A Garota Malfoy escrita por Paula Mello


Capítulo 14
Peter Macmillan




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A chegada de março parece ter tirado o dia dos namorados da cabeça de Olívio, mesmo depois de ele quase surtar e levar uma semana de castigo após brigar com Flint, depois de saber da briga que ele teve com Hydra no jardim do castelo.

A próxima partida de quadribol seria no mês seguinte com a Lufa-Lufa e parecia ser a única coisa que Wood pensava, ele levava Hydra para todos os treinos o que a deixava bastante irritada com o trabalho pesado e a falta de atenção para ela.

— Eu preciso estudar, faltam só poucos meses para o fim do ano letivo, as provas finais estão cada vez mais perto... – Disse Hydra para Olívio no final de um dos treinos.

— Eu sei, mas você vai, quando ganharmos aquela taça, você vai ter todo o tempo livre do mundo. – Afirmava Olívio.

Mais tarde, ela conversava com as meninas do time sobre a situação mais uma vez.

— Fala para ele que você não quer mais jogar e pronto! – Alicia tinha razão, mas todas as vezes que Hydra tentava falar isso para Olívio ele a olhava com olhos muito tristes e pedia por favor para ela não fazer isso, então Hydra acabava concordando com ele, realmente ela não podia reclamar, já que tinha aceitado estar ali.

— Ai desculpem meninas, meu pai me enviou uma carta ontem e eu ainda estou um pouco nervosa, desculpe por ficar reclamando – Afirmou Hydra, enquanto trocava o uniforme do time pelas vestes pretas.

— O que ele disse? – Perguntaram Angelina, Alicia e Kate a mesmo tempo.

— Ele descobriu meu namoro com o Olívio e disse que eu sou uma desgraça para o nome da família, aquelas coisas todas de sempre e que eu tinha até o fim do semestre para terminar com ele, ou iria me enviar direto para Durmstrang – Hydra falava com calma, já estava acostumada as ameaças de seu pai, mas as meninas todas pararam e a olhavam assustadas.

— E agora Hydra, o que você vai fazer? – Perguntou Katie, ainda de olhos arregalados.

— Nada! – Disse Hydra calmamente – Vou deixar para falar com ele pessoalmente nas férias, duvido que ela vá me tirar daqui assim do nada, se ele fosse cumprir todas as ameaças que já me fez, provavelmente eu não estaria mais viva.

Na verdade, Hydra tinha medo da reação de seu pai, nunca conseguiu esquecer o seu grande ataque de fúria quando ela ainda era criança, mas decidiu tentar pelo menos fingir que tudo estava bem, não poderia fazer nada para mudar a situação naquele momento e não iria desistir de Olívio, apesar de toda a irritação que passava com ele nos últimos tempos.

No dia seguinte, ainda cansada do treino da noite anterior, Hydra foi literalmente arrastada por Fred e Jorge para a aula de transfiguração, os gêmeos puxavam Hydra pelo corredor, mesmo ela dizendo que já estava indo sozinha.

— Você não parece que vai vir sozinha! – Disse Fred, enquanto puxava ela.

— Eu só queria dormir mais um pouco...

Na aula, a Professora Minerva pedia para eles transformarem um pequeno pássaro em uma caneca de chá, Hydra estava tão cansada, que precisou de muitas tentativas até finalmente acertar.

— Sugiro que estude um pouco mais, Srta. Malfoy, o seu desempenho na aula de hoje foi menos do que aceitável – Disse a Professora McGonagall com seu tom sério de sempre.

— Eu vou, me desculpe Professora... – Disse ela, pensando que queria "matar" Olívio naquele momento.

Logo depois, seguiram com os alunos da Lufa-Lufa para a aula de Herbologia onde Madame Sprout aguardava ansiosa para ensinar sobre plantas aquáticas.

Hoje vamos aprender sobre a Perehu hijau, alguém pode me dizer do que se trata? – Disse a Professora olhando esperançosa enquanto mostrava uma planta que se parecia muito com uma batata, só que é de superfície quadrada e de coloração roxa. Hydra levantou a mão, por sorte, Herbologia era uma das suas matérias preferidas, por se tratar da matéria prima para a maioria das poções. – Pode falar senhorita Malfoy.

