A Viajante - Tomione escrita por Lady Riddle


Capítulo 4
Salva pelo meu inimigo


Notas iniciais do capítulo

Contém cenas fortes!



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Tom Riddle falou sério quando me garantiu que travaria uma guerra comigo. Assim que ele me deu o aviso e saiu da biblioteca, eu permaneci nela por mais um tempo. Ele ainda não era Lord Voldemort por completo, mas eu sabia que parte daquele monstro já vivia dentro dele, e só isso seria o suficiente para ele acabar comigo se quisesse, mas eu iria me defender como eu pudesse.

Após me acalmar, saí dá biblioteca em direção à próxima aula e no caminho, tentaram me estuporar duas vezes e eu sabia que era a mando do Riddle. A mesma coisa se repetiu nos dias que se seguiram.

O assédio a minha pessoa estava tão intenso que eu parei de andar desacompanhada. Quando eu não estava com Minerva, eu estava com Charlus e Septimus. 

Com isso, eu tive que parar de frequentar a biblioteca também, e isso era a única coisa que me incomodava, já que eu precisava estudar maneiras de matar o Riddle sem levantar suspeitas.

— Minerva, por favor! Eu não posso andar sozinha se não vou acabar morta! Se você não me acompanhar, eu vou desacompanhada e a minha morte pesará na sua consciência! – eu a chantageei porque ela não queria ir até a biblioteca comigo.

— Isso é jogo baixo, Mione. Prometo ir com você após o treino de quadribol, pode ser?

— Tudo bem, estarei nas arquibancadas.

Já que não haveria outro jeito, eu acompanhei os meus amigos até a área de esportes para ve-los treinar. Todos voavam muito bem e eu arriscava dizer que o time desse tempo era melhor que o do meu, inclusive o Harry havia herdado o talento para apanhador do seu avô Charlus que também era incrível!

Ao fim do treino, Minerva entrou para o vestiário para tomar banho e se trocar e eu a esperaria na arquibancada mesmo, e foi então que por pouco um raio vermelho me acerta. Eu estava sendo atacada e o pior: eu nem sabia de onde os ataques vinham, já que depois daquele raio, mais alguns tentaram me atingir. Eu teria que parar Tom Riddle logo ou eu é que acabaria morta.

Contei aos meus amigos sobre o que havia acontecido e eles me aconselharam a contar tudo ao diretor Dippet, mas quem eu era comparada a Tom Riddle? Na certa ele ficaria a favor dele e contra mim.

Então os dias continuaram a passar. Durante as refeições, eu via o olhar feio dele pairar sobre mim, nos corredores, eu era atacada e nas aulas competíamos para ver quem era o mais inteligente. Confesso que esses momentos eram divertidos porque eu nunca havia tido um adversário a altura e eu sempre acabava aprendendo alguma coisa nova com ele.

Então o primeiro jogo de quadribol do ano chegou. Jogaríamos contra a Sonserina e toda a escola estava em espectativa. Provavelmente, não tentariam me atacar nas arquibancadas em frente a escola toda, então não me importei em ficar sozinha olhando os meus amigos jogarem.

Nos estávamos ganhando de 60 a 10 quando de repente, o nosso goleiro começou se confundir e a quase cair da vassoura algumas vezes. Eu já havia visto aquilo acontecer no meu tempo e logo procurei quem era o autor daquela azaração. Preciso dizer que não me surpreendi ao ver Tom Riddle azarando o nosso goleiro?

Mas dessa vez eu estava preparada! Eu sabia o contrafeitiço e por isso comecei a cantá-lo imediatamente. Eu não sei se eu era extraordinária nessa prática ou se o futuro Lord das Trevas não era tão poderoso assim ainda porque eu consegui anular a azaração dele, tanto a ponto de ele procurar nas arquibancadas quem o estava sabotando, e foi então que os nossos olhos se encontraram, mesmo ao longe. Ficamos nos encarando praticamente o restante do jogo inteiro, e nem quando a minha casa venceu, eu consegui comemorar, porque ainda sustentava o olhar do Riddle.

Apesar da distância, ele tentava violar a minha mente, mas eu já conhecia e dominava a oclumência para não deixá-lo avançar nem um pouco sequer. Tudo dava a entender que essa batalha eu havia vencido, e eu só parei mesmo de encará-lo quando os alunos começaram a se dispersar e eu sabia bem que seria perigoso eu continuar ali sozinha.

A festa na sala comunal foi incrível. Nós não tínhamos Fred e Jorge, mas de alguma forma conseguiram arranjar cervejas amanteigadas para todos nós. Vencer no quadribol sempre foi uma festa e um motivo para comemorações, ainda mais se o adversário fosse a Sonserina.

