A Garota Malfoy escrita por Paula Mello


Capítulo 17
O Término




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Na semana seguinte, a escola parecia ter esquecido um pouco da briga das meninas, já que voltaram a falar dos ataques e de como era chato ser escoltado para todos os lugares.

Olívio e Hydra continuavam da mesma maneira irritante dos últimos tempos, mal se falavam, apenas ficavam um ao lado do outro.

Em uma noite, enquanto estudava na sala comunal, Hydra reparou que, depois de algum tempo a sala se esvaziou consideravelmente de modo que perto de Hydra só restou Olívio que, como sempre, escrevia táticas de quadribol em um pergaminho, ele parece nunca ter desistido de um milagre que traria a temporada de volta para a escola. Depois de ter finalmente ter terminado todo seu dever de casa, Hydra o olhou impaciente:

— Olívio, você já reparou que não nos falamos direito já tem meses? –Hydra tentava não mostrar a impaciência e medo que sentia. Olívio colocou de lado seu pergaminho e falou com uma voz triste:

— Você tem razão, eu não tenho sido uma boa companhia, na verdade eu não tenho sido um bom nada, muito menos namorado...

— Tudo bem, eu entendo o que está passando... – Mentia Hydra, seu coração batia muito forte, parecia sentir que algo ruim estava acontecendo.

— Não, você não entende e nem tem que entender, não é justo com você, não é justo com ninguém, mas eu não consigo mentir e nem fingir que estou bem. – Dizia ele com a voz nervosa e séria.

— Eu sei que o quadribol é tudo para você e que está sendo horrível não conseguir a taça finalmente esse ano. – A voz de Hydra parecia um pouco desesperada, no final das contas, seu sentimento por Olívio ainda era forte, já que se sentia com medo das palavras que ele diria a seguir.

— Sim, exatamente, quadribol é muito importante para mim e foi um erro não ter percebido isso antes e ter deixado você se machucar... – Ele fez uma pausa e parecia engolir a seco as palavras, os olhos de Hydra nesse momento já estavam cheios de lágrimas. – Nós não podemos mais continuar assim, eu gosto muito de você, eu te amo na verdade, acho que vou sempre te amar, acredite nisso, você foi a primeira namorada de verdade e não poderia ter sido melhor, mas não podemos mais continuar namorando, para o seu próprio bem, não é justo com você, Hydra, eu nunca vou poder ser o namorado que você merece...

Foi como se Olívio tivesse atravessado um punhal em seu peito, Hydra sentiu lágrimas em seu rosto, mas tentou desesperadamente não soluçar na frente de Olívio.

— Não é verdade Olívio, eu te amo, você é bom para mim sim! – Dizia com a voz de choro, ela notou que os olhos de Olívio também estavam avermelhados.

— É o melhor para os dois, eu sei que agora não, mas com o tempo provavelmente você vai ver, quem sabe um dia, quem sabe em outro momento... mas agora nós precisamos disso, Hydra. – Hydra queria implorar para que ele não falasse mais, cada palavra era como se outra punhalada fosse dada, fechou os olhos por alguns segundos para fazer com que as lágrimas parassem de cair.

— Por favor Olívio, não faça isso... – Foi a única coisa que conseguiu dizer.

— Você foi maravilhosa comigo, sempre foi, eu sinto muito por tudo que fiz... – Olívio deu um beijo em sua bochecha, Hydra não sabia quanto tempo iria aguentar sem soluçar desesperadamente.

— Por que você está fazendo isso? Foi algo que eu fiz? – Perguntava ela, com as lágrimas caindo cada vez mais rápido de seu rosto.

— Não, mas é claro que não! O problema sou eu, apenas eu, eu não sou bom para você Hydra, eu sei que no fundo, você sabe disso... – Olívio limpava as lágrimas dos olhos de Hydra, o que fazia com que ela se sentisse ainda pior.

— Não é verdade...

— É sim, Hydra, olha, você pode não ver agora, mas eu sei que vai e eu quero continuar seu amigo, eu realmente quero...

— Olívio, me deixa sozinha, por favor...

Olívio suspirou, mas concordou e deu um novo beijo em sua bochecha fria das lágrimas que ele secou, depois subiu, sumindo pela escada em caracol que levava para o quarto dos meninos.

A sala já estava completamente vazia, então logo que Olívio subiu, Hydra chorou descontroladamente, soluçando pelo que pareciam horas. Pensava em todos os momentos que tiveram juntos, em tudo que não existiria mais, sentiu uma vontade de sumir, de que tudo aquilo fosse apenas um sonho ruim e não fosse real, que ela acordaria e teria Olívio, sorridente, apaixonado, de novo ao lado dela.