— É conhecida como "flutuante instantâneo" é uma espécie de planta que permite quem a digeriu andar sobre a água, como se fosse ambiente terrestre. – Disse Hydra com a voz denunciando seu cansaço.

— Muito bem senhorita Malfoy, dez pontos para a Grifinória! – Disse sorridente – E alguém pode me dizer o tempo de efeito e onde encontrá-las? —De novo Hydra levantou a mão. – Senhorita Malfoy?

— O tempo de efeito é indeterminado e é uma planta muita rara, só é encontrada atualmente em preservatórios no Brasil.

— Muito bem senhorita Malfoy! Mais dez pontos para a Grifinória! – Seu sorriso ficou ainda maior – Essa aqui foi muito difícil de conseguir, uma bruxa Brasileira me deu de presente na última vez que esteve na Inglaterra.

O resto da aula foi sobre várias outras plantas aquáticas e seus usos, Fred e Jorge tentaram pegar uma Bobotúbera cujo pus é usado para fazer poções anti acnes para si, mas, Madame Sprout os pegou no flagra e tirou cinco pontos de cada.

— Não estão tão bons quanto antes – Disse Hydra rindo enquanto se retiravam da estufa.

— É só uma questão de tempo... – Disse Jorge.

— Não foi dessa vez, mas aquela plantinha que me aguarde...– Disse Fred, risonho enquanto eles seguiam para o almoço

— Boa tarde pessoal, prontos para mais um treino hoje? – Wood falou enquanto sentava ao seu lado, Hydra nesse momento estava quase cochilando sentada.

— Não, nem pensar, eu não posso Olívio, eu tenho muito dever de casa e eu não dormi nada ontem... – Disse Hydra antes que ele pudesse falar outra coisa.

— Mas, mas, eu preciso de você lá! – Gaguejou Wood – Eu preciso que você me ajude a...

— Olívio, eu nem do time principal sou! – Interrompeu Hydra - Eu posso deixar de treinar alguns dias, a não ser que você pretenda não jogar e eu tenha que ir no seu lugar. – Olívio parecia muito triste, como sempre ficava quando Hydra tocava no assunto sobre não querer jogar, mas Hydra permaneceu firme e ele acabou aceitando.

— Okay, eu acho que um treino não tem problema nenhum... – Mas sua voz soou muito desanimada.

— Eu prometo que eu vou te ajudar depois, eu prometo, é sério, mas por favor, me dá só um dia de folga. – Hydra parecia tão desesperada que Olívio ficou um pouco sem reação.

— Okay, Hydra... não tem problema – Disse ele, dando palmadinhas em suas costas.

Depois do almoço, Hydra ainda teve aula de poção a qual novamente depois de acertar com perfeição cada pedido do professor Snape, não recebeu nenhuma pontuação para a Grifinória, enquanto uma menina da Sonserina fez uma poção incompleta e recebeu cinco pontos pela tentativa.

Hydra decidiu ir até a biblioteca antes de subir para a torre e se preparar para o jantar, saindo de lá, encontrou novamente uma figura conhecida no corredor.

— Eu acho que só nos corredores nos esbarramos. – Disse o rapaz louro, muito alto e forte, mais alto e tão forte quanto Olívio e de sorriso branco parado na sua frente.

— Peter, é verdade, acho que só nos corredores que nos encontramos. – Disse Hydra sorrindo, Peter olhou os livros que levava nas mãos.

— Poções de cura? Você está querendo ser uma curandeira? – Perguntou ele curioso.

— Não, na verdade eu até acho uma profissão interessante, mas eu quero ser mestre em poções.

— Isso é ótimo! – Peter parecia estranhamente entusiasmado – Eu quero ser curandeiro, meus pais são e eu sempre quis e nenhum curandeiro consegue trabalhar sem um bom preparador de poções... – Peter deu um sorriso hipnotizante.

— Curandeiros? Isso é tão legal, meus pais são... – Hydra deu uma pausa antes de falar – bem, meu pai tem uma loja e eles meio que vivem de...

— Eu sei quem seus pais são – Disse Peter rindo –, acho que todo mundo sabe...

