A Viajante - Tomione escrita por Lady Riddle


Capítulo 11
Os ataques recomeçam


Notas iniciais do capítulo

Eu não falei que não ia demorar?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/733211/chapter/11

Hermione

Desde a noite do baile, eu estava nas nuvens! Tom e eu não paramos mais de nos encontrar às escondidas. Sempre que eu via a foto de Rony, eu não conseguia mais sentir nem uma fagulha de atração por ele, e isso me assustava muito. Isso significava que eu estava me apaixonando profundamente por Tom Riddle, mas como eu poderia evitar?

Tom era o garoto mais inteligente, mais educado e mais bonito que eu já havia conhecido. Nós gostávamos das mesmas coisas, e assim como eu, ele já havia lido Hogwarts, uma história, umas cinco vezes. Até as marcações que fazíamos nos livros eram as mesmas.

Além dos gostos que tínhamos em comum, Tom tinha o melhor beijo do mundo. Tudo bem, que eu só havia beijado Vitor Krum, mas o belo sonserino era infinitamente melhor que o búlgaro. Resumindo, Tom era perfeito!

Eu já havia desistido da ideia de matá-lo, e agora eu me concentrava em resgatar todas as coisas boas nele. Ele era tão carinhoso comigo que sempre que estávamos juntos, eu sentia que podia mudá-lo. Eu só precisaria de paciência e boa vontade, e quando o assunto era Tom Riddle, essas coisas sobravam em mim.

Hoje completa um mês que estamos nos encontrando em segredo, e apesar de eu preferir que as coisas sejam assim, no fundo, eu queria que o nosso caso viesse a público porque eu não aguentava mais ter que fugir das investidas de Septimus sem magoá-lo, e eu não suportava mais ver metade das garotas da escola suspirando pelo Tom sempre que ele passava, ainda mais a Cedrella que era linda e a Murta Warren que fazia com que eu me arrependesse de tê-la salvo na noite do baile no banheiro.

Da parte do Tom, eu sabia que ele não havia contado sobre nós a ninguém, até porque eu sabia que no fundo ele tinha vergonha de ser visto comigo. Isso doía, mas eu compreendia já que o Voldemort do futuro valorizava a pureza de sangue e todos os amigos do Tom neste tempo pertencem às mais tradicionais famílias bruxas. Da minha parte, a única que sabia era Minerva.

Decidi contar tudo a ela na manhã após o baile. No início, a minha amiga não gostou muito porque tinha esperanças de que eu ficasse com o Septimus, mas foi só ela ver o quanto Tom me fazia bem para começar a nos apoiar.

 

Hoje teríamos todas as aulas juntos com a Sonserina, e eu estava muito feliz porque eu poderia olhar pro Tom discretamente o tempo todo, mesmo que ele nunca me devolvesse o olhar já que estava concentrado o tempo todo nas aulas. Só no salão principal, como agora, que conseguíamos trocar olhares, e sempre que ele fazia isso, eu sentia um friozinho na barriga.

— Por que tanto olha para a mesa da Sonserina, Mione? Quem não te conhece, até chegaria a pensar que você está secando o Riddle! – Septimus comentou, me tirando dos meus devaneios – O Charlus, eu entendo, mas você...

— Cala a boca, eu não tô olhando pra lá toda hora! – Charlus protestou fazendo eu e Minerva rirmos – Só estou olhando para a Dorea, não para a mesa toda! Hoje fazemos um mês juntos!

— Parabéns! – eu respondi tentando fugir do assunto, mas Septimus continuou a me olhar desconfiado.

Continuamos a comer e a conversar sobre qualquer coisa, mas fomos interrompidos quando um lufano veio gritando dizendo que o amigo foi atacado no corredor. O alvoroço na mesa dos professores foi instantâneo, e eu aproveitei para me certificar que todos os amigos psicopatas do Tom estavam na mesa, e para a minha surpresa estavam.

Era estranho porque coisas estranhas continuaram a acontecer com nascidos trouxas e mestiços, mas nada que pudesse ser ligado diretamente a alguém. Na semana passada, um Corvino nascido trouxa caiu da vassoura, ficando quatro dias inconsciente na ala hospitalar. No dia seguinte ao ocorrido, um grifinório foi encontrado desacordado no corredor cheio de cortes, e acima dele estava escrito “sangue ruim” com o próprio sangue do garoto nas paredes. Aquilo foi assustador e foi Tom que me consolou quando eu chorei nos braços dele.

Agora outro garoto havia sido atacado e nenhum dos possíveis autores se ausentou da mesa durante a manhã toda. Vi Dumbledore, diretor Dippet, o diretor da Lufa-Lufa e Tom se levantarem apressados para seguirem o garoto que gritou. Aproveitei para ir também, apesar dos protestos dos meus amigos. Eu precisava saber o que estava acontecendo.
Paramos ao final de um corredor no segundo andar.

Assim que chegarmos, vimos um garoto no chão, petrificado, com as mesmas características dos alunos que eu vi sendo atacados pelo basilisco no meu tempo, mas se o Tom Riddle era o único ser vivo que sabia falar em ofidioglossia e estava na mesa, quem deveria ter aberto a câmara secreta? Aquele garoto não havia sido atacado pelo basilisco, mas poderia ter sido atacado por alguma outra coisa. Foi então que eu me lembrei de um menino grandão e desajeitado que criava uma acromântula escondido num armário, pelo menos era o que Harry havia me contado.

