A Garota Malfoy escrita por Paula Mello


Capítulo 10
O Ofidioglota




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Na manhã seguinte, Hydra estava no corredor, conversando com Fred e Jorge sobre a possibilidade para uma nova invenção deles e então viu um grupo de meninas conversando nervosamente, muitas outras pessoas pararam ao redor delas.

— O que está acontecendo? – Perguntou Hydra para os gêmeos.

— Vamos verificar... – Disse Jorge e os três seguiram para perto do grupo, aonde uma menina ruiva do Lufa-Lufa falava em pânico com os outros.

— Teve um novo ataque, um menino do primeiro ano da Grifinória, aquele que vive com uma câmera na mão, ele foi atacado! – Algumas pessoas soltavam gritinhos de terror e Hydra levou a mão até a boca e soltou um suspiro de espanto.

— Ele era nascido trouxa, você lembra da lenda? Lembra? – Disse uma menina também da Lufa-Lufa para outra, Hydra ainda não sabia o que pensar direito, ficou parada ouvindo junto com os gêmeos, até sentir uma mão no seu ombro.

— Você ainda não está pensando naquela bobagem de herdeiro, está? – Perguntava Olívio, que estava parado atrás de Hydra, com um grupinho de alunos do sexto ano junto.

— Não, só estou preocupada mesmo – Hydra colocou a mão na mão de Olívio e sorriu o tranquilizando, mas não era verdade, ela na verdade imaginava se isso não seria obra de Draco, se ele na verdade não estava mentindo para ela, ficou com muito medo de ser verdade.

— Okay então, esquece isso, tá bom? – Disse Olívio a olhando com olhos gentis.

Hydra se despediu de Olívio e seguiu com Fred e Jorge para a aula de poções, o clima na escola não poderia estar mais pesado, todos estavam com medo e andando em bandos, ao chegar na sala, o professor Snape os recebeu com seu mau humor de sempre.

— Não quero ouvir um pio sobre o que aconteceu ontem à noite, o professor Dumbledore e todos os outros professores já estão cientes e estamos trabalhando para capturar o autor ou autores – Disse ele, prolongando a letra S –, desses ataques, agora, abram seus livros na página duzentos e cinquenta e sete.

A aula de poções conseguiu animar Hydra levemente, sua relação com o professor Snape era mais "amigável", se é que se pode dizer assim, do que com a dele com qualquer outro aluno da Grifinória, pelo menos na maioria das vezes, apesar de nunca receber pontos por suas poções sempre corretas.

Nos dias seguintes, o comércio de amuletos na escola ficou muito próspero, mesmo Hydra achando eles uma grande bobagem.

— Mas é claro, você é sangue-puro, não corre nenhum risco com esse herdeiro de Slytherin. – Comentou Angelina, quando as duas passaram por alguns alunos usando enormes amuletos a caminho das salas de aula.

— E nem você, eu sinto pena dos que correm risco, é uma tristeza que isso precise acontecer, mas sinceramente, não acho que esses amuletos deles ajudem em nada.

No final do dia, Hydra decidiu abrir uma carta que recebeu por coruja naquela manhã, mas devido aos milhões de pensamentos sobre os crimes que estavam acontecendo em Hogwarts, acabou não lendo e ficou bem chateada com o seu conteúdo.

— O que houve meu amor? – Hydra levantou os olhos, sentada em uma poltrona na sala comunal e viu Olívio parecendo muito preocupado, Jorge e Fred se sentaram ao lado dela também.

— É uma carta de uma amiga, Gabrielle – Hydra estava com a voz cabisbaixa.

— Ela é da Beauxbatons? Aconteceu algum problema? – Perguntou Jorge, parecendo sinceramente preocupado, ao lado da menina.

— Sim, ela é uma das minhas melhores amigas, ela está bem, só... ela escreveu dizendo que está decepcionada comigo, que eu não escrevo para as meninas com tanta frequência e que – Hydra parecia bem chateada ao falar sobre isso, só queria poder abraçar as amigas que deixou para trás naquele momento. – Eu esqueci delas e só quero saber de Hogwarts agora, uma bobagem...

Os meninos pareciam não saber muito o que dizer.

— Isso não é verdade, você sempre fala delas! – Disse Fred.

— Não, não é mentira, eu escrevia toda semana para elas, agora eu demoro para escrever, eu nunca falo da Beauxbaton, é como se eu tivesse renegando meu lugar, sei lá, vocês não conhecem a Gabrielle, ela é sempre tão quietinha e calma, se ela está falando algo, é porque realmente sente. – Hydra forçava um sorriso ao olhar para eles.