— Bem que eu avisei para aquele idiota do Riddle que nos venceriamos! Queria ver a cara de derrota dele ao ver isso! – Charlus disse vindo me dar um abraço e eu o correspondi porque me lembrei do Harry.

— Aquelas meninas que estavam com ele... Você gosta delas ou de alguma delas? – eu perguntei e ele baixou o olhar.

— Ah, a Dórea Black... eu tenho uma queda enorme por ela, mas ela nem me olha... ela só sabe ficar puxando o saco do Riddle... e ele nem sequer gosta dela! A prima Cedrella é igual, mas essa é a garota do Septimus... – ele me explicou.

— Somos apaixonados pelas primas Septimus! – Charlus confessou e eu assenti, apesar de já ter percebido há muito mais tempo.

Fiquei mais um tempinho conversando com os meus amigos, mas as minhas pesquisas sobre forma de matar o Riddle precisavam continuar e foi pensando assim que decidi arriscar mais uma saída do dormitório rumo à biblioteca para que eu continuasse as minhas pesquisas já que seria muito arriscado eu ler sobre isso no meu próprio quarto. Certamente alguém descobriria e ligaria o assassinato a mim.

A ida até o local foi tranquila. Consegui chegar lá sem ser atacada uma única vez sequer e segui para a sessão que tratava sobre fungos mágicos. Certamente ali teria alguma erva facil de roubar das estufas que pudesse ser fatal, sem chances da vítima se salvar. Era isso que eu deveria fazer com Tom Riddle. Eu iria envenená-lo!

Apesar de eu ter certeza dessa minha missão, eu me sentia muito mal em sequer cogitar essa possibilidade, por isso, eu sempre tinha que parar um pouco a minha leitura e beber um pouco de água para ver se me acalmava.

Foco, Mione, você só está vingando os seus pais e salvando o mundo. No fundo vai ser o melhor a se fazer...

 

Descobri que chá com as folhas de visgo do diabo causavam a morte de uma pessoa em menos de cinco segundos e por isso não dava chances para a pessoa ser salva. Visgo do diabo era uma planta tão fácil de ter acesso que o furto de algumas delas não ligaria a autoria a ninguém.

Após decidir a forma que eu mataria Tom Riddle, eu precisava planejar como eu faria isso, e nada melhor do que traçar um plano deitada em minha própria cama.

Decidido isso, copiei a receita do veneno em um pergaminho e após protegê-lo com feitiços para que somente eu pudesse lê-lo, saí dá biblioteca procurando chamar o mínimo de atenção já que era tarde e eu não queria ser pega fora da cama, mas foi ao sentir alguém me puxando pelo braço enquanto eu subia as escadas do 6° andar que eu concluí que o meu pedido não seria atendido. Pelo menos não hoje.

— Ora se não temos de volta a nossa querida sangue ruim. Você é quase imortal, não é? Até hoje nenhum dos feitiços que lançamos conseguiu atingir você! – o garoto moreno com a expressão doentia que eu confundi com Tom Riddle no nosso primeiro contato falou.

— E temos que confessar, Lestrange, que apesar do sangue sujo, ela é até bem gostosinha... as sangues ruins sempre me despertaram um certo fascínio... podíamos fazer aquilo de novo, hein? – um outro garoto igualmente horripilante que andava com eles falou.

— Ele não vai gostar. Da outra vez quase fomos pegos... – falou um outro garoto – mas por outro lado, Avery, essa garota tem causado tantos problemas que o nosso Lord não vai se importar se abrirmos uma excessão! Essa garota precisa saber com quem está lidando e depois vai ser bom pra ela se divertir um pouco com a nobreza... – ele concluiu e os outros riram.

— Eu estou fora! - um garoto loiro que eu sabia ser o avô do Draco falou, e percebendo o que eles queriam fazer, eu comecei a me desesperar.

— A sala precisa é logo ali, vamos levá-la! – o primeiro garoto que agora eu sabia ser um Lestrange falou e tapou a minha boca em seguida quando eu ia entrar em pânico e começar a gritar. 

Não foi difícil eles me levarem para a sala precisa. Apesar de eu ter me debatido durante todo o caminho, eles eram três, e eram maiores e mais fortes do que eu. Eu estava complemente desesperada porque eu sabia o que eles fariam e eu não teria como me defender, ainda mais quando um deles segurou os meus braços para o outro pegar a minha varinha e atirar para longe assim que entramos na sala precisa que para aumentar a minha aflição foi transformada em um quarto com uma cama gigante no centro.

— Agora, sua sangue ruim, você vai aprender a respeitar os seus superiores! – O que se chamava Lestrange disse após me empurrar com força na cama. Eu tentei ir pra longe dele e gritar, mas eles riram – por que está assim? Aposto que nunca teve um homem! Imagine a sua surpresa ao saber agora que terá três de uma vez?

