You are not alone... escrita por TheStarOfDavid


Capítulo 32
Another Dimension


Notas iniciais do capítulo

Voltei com mais um capítulo fresquinho pra vocês!



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O dia havia amanhecido nublado. A cidade estava pacifica já a algumas boas semanas. Nem Emma ou Alycia haviam tocado no assunto daquela outra noite novamente. Não contaram para ninguém suas preocupações. Naquele momento, queriam apenas curtir a família e a cidade.

   E ainda assim, era apenas uma preocupação.

  Emma andava em passos largos, assim como Henry. A ansiedade dos dois era forte, mas eles teriam que fazer aquilo uma hora ou outra. Regina e Alycia observavam um pouco mais afastadas. Aquele era um momento para apenas eles dois e elas respeitavam isso.

—Oi pai.- Disse Henry se aproximando e deixando as flores que havia comprado no túmulo.- É bom te ver.- Um sorriso triste brotou no rosto do menino.

   Os dois analisavam o túmulo atentamente. As palavras escritas na pedra eram simples, mas verdadeiras:

Baelfire, a alma que se foi cedo, mas que se foi como o herói que todos sabem que é.

Filho, pai e amigo amado.

Neal Cassidy

  Os dois leram e releram os dizeres.

—Essas palavras são verdadeiras pai.- Continuou Henry, ajoelhado, tocando em sua lápide.- Eu sei o que você fez. Todos nós sabemos... Me desculpe.- Uma lágrima desceu pelo seu rosto.- Eu nunca lhe chamei de pai enquanto estava vivo. Espero que mesmo não estando aqui, consiga me ouvir. Sinto muito que não conseguimos ter mais tempo.- Se levantou, enxugando seu rosto.- Eu te amo pai, isso nunca vai mudar. Espero que saiba disso.- Respirou fundo.- Até outro dia.- Virou de costas e começou a fazer o caminho de volta, mas antes disso parou e olhou por cima do ombro.- Ah, a música funcionou. Realmente "Only You" conquista qualquer garota, entendo porquê funcionou na mamãe.- Sorriu e olhou para Emma, que até então, ouvia tudo em silêncio.

 Ele parou ao seu lado e acariciou o braço da mãe, que estava coberto com um confortável casaco vermelho. Ofereceu um sorriso, lhe passando segurança e se dirigiu para o lado de sua mãe morena e sua irmã, deixando Emma sozinha. Quando ele já estava longe, a mulher deixou todas as lágrimas que estava prendendo, caírem.

—Ei...- Saiu em um quase sussurro.- Desculpe não vir antes. Eu ainda não tinha coragem.- Fez o mesmo que o filho e ajoelhou na frente do túmulo.- Perdemos muito tempo. Você foi em bora, Henry nasceu... Foi tudo tão rápido. Quando eu vi, já estava apaixonada por Regina.- Passou a mão pelas letras gravadas.- Desculpe não te amar do jeito que queria. Mas eu te amo Neal. Você é meu amigo, meu melhor amigo. Você mudou a minha vida drasticamente, mesmo me mandando para a prisão.- Riu secamente.- Mesmo com isso, você me proporcionou o nosso filho. Você me proporcionou Regina. Você me deu uma família e pode ter certeza que você faz parte dela.- Sorriu.- Ah, e pode ter certeza que não deixarei Regina criticar a nossa pequena abelhinha.- Se levantou e começou a andar para trás lentamente.- Neal, meu irmão, já tem dois anos. Você não chegou a conhecê-lo, mas pode ter certeza que o seu nome continuará tendo a mesma reputação, irei ensiná-lo seus movimentos para conhecer garotas, como deixar uma roubar o seu carro roubado.- Respirou fundo e riu.- Pensando bem, você seria uma péssima influência para ele.- Fez uma pausa.- Eu te amo Neal Cassidy. Até outro dia.- Abaixou a cabeça e se afastou.

 Se aproximou da morena. Henry e Alycia já estavam dentro do carro. A loira tentava conter as lágrimas, mas quando chegou perto da mulher que tanto amava, desmoronou em seus braços, sendo abraçada na mesma intensidade.

—Está tudo bem.- Sussurrou no ouvido da loira.- Você não está sozinha...

