You are not alone... escrita por TheStarOfDavid


Capítulo 31
Something is Coming.


Notas iniciais do capítulo

Caraleoo! Merece até palavrão! Kkkkk Gente, maior capítulo que eu já escrevi na vida! Acho que são de 7 mil palavras ou algo perto disso! Acho que isso pode ser compensação por ter acabado o último capítulo daquele jeito. E também um presente de comemoração, pois a fic esta com mais de 100 acompanhamentos! To muito feliz! Muito obrigada!
PS: Capítulo com drama, descobertas, personagens novos e muito SwanQueen (Com romance entre outros casais, é claro)!
Pronto, já podem ler!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/733023/chapter/31

Já faziam alguns minutos que a loira estava em silêncio. Não havia feito nenhum movimento ou expressão. Regina a olhava profundamente com lágrimas nos olhos, esperando uma reação da amada. Ela precisava de alguma coisa, ela podia jogar algo em sua cabeça, xingar para todos ouvirem, mas ela precisava de alguma coisa.

—Emma, diga alguma coisa.- Pediu finalmente. A loira ergueu o olhar pela primeira vez, mostrando os olhos marejados. Aquela imagem acabou de vez com a morena.

—Quando?- Perguntou, sem sair do lugar.

—Mais ou menos um ano atrás.- Respondeu sem a olhar nos olhos.

—Foi com o Robin que estava no Granny's hoje?- Regina apenas assentiu com a cabeça.- Por que?- A voz da loira saía embargada.

—Eu não sei.- Disse, quase sussurrando.- Emma a olhou novamente, mas sua feição não demonstrava raiva, e sim mágoa.

—Eu preciso pensar.- Se levantou, passando direto por Regina, indo em direção a porta.

—Emma...- A loira parou com a mão na maçaneta.

—Regina.- A olhou por cima do ombro.- Por favor, não faça isso...- Essas foram as suas últimas palavras antes de sair pela porta, deixando Regina para trás.

Emma saiu da propriedade, andando até o poste mais próximo e tendo que se segurar para não cair. Ela começou a processar toda a informação recebida e desabou em lágrimas, sentando no chão, cobrindo a cabeça com seus braços. Mal sabia que Regina fazia o mesmo no meio da sala da mansão.

A loira se acalmou e foi em direção ao lugar que gostava de ficar para pensar. O castelo de Henry ainda estava lá, do mesmo jeito que eles deixaram. Se sentou ali e ficou vendo as ondas do mar se chocarem com a pedras. Ela não sabia o que fazer, só queria abraçar sua morena e nunca mais soltar. Infelizmente, a mágoa pode nos machucar mais do que um soco.

—Em que está pesando?- Perguntou Alycia, se sentando ao seu lado e dando um pequeno susto na loira. Emma olhou para a menina, e algo dizia para não mentir ou omitir, e assim fez.

—Ela dormiu com ele.- A mais nova a olhou confusa, mas ao ver os olhos marejados de Emma, soube exatamente o que tinha acontecido.- Eu também dormi com outras pessoas, mas eu não me lembrava do amor da minha vida. Eu... Eu não sei o que fazer.- Alycia respirou fundo, vendo as lágrimas descerem pelo rosto da mais velha sem nenhum pudor.

—Posso dar um conselho?- Assentiu com a cabeça.- Ela te traiu.

—Ótimo conselho...- Disse Emma, soltando uma fraca e triste gargalhada.

—Deixa eu terminar.- Falou Alycia, fazendo Emma voltar sua atenção para o mar.- Ela te traiu, ela fez algo ruim e se sente mal por isso. Mas depois de três anos ela não desistiu. Ela continuou lutando, não só por mim e pelo Henry, mas por você. Ela fez algo errado, e o relacionamento de vocês pode nunca mais ser o mesmo. Não estou pedindo para você perdoar ela, eu nunca pediria isso.

—Tinha algo errado...- Emma a interrompeu.- Eu perguntei o por quê e ela disse que não sabia...

—E...

—E tinha algo errado. O jeito que ela falou... foi como se ela estivesse em dúvida, não do porquê aconteceu, mas como.

—Tire um tempo para si mesma. Acho que você precisa de um certo espaço. Eu sei que vai ser difícil, mas eu sei que você ama ela.- Respirou fundo e segurou suas mãos, fazendo Emma a encarar.- Mãe, ela também te ama.- Os olhos de Emma brilharam ao ouvir aquilo, suas mãos tremiam e o sorriso não cabia em seu rosto.- O Conselho foi tão bom assim?- Perguntou Alycia, também com os olhos marejados, sorrindo.

—Você me chamou de mãe...- A menina alargou o sorriso.

—Achou que depois que a maldição fosse quebrada e iria parar de te chamar assim?- Emma deu de ombros, fazendo Alycia revirar os olhos. Eu tenho memórias da Regina me criando, mas agora eu também tenho memórias suas também. E você realmente me criou por três anos.- Olhou no fundo dos olhos da loira.- Você é e sempre será a minha mãe, e eu te amo como tal. Isso nunca irá mudar.- Emma a puxou para um abraço apertado, tão apertado que Alycia mal podia respirar, mas naquele momento ela não ligava para isso.

—Eu te amo minha filha.

—Também te amo mãe.
                                                        *

—Ela saiu de casa, disse que precisava pensar.- Disse Regina, tentando controlar o choro.

—O que você quer fazer?- Perguntou Zelena, fazendo carinho nos cabelos negros da irmã.

—Correr atrás dela. Dizer que eu a amo, mas eu sei que ela precisa de um tempo...- Zelena respirou fundo e aconchegou mais a morena em seus braços, já que estavam deitadas em sua cama.

—Sis, o que aconteceu naquela noite? Você nunca disse.

—Eu acho que bebi demais ou algo assim.- Riu sem humor.

—O que?

