A Garota Malfoy escrita por Paula Mello


Capítulo 16
A Briga Com Angelina




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Hydra passou mais dois dias em observação na ala hospital are apesar de se sentir bem, durante os quais seus amigos vieram visitar sempre que podiam, também recebeu a visita de Peter, Jeniffer, Rita, Laura, Hagrid, Harry e Rony.

Draco tentou visitá-la diversas vezes, mas ela nunca queria vê-lo, depois soube que Fred e Jorge fizeram seu cabelo ficar pontudo e variando entre o vermelho e laranja deixando cair sobre ele um pó de invenção própria, Hydra ainda não gostava de ver seu irmão sofrer, mas estava magoada demais para dizer algo sobre. Pucey também veio vê-la, mas ela fingiu estar dormindo, não queria falar com ele.

Como ficou dias sem aparecer nas aulas, os mais diversos boatos de que teria sido vítima do herdeiro da Sonserina, que agora resolveu atacar também os sangues-puros, se espalharam pelo castelo, isso e o fato de Dumbledore não estar mais como diretor, fez com o que o pânico ficasse ainda maior.

— Você tem certeza de que está bem? – Perguntou Olívio, na primeira noite de Hydra no Salão Principal, todos a tratavam como se ela fosse quebrar a qualquer momento na frente deles.

— Eu estou bem... – Disse Hydra, um pouco irritada, evitando os olhares e comendo um pouco de sopa que estava sendo servida.

— Tem certeza? – Perguntou Fred, a olhando com um olhar de pena desagradável.

— Eu não queria dizer nada por causa disso, se continuarem desse jeito só vão me deixar muito pior do que já estou, por favor gente, parem de me tratar como se eu fosse algo frágil, eu estou bem, de verdade...

— Ok, se você diz... – Disse Jorge, passando agora a contar piadas junto com seu irmão, Fred.

Hydra reparou que Olívio, apesar de solicito, continuava cabisbaixo e não parecia com muita de vontade de fazer absolutamente nada.

Depois de algumas semanas, o verão começava a se aproximar e seus amigos finalmente pararam de lançar olhares de pena para ela.

Fred e Jorge voltaram a seus "eus" brincalhões de sempre e Olívio, não se sentindo mais na obrigação de consolá-la, voltou a ficar completamente deprimido pelo quadribol que se foi. A Professora McGonagall também voltou a tratar Hydra com a severidade de sempre depois de um tempo, só o que não voltou ao normal foi sua relação com Draco, ele tentou muitas vezes falar com Hydra sem sucesso e sempre a olhava de forma triste e culpada.

A aula de poção corria normalmente, Hydra nunca soube se o Prof. Snape não soube do ocorrido ou apenas não ligava, mas todo o seu mau-humor continuava em todas as aulas.

Até que um dia, enquanto aprendiam como fazer Poção Homobolhus, que cria uma enorme bolha em volta da cabeça do bruxo (a) que a tomar. Depois de fazer os alunos testarem cada uma de suas poções, causando as mais diversas reações possíveis como cabeças inchadas que ficaram o dobro do tamanho normal até pequenas bolhas pelo rosto, (depois de relutar muito, especialmente com os alunos da Grifinória, que ficaram até o final da aula, ele consertou o efeito de cada uma) ao chegar em Hydra, a poção funcionou perfeitamente.

— Muito bem... senhorita Malfoy. – Disse Snape com a voz sem nenhuma emoção – Cinco pontos para a Grifinória.

Todos os alunos olharam imediatamente chocados, alguns se olhavam assustados.

— Cinco pontos para a Grifinória? Na aula de poções? É Sério isso mesmo? – Dizia Fred incrédulo.

— Muito bem senhor Weasley, menos cinco pontos para a Grifinória por atrapalhar minha aula. – Disse Snape irritado, os alunos da Grifinória tiraram imediatamente o sorriso do rosto e os da Sonserina davam altas gargalhadas.

Todos os alunos tinham que sair acompanhados de uma aula para outra, o que era um grande inconivente tanto para os alunos e talvez ainda mais para os professores que pareciam impacientes.