— Seu lugar é aqui Hydra, como também foi lá, você não tem que se sentir mal, sua época lá passou, mas não significa que não tenha sido importante... – Katie falou tão carinhosamente que fez Hydra sorrir.

— Você quase não quis entrar no time por causa de lá! – Lembrou Olívio.

— Se você acha que não tem falado o suficiente, nos conte sobre lá, eu tenho curiosidade de saber sobre outras escolas mágicas. – Disse Jorge, enquanto todos sentavam ao redor de Hydra, chegando mais perto para ouvir o que ela tinha a dizer– Qual era a sua casa lá? Como era o palácio? – Hydra se sentiu estranhamento animada ao lembrar dessas respostas e abriu um sorriso, espantando as lágrimas.

— Minha casa era a Lucttore a casa dos corajosos e de ousadia, segundo dizem, nossa cor era a vermelha, – Todos olhavam interessados para Hydra enquanto ela falava – o palácio era lindo, os jardins eram tão verdes e luxuosos, criado por mágica, tinham pessoas de vários países, Bélgica, Portugal, vários sotaques, era bem interessante, não era muito frio, então no verão eu e minhas amigas gostávamos de ficar do lado de fora do palácio, tomando sol ou nadando do lago... – Hydra sorria e lembrava de tudo como se estivesse revivendo cada momento.

— E seu time de quadribol? - Perguntou Olívio, sentado ao seu lado, passando o braço em seus ombros.

— Eram maravilhosos, ganhamos quatro vezes seguidas a taça, claro que eu só joguei dois anos lá, mas a tradição era passada... – Os olhos de Hydra brilhavam, ela passou mais alguns minutos falando sobre seus dias na sua antiga escola e depois trouxe o álbum de seu quarto, Jorge e Lino perguntavam repetidamente se podiam enviar corujas para suas amigas e Katie, Angelina e Alicia para os amigos.

— Todo mundo parece bonito, que estranho! – Comentou Angelina, vendo uma foto aonde Hydra aparecia com alguns amigos no seu terceiro ano.

— É só impressão mesmo, eram pessoas normais... - Disse Hydra, vendo a foto aonde todos faziam caretas e depois riam.

— Quem é esse aqui? – Perguntou Olívio, apontando para um rapaz alto, bonito de cabelos castanhos atrás de Hydra.

— Esse é o Pierre... – Disse Hydra corando imediatamente.

— Ele é seu ex namorado? – Perguntou ele, com um olhar sério.

— É, não, sim, é complicado, ele é meu ex namorado, ou meu ex alguma coisa que seja parecido com namorado..
— Jorge e Fred riam da confusão de Hydra, enquanto Olívio olhava sério para a foto.

— Não é tão bonito... – Disse ele.

— Ah, é sim – Disse Alicia, rindo.

— Não acho! – Disse ele novamente, olhando sério para a amiga.

Hydra conversou bastante com seus amigos, depois de falar sobre sua vida na França, eles comentaram sobre os acontecimentos dos últimos dias e de como Neville Longbottom, um aluno desengonçado do segundo ano, parecia engraçado usando vários amuletos.

— Mas ele não é sangue -puro? Longbottom é um nome que eu já ouvi – Disse Hydra.

— Sim, mas ele tem medo, não sei direito o motivo, tadinho. – Disse Katie.

Dezembro chegou, trazendo a neve e o frio intenso para Hogwarts, na segunda semana do mês, a professora McGonagall estava anotando o nome de quem ficaria em Hogwarts para o natal, Hydra tinha recebido uma coruja de sua mãe avisando que iriam viajar e que ela deveria permanecer na escola com Draco, Fred e Jorge também ficariam na escola, o que deixou Hydra um pouco mais animada e Olívio anunciou que seus pais aceitaram que ele também permanecesse, o que deixou Hydra muito feliz. Harry, Hermione, Rony e o resto do clã Weasley também ficariam na escola.

— Que bom, não vou ficar sozinha! – Disse Hydra para os meninos em uma manhã durante o café da manhã.

— Eu sei, vamos nos divertir muito – afirmou Fred.

— Vão ficar aqui para o Natal? – Perguntou Jeniffer, sentando na mesa junto com Rita.

— Sim e você? – Perguntou Hydra, enquanto pegava um pouco de torrada e geleia da mesa.