                                                 *

—Eles já estão dormindo?- Perguntou Emma quando Regina apareceu na sala, lhe entregando uma caneca de chocolate quente para ela. Tal ato a fez sorrir largamente externamente e bobamente internamente.

—Como anjinhos.- Respondeu, sentando ao seu lado.

—Só dormindo mesmo.- Riram em um tom baixo.

—Como está se sentindo?

—Melhor, mais leve.- Respirou fundo.- Acho que tirei um grande peso do meu peito hoje.

—Henry disse o mesmo.- Sorriu.- Acho que ele realmente é seu filho.- Emma deixou sua caneca na mesinha de centro e deu um beijo casto nos lábios de Regina.

—Nosso filho.

 Emma deitou no peito da namorada antes de ver um grande sorriso brotar na face da mesma. Um silêncio confortável pairava entre elas duas. A companhia uma da outra era exatamente o que precisavam naquela hora, mas Emma estava com a cabeça em outro lugar. Não conseguia parar de pensar no que ela e a filha estavam sentindo nos últimos dias. A agonia de não saber o que era a estava consumindo.

—O que está te afligindo?- Sussurrou Regina. Emma ergueu a cabeça para encará-la e franziu o cenho.- Eu sei quando algo está te incomodando Swan.

 Emma respirou fundo e voltou a sentar ao lado de Regina, encostando sua cabeça no encosto do sofá.- Você tem sentido alguma coisa? Como se algo grande estivesse para vir?- Regina negou com a cabeça.

—Não... Eu não sinto nada. Você sente?

—Sinto... Eu não quero mais falar sobre isso. Não agora.

 Regina apenas assentiu com a cabeça. Ficaram no sofá, conversando sobre amenidade, até o sono bater. Quando se deitaram para dormir, a morena abraçou Emma fortemente, apenas constatando que ela estava ali para ela.

   Foi a primeira noite bem-dormida de Emma em semanas.

   Mas no quarto ao lado, estava diferente.

  Alycia tinha conseguido pegar no sono, mas seus pesadelos a assombravam desde que fechou os olhos. Acordou em um salto. Olhou para o relógio e ainda eram 5:28 da manhã de domingo. Ficou na cama, fitando o teto. O sono não iria voltar tão cedo. Decidiu fazer o que sempre fazia quando tinha um ataque de ansiedade em NY. Pegou seus tênis de corrida, colocou uma roupa descente para a ação e o clima do lado de fora e saiu.

Ela corria tão rápido, que começara a ficar difícil de respirar. O vento soprava em seu rosto, mas o calor era inevitável. O suor em seu rosto a incomodava, mas ela continuava indo, como se a sua própria existência dependesse disso. Tudo começou a girar, mas não era pelo cansaço. Aquela era a mesma dor agoniante que havia experienciado antes,  era o mesmo choque elétrico que não tinha conseguido controlar. Quando se deu por si, já estava no chão, chorando compulsivamente. A dor em seu peito e cabeça apenas piorava.

Raios azuis emanavam pelo seu corpo e tentar controla-los estava sendo inútil. Um barulho agudo zuniu em sua cabeça, a fazendo não conseguir se mexer. Ela gritava sem saber o que fazer. A dor ia aumentando,  fazendo parecer que sua cabeça explodiria. Nunca havia presenciado uma dor tão forte em toda a sua vida.

   Parou.

A dor já não era mais sentida, mas as lágrimas continuavam em seus olhos. Ela continuou no chão. Fechou os olhos, tentando regular a sua respiração. A dor não existia mais, mas a agonia daquele sentimento continuava a viver em seu interior. Quando se levantou do chão duro da floresta, percebeu que poderia ter sido um erro. Tudo a sua volta girava, estava tonta e enjoada. Começou a andar, mas teve que se segurar em uma árvore para não ir diretamente ao chão novamente. Respirou fundo e começou a andar lentamente. Ela precisava de respostas.

A placa de fechado estava pendurada na porta da loja, mas a menina sabia que ele estava lá. De algum jeito, ela conseguia senti-lo lá dentro, como se ela pudesse sentir a energia do homem.

—Não sabe ler? Estamos fechados.- O homem nem teve a decência de olhar para a porta.

—Eu fui muito bem alfabetizada, se quer saber.- Ele se vira, a encarando.- Mas nesse momento não quero discutir sobre a minha educação. Preciso de respostas.