Na hora do almoço, Olívio decidiu permanecer na sala comunal, ele continua muito triste e distante, quase não falava, nem mesmo com Hydra, depois de passado algumas semanas do ataque de Lúcio, ele não parecia ter ânimo para nada, nem mesmo ficar sozinho com ela (o que era praticamente impossível agora que não podiam andar pelos corredores desacompanhados) e ela percebeu que sua pulseira não aquecia mais com a mesma frequência que antes e que os poucos momentos que Olívio estava entre ela e os amigos, ele estava criando mais táticas na esperança de que ainda pudesse de alguma forma, disputar o campeonato, mas tentou imaginar que seria apenas uma fase.

— Está tudo bem com vocês? – Perguntou Jorge, que estava sentado ao seu lado na mesa do Salão principal.

— Sim, quer dizer, não sei, a gente não se fala mais o suficiente para eu saber... – Respondeu Hydra desanimada.

— Bem, é uma pena, mas se não der certo com ele, tem uma velha lista de apostas que eu gostaria de reviver. – Disse Fred rindo.

Angelina, Katie e Alicia conversavam sobre o que seus pais falaram que aconteceria se Hogwarts de fato fechasse " Mamãe já disse que vai me enviar para outra escola no exterior" Disse Angelina "A minha disse que vou ter que ter aulas em casa, você consegue imaginar que horrível?" Disse Alicia. Fred e Jorge estavam cada um em um lado de Hydra sem prestar atenção nas conversas, ela sabia que seus pais já disseram não ter condições de mandá-los para uma escola no exterior, mas isso não os deixara muito desanimados "Sempre achei que nossos talentos estão além do que a educação tradicional pode oferecer." Diziam.

Antes que Hydra pudesse falar algo, ela reparou que os seus amigos ao redor ficaram em completo silêncio e logo entendeu o porquê. Em pé atrás de Hydra, o jovem louro e forte da Corvinal estava parado a chamando.

— Pe... Peter? O que você está fazendo aqui? – Perguntou Hydra surpresa, ela notou que muitas pessoas nas mesas da Grifinória e da Corvinal olhavam, especialmente Amee Goat, a menina ruiva, bonita e de olhos verdes da Corvinal lançava um olhar de ódio fulminante para a cena. Olívio, para variar, não estava com eles, quase nunca ficava para almoço.

— Eu queria falar com você e não da exatamente para te encontrar nos corredores e eu não estou na mesma casa que você então... – Jorge ofereceu seu lugar para Peter se sentar e sentou ao lado de Fred.

Peter aceitou, mas todos seus amigos apesar de tentarem sem sucesso disfarçar, prestavam atenção na conversa.

— Eu queria saber só se você está bem, eu mal consegui trocar duas palavras desde o dia na ala hospitalar.

— Você foi na ala hospitalar? – Perguntou Fred, mas ao notar o olhar fulminante que Hydra lançara por escutar sua conversa, desistiu de ouvir a resposta e virou o rosto para "conversar" com Angelina.

— Eu estou bem, de verdade, só estou preocupada com o que vai acontecer se Hogwarts fechar... - Disse desesperançosa, graças ao pedido de Draco, já era certo de poder voltar para Beauxbatons caso isso acontecesse, apesar de uma parte estar feliz em poder voltar para suas amigas, outra estava arrasada de ter que se afastar dos que conquistou ao longo do ano letivo.

— Eu também, mamãe quer que eu continue os estudos em outro lugar, não temos certeza ainda de onde, realmente não queria deixar Hogwarts, mas... – continuou Peter – eu fico feliz que você esteja bem. – Notando que seus amigos na mesa da Corvinal ainda olhavam atentos, ele começou a se sentir sem graça, Jeniffer e Rita simplesmente pararam de falar para olhar atentamente os dois. – Eu acho melhor eu voltar para a minha mesa, eu só queria saber como você estava.

— Obrigada pela preocupação, de verdade e você pode sentar aqui quando quiser. – Disse Hydra sorrindo e foi retribuída com um sorriso de Peter que se levantou e voltou para a sua mesa, sobre os olhares atentos dos amigos de Hydra e dele.