Hydra lançou um olhar de tristeza, odiava ser lembrada de tudo que sua família representa e de como são conhecidos por isso, Peter deve ter percebido porque se apressou para falar:

— Não que eu ache que isso importa, deu para perceber que você não é como ele, na Grifinória e com amigos nascidos e trouxa e tudo, mas os Malfoy são conhecidos, especialmente entre as famílias de sangue-puro. – Ele disse sangue puro de um jeito meio debochado, porém não maldoso, o que fez Hydra rir.

— Macmillan, eu sabia que já tinha ouvido esse sobrenome antes, vocês também estão nos sagrados 28.  – Sagrados 28 era a lista das 28 famílias consideradas de verdadeiro puro-sangue no Reino Unido, essa lista foi catalogada em meados dos anos 30 ou 40, Hydra era obrigada a saber todos os sobrenomes na lista quando era criança, seu pai deixava claro que somente aquelas famílias mereciam ser conhecidas.

— Sim, uma bobagem, eu sei, mas ninguém mais na nossa família se preocupa com isso... – Disse ele sorrindo. – E é claro, mesmo considerada pura, não é um nome de importância como os Malfoys e os Blacks. – Disse ele em tom de brincadeira.

Hydra deu uma risada um pouco forçada, era verdade que mesmo entre os 28, algumas famílias se consideravam melhores que as outras, como os Malfoys de seu pai, os Blacks de sua mãe e os Lestrange de sua detestada tia Bellatrix  (que herdou seu sobrenome de seu marido, Rodolfo Lestrange, já que ela era originalmente uma Black), que se encontrava em Azkaban.

— E eu com certeza não dou importância para isso... – Disse quase suspirando – e o que faz por aqui essa hora? – Hydra decidiu mudar de assunto para não continuar naquele tópico.

— Eu estava indo na biblioteca, os exames estão perto e eu gosto de estar preparado. – O sorriso de Peter parecia mágico, pois nunca parecia acabar ou irritar e sempre deixava Hydra meio boba.

— Eu também, digo, eu também gosto de estar preparada, ano que vem são meus N.O.M.s e eu quero muito me dar bem.

— Sim, ano que vem tenho os meus N.I.E.M.s, acredite, eu também preciso ir bem, eu quero conseguir uma boa vaga no St. Mungo's quando me formar. – Hydra conhecia o hospital bruxos em Londres, ela teve que ser levada para lá depois do ataque de fúria de seu pai com a desculpa de ter se acidentado.

— É uma boa ambição... e você disse que toda a sua família são curandeiros? – Hydra decidiu andar até a abertura de pedra que funcionava com janela no corredor para se sentar e apoiar seus livros, Peter a seguiu continuando a conversa e ficou em pé na sua frente.


— Não, só meus pais, se conheceram em Hogwarts e viraram curandeiros juntos, trabalham juntos até hoje. – Hydra admirou o brilho no olhar de Peter ao falar de seus pais, ela nunca conseguiu sentir algo parecido ao falar dos dela.

— Que Lindo! Você parece gostar muito deles, isso é muito legal!

— Você não dos seus? – Hydra ficou com a expressão visivelmente desconfortável e os olhos fixos no chão – Desculpe, eu não quis me intrometer nem nada...

— Não, tudo bem, na verdade eu amo meus pais, de certa forma, talvez não a mesma que a sua, minha mãe bem mais do que o meu pai com certeza. - Hydra forçava um sorriso que parece ter sido aceito por Peter – Minha mãe é carinhosa comigo, eu só não concordo com as coisas que ela fala, meu pai, bem, meu pai é tudo aquilo que você já deve imaginar.

— Sim, pais podem ser complicados... – Peter percebeu o desconforto de Hydra porque logo mudou de assunto – E quadribol, vi que você com o uniforme do time treinando no campo, você faz parte do time? Não lembro de ter te visto no último jogo.

— Não, quer dizer, sim, eu sou goleira reserva, mas eu não tenho muito interesse por isso, não mais, eu jogava quadribol na Beauxbatons e decidi largar quando vim para cá, eu só jogo ainda por causa do Olívio, ele sempre me pede para estar nos treinos. – O sorriso de Peter parecia ter diminuído um pouco, Hydra notou.

