Meu amado é um lobisomem escrita por Lailla


Capítulo 25
Capítulo 25: Primeiro beijo




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Em Abril estávamos no meio da primavera e havíamos começado mais um ano letivo. Nosso segundo ano no ensino médio, agora na 2-B.

Antes das nossas aulas, foi o aniversário de Haru e meus pais fizeram um plano com Takashi-san – agora eu o chamava pelo nome, fora do colégio. O plano era ele distraí-la, levá-la para almoçar e passear durante a tarde, sendo que a volta para casa seria por um caminho diferente, passando de carro em nossa casa.

Mamãe fez um grande bolo, já que a família estava aumentando, e todos estavam presentes. A única coisa que nos deixou preocupados à princípio foi a presença de Hanabi e Shouya no mesmo lugar. Achamos que seria estranho, mas acabou sendo quase normal. Hanabi corou um pouco ao vê-lo, pois não o via desde o final de dezembro, há quatro meses. E Shouya ficou olhando para ela por um tempo, em silêncio. Porém tudo ocorreu bem. Meu irmão a cumprimentou e perguntou se estava tudo bem em casa e na escola. E ela o respondeu normalmente: gaguejando e corando. É, as coisas voltaram ao normal.

Enquanto a festa acontecia e o bolo já havia sido cortado, todos conversavam do lado de dentro ao som das músicas do rádio. Hanabi foi para o lado de fora com sua fatia do bolo e eu a segui com a minha fatia, sentando ao seu lado na entrada. Ela o comia em silêncio, olhando para o prato.

— Você está bem? – perguntei.

— Sim. Por quê?

— Shouya.

— Ah, é. – ela abaixou o olhar – Ele está bonito como sempre. O cabelo cresceu um pouco.

— Hum. – concordei – Mas...?

— Está tudo bem, Ame. – ela sorriu.

— Tem certeza?

— Faz quatro meses e eu ainda sinto falta dele, mas... Estou bem.

Continuei olhando-a. Por que eu não achava isso?

Após assentir, entrei em casa. Shouya me olhou por um momento, indo para o lado de fora. Todos estavam ocupados, conversando, e não perceberam-me indo para os fundos. Saí de casa pela porta dos fundos e dei a volta, chegando à entrada e espionando o que Shouya iria fazer.

Ele saiu e observou Hanabi por um momento rápido, indo até ela e sentando ao seu lado. Hanabi sorriu levemente e abaixou o olhar de volta para sua fatia de bolo.

— Estou tentando. – disse ela – É difícil.

— Eu sei. – disse ele, olhando à frente – É pra mim também.

— Aquilo foi apenas para eu desistir, não é?

Ele permaneceu calado.

— Tudo bem... – disse ela – Ainda amo você, Sho-chan.

— Quero vê-la bem, mesmo que não estejamos juntos.

— Por que não estaria bem com você?

— Você não estaria.

— Não se importa se eu namorar com outro? Se me casar com outro?

Ele hesitou, manteve-se calado. Hanabi levantou, olhando-o.

— Se um dia me casar com um homem que não seja você, deixarei bem claro que não vou amá-lo como amo você.

Shouya a olhava com seus olhos arregalados. Hanabi sempre fora direta quanto a ele.

— Espero que um dia entenda que nunca vou ser feliz se não estiver com você.

— Hana-chan...

— Você avisa à Ame que fui embora?

Ele abaixou o olhar e assentiu. Hanabi fora embora pela trilha, desaparecendo. Esperei para voltar para dentro, porém Shouya olhou para o lado.

— Eu sei que está aí, Ame. Senti seu cheiro.

Engoli em seco e apareci para ele. Shouya sorriu.

— Me espionando como no dia do seu encontro?

— Como sabe?

— Senti o seu cheiro e o de Ichiro.

Suspirei e me sentei ao seu lado.

— Você ainda gosta de Hanabi. – falei – Por que não volta com ela?

— Não quero que ela fique como Okaasan.

— Okaasan ama Otousan. E Hanabi ama você. Se ela descobrisse...

— Nunca vou contar à ela.

— Ela vai amá-lo da mesma forma, idiota.

Ele deixou uma risada escapar.

— E como está Ichiro? – me olhou.

Enrubesci, franzindo as sobrancelhas e levantei.

— Idiota. – falei ao entrar em casa.

As aulas começaram na semana seguinte e todos na cidade falavam de um novo morador, um homem que se mudara recentemente. Ele trabalhava como faz-tudo e logo todos o conheceram. Ele era educado e sempre cumprimentava à todos com um sorriso. Seu nome era Hosokawa Koji e ele deveria ter uns 30 anos. Depois de algum tempo, o falatório sobre sua chegada acabou, assim como foi com Ichiro-kun, e ele se tornou apenas mais uma pessoa na cidade.

