A Viajante - Tomione escrita por Lady Riddle


Capítulo 2
O primeiro dia


Notas iniciais do capítulo

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Hermione

Eu havia lido em um dos meus livros sobre viagem no tempo que com o tipo de vira tempo que eu estava, eu poderia escolher o lugar em que eu apareceria. Na verdade, esse era um vira tempo espaço-temporal, e eu ajustei o meu para me levar até uma tarde em Hogsmead, e que faltasse apenas uma semana para o início do ano letivo de 1943.

O lugar me causou estranheza porque apesar de conter as mesmas construções do meu tempo, tudo ali era diferente. Sei que era pelo fato de eu estar há 70 anos atrás, mas ainda sim era estranho. Parecia que eu fazia parte de um filme de época que eu já assisti tantas vezes com os meus pais.

Ah, os meus pais...

Senti as lágrimas virem com força ao pensar neles, mas antes que eu pudesse fazer algo, uma senhora muito bondosa veio ao meu socorro. Guardei o meu viratempo rapidamente para que ela não o visse.

— Por que choras, linda menina? – ela me perguntou – o seu pai ou o seu marido estão por perto? Não é bem visto uma dama andar sozinha por aí. Você pode ficar mal falada! Alguém fez algo pra você?

— Ah, não senhora. Bom, é que estão me esperando em uma pousada aqui em Hogsmead... O meu marido! Ele disse que iria na frente porque acabamos de chegar... – eu acrescentei ao ver os olhos daquela mulher se esbugalharem, mas por fim ela decidiu acreditar na minha história.

— Ah, se é assim, eu te levo até lá. Só temos uma pousada em Hogsmead. Certamente o seu marido estará lá... em tempos de Grindewald, é compreensível que o seu esposo tenha ido checar o lugar primeiro sozinho... agora sim eu entendo! – ela me respondeu e me ofereceu o braço para que fossemos caminhando juntas. Realmente, esse tempo era bem esquisito...

A pensão que ela havia me indicado, era modesta, mas muito bonita, além de ser barata. Eu havia lido no meu livro sobre viagem no tempo que o Ministério era muito rigoroso sobre a educação dos jovens, tanto que não importava para que tempo você viajasse, eles o obrigavam a ir para a escola e como eu estava em Londres, não demoraria para alguém de Hogwarts vir me buscar.

E quanto a isso, eu estava certa. Após me instalar naquele local e passar uma noite de insônia porque apesar de tudo eu estava com medo, eu recebi uma visita ds melhor pessoa que eu poderia querer para me falar sobre a escola. Recebi a visita de Alvo Dumbledore!

Primeiro, ele estranhou o fato de eu drixá-lo entrar no meu quarto já que damas nesse tempo não poderiam se encontrar sozinhas com um homem em seus aposentos, mas aquele homem eu conhecia bem. Dumbledore nunca me faria mal.

— Senhorita Granger, se muito não me engano? – ele me perguntou mantendo um sorriso paternal no rosto – é curioso como a senhorita apareceu no registro de jovens menores de idade que ainda não estão matriculados em uma instituição de ensino. Onde estão os seus pais?

— Morreram, senhor. – eu respondi tentando parecer o mais natural possível para que ele não desconfiasse de nada – Eles eram trouxas... Sofreram a fúria de Grindewald. Eu consegui escapar por ser bruxa, mas eles... – comecei a chorar e Dumbledore me abraçou.

— Está tudo bem, você ficará bem. Vim lhe oferecer uma vaga em Hogwarts e receio que nas atuais circunstâncias seja sensato que você aceite! Nós a manteremos segura. – ele prometeu me soltando do abraço em seguida – à própósito, sou Alvo Dumbledore, o professor de transfiguração! E, desculpe-me perguntar, você estudava em alguma escola antes?

— Não... eu... eu era educada por um casal de bruxos que moravam próximos à minha casa porque não é seguro alguém como eu estar em uma escola por conta do preconceito que posso sofrer daqueles que possuem a pureza de sangue... – eu expliquei e o professor me analisou por um longo momento, mas pareceu acreditar.