Ele dá um pequeno sorriso e dar a volta no balcão, ficando totalmente em sua frente.

—E quais seriam as perguntas?

—Você sabe muito bem.- Ele continua a fitando, sem dizer uma palavra.- O que houve com você naquele dia?

—Eu realmente não me lembro, criança.- Admitiu.- Por que precisa saber o que houve?

—Eu... Sinto coisas.

—Você também?

  Ela ergue as sobrancelhas.

—Você sente algo vindo?- Ele assenti com a cabeça.- Emma também.- O silêncio prevalece por alguns segundos.- O que isso significa?

—Muito tempo atrás, havia uma profecia. E ela teria que ser cumprida quando a batalha final estivesse acontecendo.

—A batalha final? O que isso significa?- Ele deu de ombros.

—Isso é uma das poucas coisas que eu não sei.- Alycia começou a andar de um lado para o outro.

—Você tem essa profecia com você?- Ele nega com a cabeça.

—Ela foi perdida a muitos anos atrás. Foi mandada para outra dimensão.

—Tem como pegá-la?

—Sim, mas não pode ser qualquer um.- Ela franze a testa.- Essa profecia, provavelmente, está na Storybrooke deste outro universo e ninguém pode ver si próprio lá, ou as consequências seriam enormes.- Ela respira fundo.

—Então teremos que encontrar essa outra dimensão. E eu já tenho uma ideia de quem atravessará o portal.

                                           *

—Tem certeza que isso está certo?- Perguntou Regina, se virando para Rumple.

—Sim querida, tenho certeza.- Respondeu, revirando os olhos.

—Eu só não quero que seja a dimensão errada.

—O que sabemos sobre esse outro universo?- Perguntou Emma.

—Apenas que ela é a única que não está presente no mesmo local que a profecia, ela poderá achá-la sem ter medo de alterar as coisas.

—Não se preocupem mães.- Disse Alycia, chegando mais perto.- Farei tudo certo.

—Ainda não estou confortável de você estar indo sozinha.- Sussurrou Tink em seu ouvido.

—Não se preocupe fadinha, voltarei a tempo de terminar aquela nossa conversa.- Falou, tirando um pequeno sorriso da menina.- O que eu preciso saber Gold?

—Okay. Dizer quem você é, exatamente, pode causar sérias mudanças. Você não pode, em hipótese alguma, alterar o curso natural das coisas lá.- Ele respirou fundo e a acompanhou até o local em que o portal seria aberto.- Esse portal ficará aberto por apenas dois dias, então terá que fazer tudo rapidamente.- Ela assentiu com a cabeça.- Boa sorte Ally.- Disse ele, colocando suas mãos no ombro da menina.

—Você vai voltar rápido não é?- Perguntou Henry, se aproximando.

—E vai usar o espelho e a concha para se comunicar conosco.- Afirmou Emma, chegando ao seu lado.

—E não irá comer muitas porcarias.- Disse Regina em um tom mais ameno, fazendo sua filha rir.

—Estou indo para outra dimensão, não uma colônia de férias.- Alycia sorriu e os abraçou fortemente.- Até daqui a dois dias.- Se afastaram e deram lugar para Tink, Leonia e Pozzato.

—Não ouse morrer.- Falou Tink.

—Pode deixar capitã.- Sorriu. Se abraçaram fortemente.

—Se você morrer, eu te mato vaquinha.

—Faça as palavras dela as minhas.- Completou Pozzato. Ela sorriu e os abraçou como nunca havia feito antes.

   Se despediu de todos, até de Hook.

—Até mais guyliner.

—Até mais quatro olhos.

   Se posicionou na frente do portal e fez um sinal positivo para Rumple, que logo em seguida, fez o portal ser aberto. Ela olhou para trás e sorriu com a visão de todos se despedindo. Se voltou para frente e entrou no portal que a ajudaria salvar a sua família.

 


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Notas finais do capítulo

Os próximos capítulos serão inteiramente nessa outra dimensão (Não deve durar mais que três capítulos), mas não fiquem preocupados, teremos interação Swan Queen! A batalha final, será bem diferente aqui e espero que gostem da ideia.
Até mais seus gostosos!



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