— E o Olívio? – Perguntou Angelina chocada assim que Peter se afastou.

— O que tem o Olívio?

— Bem, você agora está de papo com esse garoto da Corvinal, você não estava namorando o Olívio? – Angelina sempre foi uma grande defensora de Olívio, em todos os momentos de raiva de Hydra, ela sabia que nunca podia desabafar sobre isso com Angelina que sempre ficava ao lado do amigo.

— E por causa disso eu não posso ter outros amigos? – Disse Hydra com irritação visível – O Fred, o Jorge e o Lino são meus amigos e eu não vejo você reclamando disso.

— Você sabe muito bem que não é a mesma coisa, esse Macmillan nunca tirou os olhos de você desde o começo do ano e agora vocês ficam de papinho! – Angelina estava irada.

— Eu não devo satisfação de com quem eu falo ou não, nem para você e nem para ninguém! – Hydra se levantou irritada e acompanhou na frente os professores que acabaram de anunciar que iriam acompanhar os alunos até suas aulas da tarde.

Durante o resto do dia, Angelina e Hydra sentaram separadas e não se falaram, Fred e Jorge tentaram fazer brincadeiras para animá-las, mas nenhuma das duas dava o braço a torcer e no final do dia, Angelina subiu irritada para o quarto sem falar com Hydra, que encontrou a amiga dormindo quando foi deitar.

O clima ruim entre as duas amigas continuou pelos dias que se passaram.

— Isso é completamente ridículo, vocês são melhores amigas e nem se olham mais, por causa de uma bobagem! – Gritou Jorge uma noite na sala comunal.

— Por que vocês brigaram afinal? – Perguntou Olívio, finalmente participando da conversa.

— Coisas de mulher! – Se apressou Jorge, antes que Hydra pudesse falar o verdadeiro motivo e Olívio parece ter acreditado, porque perdeu o interesse na conversa e voltou a se concentrar em suas anotações, a falta de atenção de Olívio a tudo ao seu redor estava deixando Hydra cada vez mais impaciente, mas ela estava assim com quase tudo ao seu redor, Angelina e Draco faziam mais falta do que ela imaginava.

— Seu pai tentou falar com você de novo, Hydra? – Perguntou Fred.

— Não, ele deve estar guardando tudo para as férias, não tem muito para onde fugir dentro de casa – Hydra dizia com a voz triste e Fred parecia se simpatizar.

— Você pode ir para A Toca a hora que quiser – Disse ele.

— A Toca? O que é A Toca? – Perguntou Hydra, ficando um pouco mais animada.

— Nossa casa, é pequena e cheia, mas pelo menos não tem nem sinal de Lúcio Malfoy lá dentro, isso eu prometo! – Respondeu Jorge. Nada parecia melhor do que passar férias na casa de Jorge e Fred e finalmente conhecer o famoso senhor Weasley, mas ela sabia que seus pais jamais permitiram que ela colocasse os pés perto da casa deles.

— Bom, quem sabe eu consigo fugir um dia das férias e ir para lá... – Disse desesperançosa – mas seus pais, será que eles gostariam de mim? Afinal eu acho que eles, como todo mundo decente no mundo Bruxo devem pensar o pior do nome Malfoy .

— É, isso é verdade... – Respondeu Fred sem graça – mas eu acho que eles vão te amar quando conhecerem. – Fred sorriu e Hydra também, os gêmeos a faziam muito bem, doía pensar que se Hogwarts realmente fosse fechada, não os veria mais todos os dias como agora.

O verão espalhou-se lentamente pelos jardins que cercavam o castelo; o céu e o lago, os dois, ficaram azul-clarinhos, e flores do tamanho de repolhos se abriram repentinamente nas estufas. 

Peter fazia agora visitas frequentes a mesa da Grifinória, Olívio parecia não gostar muito quando isso acontecia, mas não demonstrava muitas emoções e nem falava muito durante todo tempo.

