Embriagues escrita por LucianaQuero
Notas iniciais do capítulo
Espero realmente que gostem desse capítulo.
Ok, "mais um capítulo curto", vocês pensam... Mas é que tá meio difícil essa semana.
Prometo recompensar vocês assim que o "turbilhão" passar!
Boa leitura
— Ei, acorda linda.
Cocei os olhos. Michael estava de pijamas e trazia uma bandeja com um café da manhã.
— Ah, Michael! Você é um doce!
Ele me olhava comer com seu mais belo sorriso. Tinha horas que parecia olhar com muita vontade para o bolo de chocolate.
— Ei, seu bobo. Vai ficar aí só olhando? Pode pegar.
Ele soltou uma gargalhada gostosa. Ver Michael chorando na noite anterior me partira o coração. Como era bom vê-lo sorrir mais uma vez!
— Só um pedacinho, pode?
— Claro!
Ficamos conversando sobre coisas bonitas. Ele começou a contar as coisas mais belas que vira nos países que passara quando estava em turnê.
— Michael! Você comeu tudo!
Ele começou a rir alto. Coloquei a bandeja pro lado e me joguei em cima dele enchendo-o de tapas. Ele ria como besta.
— Ai, ai! Ok, Susan! Para!
Eu, também em meio a risadas, parei descansando-me em seu peito.
— Ah! — suspirei — Tudo passou tão rápido.
— É... Tudo que é bom passa rápido.
— Falando nisso, que dia é hoje?
— Hm, sexta-feira.
— Nossa! Sexta-feira?!
— É, porque o espanto?
— Michael, amanhã eu volto para Atlanta.
— Já? Não quero que você vá, Susan.
— Eu não quero voltar, mas eu tenho que acordar desse sonho, voltar a trabalhar.
— Passe ao menos mais um dia aqui, comigo.
— Não posso. Prometi a minha mãe que ficaria com ela esse último dia.
— Você não se dava muito bem com a sua mãe, não é?
— Sinceramente? Não. Guardei mágoa por muito tempo.
— É bom ver que você está mais leve, de peito vazio. É bom perdoar...
— Sim, sim. Michael, nessa viajem eu aprendi duas coisas muito importantes. A primeira é que não adianta guardar mágoa. Eu fiz o certo, esqueci por um momento o fato da minha mãe ter me largado quando eu era nova, e dei mais uma chance a ela. Vi que ela percebeu que errou. Assim como eu errei ter bebido como uma porca e ter vindo esmurrar o seu portão.
— Hmm, e a segunda?
— A segunda é que lágrimas antecedem sorrisos. Se meu ex-namorado não tivesse me feito sofrer, eu nunca teria conhecido o meu verdadeiro amor.
Ele pareceu querer dizer algo, mas desistiu. Pediu que esperasse um segundo, saiu do quarto e um minuto depois voltou com algo nas mãos. Pegou minha mão direita e colocou um anel de ouro delicado com uma pequena pedra de diamante.
Fiquei boquiaberta. Aquilo realmente era o que eu imaginava? Por mais belo que fosse aquilo, por mais desejável que fosse aquele momento, me assustei.
— Oh, Michael... C-como... O o qu-a...
— Shiiiu... — disse ele colocando delicadamente uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha — Não precisa dizer nada por enquanto.
— E-eu nem posso. Não sei o que dizer. — não sabia se olhava para o anel, ou se olhava para Michael.
— Esse anel é da minha mãe. Ela me deu e disse que era pra eu dar a quem eu realmente amasse. A quem eu quisesse seguir a vida junto. —
Continuei encarando-o imóvel
— Eu entendo que tenha que voltar, estaremos juntos sempre! Irei ao teu encontro, e pesso que assim, me dê uma resposta. Por favor. Você... Entende...?
Fiz que sim com a cabeça e o abracei suspirando em seu ombro. Uma parte de mim já dizia desesperadamente: “Sim! Sim! Quero viver com você para sempre”. A outra, calmamente dizia, “espere, tudo tem seu tempo”.
Estava com medo de me deixar levar por uma paixão arrebatadora e me arrepender profundamente. Devia esperar, e foi exatamente o que fiz.
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