— Não, mamãe e papai estão planejando uma festa com o resto da família, é bem chato na verdade... – Disse ela, parecendo bastante animada.

— E você, Rita? – Perguntou Hydra.

— Também não, papai e mamãe decidiram ir para Nova York esse ano, mas talvez eu passe um dia antes da viagem na casa da Jeniffer – Disse ela dando risadinhas.

Hydra ficou sabendo que Rita estava saindo com o irmão de Jeniffer, Peter, apesar de Jeniffer afirmar que era algo bem casual, já que Peter não estava interessado em namorar e Rita aparentemente não estava interessada em namorar também, apenas passar um tempo. Jeniffer sempre disse que a cabeça do irmão estava em outra coisa, apesar de nunca dizer no que.

— Bem, que pena, seria legal se todos vocês ficassem, mas entendo – Disse Hydra sorrindo para as colegas.

— Você vai ficar? Por quê? – Perguntou Jeniffer.

— Meus pais vão viajar, mandaram eu e Draco ficarmos na escola esse ano, o que para mim, sinceramente, é até muito melhor – Afirmou Hydra.

— Eu aposto que as festas na sua casa devem ser demais! – Disse Rita.

— São boas para quem gosta, eu acho... mas para mim são sempre um saco. – Afirmou Hydra.

Alguns dias mais tarde, Hydra e Angelina viram uma aglomeração de alunos e leram um aviso que foi fixado no saguão de entrada, dizendo que o clube de duelos seria reaberto, as duas decidiram participar, assim como Jorge, Fred, Alicia, Lino e Olívio.

— Acho que isso vai ser demais – Afirmava Fred, enquanto assinava seu nome.

— Totalmente! – Concordou Jorge.


Naquela noite, eles seguiram para o salão principal, muito animados com a possibilidade de duelar de verdade. As longas mesas de jantar tinham desaparecido e surgira um palco dourado encostado a uma parede, cuja iluminação era produzida por milhares de velas que flutuavam no alto. O teto voltara a ser um veludo negro.

— Isso é tão legal, quem será que vai duelar? – Disse Angelina animada para Hydra e Alicia.

— Eu não sei, mas eu não me importaria de duelar com o seu irmão, Hydra - Comentou Fred atrás delas, parado junto de Lino e Jorge.

— Eu também não me importaria, na verdade – Afirmou Hydra.

— Do que vocês estão falando? – Perguntou Olívio, que agora chegava perto do grupo junto de Katie.

— Sobre quem deve duelar – Respondeu Hydra.

— Eu acho que algum Professor, provavelmente, eu só espero que não seja o Lockhart – Afirmou Olívio, olhando o palco que foi armado.

— Nós também – Disseram Jorge e Fred juntos.

Logo depois, o Prof. Lockhart se aproximou e andou pelo palco com roupas ameixas-escura, apesar de sempre se admirar com o professor, Hydra se sentiu um pouco decepcionada pela escolha e Jorge, Fred, Lino e Olívio, soltaram suspiros de reprovação.

— Para que eu fui falar? – Perguntou Olívio, revirando os olhos.

— Aproximem-se, aproximem-se! Todos estão me vendo? Todos estão me ouvindo? Excelente! – Dizia o Professor andando no palco. - O Prof. Dumbledore me deu permissão para começar um pequeno Clube de Duelos, para treiná-los, caso um dia precisem se defender, como eu próprio já precisei fazer em inúmeras ocasiões, quem quiser conhecer os detalhes, leia os livros que publiquei.

Lockhart soltou um risinho que mais uma vez fez as meninas suspirarem.

— Deixem-me apresentar a vocês o meu assistente, Prof. Snape", disse Lockhart, dando um largo sorriso. - Ele me conta que sabe alguma coisa de duelos e desportivamente concordou em me ajudar a fazer uma breve demonstração antes de começarmos. Agora, não quero que nenhum de vocês se preocupe, continuarão a ter o seu professor de Poções mesmo depois de eu o derrotar, não precisam ter medo! – Hydra na verdade achava que Lockhart que deveria ter medo de Snape, julgando pelo olhar ameaçador que o Professor estava em Lockhart, que ainda sorria, completamente alheio.

Lockhart e Snape se viraram um para o outro e se cumprimentaram com uma reverência; pelo menos, Lockhart cumprimentou com muitos meneios, enquanto Snape curvou a cabeça, irritado. Em seguida, os dois ergueram as varinhas como se empunhassem espadas.