— Sim, Olívio Wood, ele realmente ama quadribol, já deu para ver, mas é um cara legal, conversamos às vezes nas aulas de Feitiços. – Peter parecia desconfortável ao falar de Wood, Hydra não entendia muito bem o porquê, teriam eles brigado e ela não sabia?

O menino continuou:

— Vocês se conheceram aqui em Hogwarts mesmo?

— Sim, quando fui selecionada para a Grifinória, começamos a namorar pouco tempo depois. – O desconforto no rosto de Peter continuava, Hydra pensou em perguntar se aconteceu algo entre os dois, mas decidiu deixar para lá – Você também namorada uma menina da sua casa, não? Esqueci o nome...

— Amee Goat... – Peter disse atrapalhado – Nós terminamos, ela era uma pessoa muito intensa para mim, digamos assim – Hydra sem querer deu um pequeno sorriso sem entender muito o motivo.

— Sinto muito – Disse tentando parecer simpática, na verdade não tinha gostado de Amee Goat, ela sempre a encarava de forma grosseira nos corredores e no salão principal mesmo Hydra nunca nem mesmo ter falado com ela.

— Eu não, acredite – Peter riu.

— E também teve a Rita... – Disse Hydra, ficando quase tão sem graça quanto Peter parecia naquele momento.

— É, sobre aquele dia...

— Esquece, a Rita já me falou e mesmo assim, vocês não estavam fazendo nada de muito sério, foi só engraçado mesmo. – Disse Hydra sorrindo.

— Eu sei, mas foi um erro, a Rita é legal e tal, mas é só uma amiga, com certeza é só uma amiga... – Peter não olhava diretamente para Hydra enquanto falava da menina.

— Eu entendo, deixa isso para lá...

Peter sorriu e continuou com outro assunto.

— Eu tenho uma curiosidade, como você foi parar em uma escola na França? E por que veio para cá? – Ah, então era isso, Peter tinha curiosidade sobre Hydra, era algo normal, muitos queriam saber dessa história, Hydra contou como acabou parando em uma escola em outro país e como acabou indo para Hogwarts, Peter ouvia a tudo muito atento e surpreso.

— Então, seu pai te trouxe para cá e queria te tirar já que você não ficou na mesma casa que ele e o resto da sua família?

— Sim, nenhum Malfoy ficou em outra casa senão a Sonserina, nem nenhum Black do lado da minha mãe a não ser o Sirius Black, você já ouviu falar nele, não é? O assassino que está em Azkaban? Ele é primo da minha mãe. – Peter assentiu, Hydra parou para pensar naquele momento quantos parentes ela tinha em Azkaban, a prisão bruxa a qual Hydra só ouviu falar, isso deveria mostrar um pouco do caráter de sua família.

— Então você pelo menos não foi a primeiro do lado dela... – Disse ele rindo – não que você tenha algo a ver com um assassino é claro! – Ele adicionou, fazendo Hydra rir – Minha família é toda misturada, meu pai tem um irmão, o tio Henry, cada um foi para uma casa, o tio Henry para a Lufa-Lufa e papai para a Corvinal e meu avô paterno era da Sonserina, já mamãe era da Grifinória. – Riu Peter, Hydra não imaginava como é ter uma família tão espalhada

— Os filhos acabaram seguindo os mesmos caminhos, eu fui para a Corvinal que era a casa do meu pai, a Jeniffer foi para a Grifinória, casa da mamãe e o Ernesto e a Magnólia acabaram indo para a Lufa-Lufa, casa dos pais, então um Macmillan pode acabar parando em qualquer lugar! – Peter e Hydra riram e ficaram conversando por mais algum tempo sobre diversos assuntos, até perceberem que estavam atrasados para o jantar.

— Acho melhor eu ir correndo, vejo você mais tarde? – Perguntou ela, pegando seus livros.

— Claro, será um prazer. – Afirmou Peter, com seu sorriso maravilhosamente branco.

Então Hydra correu para a torre da Grifinória para deixar seus livros e se apressou para o salão principal onde o jantar já estava na metade.

— Aonde você estava? Eu fiquei preocupado! – Disse Olívio enquanto Hydra sentava a seu lado.

