Princess Haylley's Diary - Volume III escrita por Haylley Ashiz


Capítulo 2
Paris!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/732896/chapter/2

Quinta-feira, 11 de junho de 2015

Estávamos no aeroporto, comendo rosquinhas e esperando nosso voo. Tentamos relaxar, mas era quase impossível com duas cantoras famosas, já que toda hora chegava alguém pedindo um autógrafo ou uma selfie. Mas o que me incomodava mais era aquela estranha sensação de estar sendo observada.

Depois de quase duas horas, finalmente chegou nosso voo. Gabita atrapalhou-se com suas malas cor-de-rosa e derrubou todas as outras.

— Ah, Gabita! — exclamei, peguei uma de suas malas.

Já dento do avião, eu continuava com aquela sensação estranha. Gabita fingiu que seu celular de brinquedo estava tocando e "atendeu":

— Alô?

— Que você tá fazendo? — indaguei.

— Tô falando com meu namorado — disse Gabita.

— Namorado? — riu Ariana. — Qual o nome dele?

— Danilo — respondeu Gabita.

— Ah, para de palhaçada — eu disse, pegando o celular da mão dela.

— Demi! — reclamou Gabita. — Olha aqui a Haylley!

— Gabita... — disse Demi, no banco à nossa frente. — Como eu vou dizer isso? O Danilo... ele... não existe...

— O QUÊ!? — gritou Gabita. — Sem chance! Ele tava ligando pra mim agora!

— Ele não tava te ligando porque ele não existe! — exclamei — E isso é um telefone de brinquedo, você sabe, né?

— Ah, é...?

— É, sim.

— Então cadê o meu de verdade?

— Sei lá, você deve ter deixado em casa.

— Então me empresta o seu?

Entreguei meu celular para ela.

— O que você vai fazer? — perguntou Elen.

— Vou ligar pro Danilo, ué! — exclamou Gabita.

— Ah, então coloca no viva-voz! — riu Ariana.

Gabita digitou um número e colocou no viva-voz.

— McDonald's, qual o seu pedido?

— Alô, eu posso falar com o Danilo?

— Aqui não tem nenhum Danilo.

Todo mundo começou a rir, e Gabita parecia decepcionada.

— Tá bom — disse ela. — Obrigada...

Ela desligou a chamada e me devolveu o aparelho.

— Não fica triste, Gabita — disse Demi.

— Quando a gente chegar em Paris, a gente compra um mundo de chocolate pra você, tá? — eu disse.

— Tá bom! — exclamou Gabita, animando-se.

— Vocês também estão com essa sensação estranha? — inquiriu Elen.

— De estarmos sendo observadas? — eu disse.

— Ah, não! Ah não, ah não, ah não!! — gritou Ariana.

— Que foi? — perguntou Elen.

Nesse momento, o avião decolou. Olhei pela janela, mas tudo o que eu vi foi o aeroporto sendo deixado para trás e o céu azul.

— Olha ali! — gritou Ariana.

Olhei novamente pela janela e o que eu vi foi um Sosu flutuando ao lado do avião, bem na nossa janela. Ele parecia estar escrevendo alguma coisa na sua mão.

— "Vocês tem salsinha?" — eu li — Quê!

— Vocês tem uma caneta? — perguntou Gabita.

Dei uma caneta para ela e ela escreveu em sua mão, "pra quê?". Sosu respondeu, "pra temperar minha poção". Peguei a caneta de Gabita e escrevi, "só some". Sosu escreveu alguma coisa em uma língua estranha e Ariana disse:

— Não tentem ler! É uma maldição!

— Como você sabe? — perguntei, olhando para Ariana e cobrindo os olhos de Gabita com as mãos.

— Nós lemos em um livro na sua biblioteca — disse Elen. — E pessoas que podem ver espíritos são imunes a isso.

— Você está falando da maldição do "controle remoto"? — disse Gabita.

— Ih, é outro ataque — eu disse.

— O que essa maldição faz? — brincou Ariana.

— Ora, minha cara, ela permite que a pessoa que realizou tal maldição controle a pessoa amaldiçoada — explicou Gabita. — Bem parecida com a maldição Imperio.

— Por que as pessoas que podem ver espíritos são imunes? — riu Elen.