— Eu sempre pensei que mesmo bêbada eu nunca iria trair o amor da minha vida...

—Do que você se lembra daquela noite.- Perguntou.

—Pouca coisa, apenas alguns flashes... eu deveria estar bem bêbada.- Sua irmã ficou em silêncio.- O que?

—Nada, só sinto algo de errado nessa história.

—Que seria eu ter traído a Emma.

—Não é isso...- Fechou os olhos e tentou espantar aqueles pensamentos de sua cabeça.- Deve ser coisa da minha cabeça...- Voltou a acariciar os cabelos da irmã.- Vai ficar tudo bem. Amanhã vocês conversam.

Ficaram em silêncio logo depois disso. Depois de um tempo, Zelena percebeu a respiração da irmã ficar mais pesada. Era difícil ver a própria irmã naquele estado, ainda mais sabendo que alguma coisa estava errada.
                                                                *

—Você parece estar melhor.- Disse logo após a ruiva atender a porta.

—Isso é porquê eu tenho uma sobrinha maravilhosa.- Disse com um sorriso no rosto, se afastando para deixar a menina entrar na casa.- Ela esta no quarto.- Respondeu a pergunta que ainda não tinha sido feita por Alycia. A menina respirou fundo e seu sorriso desapareceu de seu rosto.

—Como ela esta?

—Nada bem. Ela já teve três pesadelos, dos quais ela não quer me dizer nada.- A mais nova abaixou o olhar.- Você também sente.- Afirmou. Alycia assentiu com a cabeça.

—Assim como Emma.- Zelena entendia aquela situação.- Eu preciso da sua ajuda.

—Como posso ajudar?

—É possível ver as memórias de uma pessoa?

—Claro. E existem vários jeitos de ser feito.- Ela ponderou um pouco e entendeu o que sua sobrinha estava planejando.- Você quer usar isso na Regina?

—Eu ia pedir para você usar.- A ruiva levantou uma sobrancelha.- Pode ter certas coisas que eu realmente não quero saber.- Zelena sorriu de canto.

—Entendo o seu ponto de vista.

—Você pode fazer?

—Espere cinco minutinhos.- Zelena subiu as escadas rapidamente, voltando minutos depois com um filtro de sonhos em mãos e uma expressão confusa.

—O que foi?- Perguntou, já aflita.

—Não tinha nada lá.

—Como assim?

—Eu olhei as memórias dela daquela noite e não tinha nada lá.

—Como isso é possível?

—Não acontecendo ou ela não lembrando.

—Mas foi ela quem disse o que aconteceu.- Uma ideia passou pela cabeça da morena, que não passou despercebido por sua tia.

—Em que está pensando?- Alycia respirou fundo com um pequeno sorriso de canto.

—Que eu preciso que tome conta da minha mãe e dois adolescentes emprestados.
                                                                *

—Por que nós precisamos estar aqui?- Perguntou Leonia, andando logo atrás de Henry.

—Porque isso é um trabalho para mais de uma pessoa.- Respondeu Alycia.

—E você e Henry não poderiam cuidar disso sozinhos?- Pararam e a olharam, incrédulos.- Natureza não é muito para mim.- Disse dando de ombros.

—Pare de reclamar.- Disse Henry revirando os olhos.

—Prontos?- Todos assentiram olhando para Alycia. -Sabe o que fazer?- Perguntou para Henry, que apenas assentiu com a cabeça.- Então vamos.

Se esgueiraram pela mata. Alycia foi em uma determinada direção, enquanto seus amigos iam para outra. Ela se posicionou e esperou o sina, que foi um assovio bem alto de Leonia. Alycia fechou os olhos se concentrando. Se fizesse aquilo errado e não conseguisse controlar seus poderes, muitos ali acabariam mortos.

Quando seus olhos abriram novamente, estavam azuis. Ela havia sentido falta dos seus bebês. Puxou uma boa quantidade de energia de dentro de si e eletrocutou todos os presentes no acampamento, os deixando inconscientes. Quando acabou, a menina teve que se controlar. Havia muito poder reprimido dela, consequência de ficar sem as suas habilidades por tanto tempo.

—Sinto que isso deve ter sido doloroso.- Disse olhando todos os homens caídos no chão.- O Roland?- Perguntou quando viu Pozzato se aproximando.

—São e salvo.- Respirou aliviada.- E agora?- Ela pega o filtro de sonhos que estava pendurado em suas calças.

—Agora nós saberemos a verdade.
                                                           *

Alycia sabia exatamente onde sua mãe loira estaria. Bateu na porta que foi prontamente atendida por Ruby.

—Podemos entrar?- A loba apenas deu um passo para o lado, permitindo a entrada dos dois irmãos.- Mãe.- Chamou pela loira que estava sentada na cadeira, com um semblante derrotado.

Eles não sabiam como fazer isso, mas era necessário. Henry pegou o filtro em suas mãos e se aproximou da mãe.

—Você precisa ver isso.
                                                             *
Emma andava rapidamente. Raiva, ela estava cega pela raiva. Entrou no Granny's rapidamente com Hook e David ao seu lado, onde Robin e seu grupo, que já estavam acordados, bebiam cerveja e conversavam animadamente. Ela não esperou nem mais um segundo e voou para cima do homem, acertando um soco em seu rosto, fazendo ele cair no chão.

—Isso é por ser um babaca!- Outro soco.- Isso é por encostar na minha mulher e droga-la!- Outro soco, dessa vez, quebrando o seu nariz.- E isso é pelo simples fato de você existir!- Ela lhe deu mais alguns socos, sendo impedida de dar mais por David que a tirou de cima do homem.

—Emma!- Disse olhando nos olhos da filha. Nada mais foi dito, ela apenas respirou fundo e se acalmou. David se virou novamente para o homem, sendo acompanhado de Hook.- Robin de Locksley, você está preso pela agressão contra Regina Mills.