Hydra percebeu que usava a pulseira de Olívio, o que fez com que ela chorasse mais ainda, já que o pingente estava deixando sua pele quente, o que significava que Olívio estava pensando nela, ela teve um pequeno ataque de tristeza e choro, tentando tirar a pulseira desesperadamente, finalmente a retirou e colocou no bolso de sua veste, seus olhos já ardiam de tanto chorar e ela sentia seu rosto inchado quando acabou pegando no sono aonde estava.

Na manhã seguinte, foi acordada por Alicia, que a sacudia.

— Hydra, está tudo bem? Você dormiu aqui? Eu não vi você na sua cama hoje e achei que tinha descido mais cedo.

Hydra sentia uma dor enorme em sua cabeça e na coluna, tinha dormido sentada na poltrona em uma posição extremamente desconfortável.

— Meu Deus, o que houve com você Hydra? Você está péssima... – Alicia disse espantada.

Hydra levantou correndo e procurou um espelho mais perto, seu rosto estava inchado e seus olhos ainda pareciam vermelhos, além de seu cabelo estar em pé e embaraçado, mesmo triste, Hydra continuava vaidosa e pensar que os alunos que estavam chegando na sala haviam visto ela desse jeito a deixou apavorada.

— Eu converso com você daqui a pouco Alicia... - E saiu correndo para o quarto, deixando Alicia parada em frente a poltrona, completamente confusa.

Hydra subiu e tentou se ajeitar da melhor maneira possível, sabia que logo um professor apareceria para acompanharem os alunos até suas salas de aula, ao entrar no quarto deu de cara com Angelina que a lançou um olhar assustado, parecia querer falar algo mas desistiu e desceu.

— Hydra, o que houve? – Perguntaram Jeniffer, Rita e Laura.

— Eu... eu dormi estudando na sala comunal... – Mentiu Hydra, tentando não pensar no que havia ocorrido e chorar de novo.

— É mentira, seus olhos estão vermelhos, você andou chorando? – Perguntou Rita.

— Eu... Hydra começou a chorar novamente, Alicia aparecera no quarto e as quatro meninas colocaram Hydra sentada na cama, enquanto ela explicava o que tinha acontecido.

— Ah, eu sinto muito Hydra – Disse Alicia, dando tapinhas em seu ombro.

— Eu também, Olívio é um cara legal, mas você é uma gata, pode arranjar coisa muito melhor! – Disse Rita.

— Com certeza, tem muito cara afim de você... - Disse Jeniffer.

Elas não entendiam direito que ela não queria outros caras, nem melhores e nem piores, apenas Olívio...

Depois de alguns minutos, Hydra se levantou da cama, controlando o choro e secando as lágrimas, se arrumando para as aulas que começariam em breve, ela desceu para a sala comunal já cheia, acompanhada de Jeniffer, Rita e Laura, Alicia tinha descido um pouco antes.

Hydra tinha tomado uma de suas poções que modela o cabelo e se maquiado da melhor maneira possível, ainda se sentia como se tivesse levado várias punhaladas no peito e agradeceu por não ver Olívio na sala comunal quando desceu, apesar de saber que não poderia evitá-lo por muito tempo.

— O que houve com você? A Alicia disse que você dormiu aqui embaixo hoje. – Perguntou Fred preocupado quando ela chegou perto.

— Eu estava fazendo a lição e acabei pegando no sono, foi só isso... – Hydra não queria mentir para os amigos (Jorge e Lino, Katie e até mesmo Angelina também estavam perto e ouvindo) mas sentia que se falasse a verdade iria voltar a chorar tudo de novo.

— Tem certeza que foi só isso? – Perguntou Jorge, ele parecia ler a sua mente, o que a assustou um pouco.

— Tenho, claro, foi só isso... – Hydra tentava manter a voz firme, mas sentia que iria chorar a qualquer momento o que piorou consideravelmente ao ouvir a voz de Olívio que estava parado atrás dela.

— Tudo bem Hydra? – Antes que pudesse virar ou responder, como que por milagre a Professora Minerva apareceu para levá-los até a sala de aula e Hydra saiu apressada sem olhar para trás.

Ao chegar na sala procurou se sentar rapidamente e para sua surpresa Angelina acompanhou Alicia e sentou ao seu lado, apesar de não trocar nenhuma palavra ainda com Hydra.

