A Viajante - Tomione escrita por Lady Riddle


Capítulo 3
O dia em que chamei a atenção dele




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Hermione

Fiz todo o trajeto até a torre da Grifinória em silêncio ao lado de Tom Riddle. Parecia que eu estava andando sozinha porque ele não fazia barulho nenhum apesar de andar imponente com os braços para trás. Ele era tão lindo e tão ameaçador. Quando íamos subindo as escadas, demos de cara com Charlus Potter que nos olhou confuso.

— Noite, Potter. Estarei tirando dez pontos da Grifinória por você ser um monitor tão incompetente. Como pôde deixar uma novata andando sozinha pelo castelo? Se eu não a encontro pelo caminho, ela iria dormir em algum canto do castelo e pegaria um refriado. Sabe como aqui é gelado nas madrugadas... – ele se dirigiu com arrogância ao Charlus que só o observou com atenção – eu já tenho os alunos da minha casa para cuidar para ter que me preocupar com os da sua!

— Não enche, Riddle! Não fez mais do que a sua obrigação já que você é monitor chefe! Obrigado por trazer a Mione, e pode deixar que daqui eu assumo. Pode tirar até 20 pontos se quiser porquê iremos vencê-los no quadribol no jogo de estreia! – Charlus o respondeu no mesmo tom arrogante.

— É o que veremos, e na próxima vez, srta. Granger, terá que pedir ajuda para os fantasmas da escola! – ele finalizou e se virou para ir embora.

— Me desculpe, Charlus... – eu pedi quando Tom Riddle estava longe o suficiente para não ouvir. – prometo recuperar os pontos respondendo perguntas amanhã nas aulas... quer dizer, se os professores derem  pontos por isso, pelo que entendi devem dar...

— Tudo bem. Ele é irritante assim mesmo... mas você já sabe disso? Deve ser uma garota muito inteligente mesmo! – Charlus elogiou e eu apenas balancei a cabeça negativamente. Eu nunca fui muito exibida, apesar de parecer.

— Só fique segura, Mione, não dê motivos para o Riddle fazer algo contra você... ele é muito perigoso – Charlus me advertiu e eu apenas assenti.

Assim que chegamos ao salão comunal, eu fui direto para o dormitório. Meu coração estava aos saltos porque eu estive há pouco com o futuro Lord das Trevas. Matá-lo seria ainda mais difícil do que eu estava imaginando e eu teria que planejar tudo bem planejado para que nada desse errado. A chance era única e qualquer erro poderia ser fatal.

Enquanto eu arrumava as minhas coisas e procurava um pijama para trocar, escutei alguém pigarrear, e devido ao estado de alerta que eu estava, me virei rapidamente para ver o que era.

— Se acalme! Até parece que viu um fantasma... quer dizer, não que isso seja difícil de se ver aqui... você é Hermione Granger, certo? Eu sou Minerva McGonagall, seja bem vinda! – a garota se dirigiu amavelmente a mim e eu levei alguns segundos para ver que aquela era a minha professora de transfiguração no futuro. No meu tempo ela era tão séria e tão rígida, mas aqui ela era tão divertida e descontraída. Minerva interrompeu a sua leitura se dirigir a mim

— Olá, é um prazer conhecê-la. Me desculpe, mas é que fui pega por Tom Riddle fora da cama e ele me pareceu tão assustador... tive sorte de ser salva por Charlus Potter – eu respondi encolhendo os ombros, mas a minha intenção citando o Riddle era justamente forçá-la a falar sobre ele e assim eu colher mais informações sobre ele.

— Ah, então está explicado. Ele mete medo em todos os nascidos trouxas. É o seu caso, não é? – ela me perguntou e eu assenti – aconselho a não ficar muito perto dele. Corre uma fama pela escola de que ele não gosta muito de alunos que não possuem sangue bruxo, mas acho que exageram. Ele é um excelente aluno e um ótimo monitor... além de lindo, é claro – ela acrescentou dando um risinho e me surpreendendo. Nunca pensei que veria McGonagall falando assim de um homem – mas nunca é bom arriscar.