— Como vocês veem, estamos segurando nossas varinhas na posição de combate normalmente adotada – disse Lockhart aos alunos em silêncio. – Quando contarmos três, lançaremos os primeiros feitiços. Nenhum de nós está pretendendo matar, é claro. – Ao olhar nos olhos irritados de Snape, Hydra ficou na dúvida se aquilo seria verdade.

— Um... dois... três...

Os dois ergueram as varinhas acima da cabeça e as apontaram para o oponente; Snape

Exclamou:

— Expelliarmus! – Viram um lampejo vermelho ofuscante e Lockhart foi lançado para o alto: voou para os fundos do palco, colidiu com a parede, foi escorregando e acabou estatelado no chão.

Draco e outros alunos da Sonserina deram vivas, já as meninas de todas as casas, pareciam extremamente preocupadas com Lockhart.

Lockhart foi-se levantando tonto. Seu chapéu caíra e os cabelos ondulados estavam em pé.

— Muito bem! – Disse, cambaleando de volta ao palco. – Isto foi um Feitiço de Desarmamento, como viram, perdi minha varinha, ah, muito obrigado, Srta. Brown... sim, foi uma excelente demonstração, Prof. Snape, mas se não se importa que eu diga, ficou muito óbvio o que o senhor ia fazer. Se eu tivesse querido detê-lo teria sido muito fácil, mas achei mais instrutivo deixá-los ver...

Lockhart acabou mudando de ideia, Hydra achou que ele na verdade parecia ter medo de Snape.

— Chega de demonstrações! Vou me reunir a vocês agora e separá-los aos pares. Prof. Snape, se o senhor quiser me ajudar...

Os dois caminharam entre os alunos, formando as duplas, Hydra foi colocada com Jorge, Angelina com Fred e Olívio com um grande menino do sétimo ano da Lufa-Lufa .

Ela notou que Harry foi colocado com Draco e pensou que nada de bom poderia sair disso.

— De frente para os seus parceiros! –Mandou Lockhart, de volta ao tablado. – E façam uma reverência!

Jorge fez uma reverência exagerada e quase encostou a cabeça no chão, fazendo Hydra rir.

— Preparar as varinhas! – Gritou Lockhart. – Quando eu contar três, lancem seus feitiços para desarmar os oponentes, apenas para desarmá-los, não queremos acidentes, um... dois... três...

Hydra e Jorge faziam turnos desarmando um ao outro.

— Até que você é boa nisso, Malfoy – Afirmou Hydra, depois de ter desarmado ele com sucesso pela terceira vez.

— Você também não é nada mau, Weasley – Disse Hydra sorrindo, agora sendo desarmada pelo amigo.

Eles pararam ao notar uma confusão vinda de um lado da sala.

— Parem! Parem! – Hydra ouviu Lockhart berrar em direção a confusão e foi correndo ver o que estava acontecendo.

Uma névoa de fumaça verde pairava sobre o local, vários alunos estavam caídos e machucados, Hermione duelava ferozmente com uma garota da Sonserina muito maior do que ela.

— Ai, ai-ai, ai-ai! – Exclamou Lockhart, passando por entre os duelistas, para ver o resultado das lutas. – Levante, Macmillan... Cuidado, Senhorita Fawcett... aperte com força, vai parar de sangrar em um segundo, Boot...

— Acho que é melhor ensinar aos senhores como se bloqueia feitiços hostis –, disse Lockhart, parando no meio do salão. Ele olhou para Snape, cujos olhos negros brilhavam, e desviou rápido o seu olhar. - Vamos arranjar um par voluntário, Longbottom e Finch-Fletchley, que tal vocês...

— Uma má ideia, Prof. Lockhart – disse Snape, deslizando até ele como um enorme morcego malévolo. – Longbottom causa devastação até com o feitiço mais simples. Vamos ter que mandar o que sobrar de Finch-Fletchley para a ala hospitalar em uma caixa de fósforos. – Hydra sentiu pena do pobre menino de rosto redondo que ficou vermelho. – Que tal Malfoy e Potter? – Sugeriu Snape com um sorriso.

Hydra abriu a boca para protestar, mas decidiu ficar calada, não poderia reclamar da decisão do professor assim na frente de todo mundo.

— Ótima ideia! – Disse Lockhart, fazendo um gesto para Harry e Draco irem para o meio do salão, enquanto os demais alunos se afastavam para lhes dar espaço.