Hydra achava que o sentimento de Olívio por ela já não era o mesmo, mas não tinha coragem de fazer nada a respeito com medo da resposta, deixando o sentimento desconfortável se prolongar.

Durante a aula do Professor Lockhart, Hydra passou a perceber que o encantamento inicial que tinha pelo seu sorriso desaparecia conforme a falta de informações sobre Defesa contra as artes das trevas ficava maior, durante todas as aulas, era lido poemas de fãs que Lockhart recebia, ou trechos de seu livro eram interpretados por ele e alunos desgostosos, Fred e Jorge conseguiram enfeitiçar (como, Hydra nunca soube.) A capa de um dos livros que Lockhart lia chamado "Meu eu mágico" que agora se lia "O idiota mágico" e causava risada em todas os alunos, mas ele parecia achar que eram sinais de admiração por seu belo trabalho.

— Que Imbecil! – Dizia Fred rindo.

Muitas meninas, Hydra reparou, não ficaram contentes com a brincadeira e lançavam olhares furiosos para os gêmeos.

Angelina agora se sentava em uma mesa distante e Alicia reclamava de ter que se dividir entre as duas amigas.

— Não é justo, se eu sentar com ela você fica com raiva, se eu sentar com você ela fica, eu não consigo me dividir em duas!

— Desculpe, mas se ela quiser voltar a falar comigo, ela que me peça desculpas!

Hydra era muito orgulhosa, característica que segundo sua mãe, herdou de seu pai, apesar de saber que herdara qualquer coisa do pai que não fossem os olhos, cabelos e ouro, a apavorava.


As aulas de poção continuavam sendo suas aulas favoritas e a mais odiada pelo resto de seus amigos, Hydra começou a ter grande admiração por seu professor, Severus Snape apesar de não parecer ser algo mútuo, já que ele continuava a tratando como todos os demais da Grifinória, com injustiça e frieza, mas Hydra não podia deixar de admirar suas habilidades como mestre de Poções e desejar que, quem sabe um dia, pudesse aprender mais com ele.

— Você tem algum problema muito sério Hydra, eu não estou brincando, não pode ser normal gostar do Snape – Dizia Lino em uma noite enquanto faziam o dever de casa na sala comunal.

Ela estava sentada em uma poltrona com Lino, Fred, Jorge e Olívio. Angelina, Kate e Alicia estavam sentadas um pouco distantes, Alicia e Kate dividiam o tempo entre as duas, mas nunca conseguiam estar com ambas ao mesmo tempo já que elas agora evitavam até mesmo se olharem.

— Não é que eu goste dele, eu gosto das suas aulas, ele sabe do que fala ao contrário de Lockhart. – Dizia Hydra enquanto escrevia freneticamente em um pedaço de pergaminho, Snape havia passado muito dever de casa naquela tarde.

— Bom, isso é verdade, eu não aprendi absolutamente nada durante esse ano inteiro! Mas eu achei que você gostasse dele – Disse Lino.

— Eu gostava, mas eu realmente tive que concordar com vocês, ele não nos ensinou nada! – Disse Hydra.

— Nem para nós. – Disse Harry Potter que estava em uma poltrona próxima com Rony, desde que foi atacada, Hermione ainda se encontrava na ala hospitalar e os dois amigos pareciam sentir grande falta dela já que pareciam nervosos e inquietos nos últimos dias – Lockhart só fala de si mesmo durante toda a aula.

— Nem me diga, não sei como Hermione consegue gostar daquele paspalho! – Rony parecia extremamente triste depois de falar o nome de sua amiga.

— Como ela está meninos, alguma notícia sobre a poção que irá acordá-la? – Perguntou Hydra, abaixando os pergaminhos e prestando atenção nos meninos.

— Madame Pomfrey não deixa mais que visitemos ela, ela diz que o atacante pode voltar a qualquer momento para finalizar o trabalho... – Disse Harry triste.

— Mas a madame Sprout disse que as mandrágoras estão quase adultas e logo vão poder ser usadas para fazer a poção. – Rony completou e Harry e Hydra forçaram um falso sorriso.