—Eu não fiz nada!- Gritou, se fazendo de inocente, enquanto Hook o algemava.

—Eu tenho magia idiota! Eu vi!- Gritou Emma de volta, fazendo o homem arregalar os olhos, sendo levado em custódia.

Robin estava preso, mas ainda não tinha acabado. Ela ainda precisava falar com uma certa morena.
                                                              *

Aquilo era mais difícil do que Emma tinha pensado. Zelena havia lhe dito que Regina tinha voltado para a mansão e a loira estava parada a um bom tempo, encarando a porta da casa. Ela não sabia como falar aquilo. Regina não se lembrava do que tinha acontecido. Emma chegou a pensar que aquilo poderia ser algo bom, que a morena não precisasse se lembrar, era só a perdoar. Mas Emma sabia que mentir não era o caminho certo naquele momento.

Puxou o ar e bateu na porta quatro vezes. Minutos se passaram e ninguém havia atendido. Emma bateu novamente, tendo o mesmo resultado. Quando tentou abrir a porta, descobriu que ela estava destrancada, fazendo com que a sua preocupação ficasse ainda maior.

Ela subiu as escadas lentamente, indo em direção ao quarto, onde sabia que a morena estaria. Ao abrir a porta, a visão que teve foi de quebrar o coração. Regina estava encolhida na cama, dormindo com os rosto inchado. Emma não queria tirar a serenidade da mulher naquela hora e decidiu lhe dar mais um tempo de paz. Tirou os sapatos e deitou atrás da morena, a abraçando por trás.

As horas se passaram e Emma não se moveu e não caiu no sono. Queria estar acordada quando Regina despertasse. Já era noite quando sentiu a morena se mexer. Ela estava suada e quente. Emma não sabia como não tinha percebido antes.

Regina começou a se debater em seus braços, tentando empurrar Emma para longe.

—Não! Me solta!- Gritava ela, ainda de olhos fechados.

—Gina, sou eu!- Disse Emma a segurando fortemente.- É a Emma! Eu não vou te machucar!- Gritou, perdendo Regina em um forte abraço, no intuito de acalma-la.

Regina começou a respirar mais lentamente e abraçou a loira de volta. Emma sentiu seu pescoço molhado pelas lágrimas da morena.

—Está tudo bem. Você está bem.- Sussurrou no ouvido da amada. Regina se afastou um pouco, erguendo o olhar, encontrando os olhos da loira, que também tinha os olhos marejados.

—Emma eu...- Respirou fundo.- É verdade?- As lágrimas escorriam pelo rosto da mulher,que assentiu com a cabeça.- Emma, eu fui...

—Ei, olha pra mim.- Interrompeu, fazendo Regina a encarar.- Ele já está preso, você está bem.

—Estou?

—Sim. E assim vai ficar.

—Emma, desculpe...

—Não Regina.- A interrompeu novamente.- A culpa não é sua, não importa o que as pessoas digam, não é culpa sua.- Disse a abraçando novamente. Ficaram assim até Regina se acalmar.- Eu estou aqui, e nunca irei sair.- Disse quando percebeu que a morena estava dormindo. Se deitou com ela ainda em seus braços e se permitiu chorar até dormir.
                                                                *

Semanas se passaram. Regina já estava melhor do trauma, mas ainda era difícil. Os pesadelos tinham diminuído e o amor e apoio que sua família estava lhe dando, era mais que o suficiente.

A morena percebeu que não importava se ela ainda tinha a Evil Queen dentro de si, todos nós somos vulneráveis. Havia levado um bom tempo para que se sentisse confortável com Emma a tocando novamente. Não era exatamente por medo, mas por nojo. Nojo de si mesma, mas Emma deixou claro que ela estava ali e esperaria o tempo que for, mesmo se esse tempo fosse para sempre, ela ainda estaria ali.

Os dias se passaram rapidamente e Regina chegou a uma conclusão que não agradou nada a sua loira. Ela queria, não, precisava ver ele. Olhar no fundo se seus olhos e perguntar o que estava martelando em sua cabeça desde quando lembrou do ocorrido.

Ela entrou na delegacia, onde Robin continuava em custódia. Não sabiam o que fazer com ele, então o deixaram ali por enquanto. Robin não era burro, ele podia sair dali quando quisesse, mas estava esperando pela visita da prefeita. Um grande erro cometido por ele.

—Ora, se não é a Prefeita da cidade.- Disse com um sorriso sarcástico no rosto, enquanto olhava Regina se aproximar da cela.

—Por que fez aquilo?- Perguntou sem demonstrar nenhuma expressão. Robin abriu ainda mais o sorriso e levantou da cama, se debruçando nas grades da cela.

—Você minha rainha, é fodidamente gostosa e matou a minha esposa.- Deu de ombros, mantendo o sorriso.- O que achou que eu iria fazer?- Falou como se fosse o óbvio. Regina não disse nada, apenas sr afastou um pouco da cela, acendendo uma bola se fogo na mão, coisa que não o assustou nem um pouco.- Você não vai me matar.

—Como sabe disso?- Perguntou sem vacilar a voz.

—Pelo fato que você mudou e não iria fazer isso pelos seus filhos... E por aquela loira gostosa.

—Nunca mais ouse tocar nos nomes deles.- Elevou a voz. Pela primeira vez demonstrou emoção, que foi somente ódio e nojo do homem a sua frente. Respirou fundo e apagou a chama.- Você tem razão. Morte seria algo muito bom para você de qualquer jeito.- Disse arrumando os cabelos na frente do espelho da delegacia.

—Como está o meu filho?- Disse mudando o tom.

—Melhor sem você.- Respondeu secamente.

—O que vai fazer? Me manter aqui? Eu já fugi de mais prisões do que você pensa majestade.- Regina abriu um sorriso que era apenas visto na Evil Queen.