— Hydra, você está bem mesmo? Tem certeza? – Perguntou Alicia.

— Não, não está tudo bem, mas pelo amor de Deus não me pergunta isso agora ou eu não vou conseguir não parar de chorar... – Hydra falou tudo rápido e sentiu que uma lágrima já corria sem seu rosto, fez muita força para que outras não acompanhassem. Angelina a olhou triste, mas não disse nada e Alicia também não, parecia que ambas entenderam o pedido de Hydra apesar de Angelina ter um olhar angustiado de quem queria falar algo e não podia.

As aulas da manhã passaram como um borrão para Hydra, ela não conseguiu prestar atenção em nada e nem fazer nenhuma anotação. Alicia e Angelina parece terem conversado com Fred, Lino e Jorge já que nenhum deles fez perguntas para Hydra pelo resto da manhã. Na hora do almoço, ela sentiu de novo uma pontada no estômago, ao ver que Olívio se sentou distante, ao lado de alguns amigos do sexto ano.

— Você pode contar agora por favor o que houve? – Pediu Jorge sem jeito.

— O Olívio terminou comigo ontem à noite, foi isso, foi só isso... – Hydra parecia querer se convencer de que tudo estava bem, mas sentia seus olhos úmidos novamente.

— O que? Ele terminou com você? – Angelina quase gritou a pergunta assustada e Hydra percebeu que seus amigos a olhavam atentos, com medo de uma nova briga começar.

— É, terminou, ele disse que era melhor assim, não é nada demais. – Mentia Hydra novamente sem conseguir encarar nenhum deles e olhando fixamente para o prato na sua frente.

— Conta o que aconteceu de verdade, não é nada demais... Para de mentir para a gente! – Disse Fred sério.

Hydra decidiu contar tudo em todos detalhes, chorou discretamente umas três vezes enquanto contava, sua vaidade não permitia que chorasse muito na frente dos outros, no final, se sentia tão cansada que parecia ter corrido uma maratona.

— Eu não acredito! – Angelina parecia decepcionada – Ele terminou com você? Você não largou ele por aquele menino da Corvinal?

— Não Angelina! E ele tem nome, é Peter, eu te disse que ele é meu amigo.

— Hydra eu... eu sinto muito, eu não deveria ter brigado com você, essas semanas sem falar com você foram horríveis, me desculpa por favor –Angelina parecia um pouco desesperada. Hydra ficou com lágrimas nos olhos mais uma vez, sentiu tanta falta de Angelina nas últimas semanas que não conseguia acreditar que finalmente tinha a amiga de vota, segurou em sua mão e disse para esquecer que brigaram.

— Já era hora! – Brincou Fred.

— Acho que vou chorar... – Disse Jorge fingindo cair em prantos. Os gêmeos sabiam como fazer Hydra sorrir, mesmo se sentindo ainda arrasada.

Peter não foi na mesa deles naquele dia, mas prestava atenção atentamente da mesa da Corvinal. Hydra achou bom, não queria repetir a história para mais ninguém.

A menina se sentiu um pouco melhor durante as aulas da tarde e até conseguiu sorrir verdadeiramente no jantar enquanto Fred e Jorge contavam a história de como quase colocaram fogo nos cabelos de sua mãe uma vez quando tinham onze anos, Olívio se sentou novamente distante com seus amigos do sexto ano, mas lançava olhares para eles a todo momento.

Na sala comunal de noite, Hydra copiava toda a matéria que não prestou atenção nas aulas de manhã das anotações de Angelina, quando Olívio sentou ao seu lado. Fred, Jorge, Angelina, Kate e Alicia, todos fingiram não prestar atenção, mas ela sabia que não era verdade.

— Hydra, eu queria falar com você hoje no almoço e no jantar, mas achei melhor te deixar em paz. – Dizia ele calmo – Mas será que podemos conversar agora?

Na verdade, não existia nada que Hydra quisesse fazer menos naquele momento, preferia até mesmo cinco horas seguidas de aulas com Lockhart falando sobre como atingiu o tom maravilhosamente branco de seu sorriso que aquilo, mas concordou e colocou sua pena e pergaminhos na mesa a sua frente.

— Claro, pode falar... – Seu coração mais uma vez batia vigorosamente, uma parte de si desejava que ele falasse que mudou de ideia e que nunca deveria ter terminado com ela, mas outra dizia que aquilo não era possível.