Naquele dia depois da aula, estávamos conversando e rindo enquanto andávamos em direção ao portão do colégio. Planejávamos comprar algumas coisas no mercado com o desconto de Hanabi para estudar depois na casa de Hayato para as provas que se aproximavam. Ao passarmos pelo portão, passei por um rapaz.

— Yoshiro-san.

— Eh? – me virei, vendo-o – Kenichi-kun?

Kenichi era do último ano. Ele era loiro e tinhas olhos marrons. Não o conhecia bem, mas ele nunca me deu motivos para pensar mal dele. Quando me chamou, todos nós paramos.

— Posso falar com você um minuto?

— Tudo bem. – sorri sem entender – Podem me esperar um pouco?

— Tá bom. – disse Hayato.

Me virei para ir com Kenichi enquanto Ichiro-kun me olhava de forma estranha, indo para o lado de fora com os outros. Ele parecia preocupado, porém sorri e acenei para ele, voltaria logo.

Kenichi me levou até a entrada da escola. Ele apenas nos cumprimentava, nunca falou com um de nós. E eu não fazia ideia sobre o que ele queria falar comigo.

— Pode falar. – sorri.

Ele sorriu singelamente.

— Quero saber se você quer sair comigo.

Arregalei um pouco meus olhos.

— Eh? Por quê?

Ele deixou uma risada escapar.

— Porque eu quero. Você é bonita e pelo quadro do seu andar, inteligente. Quero te conhecer.

Abaixei o olhar por um momento, hesitante. Eu gostava de Ichiro-kun. O que ele pensaria se eu saísse com outro garoto? Eu gostaria de sair com Ichiro-kun mais uma vez. E se isso destruísse minhas chances?

— Kenichi-kun... Eu...

Ele esperava por uma resposta. Porém com minha incapacidade em formar uma frase, provavelmente ele soube por si mesmo que eu não queria.

— Tudo bem, Yoshiro-san.

O olhei, envergonhada.

— Me desculpe.

— Tudo bem. – ele sorriu – Gosta de outro garoto, não é?

— É... – desviei o olhar, sorrindo.

Ele deu mais um sorriso, um caloroso.

— Espero que ele já saiba como você é bonita.

O olhei, sorrindo e corando.

— Ele já disse uma vez.

— Que bom. Então... – Kenichi deixou uma risada escapar – Acompanho você até seus amigos.

— Hum.

Kenichi me deixou na companhia do pessoal e foi embora. Nosso grupo foi em direção ao mercado e nos separamos para pegar tudo mais rápido. Hayato e Mai foram pegar pipoca e refrigerante, Hanabi foi pegar biscoitos e Ichiro-kun e eu fomos pegar chocolates. Barras e bolinhas de chocolates. Quando vi caixas de Pocky em uma das prateleiras, parei em frente, pensando.

— Quer uma? – perguntou Ichiro-kun.

— Me pegou. – achei graça – Mas não está na lista.

— Eu compro pra você. – disse ele, pegando uma caixa e me dando – Né, o que Kenichi queria com você?

— Eh? – o olhei, lembrando-me – Me chamou pra sair.

— Ah...

O tom de sua voz saiu de forma surpresa, porém também de forma decepcionada.

 - E... – ele gaguejou – Você vai sair com ele?

— Não. Disse à ele que gosto de alguém.

— Você gosta de alguém? – perguntou ele, curioso.

Engoli em seco.

— É... – corei – Um garoto... Não sei quem... Deixou uma caixa de bombons brancos no meu armário no White Day. Tinha um bilhete com uma frase bonita. Então...

— Está curiosa pra saber quem é.

— Algo assim. – sorri sem jeito.

Queria mesmo era que ele dissesse que fora ele quem me dera a caixa. Por que ele não dizia? E se não tivesse sido? Só gostei da caixa porque imaginava que tivesse sido ele, na verdade pus em minha cabeça que fora Ichiro-kun quem me presenteara.

— Você... Por acaso sabe quem foi, Ichiro-kun?

— Por que eu saberia? – ele riu, parecendo forçar a risada – Eh...

— Hum. – abaixei o olhar e me virei – Vamos.

Enquanto passávamos tudo no caixa para depois irmos, percebi Ichiro-kun olhando para o outro lado, nas prateleiras. Não via o rosto dele, porém seus punhos estavam cerrados. Me inclinei para trás, vendo Hosokawa-san olhando a embalagem de um produto.

— Ichiro-kun? – pus a mão sobre a dele.

Ele relaxou por um momento, porém ao me olhar vi suas sobrancelhas franzidas de um modo ao qual nunca vira. Ele parecia furioso.