—Eu nunca disse que você iria ficar em uma prisão, disse?
                                                                 *

Alycia entrou no Granny's no intuito de comprar um café, mas a sua atenção foi completamente roubada por uma loira baixinha sentada no balcão. Seu coração acelerou e seu sorriso ocupou inteiramente o seu rosto.

—Com licença.- Cutucou a loira. Quando ela voltou sua atenção para Alycia, seus olhos brilharam.- Oi, eu sou Alycia. Me mudei recentemente com a minha mãe e irmão.- Disse estendendo a mão. A loira hesitou, mas a pegou. Por que não brincar um pouco com ela?

—Prazer Alycia.- Disse tentando nao gaguejar.-Eu sou Tinker.

—Tipo o desenho?- Perguntou Alycia, cinicamente, fazendo Tink se embolar nas palavras.

—Ahnn... É um apelido. O meu sobrenome é Bell.- Disse sorrindo envergonhada.-O meu nome é... Rose.- Disse hesitante.

—Rose?

—Sim, Rose Bell.- Falou decidida.

—Eu pensei que era melhor nisso.

—Como?- Disse Tink, fazendo uma careta.

—Rose? Sério fadinha?- A loira arregalou os olhos.- Não combina muito com você.- A fada abriu um enorme sorriso e se jogou em cima da morena, a abraçando fortemente e lhe dando um forte tapa no braço.- Ai!- Exclamou Alycia, passando a mão no braço.

—Isso é por tentar me enganar.- Disse séria, coisa que não durou muito. As duas sorriram e voltaram a se abraçar.- Que saudade raiozinho.

—Eu também senti saudades.- Respondeu revirando os olhos.

—Você esta enorme!

—E você não mudou nada...- Disse sentando no banco ao lado de Tink.- Espera, se passaram três anos e nenhuma ruga?- Tink tentava segurar o riso.- Fadinha?

—Eu consegui as minhas asas de volta.- Disse normalmente. Alycia teve que se segurar para não gritar em um tom agudo.

 

—Isso é maravilhoso!

—Sim, mas eu desisti delas.- Disse voltando sua atenção para seu café.

—Por que?- Perguntou perplexa.

—Quando voltamos para cá eu senti que precisava de um novo caminho. Acho que envelhecer é um passo na direção certa.- Ficaram em silêncio, apenas apreciando a companhia uma da outra.- Como está a sua mãe?- Perguntou. Alycia deu um sorriso triste e seus olhos marejaram.- Eu sinto muito.

—Pelo menos aquele verme não está solto.- Bufou com raiva.- Eu deveria ter o matado quando eu tive a chance, mas eu segurei os meus poderes e só o atordoei.

—Alycia.- Pegou em sua mão.- Ele fez coisas horríveis, mas matar é algo que você não pode voltar atrás. Tem que ser o seu último recurso.- Ally respirou fundo e assentiu com a cabeça. Depois daquilo, engataram em uma conversa animada, esquecendo do assunto anterior e focando nas coisas boas.
                                                              *

—Temos que voltar a estudar?- Reclamou Henry. Era o primeiro dia de volta as aulas dos irmãos Swan-Mills e eles já estavam prontos, se preparando para sair de casa.

—Claro que sim!- Emma e Regina responderam ao mesmo tempo.

—Henry, elas tem razão.- Disse Alycia.

—Desde quando você quer ir para a escola?

—Eu não quero, mas se não formos, a minha consciência vai ficar pesada.- Disse colocando as mão no ombro do irmão.- Vamos logo pirralho.- O guiou para fora de casa.-Esperamos vocês no carro!- Gritou, já do lado de fora.

—Eles estão enormes.- Disse Regina, vendo eles implicarem um com o outro, indo para o carro.- Você os educou muito bem Swan.- Se virou para a loira.

—Eu tive uma influência, mesmo não sabendo.- Beijou os lábios da morena em um selinho rápido.

—Mora aqui comigo?- Emma não entendeu a pergunta.-Eu não quero perder mais nenhum momento com vocês. Eu não quero mais ficar longe.- Colocou seus braços em volta do pescoço da loira e sorriu.- Emma Swan, você quer ser a minha colega de quarto e colega de casa com os nossos filhos.- O sorriso de Emma não cabia em seu rosto.

—Você não tem ideia.- Disse, selando os lábios da loira em um beijo apaixonado.

Levaram as crianças na escola e foram para os seus respectivos trabalhos. Emma tinha voltado a ser xerife ao lado de seu pai e Hook, que agora eram só ajudantes.

Na hora do almoço, Regina não iria poder almoçar com a loira e já que as crianças sairiam mais tarde naquele dia, convidou Ruby para comer com ela na delegacia. Convite que foi prontamente aceito.

—Loirão!- Exclamou Ruby, entrando no local com duas sacolas na mão.

—Minha loba doida!- Respondeu com um sorriso no rosto, enquanto a morena sentava na cadeira de frente a sua mesa.

 

—Isso ofende, você sabe né.

—Ruby, nada te ofende.

—Verdade.- Deu de ombros, tirando uma baixa gargalhada de Emma.- Como vai a vida?

—Ótima.- Respirou fundo, tirando a tampa da embalagem que continha o seu almoço - Depois do que houve com Robin...- Balançou a cabeça, espantando tais pensamentos.- Tudo está maravilhoso.

—Fico feliz em ouvir isso.- Falou Ruby com um sorriso de canto. Estava verdadeiramente feliz por sua amiga.

—E você? Ouvi dizer que seremos da mesma família.

—Pensei que já éramos.- Disse fingindo chateação.

—Você entendeu o que eu quis dizer, não fuja da pergunta.- Apontou o garfo para Ruby.- Fale mulher!

—Eu não sei Emma.- Abaixou o olhar e começou a comer.

—Vocês não estão namorando?

 

—Era só sexo casual, mas ai...

—O que?

—Ela quase morreu e eu quase morri junto.- Disse parando de comer e encarando a amiga.- Nunca senti tanto medo na minha vida, nem quando descobri o que eu realmente era.