— Eu queria mais uma vez pedir desculpas por tudo, eu não sei se deveria ter terminado tudo daquela forma, mas você também deve sentir que é melhor assim.- Dizia ele com cautela, Hydra mais uma vez se esforçava para não chorar.

— Sim, você tem razão, foi melhor assim, eu entendo... – Ela acha que parecia convivente, mas não devia ser verdade, estar já que Jorge se intrometeu dizendo:

— Olívio, talvez fosse melhor que você desse um tempo para ela, sabe como é, para digerir tudo... – Jorge pouquíssimas vezes parecia tão sério, Olívio sentiu isso já que concordou, se desculpou mais uma vez e saiu sem graça em direção a uma poltrona distante.

— Obrigada... – Disse Hydra e Jorge a abraçou e beijou o topo da sua cabeça sem dizer nenhuma palavra.

Logo depois, Hydra subiu com Angelina e Alicia para o quarto, seu corpo ainda doía da desconfortável noite anterior.

— Foi melhor mesmo Hydra, elas não conversavam mais, o Olívio estava vidrado demais em quadribol para namorar – Dizia Alicia tentando animá-la.

— É verdade Hydra e eu deveria ter percebido isso antes e te apoiado, me desculpa mais uma vez... – Dizia Angelina triste.

— Chega de desculpas, já está tudo esquecido – Sorriu Hydra e as três amigas se abraçaram. Era tão bom ter suas amigas novamente, todas juntas, por um segundo Hydra se esqueceu de toda tristeza que sentia.

Os dias seguintes pareciam melhorar seu humor, apesar do clima constante de pânico na escola ainda continuar. Olívio ouviu o conselho de Jorge e ficou afastado de Hydra, sempre se sentando com seus amigos, a notícia de seu término com Hydra parece ter corrido a escola, já que vários meninos vinham até a mesa dizer a Hydra que adorariam consolar a sua dor o que fazia Jorge e Fred rirem e fazer várias piadas.

— Por favor não comecem aquelas apostas idiotas! – Disse Hydra uma manhã no salão principal.

— Esses meninos não tem o mínimo respeito, só tem alguns dias que você e Olívio terminaram e eles já ficam te rodeando. – Dizia Angelina irritada.

— Falando em rodear.... – Logo Hydra percebeu sobre o que Fred falava já que viu Peter sentando a seu lado na mesa da Grifinória.

— Oi Hydra, eu não quis vir falar com você antes, é verdade que você e Olívio terminaram? – Angelina que parecia não gostar de jeito nenhum de Peter revirou os olhos, Fred, Jorge e Alicia soltaram uma baixa risadinha e Peter parecia corar.

— É verdade sim Peter. – Dizia Hydra também sem graça.

— Eu sinto muito, de verdade, se precisar de um amigo, conte comigo... – Disse sorrindo.

— Muito obrigada Peter, é muito gentil da sua parte, mas está tudo bem. – Apesar de gostar da companhia de Peter, Hydra queria que ele saísse dali, tinha medo que Olívio estivesse olhando a cena por algum motivo.

— Que bom, fico feliz. – Peter parece ter percebido o desconforto de Hydra porque logo completou – Eu vou voltar para a minha mesa agora, qualquer coisa você sabe onde me encontrar. – Deu um sorriso e se levantou. Hydra notou que na mesa da Corvinal, Amee Goat tinha uma expressão de ódio assassino assustadora.

— Ele não perde tempo! – Reclamou Angelina.

— Ele só quis ser gentil Angelina, ele é só um amigo.

Hydra olhou discretamente para onde Olívio estava, mas ele continuava conversando com alguns colegas de turma, Hydra sentia uma pontada de dor de pensar que ele parecia mais feliz agora do que quando estava com ela.

Os meninos realmente não desistiam, enquanto esperavam o professor de Trato de Criaturas Mágicas os levarem para dentro do castelo, o sétimo ano da Sonserina vinham na direção deles, junto com o Professor Lockhart.

— Ora, ora, se não é a mais nova solteira de Hogwarts! – Dizia Flint, rodeando Hydra e fazendo seus outros amigos idiotas rirem.

— O que você quer? – Perguntou Hydra, Fred, Jorge, Angelina, Alicia e Lino se aproximaram da menina.

— Nada, apenas saber se você está bem e... ele precisa de um ombro amigo, ou quem sabe...

Os alunos da Sonserina riam em gargalhadas, Fred e Jorge estavam prontos para sacar as varinhas quando o Professor interrompeu eles.

— Alunos do quarto ano, me sigam por favor.