A situação no castelo estava cada dia pior e o clima de medo era constante, todos os dias, os professores tinham que responder as mais diversas perguntas sobre os ataques.

— Não sei quando todos voltarão ano normal e ainda não sabemos se Hogwarts será fechada de vez ou não, eu sinto muito... – Dizia Minerva, irritada, enquanto acompanhava a turma de Hydra da aula de Transfiguração para a de Feitiços.

— Mas e se fechar, o que será de nós? – Perguntou Laura.

— Não sei, Srta. Schimmer, sinceramente não sei – Minerva parecia mais simpática e solidária enquanto consolava Laura, a menina havia dito mais cedo no quarto, que os pais planejavam a educar em casa, já que não podiam enviar ela para uma escola no exterior, sendo que Laura tem cinco irmãos e dizia que seria insuportável aprender novamente em casa com todos eles fazendo bagunça.

"Eu provavelmente nunca vou conseguir uma certificação desse jeito", disse ela, enquanto era consolada por Hydra, Rita e Jeniffer.

O Professor Flitwick, estava explicando sobre mais um feitiço bloqueador e insistiu as duplas que deveriam treinar desarmar e proteger.

— Deixa eu ver... senhor Weasley e senhor Perrisom... O outro senhor Weasley – Disse ele para Fred.

— Senhorita Spinnet e Sr.Weasley, agora sim você, Fred, e Srta. Malfoy e Srta. Jhonson.

— Professor, será que eu poderia mudar de dupla? – Perguntou Angelina imediatamente, sem olhar para Hydra.

— Algum problema, Senhorita Jhonson? – Perguntou o Professor, em cima de uma pequena mesa, olhando séria para ela.

— Não, nenhum, eu só queria...

— Eu concordo, Professor, deixe que eu troque com a Alicia – Interrompeu Hydra, que não queria sair por baixo da situação.

— Não, nada disso, vocês duas, seja qual for o problema, vão ter que trabalhar juntas – Disse o Professor, olhando feio para as meninas.

Angelina e Hydra, ainda sem se falar ou se olharem direito, ficaram em frente uma para a outra.

— Quem começa? – Perguntou Hydra, de braços cruzados.

— Eu começo, você me bloqueia. – Angelina mostrava uma indiferença.

— Ok...

Antes que Hydra pudesse mesmo erguer a varinha, Angelina a atacou com um feitiço que a fez cair de costas no chão.

— Senhorita Jhonson, o que é isso? – Gritava o Professor furioso, indo em direção as duas.

Hydra ignorou completamente a sala que tinha parado para olhar a cena, apenas se levantou rapidamente e apontou a varinha para Angelina.

— Impedimenta.

Agora Angelina foi jogada para trás.

— Senhorita Malfoy, parem agora!

— Descendit! – Gritou Angelina, se levantando rapidamente. O feitiço fez com que Hydra caísse sentada.

— PAREM, PAREM AGORA! – Gritava o Professor.

— CIRCUMITIO! – Gritou Hydra, o que fez Angelina girar no ar antes de cair no chão.

— Expelliarmus! – O Professor disse duas vezes, tirando as varinhas de Angelina e Hydra, que estavam sujas, com o cabelo para o alto e machucadas.

— Ah não Professor, eu tinha apostado dez sicles na Hydra – Gritou Jorge, Hydra notou que todos os alunos estavam em círculo olhando as duas.

— Eu tinha apostado na Angelina... – Disse Fred rindo.

— As duas, agora, para a sala da professora McGonagall, AGORA! – Disse o Professor, deixando a turma praticando, enquanto levava as duas até a sala aonde a professora ensinava o sexto ano.

— Inaceitável, inaceitável! Duas jovens, menos vinte pontos para a Grifinória, para cada uma! – Dizia ele, andando na frente das duas.

Chegando na sala, o Professor bateu na porta e a abriu, toda a turma do sexto ano, incluindo Olívio e Peter (A Corvinal e a Grifinória estavam tendo aula juntas excepcionalmente naquele dia), ambos olhavam assustados para as duas meninas.

