Sempre foi você escrita por Débora Silva


Capítulo 27
"O fim está próximo!"




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ALGUM TEMPO DEPOIS...

Maria seguia de luto por seu pai, era duro perder alguém que se ama ela não conseguia entender porque a irmã era tão má mesmo tendo conversado com ela no hospital muitas coisas estavam sem resposta e mesmo não a querendo ver ela solicitou uma visita para aquela manha sem que ninguém soubesse.

Quando chegou ao presídio foi levada para uma sala de interrogatórios e ali esperou por sua irmã, Maria tinha o coração acelerado e cheio de tristeza não era fácil para ela estar naquela condição tinha amado tanto sua menina e agora ela tinha virado uma marginal e da pior espécie.

Estrela foi chama, algemada e levada para a sala onde sua irmã estava a esperando, perguntou para a carcereira quem era e a mesma não a respondeu apenas a conduziu ate a sala, quando chegou às algemas foram tiradas e ela entrou na sala se deparando com a imagem de sua irmã de costas olhando por uma pequena janela que ali tinha ela estranhou, mas seu coração ainda era uma magoa profunda por Maria não ter permitido que ela se despedisse de seu pai e ainda tivesse roubado os dois homens de sua vida.

Era imatura e não dava o braço a torcer tinha muita gente poderosa ao seu lado e apenas estava ali como uma "laranja" e sabia que se falasse demais seria morta e não era isso que ela queria o queria era que sua irmã pagasse por cada lagrima que um dia derramou. Maria sentiu a presença dela mais não virou tinha tanta tristeza por ver sua menina ali que apenas esperou que ela dissesse algo.

— Até que enfim alguém veio me visitar! - Maria engoliu em seco e por fim virou e a mirou.

Estrela tinha o rosto machucado por uma briga que teve no dia anterior com uma das presas mais perigosas, apanhou bastante e não conseguiu o que queria que era o lugar de poder ali dentro, mas ela tinha planos e não iria desistir tão fácil. Maria a olhou horrorizada e quis se aproximar mais só que não fez.

— A santa Maria veio rir de mim? - se sentou a olhando.

Maria se aproximou da mesa e jogou uma pasta para ela.

— Ai esta a sua ficha, você será julgada na próxima semana por todos esses crimes! - Estrela abriu e começou a ele. - Onde erramos com você, Estrela?

Estrela sorriu sabia que tinha o melhor advogado da cidade e não passaria nem mais um mês ali.

— Eu não vou ficar presa! - falou com certeza do que dizia. - Vocês não erraram me criaram até bem demais, mas sabe aquela coisa do proibido é mais gostoso? Então eu provei e gostei! - sorriu jogando a pasta pra longe. - Você não veio aqui pra me mostrar isso não é? Eu sei que veio pra saber como é que eu conseguia me deitar com seu marido na sua cara e você nem percebia. - falou destilando veneno.

Maria sentiu todo o corpo retesar e as mãos tremeram com ela tentando ser firme a grande vontade que tinha era de chorar, mas não daria esse gosto a ela.

— Eu o conheci meses antes de você aparecer com ele em nossa casa o apresentando como namorado, ele fingiu muito bem e eu fiquei destruída por dentro, mas depois nós conversamos e eu entendi que podíamos ficar juntos que era tudo parte de um plano maior. - a cada palavra de Estrela, Maria quebrava um pouco mais por dentro. - Ele não te amava só queria o seu dinheiro, dormia com você porque era homem, mas era a minha que ele visitava toda noite!

— Chega! Chega! - Maria gritou.

— Não! - Estrela gritou e ficou de pé a encarando. - Você não veio aqui por respostas? Agora vai ouvir tudo que eu tenho a dizer!

— Que tipo de monstro você se tornou? - as mãos tremiam e pode sentir sua testa suar e ela fazia um esforço enorme para não chorar.

— Naquele acidente era pra você morrer, mas infelizmente não foi e você mais uma vez saiu ilesa! Era você quem deveria ter morrido, você! - Maria não aguentou e sentou dois tapas na cara dela e Estrela sorriu. - isso, isso sim é você, Maria e não essa mulher fútil que você se tornou! - gritou com a mão no rosto.

— Você matou o nosso pai! - gritou batendo do outro lado. - Matou o homem que te deu a vida e tudo por quê? Por vontade de viver uma vida clandestina? Que monstro você se tornou, Estrela? - a voz saiu carregada de raiva e ela ofegou dando tapas onde pegou e ela gritou. - Você não vai sair daqui nem tão cedo porque eu não vou permitir!

Maria por fim deixou que suas lágrimas rolassem de indignação e olhou sua irmã ali em sua frente sem nenhum arrependimento ou culpa por matar o homem que um dia lhe deu a vida.

— Não foi eu quem o matei e essa culpa não vou carregar! - os olhos estavam cheios de lagrimas. - Você pode me culpar por tudo menos por isso!

Maria foi até a mesa abriu a pasta e pegou um papel e esfregou na cara dela a jogando no chão enquanto ela gritava por ajuda.

— Você estava junto com Demétrio, ele morreu, mas você não! - sorriu com ódio. - Me deu um tiro e isso eu nunca vou te perdoar. - passou as mãos no cabelo. - Formação de quadrinha, rachas em rua tiros em viaturas, falsificação de cartão de credito... Eu posso passar o dia aqui numerando a sua ficha que veio átona agora que a patricinha rebelde foi pega!

Estrela se levantou e a olhou com ódio e gritou.

— Você deveria ter morrido, mas eu ainda vou conseguir que você afunde e nunca mais consiga se olhar no espelho, eu sei de tudo que se passa na sua vida não se esqueça e um dia você ainda vai me pegar na cama de Estevão em um momento de prazer que você vai querer tirar sua própria vida!

Maria riu batendo palma e se aproximou segurando os cabelos dela a envergando para trás.

— Acha mesmo que Estevão vai querer se perder nos braços de uma qualquer? Acha mesmo que depois de ser manipulada por Bernardo, Demétrio e sei lá mais quem, você vai conseguir o "amor" de Estevão? - falou com deboche. - Estevão gosta de mulher de verdade, mulher quente na cama e não uma fedelha que não sabe nem se roçar num pau! - foi dura com as palavras. - Você é só uma pau mandada nesse jogo de gente grande, mas eu vou te dizer uma coisa minha querida irmã... Você não é nada sem esses mafiosos, você não tem tanto poder quanto acha porque eu vou pegar a todos porque se você não ama a sua família e nem seus próprios pais que lhe deram a vida, eu vou te ensinar o que é inferno e seu rostinho lindo um dia vai perder esse brilho que acha que tem sobre o poder e o que é proibido!

Maria a soltou e caminhou para a porta.

— Nem sempre o bem vence querida irmã! - Maria sentiu seu corpo arrepiar era quase que uma sentença de um futuro incerto no qual ela poderia sim perder para o ódio que sua irmã sentia por ela.

Maria a olhou e sorriu para não demonstrar seu nervosismo.

— Quando esse dia chegar vai estar eu e você frente a frente e que vença a melhor! - e sem dizer mais nada ela saiu dali indo embora enquanto Estrela gritava que seu fim estava próximo.


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