Hydra apenas olhou feio para Flint antes de prosseguir.

— Eu preferia me consolar com um ogro do que com você.

Os alunos da Sonserina riam agora de Flint, que olhava mal-humorado para Hydra.

— Isso é o que veremos! – Gritou ele, antes de desaparecer de vista.

— Esse garoto poderia ser mais idiota? – Perguntou Angelina, ao lado de Hydra.

— Não, acho que não é possível, ele já atingiu todo o nível possível para mim pelo menos. – Disse Hydra.

— Eu não sei como você aguenta, eu já teria jogado uma azaração nele a muito tempo! – Reclamou Jorge.

— Eu sei, eu deveria ter feito isso mesmo, sinceramente, tenho sido até muito paciente com esse idiota.

Os amigos, seguiram o Professor até a sala de Transfiguração, aonde McGonagall, que nos últimos tempos parecia o tempo todo preocupada com algo, esperava por eles.

— Muito bem, todos sentados, por favor – Disse a Professora.

Hydra sempre se animava em ver Angelina sentada ao seu lado novamente, no lugar de sempre.

— Muito bem, hoje, as provas finais estão chegando, espero que todos estejam se preparando e...

— Professora – Disse Rita, com a mão levantada.

— Sim, Srta. Orance? – Minerva disse, apertando os lábios, de forma bem discreta.

— Hogwarts vai realmente fechar? Se sim, do que adianta estudarmos tanto se não vamos ter exames?

Os lábios da Professora agora se apertavam de forma mais evidente, os alunos seguravam o fôlego coletivamente, todos com medo da bronca que McGonagall daria nas meninas.

— Senhorita Orance, por acaso a senhorita precisa de motivos para estudar além do saber? Hogwarts, infelizmente ainda não sabemos se irá fechar ou não, tudo dependerá, mas não quer ouvir desculpas para a falta de estudo. – McGonagall, para a surpresa de todos, não gritou, permaneceu de certa forma, até mesmo calma, mas olhava com um certo desprezo assustador para Rita, que agora se encolhia em seu lugar perto de Jeniffer.

— Okay, agora, por favor, vamos começar a nossa lição... – Ela olhou atenta para toda turma, que permanecia em silêncio – quem se lembra do feitiço Engorgio?

Várias mãos se levantaram, Minerva escolheu a de Brian Levinski.

— É o feitiço para aumentar o tamanho do alvo que está sendo direcionado. – Disse o rapaz, se sentindo orgulhoso.

— Muito bem... – A Professora continuava a explicar sobre o feitiço, mas Hydra se distraiu com a conversa atrás de sua mesa, vinda da mesa de Lino, Fred e Jorge.

— É, funciona meio mal, não é muito bom não, não recomendo. – Dizia a voz de Fred.

— Mas você já tentou, então? – Perguntava Lino.

— Sim, passei dois dias na ala hospitalar, foi horrível e bem constrangedor... – Dizia Fred com a voz meio sem graça.

— Agora, hoje, vamos aprender o feitiço Reducto, alguém sabe seu efeito?

Hydra, que foi trazida novamente para a realidade da aula, levantou a mão imediatamente.

— Senhorita Malfoy?

— Faz com que um objeto diminua consideravelmente. – Respondeu Hydra.

— Muito bem, Srta. Malfoy, cinco pontos para a Grifinória...

Durante a aula, os alunos tiveram que aumentar e reduzir objetos que a Professora Minerva colocava na frente deles, era relativamente fácil, apesar de que achar o tamanho ideal, não fosse tão fácil assim. Os gêmeos aumentaram um sapato até conseguirem caber dentro, o que fez a Professora tirar dez pontos deles.

Na hora do almoço, Flint e os amigos fizeram algumas gracinhas enquanto Hydra passava pela mesa da Sonserina, o que fez com que ela discretamente mandasse uma azaração na direção do rapaz que fez sua língua inchar, por sorte, nenhum professor viu e ele saiu correndo para a ala hospitalar.

— Boa, Malfoy – Disse Fred, quase chorando de rir com Jorge e Lino na mesa da Grifinória.

— Finalmente! Ele estava merecendo! – Disse Jorge.

— Shiu, os professores não podem saber. – Disse Hydra, sentando ao lado de Jorge e olhando para a mesa dos professores, que pareciam não ter visto nada.

— Eles não vão, relaxa – Disse Fred.

— Mas que foi boa, a isso foi... – Disse Jorge, voltando a gargalhar com os meninos e fazendo Hydra rir também.


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