— É, eu soube disso... – eu respondi e ela sorriu.

Posso dizer que aquele momento foi o marco inicial da minha amizade com Minerva. Eu pude perceber que ela era tão parecida comigo na adolescência. Ela gostava de estudar, apesar de amar transfiguração enquanto as minhas matérias favoritas eram runas e coisas sobre viagens no tempo.

Não vimos a hora passar e quando demos por nós, estávamos rindo e trocando confidências. Para ela eu repeti a história de ter os meus pais assassinados por Grindewald e que eu estava perdida, sem amigos nenhum e que tudo o que eu tinha agora era Hogwarts. Então ela se penalizou e ofereceu a casa dela para que eu passasse as férias e o recesso de Natal.

Descobri também que Minerva fazia parte do time de quadribol e que jogava com o Charlus e o Septimus. Eu mal podia esperar para assistir um jogo dos meus novos amigos. Após tanto conversarmos, enfim dormimos.

Acordamos as duas sonolentas no dia seguinte por termos ficado acordadas até tarde conversando, e após sairmos praticamente atrasadas para tomar o nosso desjejum no salão principal, Charlus e Septimus ficaram implicando comigo por eu ter perdido pontos da Grifinória. É claro que eu eles faziam para brincar, o que me arrancava muitas risadas. Eles eram cópias fiéis do Harry e do Rony e isso diminuía um pouco da suadade que eu sentia deles. Entre risos e conversas, eu senti um leve incômodo ao notar que um garoto na mesa da Sonserina me olhava intensamente. Era Tom Riddle que me encravava sem parar.

— Fique tranquila que aquele psicopata não fará nada com você! – Septimus disse pousando a mão sobre o meu ombro, gesto esse que fez o Riddle desviar o olhar e a largar o garfo com impaciência no prato que ele estava comendo.

Eu não sabia o porquê de ele ter reagido assim, eu só sabia que eu estava começando a ficar amedrontada e que eu precisava executar o meu plano logo, antes que o medo me consumisse e eu me tornasse incapaz de terminar a minha missão.

Quando a sineta tocou, fui informada de que eu teria a minha primeira aula do ano de 1943 nas masmorras com o professor Slughorn. Teríamos aula de poções, e apesar do professor estar bem mais jovem e gorducho, ele parecia dar a mesma aula que dava cinquenta anos a frente, tanto que após ele pedir para eu me apresentar para a turma inteira, arrancando risinhos debochados dos cinco garotos que andavam com Tom enquanto o próprio me olhava com um olhar maldoso, o professor pediu para respondermos algumas perguntas e eu praticamente competia com o Tom para ver quem levantava o braço primeiro para responder as perguntas do professor. A cada resposta certa que eu dava, os grifinórios comemoravam e eu ganhava 10 pontos, o mesmo acontecia com ele e os sonserinos.

— Mas veja só! Parece que você conseguiu uma oponente a altura, não é mesmo Tom? Acho que deu empate e por isso acho mais do que justo convidá-la para participar do nosso divertido clube de duelos , não é mesmo? – ele perguntou e os sonserinos torceram o nariz e eu sabia bem que de divertido, aquele clube não tinha nada, e que duelos era a última coisa que eles faziam lá.

— Seria uma honra, senhor. – eu respondi com a voz baixa.

— Não sabe o que está fazendo, Mione. – Charlus sussurrou pra mim e eu tive que segurar o riso.

— Bom, por que não desempatarmos? Aquele que fizer a melhor opção do morto vivo, ganhará uma recompensa! – o professor disse e eu vi nos olhos do Tom que ele se esforçaria para ser perfeito só para me desbancar.