—Você gosta dela.- Afirmou.

—Mais do que eu gostaria.- Sorriu de canto.- Sempre que eu vejo ela eu sinto meu estomago revirar. Minha boca fica seca e não consigo pensar direito. Sorrir é sempre inevitável.- Disse com um sorriso bobo. Emma a encarava.- O que?

—Parece que tem alguém apaixonada aqui.

—Vira essa boca pra lá!- Emma a olhou confusa. Da última vez que isso aconteceu eu comi o meu namorado. E não foi no sentido bíblico...

—Ruby, não vai ser o mesmo.- Pegou a mão da amiga por cima da mesa.- Dê uma chance ao amor. Acredite em mim, foi a melhor coisa que eu fiz.

—Nenhum problema no paraíso?

—Ela me chamou para morar com ela e as crianças.- Negou com a cabeça com um sorriso no rosto.- Então não.

—Loira, você é muito sortuda.- Sorriram e voltaram a comer.- Ah! Preciso te perguntar.- Exclamou Ruby, quebrando o silêncio agradável que havia se estabelecido entre elas.- Onde você arrumou aquelas duas figuras?- Emma revirou os olhos, lembrando dos adolescentes.

—Amigos da Alycia.

—Não gosta muito deles?

—Gosto.- Ruby a olhou confusa.- Relação de amor e ódio.- Voltou a comer.- Não ouse repetir nada disso.- Disse a fuzilando com o olhar.

—Calma minha diva, sou doida, não sou suicida.

Depois do almoço, Ruby passeou pelas ruas, pensando no que fazer. Realmente gostava de Zelena, mas o medo falava mais alto. Andou por horas até decidir o que iria fazer. Quando se deu conta, já estava para na porta da casa de Zelena, esperando a ruiva atender a porta.

—Ruby?- Zelena se assustou com a morena, que avançou nela e a beijou vorazmente, mas logo depois retribuiu o beijo.- O que foi isso?- Perguntou, ofegante, quando o beijo cessou.

—Eu quero dar uma chance para nós.- Sorriu e pegou as mãos da ruiva.- Zelena, você aceitaria ir em um encontro comigo amanhã a noite?- A mais velha sorriu e a beijou do mesmo jeito que Ruby havia feito, deixando as duas completamente sem ar.

—Isso responde a sua pergunta?
                                                            *

—Madame prefeita?- Chamou Emma, colocando a cabeça para dentro do escritório de Regina.

—Emma?- A morena desviou sua atenção para a loira que entrava.

—Estamos em um local de trabalho Mills. Para você, é xerife super gostosa Swan.- Regina solta uma gostosa gargalhada,se levantando e indo ao encontro de Emma.

—Não irei me esquecer na próxima vez.

—É bom mesmo.- Sorriu.- Eu só vim te dar um beijo antes de pegar as crianças na escola.

—Só um?

—Quantos você quiser.- Lhe deu um selinho demorado.- Vem, vamos conversar um pouco.- Disse levando a Prefeita até o sofá.

—Conversar?- Falou em um tom malicioso

—Sim Regina. Pare de ser pervertida.

—Se eu parar, essa Regina nunca irá voltar.- Emma ficou séria.

—Nunca pare de ser pervertida.- Riram e se sentaram no sofá.

—Sobre o que quer conversar?

—Nada. Tudo.- Respondeu colocando uma mecha de cabelo da morena atrás da orelha.

—Eu estou bem.- Emma olhou em seus olhos. Eu sei que quer perguntar isso.

—Tem certeza?- Perguntou sem desviar o olhar.

—Tenho.- selou os lábios da loira lentamente.- E você?

—Estou melhor agora.- Sorriu e voltou a beijar a morena. O beijo que antes era lento, virou algo urgente.

—Emma, as crianças.- Disse ofegante, enquanto Emma beijava seu pescoço.

—Elas podem voltar a pé.- Regina a afastou, a fuzilando com o olhar.- Tá bom, já to indo.- Antes de se levantar, seu celular apitou, indicando uma mensagem.- Aparentemente os nossos filhos vão me dispensar para ficar com os amigos.- Disse depois de terminar de ler. Olhou para a morena e soltou o celular no sofá.- Onde paramos?- Um sorriso malicioso se formou nos lábios das duas mulheres e Regina atacou os lábios de Emma, fazendo as duas caírem para trás.
                                                              *

—Desculpe!- Exclamou Henry desesperado depois de esbarrar em uma menina, derrubando todo seu café.

—Sem problemas, não me sujou.- Respondeu a menina com um sorriso simpático nos lábios.

—Eu realmente não prestei atenção.

—Está tudo bem!- Disse o tranquilizando.- Oi.- Falou sem tirar o sorriso do rosto.

—Olá.- Henry estava sem jeito.- Ahnn... Eu sou Henry.- Disse finalmente, estendendo a mão.

—Violet.- Apertou a mão do garoto.- Prazer em te conhecer derramador de café.

—O prazer é meu.- Falou, já mais tranquilo.- Posso te comprar outro café? Acho que é o minimo que eu poderia fazer.- O sorriso da menina se alargou ainda mais.

—Nada me faria mais feliz.
                                                               *

—Eu só acho muito gelado.- Disse Tink, andando ao lado de Alycia.

—É sorvete, se fosse quente, não teria graça.

—Pelo menos é gostoso.- Continuou a lamber a casquinha, recebendo um levantar de sobrancelhas da mais nova.- Tá, é maravilhoso.- Admitiu, fazendo a outra rir.

—Você esta na cidade a um bom tempo e nunca tinha comido sorvete?- Perguntou dando uma lambida na sua casquinha.

—Acho que eu estava esperando pelo momento certo.- Sorriu.- Mas acho que o meu verdadeiro vicio do momento é o café.