— Está tudo bem?

— Sim. Vamos.

Fomos embora e durante aquela tarde estudamos para adiantar as anotações e comemos bastante. Quando fomos embora, Hayato levou Mai para casa. Creio eu que ele tentava ter coragem para se declarar, porém ele corava o tempo todo quando estava com ela. E Hanabi, Ichiro-kun e eu fomos juntos pela trilha. Ele insistiu em me levar em casa, mesmo sua bifurcação sendo a primeira que chegávamos. Deixamos Hanabi na entrada de sua rua e fomos para minha casa.

Ao chegarmos à entrada do meu quintal, Ichiro-kun parou.

— Obrigado. – sorri – Mas por que me trouxe?

— Bem... – ele desviou o olhar – Não quero que vá pra casa sozinha.

Corei levemente.

— Hanabi e eu?

— Hanabi também, mas...

Arregalei os olhos, corando mais.

— Hum... Me preocupo com você. – disse ele – Melhor eu ir.

Ele se virou, porém o impedi ao segurar em sua camisa.

— Ichiro-kun...

— Sim? – ele me olhou.

As palavras não saíam, minhas bochechas ficavam cada vez mais vermelhas.

— Posso... Chamar você... Apenas de Ichiro?

Ele sorriu, assentindo, e se aproximou, beijando minha testa. Com certeza fiz uma cara cômica, pois ele riu em seguida ao me olhar. Quando Ichiro-kun se fora, entrei em casa.

— Como foi? – perguntou mamãe.

— Perfeito... – abri um sorriso, corando novamente.

— Ame? – papai me chamou.

— Eh? – o olhei.

— Perguntei sobre os estudos hoje. Na casa de Hayato-kun. – disse mamãe.

— Ah, foi bom. Adiantamos algumas coisas.

Meu pai achou graça e minha mãe o olhou por um momento, sorrindo.

— Vamos jantar na casa do seu avô. Quer vir?

— Bem que quero, mas tenho dever da escola pra fazer.

— Tudo bem. Tem Yakisoba do almoço.

— Hum. – sorri.

Meus pais saíram algumas horas depois para a casa do meu avô. Eu queria mesmo ir, a comida do meu avô era ótima! Mas precisava fazer os exercícios logo, deixei esses um pouco em cima da hora para fazer.

Estava no meu quarto, sentada na cadeira da minha escrivaninha com o livro aberto à minha esquerda e meu caderno à direita. Minha perna estava sobre o assento enquanto escrevia. Quando apoiei meu rosto na mão para pensar sobre a questão que resolvia naquele momento, ouvi um som vindo da janela.

Me virei em direção à janela e vi Ichiro-kun aparecendo e acenando pra mim. Me aproximei e a abri, pondo metade do corpo para fora para vê-lo. Ele era alto, nem precisava ficar na ponta dos pés para alcançar minha janela.

— Ichiro?

— Já está me chamando assim? – ele sorriu.

— Eh... Sim. – corei, sorrindo sem jeito – O que houve?

— Queria falar com você.

— Ah, então entre.

Me afastei, pensando que ele daria a volta para entrar pela entrada. Ichiro apoiou o pé na parede com as mãos em minha janela e deu impulso, entrando pela janela. Arregalei os olhos, impressionada. Ele se endireitou e me olhou.

— Podia ter dado a volta.

— Ah. Pensei que seus pais não iam gostar de ver um garoto te visitando.

— Acho que eles iriam se importar com um garoto entrando pela janela do meu quarto. – achei graça – Mas eles saíram.

Ele sorriu, desviando o olhar e corando. Nos sentamos no tatame, apoiando as costas na parede. O olhei, esperando-o começar a falar.

— Esse é seu quarto? – perguntou ele.

— É.

— É bonito.

Sorri.

— O que queria falar comigo?

Ele me olhou com a mesma expressão de mais cedo.

— Você pode não se aproximar de Hosokawa-san?

— Eh? Por quê?

— Não confio nele.

— Mas por quê?

— Ele...

Ichiro hesitou, porém me olhou e disse:

— Ele conserta coisas e já foi em muitas casas. E até mesmo no colégio.

— Sim... – o olhava, tentando compreender.

— Eu já o vi olhando para muitas garotas.

— O que tem demais? As meninas da cidade são bonitas.

— Ele tem trinta anos, Ame. Não devia olhar para garotas de 16 anos daquela forma. Satoru-san tem um monte de alunas que gostam dele e mesmo assim ele não as olha como Hosokawa as olha.

Franzi a testa, preocupada.

— Como... Ele as olha?

— Como olhou pra você hoje, no mercado. – ele olhou em meus olhos – Como se tentasse imaginar você sem roupa.