Então assim que o professor autorizou que começássemos, eu me lembrei das instruções que o livro do príncipe mestiço do Harry trazia. Segui todos os passos e vi a minha poção tomar as cores certas e o professo rsuspirar admirado cada vez que passava perto do meu caldeirão. No final, eu levei a melhor, apesar da poção do Tom Riddle aparentar estar tão perfeita quanto a minha.

— Pelas barbas de Merlim, senhorita Granger! Nunca havia visto alguém fazer uma poção assim tão perfeita! Você está de parabéns! 30 pontos para a Grifinória! - o professor exclamou e eu vi os alunos da minha casa explodirem em vivas pelo meu desempenho. Do outro lado da sala, Tom Riddle e seus amigos me olhavam ameaçadoramente. – Não fique chateado, Tom, afinal, você ainda será o ministro da magia, tenho certeza! 

— Não estou chateado, senhor. Na verdade, estou feliz em saber que temos uma bruxa extraordinária entre nós. – ele respondeu num falso tom de cortesia que fez Charlus e Septimus suspirarem com impaciência.

— Obrigada. – eu respondi desafiadoramente entrando no jogo e eu vi uma leve faísca vermelha passar pelos olhos dele. Aquilo havia me causado arrepios.

Assim que o professor terminou a aula, todos os meus colegas vieram me abraçar e me felicitar por eu ter derrotado o Riddle na aula de poções, mas mal sabiam eles que na verdade eu queria mesmo era derrotá-lo na vida real. É claro que foi impossível não rir das imitações que Charlus fazia do Riddle, e apesar de ser compreensível a rixa entre os grifinórios e sonserinos, eu fui entender que a implicância exagerada de Charlus e de Septimus tinha motivos e nomes.

Quando saímos para o jardim para esperarmos o horário da próxima aula, vimos Tom Riddle parado enquanto conversava com duas belas garotas que eram bem parecidas. As duas enrolavam os cabelos com a ponta dos dedos e riam-se até da mínima coisa que o Riddle falava. Estava claro que elas se sentiam atraídas por ele e eu não as culpava.

— Ele é um imbecil, é isso o que ele é! – Charlus disse com raiva e puxou a mim e a Minerva pelo braço – vamos para um lugar menos poluído! – ele acrescentou e o Septimus bufou, nos seguindo. Estava na cara que os dois gostavam daquelas garotas que eu vim descobrir ser Cedrella e Dórea Black. Senti uma vontade incontrolável de dizer a eles que no final eles acabariam se casando com elas, mas quanto menos eu interferisse no passado melhor.

Após ficar um tempo com eles, eu corri para a biblioteca para estudar um pouco antes da próxima aula e assim que eu consegui escolher um bom livro e me concentrar, eu escutei aquela voz aveludada, mas terrivelmente assustadora se dirigir a mim.

— Onde aprendeu a fazer uma poção tão perfeita quanto aquela? Já posso notar que você não é tão tolinha quanto as garotas daqui e é por isso que eu devo ser gentil ao avisá-la para não se meter no meu caminho. – ele me advertiu.

— Como não me meter em meu caminho se é você quem veio atrás de mim na biblioteca? O monitor da minha casa é Charlus Potter, como você fez questão de deixar isso claro ontem. Quero ficar fora do seu caminho, mas você tem que colaborar não se metendo nele. – eu respondi com atrevimento e vi os lábios dele crisparem.

— Você acaba de comprar briga com alguém perigoso, Granger. Vai se arrepender por falar assim comigo. Vou te infernizar tanto que você vai implorar para sair daqui. Já está avisada! – ele concluiu a fala dele e saiu apressado, bufando.

Aquilo não era nada bom. Era só pra eu ser invisível e descobrir os pontos fracos dele, mas se eu pensava em atacá-lo, os planos haviam mudado. Eu não teria só que detê-lo, agora eu teria que lutar com ele também e apesar de saber que é uma batalha perdida, eu decidi encarar a situação como uma verdadeira Grifinória faz.


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