— Agora, Harry – disse Lockhart. – Quando Draco apontar a varinha para você, você faz isto. Ele ergueu a própria varinha, tentou um complicado floreio e deixou-a cair. Snape abriu um sorriso quando Lockhart a apanhou depressa, dizendo:

— Epa, minha varinha está um tanto excitada demais...

Snape aproximou-se de Draco, curvou-se e sussurrou alguma coisa em seu ouvido. O garoto riu também. Harry ergueu os olhos, nervoso, para Lockhart e disse:

— Professor, podia me mostrar outra vez como se bloqueia?

Draco disse algo a Potter, mas Hydra não conseguiu ouvir, ela estava parada junto a multidão, com medo do que viria desse duelo.

— Eles podem se matar! – Disse ela, olhando assustada para o palco.

— Não se o Lockhart não matar eles com algum feitiço mal feito antes – Afirmou Fred, que parecia achar tudo muito divertido.

Lockhart deu uma palmada bem-humorada no ombro de Harry.

— Faça exatamente como fiz, Harry!

— O quê, deixar cair a varinha?

Hydra riu da afirmação de Harry, mas não tanto quando Fred, Jorge e Lino. O professor parece não ter ouvido nada, porque apenas continuou:

— Três... dois... um... agora! – Gritou ele.

Draco ergueu a varinha depressa e berrou:

— Serpensortia!

A ponta de sua varinha explodiu. Hydra se chocou e soltou um gritinho de surpresa quando viu uma comprida cobra preta se materializar, cair pesadamente no chão entre Harry e Draco e se erguer, pronta para atacar. Os demais alunos gritaram recuando rapidamente, abrindo espaço.

— Não se mexa, Potter – disse Snape tranquilamente, parecendo sentir prazer com a situação– Vou dar um fim nela...

— Permita-me! – Gritou Lockhart. E brandiu a varinha para a cobra, ao que se ouviu um grande baque; a cobra, em lugar de desaparecer, voou três metros no ar e tornou a cair no chão com um estrondo. Enraivecida, sibilando furiosamente, ela deslizou direto para Justino Finch-Fletchley e se levantou de novo, as presas expostas, armada para o bote.

Hydra e os demais alunos estavam em pânico sem saber como agir, ela olhou e viu que Harry gritou alguma coisa em uma língua esquisita que ela não conseguia entender, o mais estranho, era que Harry parecia estar falando com a cobra que olhou em direção a ele.

— Que diabos é isso? – Perguntou Olívio.

— O Harry sabe falar a língua das cobras? – Perguntou Alicia para os colegas, mas todos deram os ombros em uma expressão de "não sabemos"

— Isso não é supostamente ruim? – Perguntou Angelina.

Hydra não respondeu, viu assustada que a cobra parecia prestes a atacar um aluno da Lufa-Lufa que gritou.

— De que é que você acha que está brincando? – Ele então saiu enfurecido do salão.

Snape se adiantou, acenou a varinha e a cobra desapareceu com uma pequena baforada de fumaça preta.

Harry saiu com Rony, Hydra ficou imóvel tentando assimilar o que tinha acontecido.

— É ele mesmo, ele é o herdeiro de Slytherin, ele fala com cobras! – Disse uma menina da Corvinal assustada para a outra.

— Só pode ser ele, você viu o que ele fez? – Ouviu um menino da Lufa-Lufa falar e sair assustado.

— Vamos Hydra, é melhor a gente sair daqui – Olívio segurou na mão de Hydra a levando para fora do salão.

Quando chegaram na torre da Grifinória, Hydra ainda incrédula com o que tinha acontecido, se sentou em uma poltrona, sem tirar os olhos do chão, não notou quando Fred, Jorge e Angelina se aproximaram.

— Vocês não acham que...? – Disse Angelina interrompida por Fred.

— Não, o Harry é nosso amigo, lembra? Ele não seria... – Fred não parecia tão certo de sua resposta, nem Hydra, ela se recusava a acreditar que Harry faria algo de ruim para alguém, mas não conseguia entender como ele pode falar com cobras.

— Ofidioglota! – Disse Hydra, finalmente olhando para cima e encarando os amigos – Alguém aqui sabia que o Harry era Ofidioglota? – Todos negaram com a cabeça – Slytherin era... – Decidiu não completar o pensamento.

— Ok, mas isso não significa nada – Disse Fred.

— Eu sei, eu sei que não... – Afirmou Hydra.

Depois de um tempo, a menina decidiu ir dormir, ficou pensativa deitada na cama, seria Harry mesmo o herdeiro de Slytherin? Não, não podia ser...


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