—Eu te entendo.- Ficaram em silêncio, andando pela cidade. Era inverno e a neve caia lentamente. Foram chamadas de loucas por Henry quando compraram o sorvete.

—Como era a sua vida lá?- Perguntou Tink, quebrando o silêncio.

—Boa... Ela era boa.- Respondeu com um pequeno sorriso.

—Não sente saudades?

—Um pouco, mas se eu estivesse lá, sentiria saudades daqui.- Mais uma lambida.- E eu sempre posso visitar a cidade. Na próxima vez você pode ir comigo.

—Sério?

—Claro! Acho que você precisa ver o mundo todo, ficou tempo demais naquela ilha.

—Oferta aceita.- Alycia deu um pequeno sorriso com o seu pensamento.

—Quer ver uma coisa muito legal?- A loira assentiu e na mesma hora, Alycia sujou seu rosto com sorvete.

—Alycia!- Exclamou séria, mas abriu um sorriso logo em seguida.- Isso não é legal.

—Então por quê esta sorrindo?- Tink a encarou por alguns segundos e fez o mesmo, sujando Alycia com o seu sorvete.

Alycia corria atrás de Tink para ter sua vingança. Correram até se cansar e quando pararam, travaram uma pequena guerra. Alycia tentava sujar a loira, mas era sempre impedida. Pararam completamente quando perceberam que estavam próximas demais. Alycia se afastou completamente vermelha, podia sentir seu rosto arder.

—Nós poderíamos fazer alguma coisa amanhã...- Disse Tink em um tom baixo e envergonhado enquanto andavam.

—Tipo o que?

—Eu não sei. Podemos comer em algum lugar... A noite...- A morena sorriu.

—Você está me chamando para um encontro?

—Bom... Ahnnn... Sim... Sabe... Teríamos que nos encontrar né.- A mais nova parou e começou a se aproximar da loira.

—Que tipo de encontro?- Perguntou.- Encontro de duas amigas que só querem se divertir ou um encontro... Romântico?

—Bem... A segunda opção é a que eu mais gosto, mas podemos fazer a primeira.- Disse com o olhar baixo. Alycia revirou os olhos e fez a loira a encarar.

—Tink.- Beijou o canto de sua boca, demoradamente e saiu andando pela rua.- Amanhã, sete da noite. Não se atrase.- Gritou.-Ah! E eu quero comer hambúrguer!- Gritou mais alto pela distância. Se virou e foi para casa com um sorriso bobo. Mal sabia ela que Tink estava do mesmo jeito.

4 DIAS DEPOIS

—Está frio...- Disse Regina, tentando aquecer os próprios braços. Emma sorriu e a abraçou, passando o calor de seu corpo para a morena.

—Melhor?

—Melhor.- Sorriram e Regina voltou a deitar a cabeça no ombro da loira.

—Isso foi uma desculpa para eu te abraçar?

—Eu não preciso de uma desculpa para isso Swan.- Disse rindo.

Ficaram em silêncio, apenas vendo as pessoas passarem pelo parque. Sentadas no banco, ficaram refletindo sobre os últimos dias, que haviam sido ótimos.

Mas Emma guardava um segredo: Sua filha estava saindo com Tink e seu filho com Violet. As crianças haviam confiado nela para guardar aquele segredo, pois cá entre nós, Regina Mills descobrindo que seus "bebês" poderiam começar a namorar seriamente, muito em breve, não era uma cena que alguém gostaria de presenciar.

—Isso é estranho...- Falou a loira, abraçando sua morena mais fortemente.

—O que?

—A cidade esta calma.

—Emma, não fale isso.

—Por que?- Regina ergue o olhar a encarando.

—Vai trazer azar.

—Acredita em superstições madame prefeita?

Swan, eu sou um personagem de contos de fada, acho que acredito em qualquer coisa.- Emma revira os olhos.

—Bom, eu posso ser a filha do Príncipe Encantado e da Branca de Neve, mas não acredito nessas...- Foi interrompida por um pequeno terremoto e pelo barulho de pessoas gritando.

—Ótimo Swan, muito bom.- Bufou Regina, se levantando rapidamente.- Agora vamos ver que está destruindo as propriedades da cidade, de novo.- A loira se levantou e seguiu a morena, em silêncio, até a fonte dos novos problemas.

Saíram correndo pelas ruas da cidade, ajudando o cidadãos a fugir. O clima estava frio, mas a neve já havia cessado. Por isso as duas mulheres estranharam quando viram apenas uma parte da rua coberta de neve. Emma arregalou os olhos e puxou sua arma do coldre.

—Por favor não seja o que eu estou pensando...- murmurou para si mesma. Se aproximaram um pouco mais, fazendo um gigante de neve aparecer na frente delas.- Ótimo, eu tinha acabado de tirar a letra de Let it Go da cabeça...- Disse atirando no gigante, coisa que não adiantou.

Regina tentava atordoa-lo com magia, enquanto Emma atirava, inutilmente, no gigante. Quando o gigante atacou Emma e ela teve que rolar para o lado, ela viu uma mulher agachada, segurando as pernas.

—Hey, está tudo bem!- Gritou para a mulher que levantou o olhar.

—Não iremos machuca-la!- Exclamou Regina ao ver com quem Emma estava falando.- Por favor, pare!- Nada acontecia.- Temos crianças aqui!- Depois de alguns segundos o gigante se desfez e a mulher se levantou, se aproximando lentamente.

—Você está bem?- Perguntou Emma para a mulher. Ela assentiu com a cabeça.

—Onde eu estou?

—Na nossa cidade, Storybrooke.- Respondeu Regina.

—Como eu vim parar aqui?

—Realmente não sabemos.- Falou Emma.
Ouviram um estrondo e viram um homem se aproximando, com os olhos completamente negros.

—Fique longe de mim!- Gritou a mulher, se afastando. Emma entrou em sua frente após reconhecer o homem.