Abaixei o olhar, nervosa. Engoli em seco.

— Quando o peguei a olhando assim fiquei na sua frente, mas ele ainda tentava olhá-la mesmo comigo o encarando. Ele apenas parou quando você o olhou.

— Você estava estranho, queria saber para o que olhava.

— Hum. – ele voltou-se para frente, suspirando – Não se aproxime dele, por favor. Tenho medo.

— Você acha que...? – arregalei os olhos.

— Não sei. Mas isso acontecia às vezes em Tokyo. Pelo menos as situações que passavam na televisão. Não sei se ele faria de verdade, então não quero espalhar boatos que possam ser falsos.

Encolhi meus ombros e me aproximei mais dele, abraçando meus joelhos.

— Vou buscar você e Hanabi em casa a partir de agora. Avise a ela. Vou avisar a Hayato para ele tomar conta de Mai.

— Hum.

— Não vou deixar ele fazer nada com você. – disse ele.

Ao olhá-lo, Ichiro parecia ter dito aquilo em voz alta, pois corou em seguida. Não era o momento mais romântico para me declarar, mas com tudo o que ele disse, queria saber se ele sentia algo por mim.

— Ichiro.

— Hum.

— Pode me responder uma coisa?

— Claro.

Abaixei o olhar, engolindo em seco.

— Foi você... Que me deu aqueles chocolates?

— Sim.

Arregalei os olhos, olhando-o e vendo um sorriso em seu rosto.

— O que?

— O recheio dos chocolates era de limão. – ele dizia, voltado para frente – Você gosta de limão, torta de limão. Você gosta desse tipo de doce.

Corei, admirada.

— O bilhete tinha a frase “Seu nome pode significar chuva, mas você é a flor mais linda que já vi”.

Corei mais ainda. Não contei a ele qual era a frase.

— Por que...?

— Por quê? – ele repetiu, corando – Gosto de você desde o dia da ponte. Você apareceu pra me salvar.

Ichiro abaixou a cabeça, sua franja tampava os olhos.

— Não tinha coragem nenhuma pra contar, porque você dizia que estava feliz por sermos amigos. Me afastei e a olhava de longe... Depois Nana se aproximou e eu pensei “Vou tentar seguir em frente”. Mas Nana não gostava de você, porque somos próximos. Então ela disse “Ou ela ou eu”. E eu escolhi você. – ele concluiu, olhando-me.

Meus olhos estavam arregalados, minhas bochechas coradas. Queria saber apenas se ele me dera os chocolates. A resposta já bastaria para me declarar. Mas ele me deu muito mais. Me falou coisas que fizeram meu coração acelerar mais a cada segundo.

— Pensei que não se importasse assim... Comigo. – falei.

— Não? – ele sorriu, rindo – Fiquei com ciúmes de Kenichi quando te chamou. Eu imaginava que ele pretendia chamar você pra sair.

— Eu queria sair com você.

— Posso perguntar uma coisa?

— Hum. – sorri, emocionada.

— A bolsinha de chocolates em baixo da minha mesa. Eram...?

— Sim. – assenti com a cabeça – Queria te dar pessoalmente, mas fiquei com medo. Então pus debaixo da mesa. Quando pensei em pegar de volta, você entrou na sala.

— Por que não disse nada?

— Fiquei com medo de você dizer que não gostava de mim. Depois que saiu fui atrás de você pra contar, mas... Nana estava dando chocolates pra você na escada.

— Ah... Entendo. Foi quando ela pediu pra ser minha namorada.

— Eu a ouvi.

Abaixei a cabeça, corando. Engoli em seco. Contamos tudo um ao outro, tudo o que sentíamos e o que aconteceu. E eu estava envergonhada. Não sabia mais o que dizer ou o que deveria dizer. Porém não foi preciso. Repentinamente, Ichiro se virou para mim e pôs a mão em seu rosto, fazendo-me olhá-lo.

— Eu gosto você. – disse ele.

Então me beijou. Semicerrei os olhos, fechando-os lentamente. Ichiro me acolheu em seus braços, abraçando-me forte. Meu primeiro beijo fora caloroso, ofegante e fazia meu coração acelerar tanto quanto minha respiração. Foi longo, fazendo-nos deitar no tatame do meu quarto. Quando cessamos, deitando um de frente para o outro, Ichiro olhava detalhadamente meu rosto.

— Você é linda.

Sorri, apertando sua camisa e me encolhi, me aproximando de seu corpo.

— Queria que meu primeiro beijo fosse com você. Estou feliz. – corei.

— Hum. – ele sorriu – Posso perguntar outra coisa?

Achei graça.

— Pode.

— Posso... Ser seu primeiro namorado?

Corei mais e o abracei, sorrindo.

— Sim.


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