A Viajante - Tomione escrita por Lady Riddle


Capítulo 10
Decisão


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Demorei.
Peço desculpas, mas a vida tá muito corrida!
Posto o próximo quando e eu puder!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/733211/chapter/10

Tom

Depois da noite do baile, Hermione passou a ser parte importante da minha vida. Eu não sabia dizer o que eu sentia por ela, eu só sabia que toda a minha raiva e desprezo por esse mundo que me fez sofrer e, principalmente, pelos trouxas eram esquecidos quando eu estava nos braços dela. 

Depois daquela noite, passamos a nos encontrar escondidos pelo Castelo, que na maioria das vezes era na sala precisa. Ambos não queríamos que os outros soubessem desses encontros. Eu, porque não queria ser visto com uma sangue ruim por aí e ela por causa dos amigos grifinórios, mas ainda que tivéssemos pouco tempo para ficarmos juntos, estar com ela, olhar nos olhos dela, senti-la acariciar os meus cabelos e beijá-la era a melhor parte do meu dia.

O único problema era quando ela pedia para eu parar de atacar os sangues ruins. Eu tinha que manter um autocontrole muito forte para não gritar com ela nessas horas porque eu odeio ser questionado.

— Hermione Granger, por que não deixamos isso pra lá e não nos concentramos em nós? – eu respondi após ela perguntar pela milésima vez o porquê de eu atacar essas pessoas – e eu não as ataco. Aquele dia foi um acidente porque eu só queria saber o que tinha na câmara.

 

— Não parecia ser um acidente porque você se jogou na minha frente quando ouviu o basilisco vindo! – ela retrucou se afastando de mim e eu me assustei por ela já saber sobre o basilisco.

— Como sabe sobre a criatura? – eu perguntei franzindo o cenho.

— Apenas sei, Tom. Por favor, se é que você gosta um pouco de mim, tente ter boa vontade com essas pessoas...

— Tá, vou tentar. – falei mecanicamente para encerrar a discussão, então ela sorriu e me beijou, fazendo toda vontade de gritar com ela ir embora.

Após o beijo, inventei uma desculpa sobre uma tarefa de monitor chefe e saí da sala precisa onde estávamos. Eu precisava pensar em um método de continuar com as minhas práticas sem que a Hermione ligue a autoria dos ataques de mim. Obviamente, eu teria que expor mais os idiotas dos meus amigos, fazendo com que eles corram o risco de serem pegos, mas eu não tinha outra alternativa. O único que parecia ser inteligente o suficiente para não ser capturado era o Abraxas, mas ultimamente o loiro havia ficado insuportável porque não parava de insinuar que a Hermione e eu estávamos namorando em segredo, o que era quase verdade, mas como eu nunca havia contado isso a ele, tudo não passava de especulação por parte dele.

— A forma como vocês se olham... está na cara, Tom! Ela ama você e você não é indiferente também. Não precisamos parar de atacar os sangues ruins só porque você gosta dela, até porque ela é uma exceção a regra, porque é tão inteligente quanto uma bruxa de sangue puro! – Abraxas disse certa vez enquanto esperávamos os nossos amigos para uma reunião.

— Eu não gosto dela, Malfoy! Ela é uma garota linda, admito, mas não passa disso! Agora vamos mudar de assunto porque logo nossos amigos já chegam! – eu encerrei o assunto e comecei a girar a varinha entre os dedos. Malfoy não se manifestou mais porque ele sabia que poderia acabar sendo torturado.

Não demorou muito e todos chegaram. Os irmãos Black, Lestrange, Avery, Mulciber, Evan Rosier e Carrow. Ambos tinham o mesmo olhar alucinado que o meu. O ódio pelos sangues ruins era tão visível nos olhos de cada, eu sabia que tudo isso era obra minha. Eu não tinha o sangue puro como o deles, mas eles me respeitavam como um verdadeiro líder, eu sabia que cedo ou tarde eu dominaria  todo mundo o mundo bruxo, e eu seria o bruxo mais poderoso de todos os tempos.

— Esta noite, amigos, estamos reunidos para discutirmos algumas modificações no nosso modo de atacar. À partir de hoje, quero que sejam tão mais letais quanto discretos, e nunca, em hipótese alguma, deixem que percebam que eu tenho algo a ver com isso. – eu os rodiei enquanto explicava – Dessa vez, incluiremos os traidores do sangue também! Weasley vai precisar de uma lição, imagino. – eu acrescentei porque eu soube por Dórea, que agora namorava Charlus Potter, que o ruivo tinha intenções com a minha Hermione.

— E quanto à namoradinha dele? A sangue ruim da Granger? – Cygnud Black perguntou fazendo com que eu me enfurecesse, mas disfarcei – ela precisa de uma lição para parar de ser tão metida!

— Deixem-a em paz! Graças a estupidez do nosso ilustre amigo Lestrange ao tentar estuprá-la, não podemos mais tocar nela! Qualquer coisa, ela irá falar com diretor Dippet, ela mesma me garantiu isso na noite em que a salvei! – eu menti, a verdade é que eu nunca permitiria que fizessem mal a ela. – mas por outro lado o traidor do sangue Weasley...