— Hydra, Angelina, o que houve? – Perguntou Olívio, se levantando do seu lugar.

— Sentado, Sr. Wood, todos vocês, sentados e quietos – Disse a Professora McGonagall, indo em direção a porta.

Hydra ouvia sussurros e risinhos, mas logo a professora saiu da sala com eles e fechou a porta.

— O que diabos está acontecendo aqui? – Perguntou McGonagall, olhando chocada para as duas meninas – O que é isso? E por que as duas parecem que saíram de um campo de guerra?

O Professor Flitwick, ainda muito irritado, explicou tudo que aconteceu na sala, os lábios de Minerva ficavam cada vez menores enquanto ouvia a história.

— Isso é completamente inaceitável! – Disse ela com um tom mais severo do que Hydra jamais ouvira na vida – As duas receberão detenção severa e tirarei mais vinte pontos da Grifinória, isso é inaceitável, completamente inaceitável – Repetia ela.

Hydra e Angelina foram enviadas com o Professor Flitwick para a ala hospitalar, para checarem os ferimentos que tinham, a detenção seria pensada por Minerva e anunciada em breve.

— Está tudo bem, aparentemente pelo menos, o que as senhoritas estavam pensando? –Perguntou a Madame Pomfrey, enquanto passava uma poção nos machucados de Hydra.

Nenhuma das duas falava, apenas se ignoravam e ficavam quietas, depois do sinal tocar, foram acompanhadas por Madame Pomfrey para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, aonde Angelina sentou afastada de seus amigos.

— O que diabos foi aquilo? – Perguntou Fred, enquanto Lockhart encenava mais uma das cenas de seu livro.

— Nada, quer dizer, eu não sei, a Angelina me atacou, eu só me defendi. – Disse Hydra, desejando mais do que tudo não falar sobre o assunto.

— Eu vi, mas vocês duas meio que aproveitaram a situação, não? – Perguntou Jorge.

— Não quero falar sobre isso, sério meninos, eu meio que quero só esquecer...

Mas não tinha como, durante o almoço, todos na escola falavam sobre isso, vários vieram perguntar para Hydra e Angelina se elas recriariam a cena por alguns sicles, outros perguntavam quem ganhara. Fred e Jorge não ajudavam fazendo piadas sobre o assunto e narrando o ocorrido para os outros alunos, inclusive Peter, que foi até a mesa perguntar se estava tudo bem.

— Eu não acredito que vocês fizeram isso – Dizia Olívio.

— Eu não tive culpa...

— Claro que teve, você podia ter parado, não podia?

Hydra olhava com uma cara tão feia para Olívio que ele decidiu apenas ficar calado e continuar comendo.

Angelina estava na outra ponta da mesa, sentada com Alicia e Katie, que tinham primeiro vindo falar com Hydra e pedir desculpas por se afastarem.

— Tudo bem, acho que ela precisa de amigos agora – Respondeu Hydra.

— Ainda acho tudo ridículo... – Disse Olívio e mais uma vez Hydra olhou feio para ele, antes de ele ficar quieto novamente.

A detenção foi decidida no final do mesmo dia, Hydra e Angelina teriam que ajudar Flich a limpar o castelo, sem usar magia, naquela mesma noite.

— Sem magia, professora? Isso vai levar séculos, eu nunca fiz isso antes! – Reclamou Hydra.

— Pensasse nisso antes de aprontar, Srta. Malfoy – Disse a Professora, com os lábios apertados de raiva.

— Mas eu não comecei nada... - Falou Hydra baixinho.

O trabalho foi muito pior do que Hydra pensava, o zelador fazia as duas esfregarem os mesmos cantos da sala de poções o tempo inteiro, depois tiveram que varrer e esfregar o chão dos corredores, o tempo todo, zelador parecia tirar proveito e ficar feliz com a situação, o que só deixava Hydra mais irritada ainda.

Já passavam da uma da manhã quando elas finalmente foram liberadas para dormir e assim Hydra fez, caindo na cama exausta, sem nem olhar direito para os lados.


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