Corações Invencíveis escrita por alineesoaares


Capítulo 5
Entre verdades e mentiras


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Vim trazer um capitulo fresquinho!
Faz tempo que não apareço né? peço desculpas por isso!

Espero sinceramente que gostem desse capitulo... acho que finalmente essa historia está tomando forma da maneira como eu esperava. Bem, voces decidirão isso!

Boa leitura!



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Uma considerável chuva banhava Nova York naquela manhã e Regina foi desperta pelas gotas que faziam desenhos peculiares na janela, o vento que jogava a água contra o vidro também trazia um ruído que a fez acordar de imediato e apreciar a paisagem que, para ela, era bonita.

Ao calçar as pantufas rumando ao banheiro algo chamou sua atenção perto da porta. Um pedaço de papel dobrado ao meio muito sutilmente enfiado pelo vão. Hesitou diante dele, pensando se não era algo que pertencia a Mary ou Emma, mas algo a fez ir até a folha, sem pensar muito e abri-la 


“and after all
You’re my wonderwall”

 


Sorriu boba diante do recado tendo certeza do que se tratava. Sentiu as bochechas doerem e corarem pelo tamanho do sorriso que se propagou por seu rosto. Guardou o bilhete em um pequeno porta-jóias sobre seu criado mudo e finalmente pode ir fazer sua higiene matinal, rindo a toa e cantarolando baixinho uma canção qualquer. 


Era sábado, não havia nada de muito interessante para se fazer na escola e a julgar pela chuva que parecia não querer cessar tão rápido, seria um dia realmente monótono. 
Debruçado sobre partituras Robin tinha mil ideias para musicas novas, depois de muito ensaiar a chuva não deixava com que a inspiração chegasse mais perto. Dedilhou várias vezes o violão, mas nada saía como ele queria. E o cansaço pelo dia anterior ainda incomodava. Não importava, estava seguindo seu sonho. 


Além disso, a ligação para sua mãe na noite anterior o acalmou em partes mas o deixou ainda mais pensativo. A dor não era somente pela culpa em não ter dado satisfações antes ou em ouvir a voz embargada de Julie ao telefone. Era por que ele sabia que bastava uma atitude, um pequeno gesto e tudo estaria resolvido. Só que isso não cabia a ele e sim a seu pai.

Inquieto resolveu dar uma volta pelos corredores, e foi surpreendido por uma doce voz que parecia vir de  longe mas que estava logo ali, através da porta do auditório da universidade. 

Sob o palco, concentrada ela olhava para frente, a voz alta e clara e as expressões que oscilavam conforme sua fala persuadia. Robin abriu a porta, conseguindo não chamar a atenção de Regina, que seguiu concentrada em seu monologo. 


“Quando eu minto, só minha boca mente. E quando eu vejo que quase todo mundo acredita, tenho vontade de vomitar. Às pessoas estão tão preocupadas em ouvir apenas o que elas querem, que não percebem que olhares são bem mais sinceros que palavras. Só quem ouve com os olhos entende aquele sim dizendo não, ou aquele adeus dizendo "fica". Só quem ouve com os olhos sabe quando um "eu te odeio" significa "eu te amo", e entende que, às vezes, as palavras são apenas disfarces. Mesmo quando o corpo inteiro mente, os olhos falam a verdade.
Eu minto sempre na esperança de que alguém me descubra. Minto com a boca e desminto com os olhos, ao mesmo tempo - esse é meu segredo. Minto apertando as mãos, mordendo o lábio, franzindo a testa, mas nunca desvio o olhar. Eu minto e deixo pistas pra que encontrem, nas entrelinhas das minhas mentiras, as minhas maiores verdades.”


Ela parecia inerte em suas próprias palavras, mergulhada naqueles fatos. Parecia não ver mais nada.  Robin sentou-se na ultima fileira, acima de todas, onde tinha uma visão privilegiada de tudo. 

Estava encantado, sabia que sentia algo especial por ela. Não conseguia mais esconder isso de si mesmo. E talvez nem dela. 


— Vai ficar aí parado ou vai aplaudir? Foi tão ruim assim? – para sua surpresa ela já o tinha visto e ele riu com a frase. Desceu batendo palmas e foi a seu encontro assim que ela desceu do palco.
— Foi incrível! Foi você quem escreveu? – questionou percebendo como suas bochechas coravam a medida que ele a elogiava.
— Sim! Mas já tem muito tempo que escrevi isso... na verdade é bobagem, eu estava só treinando!
— Você é muito boa! Mas esse texto... – ele parecia curioso quanto a seu conteúdo. – Tem algo pessoal nele?
— Só uma analise critica de como as pessoas gostam de mentir... na verdade era pra ser um desabafo. Eu já te disse, escrevi faz bastante tempo. – ela respondeu. 
Os dois se entreolharam, pareciam conversar com os olhos. Regina levou a mão esquerda ao bolso da calça e tirando dele o bilhete que ele deixara em seu quarto.
— Foi você, não foi? – ela questionou percebendo ele sorrir, e ao estender as mãos ele também percebeu que ela estava tremula. 
— O que você acha? – ela estreitou os olhos e fez menção de guardar o bilhete outra vez.  Ele tocou seu braço gentilmente.
— O que isso quer dizer? – ela indagou sem fôlego, quando ele sentiu sua deixa para se aproximar.
— Olhe nos meus olhos, você vai descobrir. 