— Por favor, eu imploro, me deixem ir... eu prometo não me meter mais no caminho de vocês... por favor! – eu pedia enquanto chorava e soluçava.

— Melhor jogar algo nela para ela ficar calada, não é? Esses choramingos me irritam! – o que era Avery sugeriu, mas o terceiro garoto negou.

— Vamos ouvi-la gritar! Daqui a pouco ela pedirá por mais, inclusive vai andar atrás de nós no castelo para pedir para repetirmos! – o garoto falou e os outros dois riram. Então eu comecei a chorar ainda mais alto e a soluçar. Aquilo não poderia estar acontecendo.

Então o Lestrange me puxou pelo braço para a beirada da cama e o Avery segurou o meu corpo para o outro garoto abrir minha camisa do uniforme , sem tirar a gravata e puxar o meu sutiã para baixo para desnudar os meus seios.

 

Fechei os meus olhos com força e implorei para aquilo acabar logo, mas então ele começou a puxar a blusa até rasgá-la no meu corpo e aquilo doía tanto que eu comecei a gritar por socorro e quanto mais eu gritava, mais eles riam e falavam obcenidades pra mim.

Eu vi que estava tudo perdido quando um deles começou a chupar e a sugar um dos meus seios, dando fortes mordidas que eu sabia que me deixariam cicatrizes e que doía muito. Voltei a gritar e a implorar piedade, então senti o meu rosto queimar com um tapa que eu levei, abrindo um corte no meu lábio.

— Cale a boca, sangue ruim, e agradeça por ter três superiores a você loucos de desejo para te possuir ! – O Avery disse e eu continuei a chorar desesperada.

Então um deles que eu não soube identificar quem, começou a descer a minha saia, mas nesse momento, escutei o barulho da porta se abrindo e alguém entrando a passos rápidos.

— Parem imediatamente! – uma voz firme falou, o que me deixou mais confusa porque eu sabia muito bem de quem ela pertencia. Tive que abrir os olhos para confirmar. – Lestrange, Avery e Black, saiam daqui imediatamente! Eu já disse que não quero mais que isso se repita! 

— Mas, milord... – Lestrange tentou contestar.

— Vai desobedecer uma ordem minha? É isso mesmo, Lestrange? – Riddle perguntou e os três garotos se olharam antes de sairem furiosos da sala – vá você também, Malfoy. – Riddle falou embora eu nem soubesse que o menino estava com ele.

— Por favor, por favor... – eu voltei a implorar ao ver Tom Riddle com as expressões sérias me olhando. Eu nunca o havia visto tão furioso.

Então ele se aproximou devagar, mantendo as feições sérias e tentou tocar o meu ombro, mas eu me esquivei. Agora eu tremia enquanto tentava esconder os meus seios com as mãos e olhava pra ele desesperada. Quase gritei quando o vi pegar a varinha e apontar pra mim, mas ao invés de me petrificar ou coisa parecida, ele reconstruiu a minha roupa que estava rasgada.

— Vista-se! – ele falou em uma voz grave em tom de ordem – Quero que fique calma. Eu não vou lhe fazer mal, eu juro...

Olhei o confusa e me vesti. Meus braços e meu seio doíam, mas ainda sim, eu tentei me acalmar. Ele era o futuro Lord das Trevas, mas nesse momento não parecia querer me fazer mal.

— Você não pode voltar para o salão comunal assim. Tem que se cuidar antes e também não pode ir até a enfermaria para não prejudicar os meus amigos. O que você prefere? Ficar aqui ou ir para o meu quarto de monitor? Juro que não lhe farei nada, eu só quero... cuidar de você. – ele acrescentou essa última parte em um sussurro e eu o olhei boquiaberta.

— Eu quero ficar aqui... – eu respondi meio atordoada.

— Ótimo, quero que me mostre todos os seus hematomas para que eu possa curá-los... – ele pediu e eu mostrei os braços para ele fazer os encantamentos, mas quando eu devia mostrar o seio, eu não quis – Vai parar de doer e vai evitar uma cicatriz, confie em mim!

Então eu acabei atendendo o pedido dele, e Riddle olhou pra ele sem malícia alguma, pelo contrário: olhou com os olhos cheios de fúria, como se ele tivesse ficado extremamente chateado com a atitude dos amigos. Após ele me curar ali também, eu voltei a me vestir.

— Obrigada... – eu sussurrei.

— Quero que descanse um pouco agora. Eu ficarei aqui o tempo todo, e daqui a uma hora eu te acordarei para levá-la ao seu dormitório! – ele disse e eu resolvi obedecer. Naquele momento, ele não era o futuro Lord das Trevas, mas alguém que havia me salvado de um destino horrível, e eu lhe seria eternamente grata.


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