— Sempre quis acabar com a raça dele! – Avery se animou os outros também.

Eu havia liberado Hermione dos ataques e incentivado os mesmos contra o Wealey. Aquele infeliz iria se arrepender de ter colocado os olhos na minha garota. Agora tudo o que eu tinha que fazer era dar uma de bom moço e capturar um dos meus amigos agindo para mostrar a Hermione o quanto eu era bom e estava mudando por ela.

Felizmente, tive essa oportunidade numa sexta-feira à noite. Eu estava com a Hermione na sala precisa. Ela estava sentada entre as minhas pernas e com as costas colada no meu peito enquanto estudava. Eu também lia um livro qualquer, mas aos poucos fomos sentindo os nossos olhos pesarem. Era hora de ir embora.

Após trocarmos um último beijo, nos levantamos e seguimos em direção à porta, só saindo quando eu verifique que o caminho estava livre. Como era tarde e eu receava que ela pudesse ser atacada de novo por alguns dos meus amigos, eu sempre a levava até a torre da Grifinória para que ela chegasse em segurança, mas dessa vez flagramos Evan Rosier torturando um secumdarista de sangue ruim.

Pra mim, não havia som melhor nesse mundo do que os gritos desesperados de alguém. Além de satisfação, eu sentia uma vontade imensa de gargalhar com o sofrimento alheio. Minha satisfação durou poucos segundos porque logo depois, senti Hermione me sacudir pelos braços para que eu fizesse alguma coisa.

— Vamos, Tom! Você é monitor, ele está machucando o menino! – ela me pediu quase se entregando ao desespero e vê-la assim me deu um aperto tão grande que eu fui interferir.

— Rosier, já chega! – eu me aproximei levantando o tom de voz. Hermione vinha logo atrás – Vai ganhar uma detenção por isso, e o diretor Dippet vai ficar sabendo disso!

— Qual é, Riddle! Só estou trabalhando por um mundo melhor! – ele me respondeu em tom de desafio. Embora eu soubesse que ele só estava encenando o meu jogo, eu não gostei nada daquilo e Evan iria pagar por isso!

— Agora são duas detenções! – eu elevei ainda mais o tom de voz e o Rosier se encolheu dessa vez. – A sala de troféus precisa ser limpa! Aposto que o zelador Filch vai adorar ganhar um ajudante por toda essa semana... a sua outra detenção, eu escolherei Depois! – eu finalizei. A verdade é que a segunda detenção seria uma sessão de tortura por ele ter me desafiado. – Volte para a cama.

— Está bem, Riddle. – ele respondeu quase submisso e se retirou correndo.

Então eu e Hermione levamos o garoto até a entrada da sala comunal da casa dele que era a LufaLufa, e após nos certificarmos que o menino ficaria bem, seguimos para as escadas para que eu pudesse levá-la até a torre da Grifinória. Assim que chegamos até a porta, ela me agradeceu.

— Obrigada por ajudar aquele garoto, Tom. Eu pensei que você se negaria... – ela falou envolvendo o meu pescoço com os braços. Eu enrijeci porque não queria ser visto com ela, e ela percebendo isso, me soltou rapidamente.

— Eu disse que tentaria mudar. – eu respondo cinicamente e ela sorriu um sorriso lindo – amanhã sondarei como está o garoto e aplicarei a detenção ao Rosier. – eu acrescentei, fazendo-a voltar a sorrir e num impulso, me abraçar e me dar um beijo rápido que eu correspondi.

Meu plano havia dado certo. Provavelmente, ela confiava mais em mim agora. Eu só precisaria ser discreto.

Assim que ela entrou na sala comunal da Grifinória, eu segui até às masmorras porque precisava dar uma liçãozinha em Evan que já estava dormindo, então segui até o quarto dele e o balancei suavemente para acordá-lo. Assim que ele abriu os olhos, eu apontei a varinha pra ele.

Air Negatio! – eu murmurrei e ele começou a sufocar. Naquela punumbra, ele conseguia encarar o meu rosto, o que era perfeito porque eu queria que ele soubesse que era eu a torturá-lo. – Isso é pra você aprender a não me desrespeitar, ainda mais na frente de uma sangue ruim! – eu tomei a murmmurrar enquanto ele continuava a sufocar em silêncio.

A cor do rosto dele já era roxa e mais alguns segundos, ele morreria. Suspendi o feitiço e saí do quarto, deixando Evan lutando por um pouco de ar.

Naquela noite, eu demorei a dormir, ainda mais após receber uma carta irritante da Murta Warren. Hermione evitou que eu a matasse uma vez, mas ela não me impediria de novo. Eu sabia que aquela estúpida passava tempo demais no banheiro, mas eu daria um jeito para que ela ficasse presa lá para sempre. Na verdade, acabei decidindo que as primeiras pessoas que eu mataria na vida seriam Murta Warren e Septimus Weasley, e nem mesmo a Hermione seria capaz de me impedir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Viajante - Tomione" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.