— Se a senhorita quiser, posso acompanhá-la amanhã ao beco diagonal para comprar o seu material. Hogwarts tem um fundo para amparar aqueles que necessitam do nosso auxílio, como é o seu caso, e depois, e nossa escola você estará protegida e não sofrerá nenhum preconceito. Temos uma política de combate a essas práticas. – ele me respondeu e eu sorri.

— Seria ótimo, se o senhor pudesse me acompanhar... e obrigada – eu digo e ele assente se adiantando para a porta.

— Foi um prazer conhecê-la, srta Granger. – o professor diz amavelmente e se retira, me deixando sozinha no quarto.

Agora eu não poderia mais dar pra trás. O jogo havia começado e no dia seguinte Dumbledore veio. É claro que eu fingi que não sabia nada sobre a escola e perguntei tudo sobre ela, e o professor me explicou sobre as casas, sobre como tudo funcionava e eu fingi estar impressionada com tudo. Dali a uma semana eu partiria para Hogwarts, e apesar de eu ter todo o meu material de segunda mão e de não conhecer ninguém, eu estava animada. Estudar era um passatempo e eu precisaria de uma distração dos meus planos de matar Tom Riddle sem levantar suspeitas.

No dia 1° setembro, eu já estava com o meu malão pronto. Depois de conferi-lo três vezes, eu fui encontrar Dumbledore porque como eu estava em Hogsmead, eu não não precisaria pegar o expresso de Hogwarts.

Confesso, eu estava ansiosa e Dumbledore tentava me acalmar a todo instante. Quando entramos no castelo, já era possível escutar o alvoroço dos alunos que já estavam ali, e conforme Dumbledore havia me explicado, eu passaria pela seleção para saber para que casa eu iria ficar. Entrei junto com o professor e fiquei esperando a seleção dos alunos do primeiro ano para ser selecionada em seguida. Enquanto isso, eu encarava a mesa da Sonserina em busca do Tom Riddle. Eu me lembrava de como Harry o havia descrevido, por isso eu procurava obessivamente por um garoto de cabelos negros e olhos negros. Encontrei um com as expressões doentias que batia com a imagem que eu tinha feito dele. Se o meu sexto sentido estava certo, eu o havia encontrado.

Quando o último aluno do primeiro ano se sentou na mesa da Corvinal, fez-se um silêncio. Todos me olhavam e esperavam o que o diretor diria.

— Sei que parecem curiosos porque este ano receberemos uma aluna nova. Ela já está um tanto avançada e provavelmente não entrará no primeiro ano. Faremos um teste de aptidão para encaixá-la em uma turma. Srta Granger, por favor, aproxime-se. – o professor pediu e Dumbledore me guiou até o banquinho para fazer a seleção.

Claramente, você não é desse tempo, mas cabe a mim analisar. Sua missão é difícil e devo avisá-la para não se desvirtuar dela. Quanto a você, manterei a mesma decisão que eu dei no futuro. GRIFINÓRIA - 6° ano!” - o chapéu falou após ser colocado na minha cabeça.

A mesa da Grifinória explodiu em aplausos e eu fui andando para lá o mais rápido que eu pude, me sentando ao lado de um garoto de óculos e cabelos negros e de um ruivo que me lembravam fortemente o Harry e o Rony. Aquilo me deu vontade de chorar, eu sentia tanto a falta dos meus amigos, mas por fim, acabei me envolvendo na conversa deles, e imagine a minha surpresa ao descobri que eles eram nada menos que Charlus Potter e Septimus Weasley.

— Sinceramente, você foi para a melhor casa daqui. Quer dizer, estamos invictos no quadribol. – Charlus falou e Septimus concordou.

— Vocês dois jogam? – eu perguntei sem parar de olhar para a mesa da Sonserina.

— Eu sou apanhador e o Septimus é batedor. Por que não para de olhar para a mesa da Sonserina? – Charlus perguntou e eu o olhei corando.

— Nada, só estou observando.... eles parecem tão frios, não sei, só estou curiosa... – eu respondi e eles se entreolharam.

— Não são as melhores pessoas para você fazer amizade... ainda mais com a turma do Riddle... – Septimus falou e Charlus bateu no ombro dele – Ela vai precisar saber! Você é nascida trouxa, não é?

— Sim, mas..