— Porque elas podem ver a força da maldição e se proteger — disse Gabita. — Mas o "controle remoto" é só um apelido. O nome real é... uh... o que mesmo...?

— Feitiço da mente — completou Ariana. —  Um nome bem idiota, na minha opinião.

— Claro que não! — corrigiu Elen. — Era Corrupio Miniscus!

— É! — exclamou Gabita. — Era isso mesmo! Mas do que a gente tava falando...?

— Sério? Nem lembro mais — disse Ariana.

— Cadê o nosso livro? — questionou Elen.

— Que livro? — eu quis saber.

— Uma coisinha que a gente tá fazendo — disse Elen.

— Acho que ficou na mala...

Achei estranho, mas ignorei. Deve ser coisa delas, não vou me meter.

Mas isso não me impede de ficar curiosíssima.

Seguimos viagem até a França sem Sosu e nem sinal de Pinkie Pie. Como eu conheço Pinkie, isso pode ser tanto uma coisa boa quanto ruim: ela não enche a paciência mas pode estar tramando alguma coisa.

Chegando no aeroporto, Ariana, que sabe falar francês desde não sei quando, chegou pra um cara e perguntou onde ficava o hotel mais próximo. O cara pediu para que o seguíssemos e nos deu carona até o hotel. Ele era misterioso, mas era legal. Escolhemos um quarto com cinco camas de casal (porque dormir sozinha na cama de casal é vida, né?) no último andar. Não demorou muito para Elen e Ariana tirarem duas caixas de som de uma sexta mala e começarmos uma festa do pijama. A festa acabou bem tarde, com uma guerra de travesseiros, mas Gabita não queria dormir de jeito nenhum. Acabamos por convencê-la e fomos todas dormir.

 

Sexta-feira, 12 de junho de 2015

Assim que abri os olhos, me desesperei por não conseguir ver nada. Comecei a gritar e esfregar os olhos, antes de tirar um gato do meu cabelo.

— Miaau! — gritou Shadow. — Qual é o seu problema!?

— Qual é o seu problema? —  indaguei. —  Não faça isso de novo, pensei que tinha ficado cega!

— Bom dia pra você, também.

— Au!! — disse Bisnaga.

— Bom dia, cachorro — repliquei. — Err, onde estão as outras?

— Elas acordaram já faz tempo — disse Shadow.

— Bom dia!!

A porta se abriu, e eu vi uma Demi toda produzida, com um vestido rosa e amarelo, uma bota branca e sua tiara dourada na cabeça.

— Bom dia, Demi! — exclamei. — Você tá indo pra onde?

— A gente vai pro shopping, que vir com a gente?

— Tá bom, deixa eu só me arrumar...

— Estamos te esperando lá em baixo!

Chegando lá no shopping, Gabita encheu a paciência pra comprarmos o chocolate dela, então fomos logo fazer isso. Depois, entramos em uma livraria, e Gabita foi correndo ver os livros infantis. Elen foi ver os livros de Nárnia, sua terra natal, e Ariana foi ver os de Harry Potter. E Demi e eu fomos com Gabita porque ela quis.

Na seção de livros infantis, só tinha um em inglês, chamado "The Call of Sosu - New Edition 3D".

— Olha! — exclamou Gabita. — O livro daquela criança!

— Sosu? — perguntou Ariana.

— Isso mesmo — respondi.

Gabita pegou o livro e leu a dedicatória:

— "Para Haylley, Gabita, Demi, Elen e Ariana, minhas melhores amigas, escrito em 1782".

— Continua lendo — eu disse.

— É imenso! — reclamou Gabita.

— Dá isso aqui — mandei, pegando o livro. — "Sosu é uma criança que tem super poderes fantásticos. Sua mãe estava preocupada com isso. Ele pode controlar as pessoas com sua mente. Elefantes são seus animais favoritos! Agora ele está indo para Nova York".

— Que livro mais besta — comentou Ariana. — Não faz sentido!

— Tem um monte de letras sublinhadas — disse Elen.

Peguei uma caneta e escrevi na minha mão as letras marcadas, que, na ordem, formavam a frase, "eu sou seu destino".

— Eu sou seu destino...?

No mesmo instante em que repeti, o livro começou a queimar. Deixei o objeto cair no chão e de repente Sosu apareceu, e começou a andar lentamente na nossa direção.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Princess Haylley's Diary - Volume III" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.