— Eu estava estudando na biblioteca, eu te disse, os exames estão chegando... – Hydra preferiu omitir a parte sobre conversar com Peter, Olívio já andava ciumento o suficiente sem isso, ela se serviu de purê e coxa de frango e notou que Peter estava sentado na mesa da sua casa, no banco que o deixava de frente para Hydra, comendo e conversando com alguns amigos, ela então voltou a conversar com Olívio que falava sobre suas estratégias para o jogo contra a Lufa-Lufa no mês seguinte.

Depois do jantar, subiram para a torre da Grifinória e Hydra decidiu ir direto para a cama, estava completamente exausta.

No dia seguinte, Olívio a "pediu carinhosamente” para participar do treino mais uma vez.

— Aonde está sua cabeça, Hydra? Você deixou passar dois gols! – Perguntou Olívio, voando em sua direção com a vassoura e parecendo muito irritado.

— Me desculpa, eu estou realmente distraída hoje, eu tenho muito o que estudar e estou um pouco nervosa...

— Eu sei, Hydra, mas o jogo contra a Lufa-Lufa está chegando e eu realmente preciso...

— De mim, eu sei, eu sei, eu vou te ajudar, okay? – Respondeu Hydra, com irritação, interrompendo Olívio.

— Ok, vamos voltar, pessoal! – Anunciou ele para o resto dos jogadores.

— Vocês não estão bem, estão? – Disse Angelina, que estava sentada com ela na sala comunal depois do treino, junto com Alicia, Fred e Jorge.

— Do que você está falando? – Perguntou Hydra, tirando os olhos do pergaminho de poções que ela estava preparando.

— Você e Olívio, vocês não estão bem, estão brigando, você parece menos paciente com ele... – Angelina parecia mais gentil do que o normal.

— Eu estou bem, Angelina...

— Não está não, Hydra. – Disse Fred, também gentilmente.

— Eu acho que você está bem irritada com a mania do Olívio de quadribol, o que é completamente compreensível... – Disse Jorge, revirando os olhos.

— Não é não, o pobre rapaz só quer fazer o trabalho dele... – Disse Angelina, voltando ao normal de defesa ao Olívio.

— Existe fazer o trabalho e existe obsessão e o Jorge está certo, Angelina – Disse Alicia.

— Ele sempre foi assim... é o jeito dele... – Disse Angelina, parecendo ficar vermelha, Hydra não sabia se de vergonha ou de raiva, a voz dela não denunciava.

— Mas o jeito dele é irritante as vezes, mesmo eu gostando muito do Olívio – Disse Alicia.

— Gente, calma, eu estou bem, eu e Olívio estamos bem, está tudo bem, okay? – Interrompeu Hydra, sabendo que na verdade eles tinham um pouco de razão, mas ela preferia negar.

— Okay... – Disseram os quatro sem graça.

— Eu realmente amo o Olívio, de verdade mesmo, eu só fico irritada as vezes, é só isso!

— Okay, Hydra....

Durante toda a semana de noite, quando não estava treinando, Hydra estava na biblioteca e sempre encontrava Peter quando saia e os dois ficavam conversando por horas, era bom ter um amigo como ele, que parecia compreender o que ela sentia.

— Então, você está treinando todos os dias para um time que nem faz parte? – Perguntou Peter, parecendo achar um pouco de graça na situação, enquanto os dois estavam sentados no corredor conversando.

— Não é bem assim, o Olívio meio que gosta da minha presença lá e eu acho que não custa nada agradar as vezes.

— Mas você está deixando de lado seus estudos? Ele sabe que você tem exame ano que vem, não sabe?

— Sabe, mas ele meio que não entende, tudo que ele quer na vida é jogar quadribol, é o sonho dele, é pra isso que ele se dedica e eu até admiro isso nele, para falar a verdade – Disse Hydra, sorrindo ao lembrar de forma tão positiva do namorado.

— Eu não sei, você deveria pensar um pouco mais em você, eu sei que ele não faz por mal, mas cabe a você impor os seus limites... – Disse Peter, a olhando de forma delicada e abrindo o seu largo sorriso.

— Você tem razão... eu preciso me impor mais, eu preciso mostrar as minhas prioridades, ele vai entender... Obrigada, Peter – Disse Hydra, sorrindo para o rapaz.

— De nada, eu fico feliz de poder te ajudar....


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