Hagrid não estava no banquete e eu havia feito de tudo para ignorá-lo aqui para ele não me reconhecer no presente, mas agora já não teria mais jeito. Tanto ele quanto Minerva me reconheceriam no futuro.

Fui encontrar Hagrid na mesma salinha úmida e mofada que Harry me descreveu no futuro. Apesar de mais novo, o guarda caça do meu tempo, ainda era tímido e tinha um olhar bondoso. Ele nem havia percebido a minha presença já que eu consegui entrar discretamente, mas assim que ele me viu, ele deu um pulo.

— Calma, eu não estou aqui para fazer mal! Eu sou Hermione Granger, a aluna nova, apesar de que agora eu já não sou mais tão nova... – eu disse pensativa. Eu estava tentando ser simpática, mas não estava funcionando já que ele continuava a me olhar desesperado – o que você tem aí? – perguntei o escutar um armário se sacudir.

— Nã-não é nada! Deve ser um bicho papão! – ele se defendeu alterado.

— Um bicho papão ou Aragogue? – eu perguntei sem conseguir me conter. Hagrid deu um pulo e por pouco não desmaia – Não se preocupe! Não vou entregá-lo! Eu só quero que me diga se essa aranha tem o poder de petrificar as pessoas. Um garoto foi atacado e como eu sei que você cria essa acromântula... às vezes ela tem algum poder especial...

— Aragogue nunca faria mal a ninguém! – ele retrucou quase aos gritos – sei bem quem você é, mas por favor, não faça nada que ponha em risco Aragogue!

— Tudo bem, mas só tenha cuidado! Assim como eu, outras pessoas podem descobrir que você tem essa acromântula. Não quero que você seja prejudicado ou corra o risco de perder a varinha! – eu avisei e saí correndo para evitar quaisquer possíveis perguntas.

A minha falta, provavelmente, já havia sido sentida pelos meus amigos, e como o sinal que anunciava o início das aulas já havia tocado, decidi ir correndo até às masmorras para a aula de poções. Não seria dessa vez que eu chegaria atrasada, ou pelo menos não seria o que eu gostaria já que enquanto eu andava apressada, eu senti alguém me puxar pelo braço e me prensar contra a parede.

— Hermione, o que faz aqui sozinha? – Tom me perguntou aos sussuros enquanto olhava para os lados para ver se alguém nos via – um aluno acabou de ser atacado e você fica andando sozinha por aí?

— Eu precisava ver! Esse garoto parece que foi petrificado pelo olhar do basilisco. Você tem algo a ver com isso? E por que fica olhando pros lados? Te incomoda tanto ser visto com um sangue ruim? – eu o provoquei para fugir do assunto. Ele suspirou pesadamente e me olhou nos olhos, fazendo com que eu me arrepiasse.

— É claro que não, a questão é que deveríamos estar em aula agora, e eu sou monitor! Não quero dar mau exemplo – ele mentiu – e é claro que eu não tive nada a ver com isso! Eu já te falei, Hermione, eu não ataco ninguém! Eu sou o único ofidioglota vivo, eu já pesquisei! E eu estava o tempo todo no banquete, como poderia ter sido eu a abrir a câmara secreta?

— Tudo bem, vou confiar em você! Nesse caso, precisamos descobrir o que está acontecendo! Se não é você, alguém está atacando os alunos e nós temos que parar! – eu voltei a insistir.

— Nós não, eu tenho que parar! Eu sou o monitor aqui e você vai pra aula ou eu vou te dar uma detenção, eu estou falando sério, Hermione! – ele ameaçou e eu roubei um selinho dele antes de me afastar e ir para a aula.

Tom demorou a chegar e quando o fez, ficou o tempo todo imerso em uma conversa com o Abraxas Malfoy. Eu daria tudo para saber sobre o que falavam, mas infelizmente eu não pude olhar muito porque Septimus não parava de me encarar. Aquela situação já estava ficando incômoda. Minerva dizia que ele gostava de mim, mas é de Cedrella que ele deve gostar e não de mim, por isso o ignorei durante a aula toda, o que fez ele querer tirar satisfações no fim da aula, mas mais uma vez eu o ignorei e corri para o lago negro com Minerva já que Charlus foi ficar com a Dórea.

Após passarmos metade da manhã no lago negro, seguimos até a pista de voo porque nesse tempo, os alunos tinham aulas de voo até que se formassem. Mais uma vez, dividimos a aula com a Sonserina e foi engraçado ver a cara do Tom ao voar. Era estranho notar que o futuro Lord das Trevas era péssimo em voo com vassouras, mas eu não podia rir porque eu sofria do mesmo mal.

Após vermos os meninos do time de quadribol humilharem pessoas como eu e Tom, dando piruetas no ar, Lestrange se desentendeu com Bryce Longbottom e os dois começaram a brigar no ar. Lestrange quase derrubou Bryce da vassoura, e tanto eu quanto todo mundo fomos tentar separar, mas nenhum de nós percebeu que durante o tumulto, um jato de luz verde atingiu a vassoura de Septimus fazendo o ruivo despencar de mais de cinco metros de altura.

Só houve tempo para gritar e voar em direção ao corpo de Septimus que permanecia inerte e aparentemente sem vida no chão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? *__*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Viajante - Tomione" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.