NO OUTRO DIA...

Cláudio chegou em casa as nove da manhã e ao entrar em casa deu de cara com maria descendo as escadas e ao olhar o pai ela sabia que tinha mais problemas por conta da irmã mais mesmo assim terminou de descer as escadas com o filho nos braços e deu ele para a babá.

— Leva ele para tomar um pouco de sol, mas não muito! – a moça saiu e ela olhou o pai.

— Você bateu na sua irmã? – ele bufou.

— Bati pouco ainda! – caminhou para a sala e ele a seguiu e Marta foi logo atrás.

— Você não tem o direito de encostar um dedo nela! – Maria o olhou indignada.

— Ela que não tem direito algum de mandar fotos nua para o meu noivo! – bufou. – Ela não se da ao respeito e eu não tenho o direito de corrigir?

— Eu sou o pai e ela a mãe! – apontou para Marta. – Somos nós quem devemos tomar uma atitude!

Marta pedia para que eles ficassem calmos apenas com o olhar e Maria explodiu de raiva.

— Vocês que devem tomar uma atitude? Pois então tome porque ela se comportou pior que uma puta, a tempos ela vem provocando a tempos e eu não sou obrigada a ver fotos dela nua no celular de Estevão e ela não volta para essa casa! Não volta. – gritou.

Nesse momento a porta foi aberta e Estrela entrou com sua mala e maria quase perdeu o ar e olhou o pai.

— Ela não vai ficar dentro da minha casa, não vai! – avançou em direção a Estrela que recuou com o rosto um tanto roxo por sua pele ser branca. – Sai da minha casa, sai! – Maria a grudou pelos cabelos e a levou novamente para fora e Cláudio a agarrou pelo braço o que fez Estrela cair no chão.

— Para com isso maria, para! – Maria o olhou mordendo os lábios de tão brava.

— Vai defender essa qualquer? Vai defender? Porque se for me avisa que eu vou pegar meu filho agora e vou embora daqui!

— Maria pelo amor de Deus, ela também é a minha filha! – Maria se soltou dele e caminhou para dentro de casa juto a babá e mandou que ela pegasse o que pudesse para Bernardo.

Cláudio olhou Estrela chorando no chão e segurando o braço que certamente teria machucado pela queda no chão e suspirou decepcionado. Marta entrou para casa e foi atrás de Maria para tentar acalma-la.

— Filha, por favor... – Maria a olhou jogando tudo dentro de uma mala.

— Não me peça para ficar com ela aqui que não respeita nem a própria irmã! – fechou uma mala e depois a outra.

— Maria, por favor, nos entenda. – segurou a filha pelo braço que já queria sair. – Ela é nossa filha e não tem para onde ir e nem você pode ir!

— A minha decisão já foi tomada e podem ficar com minha casa, eu vou compra uma nova para mim e meu filho! – maria saiu do quarto com a bolsa de mão e encontrou a babá.

As duas desceram e encontraram Cláudio na sala com Estrela, ele se levantou e ate tentou falar mais Maria não permitiu e levantou a mão para que ele não dissesse nada.

— A casa é de vocês a partir de hoje! Espero que coloquem um limite nesta garota porque eu não vou responder por mim se a vir se quer próximo a Estevão que é meu. – Estrela se levantou e a olhou.

— Se ele quiser você não pode impedir! – Cláudio a olhou.

— CALA ESSA BOCA! – gritou com ela. – Não me faça perder o juízo Estrela! – Maria sorriu sem alegria apenas para não dar o gosto a ela.

— É por isso que ninguém te quer, porque precisa desse tipo de coisas para que um homem possa te ver. – apontou ela de cima a baixo. – Você se acha tão esperta mais vive sozinha porque ninguém quer alguém como você por perto mais a vida vai se encarregar de te cobrar e não é uma praga que te jogo, é simplesmente a lei do retorno porque o que aqui se faz aqui se paga e você é só merecedora de pena! – e sem dizer mais nada Maria saiu da casa e pediu que um dos seguranças pegassem suas coisas e ela esperou no carro e Estevão apareceu na porta do carro a olhando.

— Desce... – ela o olhou com os olhinhos cheios de lágrimas e nem pensou apenas desceu e ele a agarrou contra seu corpo. – Vai ficar tudo bem meu amor! – beijou os cabelos dela. – Onde quer que eu te leve?

— Vou para um hotel e de lá ligo para pedir uma casa para mim! – ela o olhou e ele beijou os lábios dela.

Quando as malas estavam dentro do carro eles se foram, Maria estava arrasada mais não se deixou mostrar. Marta apenas olhou sua filha ir e com os olhos cheios de lágrimas ela entrou em casa e encontrou com o olhar da filha e Marta nem pensou avançou nela e bateu onde pegou proferindo sua raiva e Cláudio a conteve a segurando em seus braços.

— Eu não te crie para ser uma vagabunda e trair a sua irmã, o que quer da vida, Estrela? – ela já chorava. – Não pense que escolhemos você porque não é assim, você esta aqui apenas porque não sabe se virar sozinha, mas se quer comer, beber e se vestir bem vai ter que trabalhar e não vai ser na empresa do seu pai porque lá você não pisa mais, vai sair de casa e vai bater perna por ai procurando um emprego como todo mundo a sua vida fácil acabou Estrela! – ela se soltou de seu marido e subiu para o quarto.

Cláudio a olhou com profunda decepção.

— Criamos um filho com tanto amor para que ele vire esse monstro, quando te perdemos minha filha? Quando? – Estrela estava cheia de ódio e levantou secando o rosto.

— Quando Maria começou a querer tudo que é meu! Desde Bernardo é assim. – confessou pela primeira vez.

Cláudio não acreditou no que ela estava dizendo.

— Você teve a coragem de se meter com o falecido marido de sua irmã?

— Eu o conheci primeiro e ela se meteu entre nos dois, a gente estava junto quando ela o apresentou para vocês como noivo, então quem não presta aqui é Maria! – Cláudio levou ao peito sentindo uma dor terrível. – Bernardo era meu e mesmo depois de casado nos continuamos juntos porque ele me amava. – ela chorava confessando aquela verdade e foi quando Cláudio caiu desmaiado no sofá.

Estrela se desesperou no mesmo instante e gritou pela mãe que não demorou nada para vir e ela ligou para uma ambulância que logo chegou e elas foram para o hospital e de lá Marta ligou para Maria que chegou minutos depois chorando de mão dada a Estevão e Estrela mesmo naquele momento conseguiu sentir ódio, pois estava cega por seus "sentimentos".

— Como ele está mãe?

— Ainda não sabemos minha filha mais ele está mal o homem da ambulância disse que era infarto e que ele estava grave! – Maria abraçou sua mãe e as duas ficaram ali por longos minutos ate que o medico pareceu. – Como ele está doutor?

O medico não tinha uma cara nada boa e apenas suspirou antes de dar aquela notícia para elas.

— Cláudio teve um infarto devido a uma forte emoção, mas conseguimos reverter o quatro e no momento ele esta em observação no CTI e não poderá receber visitas mais assim que possível avisarei para que vocês possam vê-lo.

Maria sentiu seu coração mais aliviado e abraçou sua mãe forte enquanto o médico se retirava.

— Ele vai ficar bem mãe, mas o que aconteceu? – Maria olhou diretamente para sua irmã que estava sentada olhando para elas. – Você não foi? O que fez?

— Apenas disse a verdade para ele e posso dizer para você também quer? – desafiou.

Maria apenas a olhou...