—Rumple! Pare com isso!- Exclamou apontando sua arma para ele, que parou no mesmo momento.- O que esta acontecendo?- Ele deu mais alguns passos e caiu inconsciente no chão.

—O que foi isso?- Perguntou Regina, com os olhos ainda vidrados no homem caído na sua frente.
                                                           *

—Como ele está?- Perguntou Regina quando viu a mulher saindo dos fundos da loja.

—Bem. Acordado.- Respondeu Belle.- Ele não se lembra de nada do que aconteceu.

—Belle.- Começou Emma.- Desculpe, mas ele é o Rumple. Ele pode estar mentindo.

—Não está.- Afirmou.- Eu usei a adaga nele.- Respirou fundo.- Só estou feliz de ter ele de volta. E a nossa outra convidada?- Perguntou mudando de assunto rapidamente.

—Deixamos ela na mansão. Temos que voltar. Nos mantenha atualizadas no estado do Gold.- Belle assentiu com a cabeça e as duas mulheres saíram da loja, indo em direção a mansão.

Chegando lá, encontraram a mulher encarando o abajur da sala. Ficaram em silêncio para ver o que aconteceria. A mulher olhava atentamente, examinando cada parte da lampada. Quando viu um botão, hesitantemente apertou, fazendo a luz acender. A mulher deu um pulo para trás quase quebrando a mesinha que estava atrás dela. Regina e Emma não aguentaram a caíram na gargalhada, chamando a atenção da mulher.

—O que é isso?- Perguntou com os olhos arregalados.

—Isso é uma lampada.- Respondeu Regina, desligando o abajur.

—Tem certeza que não é um demônio?

—Espero que não.- Disse Emma, fazendo Regina revirar o olho. Se sentaram no sofá.

—Qual e seu nome?- Perguntou Regina.

—Elsa...- Emma segurou o riso.- O que?

—Nada...- Respondeu na hora.

—Eu sou Regina e essa é Emma.

—Desculpe causar tantos problemas.- Disse envergonhada.

—Não precisa se desculpar.- Falou Regina com um sorriso simpático.

—Eu tenho que voltar para o meu reino...

—Elsa, desculpe, mas não sabemos como te mandar de volta.- A mulher respirou fundo e abaixou o olhar.- Você pode ficar na cidade enquanto te ajudamos a acha um jeito de volta.

—Fariam isso?- Perguntou com os olhos brilhando.

—É claro.- Regina olhou para a sua loira, sorrindo.- Ajudamos as pessoas.- Respirou fundo, voltando para a realidade.- A casa está meio cheia, mas...

—Eu não quero atrapalhar...- Se adiantou.

—Ela pode ficar na pensão.- Disse Emma.

—Eu não me importo do local em que eu vou ficar.

—Já temos um lugar para você.- Explicou Regina. Quando ela parou e encarou Elsa, percebeu que a mulher lhe encarava com um olhar de dúvida.- O que?

—As suas roupas... São estranhas.- Riram

—Você gostaria de ficar mais como nós?

—Acho que não seria uma má ideia. Não se sabe quanto tempo irei ficar aqui.- Emma se levantou e pegou as chaves do carro.

—Vamos, iremos te mostrar o armário da Ruby.- Regina levantou as sobrancelhas.- O que? Depois que ela saiu da maldição as roupas melhoraram.- Deu de ombros. Saíram de casa, indo para o carro.

—Iremos naquilo?- Perguntou Elsa, apontando para o carro de Regina.

—Pode demorar um pouco, mas você se acostuma.- Respondeu a morena.

A viagem foi tanto conturbada. Elsa passou o caminho inteiro agarrada no banco como um gato, enquanto Regina ria internamente e Emma ria externamente. Chegaram na casa da Ruby e levaram Elsa diretamente para o armário, logo depois de apresentar ela para a loba, que gostou da loira automaticamente.

—Então?- Falou Elsa saindo do closet.

—Ficou ótimo!- Exclamou Ruby, indo em sua direção. A loira usava um simples short com uma blusa xadrez por cima de uma regata branca.- Gente, que corpo...- Falou alisando o braço musculoso de Elsa.

—Você não estava namorando a minha irmã?- Perguntou Regina, não gostando nada daquela cena.

—Eu a apenas elogiei, nada mais.- Deu de ombros.- Não fale o que aconteceu para ela.- Falou rapidamente para Regina, que riu da cena.- Tem certeza que quer ficar com essa? Está frio lá fora.- Perguntou para Elsa.

—O frio nunca me incomodou.- Emma não aguentou e caiu na gargalhada, deixando a outra loira completamente confusa. Regina revirou os olhos, dando um tapa no braço de sua namorada e se levantou.

—Que tal mostrarmos para Elsa as comidas típicas dos Norte Americanos?
                                                               *

—Mãe.- Chamou Alycia chegando perto de Emma.

—Sim?

—Aquela é a... A....- A loira sorriu.

—Sim, é ela mesma.

—Ela existe?

—Sério, filha da Salvadora e Rainha má?

—Mas... O filme dela lançou pouco tempo atrás...- Falou quase sussurrando e encarando a mesa que Elsa e Regina estavam sentadas

—Eu ainda estou surpresa.- Falou Zelena, se aproximando.- Ela é muito pálida.

—Sério? É por isso que você esta surpresa?

—Deveria ter outro motivo?- Olhou para a mesa e arregalou os olhos.- Ela esta provando café...- Todos pararam para ver a reação da mulher e quando ela fez uma careta de desgosto, todos tiveram que segurar o riso.- Não me surpreendo.

—Espera até ela tomar sorvete.- Disse Tink, se aproximando.- Oi- Falou olhando bobamente para Alycia.

—Oi.- Respondeu do mesmo jeito.

—Olá minhas divas...- Falou Leonia, se colocando no meio das duas e passando o braço em volta do pescoço de cada uma. Seus olhos se arregalaram quando olhou para a mesa mais a frente.- Aquela mulher é igualzinha a...