— Então nunca, nunca, em hipótese alguma ande por este Castelo sozinha! Você pode ser nossa amiga e andar com a gente se quiser, nós a protegeremos. – Septimus disse e eu dei um meio sorriso.

— Esse Riddle... Quem ele é? – eu perguntei .

— É o demônio em pessoa! – Outro garoto respondeu – ele se faz de santo para todo mundo, mas é tão... cruel. Não sei, eu ficaria longe dele. – o garoto terminou abaixando a cabeça e eu preferi não tocar mais no assunto.

Então o banquete terminou, mas ao invés de eu ir para o meu dormitório, eu perguntei a senha para o Charlus que era monitor e corri em direção à biblioteca após despistá-los. A verdade é que eu estava morrendo de curiosidade para saber como eram os livros daquele tempo. A minha obsessão podia esperar.

Eu sempre imaginei a biblioteca desse tempo repleta de clássicos dos mais variados tipos e fiquei feliz ao ver que não me enganei. Infelizmente, eu não pude ir até a sessão reservada porque aqui eu não era monitora, mas os títulos que aqui estavam eram igualmente interessantes. Fiz uma nota mental de pegar alguns emprestados no dia seguinte e saí dali rumo à sala comunal da Grifinória. Não seria bom que eu chamasse atenção por ali.

No caminho, encontrei um grupo de cinco garotos sonserinos com ar superior conversando secretamente entre si. Entre eles, estava o garoto de cabelos e olhos negros com a expressão doentia no rosto que eu havia visto mais cedo. Aquele só poderia ser Tom Riddle, e como eu sabia que ele era monitor, aproveitei para tentar um primeiro contato para conhecê-lo um pouco. Todos os meninos eram assustadores e me lembravam os comensais que vi no Ministério no ano passado, mas mesmo assim, me enchi de coragem e fui até eles.

— Com licença... algum de vocês é Tom Riddle? – eu perguntei visivelmente nervosa e os cinco garotos me olharam com ar de desdém e trocaram olhares maldosos entre si.

— E o que uma sangue ruim quer com ele? – o garoto moreno com a expressão doentia perguntou, o que era estranho porque se ele não era o Tom Riddle, quem ele seria?

— Ele não está aqui. – um outro garoto respondeu num tom mais gentil – quer dizer ali vem ele...

Virei-me para trás e dei de cara com um lindo garoto de cabelos e olhos negros. Eu não o havia notado no salão principal, ou pelo menos não havia considerado que alguém com a aparência tão angelical e tão bela pudesse ser o futuro Lord das Trevas. Talvez ele fosse o garoto mais bonito que eu já havia visto em toda a minha vida e eu poderia ficar horas olhando pra ele, se ele não tivesse se aproximando de mim com a expressão confusa e os olhos vazios que apesar de opacos eram muito convidativos e infinitos. Eu poderia me perder neles pra sempre.

— Senhorita Granger, certo? Em que posso ajudar? – ele perguntou com uma voz aveludada incrivelmente bonita. O seu tom era um sussurro o que o deixava extremamente sexy. Era impossível negar que eu estava atraída por ele.

— Sim... eu... sou nova aqui e precisava ir até a biblioteca... eu me sinto muito sozinha.... mas estou perdida e como sei que é monitor, eu queria pedir para que me falasse onde fica a sala comunal da Grifinória. – eu falei e ele me estudou por alguns segundos antes de voltar a me responder. Os outros garotos nos observavam absolutamente silenciosos.

— Eu deveria lhe dar uma detenção por estar fora da cama a essa hora, mas creio que o desespero por estar perdida já tenha sido um suficiente castigo. Não sou só um monitor, sou monitor chefe e devo adverti-la que não serei tão gentil na próxima vez que a surpreendê-la fora da cama após o toque de recolher, fui claro? – ele me perguntou ainda mantendo o tom de voz polido, mas de uma forma ameaçadora. Tive vontade de chorar e de desistir naquele mesmo momento.

— Tudo bem... eu...i-isso não vai mais se repetir... – eu respondi abaixando a cabeça.

— Ótimo. Me acompanhe e preste muita atenção no caminho porque eu não vou ensiná-lo de novo a você! – ele me advertiu rispidamente e eu apenas o acompanhei em silêncio, sem olhar para o grupo assustador que deixavamos mais longe a cada passo.


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