sabia que ele tinha uma namorada.

—Você destruiu a paz na minha própria casa. Eu poderia te matar como se você fosse uma mosca.

—Godric. Não!

—Vê? Mesmo depois de você ter ameaçado a vida dela, ela defende a sua. Você é uma vampira velha, eu posso dizer. Teve centenas de anos para evoluir, para mudar e aprender, mas não aprendeu. Ainda é uma selvagem e eu temo por todos nós humanos e vampiros se esse comportamento persistir. Saia. Saia da minha área assim que o sol se por.

—Eu vou lá pra fora. Com licença.

Ela saiu.

—O que ela tem?

—Ela passa mal aqui dentro. Consegue ver e tocar os fantasmas das pessoas que morreram aqui, consegue senti-los, ouvi-los.

—Uau! Mas, a pergunta que não quer calar é...

—Como ela se parece tanto com Tatiana? Eu não sei.

—Eu tenho que ir. Vou conhecer a cidade.

—Ela fez isso não fez? Como ela fez?

—Eu não posso contar. Dei a minha palavra.

Eu sai e ela estava me esperando.

—Tudo bem? Aconteceu alguma coisa lá dentro?

—Não.

—Eu ainda to pensando em como vamos sair daqui.

—Use isso.

Joguei a chave pra ela e nós fomos para a cidade.

—Chegamos. Sei que não é lá essas coisas, mas é o que é.

—É linda.

Então ouço um grito, não era um grito normal, era alto, estridente e demonstrava uma profunda dor.

—Banshee.

—O que?

Ela ligou para alguém.

—Jason atende. Jason, atende.

—Alô? Que que se quer Miranda?

—Jason, você está bem?

—Estou. Porque?

—Jason, a Lydia gritou.

—E dai?

—Ela é uma Banshee Jason! Banshees prevem a morte e a Lydia prevê mortes na nossa família!

—A vovó.

—Estou indo pra casa me encontre lá. Lamento, mas ter que fazer um pequeno desvio.

—Então Banshees existem?

—Sim. Cada grito tem uma frequência diferente para chegar a uma família diferente.

Ela dirigiu até a casa e entrou correndo.

—Vovó! Vovó não!

—Miranda. Oh Meu Deus!

—É a minha avó.

—Olá Godric. Vejo que ganhou um anel também.

—Leva ele. Leva o Godric pra conhecer a cidade, o meu irmão tá vindo e vamos ligar pra polícia. Não quero que vejam vocês aqui e virem suspeitos.

—Miranda...

—Vão. Mostra a cidade pra ele, leva ele pra passear.

—Tudo bem.

Ele me levou para conhecer a cidade.

P.O.V. Jason.

Nós chamamos a polícia e eles levaram o corpo, então fomos ao funeral e a Miranda chorou. Nós dois choramos.


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