—Elsa?- Falou Alycia com um sorriso no rosto.

—Não, jura?- A menina assentiu com a cabeça.- O Pozzato vai pirar quando souber disse.- Disse puxando todas as mulheres para sentar.- Ela já provou sorvete?

—Ainda estamos esperando por isso.- Respondeu Zelena animadamente.

—Por que ninguém me avisou que a Elsa estava aqui?- Perguntou Henry, pegando uma cadeira e se sentando na mesma, já que a mesa estava praticamente lotada.

—Nem vem que eu acabei de descobrir.- Disse Alycia se defendendo.

—Sabia que encarar é feio?- Falou Regina, se aproximando da mesa.

—Mãe, nós estamos vendo o que qualquer criança mataria para ver.- Falou Henry.- A Elsa tomando sorvete.

—Isso é verdade amor.- Confirmou Emma.

—Ela tem razão sis.- Falou Zelena ao receber um olhar incrédulo da irmã.

—Estou cercada de crianças.- Resmungou, revirando os olhos.

—Que bom que você sabe.- Disse Emma, mandando um beijo no ar para a sua morena.

—Ruby, ela pode ficar na pensão né?- Perguntou Regina para a morena que se aproximava da mesa.

—Claro. Ainda tem alguns moradores novos por aqui e todos são bem vindos lá.

—Você tem que estar de sacanagem com a minha cara...- Falou Alycia encarando a porta que acabara de abrir, revelando uma nova habitante da cidade.

—Dessa eu sabia que você ia gostar.- Falou Regina.

—É a Mulan...- Falou boquiaberta.- Eu acho que vou desmaiar...

—Ei, não estou afim de perder a minha vaquinha.

—Para de chamar ela assim.- Disse Zelena com um sorriso no rosto.- Ela pode ser o Relâmpago McQueen.

—Sério?- Se virou para Regina.- Mãe, você deixou ela assistir esses tipos de filmes?

—Eu fiquei fora por um mês, culpe a Ruby.

—Loba, você acabou de acabar com a minha vida. A minha paz acabou de ir em bora.

—Por quê não chamamos ela de Mare Barrow?- Sugeriu Henry.

—Viu, o Henry tem cultura. Esse nome eu aceito.

—Pois é, eu também...- Falou Leonia.- Menininha elétrica.- Disse fazendo todos rirem, até quem não havia entendido a referencia.

—Podemos voltar com a vaquinha?- Resmungou Alycia voltando sua atenção para a mesa da frente, se surpreendendo com a sua visão.- Como não percebemos aquilo?- Disse apontando para a mesa. Todos olharam e viram Mulan e Elsa em uma conversa animada, cheia de risinhos bobos.

—Acho que alguém chegou antes de você.- Falou Regina.- Vamos acabar com a festa delas, as chamando para sentar conosco.- Disse já se afastando.

—Assim não poderemos falar delas...- Começou Regina, mas parou no momento em que viu as três mulheres ao lado da mesa.- Olá Frozen..- Falou com um sorriso no rosto, arrancando gargalhadas das pessoas na mesa e um olhar confuso de Elsa e Mulan.

A mesa estava lotada. A conversa fluía entre todos eles. Gargalhas eram ouvidas do lado de fora da lanchonete, tapas eram dados em braços a cada cinco minutos e olhares bobos eram trocados entre vários integrantes da mesa.

Ficaram conversando até a hora de fechar, ficando mais um pouco conversando com Ruby e Granny que acabaram participando um pouco da conversa.
Quando já era dez da noite, cada um seguiu o seu caminho, Elsa, Mulan, Tinker e Granny seguiram para a pensão; Ruby, Zelena, Leonia e Pozzato, que havia chegado mais tarde, foram para a casa da ruiva; Emma, Regina, Henry e Alycia seguiram para a mansão.

Emma olhou no relógio ao lado da cama e viu que já era três horas da manhã. Ela não conseguia dormir, já havia tentado todas as posições, mas o sono não vinha. Decidiu sair para tomar um ar fresco, então saiu da cama cuidadosamente para não acordar sua morena que dormia serenamente ao seu lado.

Chegou do lado de fora e respirou fundo com os olhos fechados. Só quando abriu os olhos percebeu Alycia sentada no banco do jardim. Fechou seu casaco e foi em direção da filha.

—Hey, não deveria estar dormindo?- A menina sorriu.

—Você também.- Emma sorriu quando viu Henry com a cabeça deitada no colo da irmã, dormindo serenamente.

—Também não conseguiram dormir?- Perguntou sentando ao lado da morena e passando um braço em volta dela, a abraçando.

—Ele conseguiu.- Falou rindo, acariciando os cabelos do irmão e deitando a cabeça no ombro de sua mãe.- Você também sente?- Perguntou depois de algum tempo em silêncio. Emma respirou fundo e assentiu com a cabeça.

—Algo está vindo para Storybrooke... E não é bom.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu não abordei muito o que aconteceu com a Regina, mas em alguma outra hora quero explorar mais esse tema, talvez em outra fic. Muitas pessoas condenaram a Regina sem saber o que realmente tinha acontecido e eu não sabia se ria ou se chorava com isso. A última treta esta para chegar, então segurem os forninhos porque drama não vai faltar!
Quero compartilhar a minha alegria com vocês: Eu escrevo uma outra fic que tem só quatro capítulos, mas umas da minhas autoras preferidas de fanfic, favoritou ela no Spirit! Eu to pirando já faz quatro dias com isso! Isso já aconteceu com vocês, autores? É muita felicidade para uma pessoa só! Sra Porter ( minha escritora suprema) que me aguarde! Kkkk Não revisei e se alguém não entendeu alguma referencia, é só perguntar!
Comentem o que acharam e até a próxima meus lindos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "You are not alone..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.