Frente a frente, olhos nos olhos e as bocas a centímetros uma da outra. Os corações pulando como se quisessem sair para fora e dançarem sozinhos. Delicadamente quase em câmera lenta ele levou seus lábios aos dela e ali estava feito. Todo o sentimento reprimido ganhou vida, e os corpos se aproximaram sem deixar espaço para que alguma duvida pudesse surgir. O caos de sentimentos se chocavam e nenhum dos dois conseguiu pensar em mais nada a não ser no calor daquele beijo e em tudo o que ele significava.
— Robin... – findado o beijo, ela pousou sua testa levemente na dele. 
— Por favor não diga nada – ele sussurrou – Sei que sente o mesmo que estou sentindo agora, Regina... se não fosse assim você não teria feito tudo o que fez por mim.
— Eu não fiz nada... – ela devolveu sussurrando.
Ele levou seus lábios a sua testa.
— Você existe! Não precisa fazer mais nada alem disso.
— Não pode estar falando sério! – Regina sorriu ainda de olhos fechados. 
— Qual é o seu medo? 
— Como você sabe que tenho medo? – ela o encarou.
— Você fala com os olhos. – ele respondeu se lembrando de seu monologo.
— E você soube interpretar tão bem assim em tão pouco tempo? – ela voltou a indagar ainda tremula, os braços envoltos a seu pescoço. 
— Como se você também não soubesse interpretar todos os meus sinais – ele devolveu na  mesma moeda – Soube que eu precisava falar com minha mãe ontem, soube que eu estava triste.
— Você é fácil de desvendar – ela proferiu, o olhar malicioso.
— Ah é? – ele a puxou mais para perto – Então me deixe ficar.
— Eu não mandei você ir. 


E outro beijo se seguiu, e mais outro, e outros tantos. Até que a fome falou mais alto e os dois foram almoçar mas sem contar a ninguém o que havia acontecido. 

Aquele sentimento era desconhecido e precioso demais para se atirar aos quatro ventos assim tão cedo. 



Julie era outra mulher após a ligação do filho. Ela e Robert não se viram pela manha, e ela verificou se o jornal daquela semana estava em casa. Mas estranhamente ele não estava na sala como o homem costumava deixar, geralmente as paginas bagunçadas mas naquela semana não havia vestígio de jornal naquela casa.


Intrigada com o que Robin havia dito ela saiu de casa obstinada em encontrar a tal foto que o garoto havia mencionado. Por sorte conseguiu um exemplar e saiu por ali mesmo, o meio da rua folheando as paginas.
Suspirou de alegria ao ver o filho juntos dos colegas de classe mas seu espanto foi grande ao saber onde ele estava. Nada maior do que sua felicidade. Sabia que Robin deveria estar extremamente contente. 
Porém outra questão a preocupava. A universidade era particular e bastante cara até onde constava. Tudo girava em sua mente, com que recursos o filho estaria se sustentando? Será que o marido sabia de tudo aquilo? Estaria pagando para ele? 
Ela acreditava ser impossível e por isso resolveu investigar.
Ao servir o jantar, Robert a percebeu mais disposta e não pôde evitar perguntar
— O que houve com você? Parece tão feliz... – constatou sob o olhar atento da mulher que nada entregou com sua expressão.
— Estou me sentindo bem hoje, é só isso.
— Alguma noticia de Robin? – tentou outra vez.
— Ele ligou – proferiu sincera – Mas apenas me disse que esta bem, não me disse onde está... – ela sorriu por fim deixando o homem com um ar indecifrável.
— Típico dele, não? – ele desviou o olhar – Mas que bom que esteja bem! – ele voltou-se para a esposa colocando sua mão sobre a dela – Que bom que você está bem também!


O que antes era uma suspeita passou a ser uma certeza. Ele escondia algo e Julie apesar de temerosa estava disposta a saber o que era.



Assim que a noite foi chegando, todos se reuniram no saguão. Sem nada para fazer alguns cantavam, outro jogavam cartas, outros simplesmente conversavam. 
— Pessoal eu proponho irmos jantar no restaurante da minha avó! – murmurou Ruby enquanto todos propunham algum tipo de atividade – É longe mas se formos a pé pode ser bem divertido.
— Um bando de estudantes famintos na rua, legal – proferiu David.
— Eu topo, podemos fazer um tour pela cidade – completou Mary.
— Onde anda Regina? – questionou Emma e Robin se apressou em responder 
— Foi ate o armário dela, disse que esqueceu uma coisa por lá. – proferiu fazendo com que a morena sorrisse para ele, brincalhona. 


Enquanto todos se aprontavam para ir ao local combinado, Regina corria de encontro a seu armário, pois havia esquecido um casaco e sua pulseira. Assim que chegou girou a chave e abriu cantarolando. Não havia ninguém nos corredores e quase do nada ela foi surpreendida por uma voz e duas mãos que agarraram sua cintura. 

— Olá, boneca – sussurrou o rapaz e Regina se virou num salto dando de cara com Daniel.
Seu coração pulou bem mais que ela e as mãos geladas do garoto seguiam pousadas sobre sua cintura. Ela as retirou.
— Sai pra lá – reclamou incomodada mas o garoto bem mais forte a prensou contra os armários. 
— Eu estava esperando uma oportunidade dessas, gatinha... – ele inspirou lentamente e Regina outra vez tentou fugir. Nada conseguiu porém e ele seguiu passando a mão por seu corpo, enquanto ela se remexia em desespero. Arfou de nervosismo ao sentir os dedos dele lentamente encontrarem seu seio e abocanhou seu pescoço para se livrar.
Quando conseguiu escapar ela correu mas ele foi mais rápido e a agarrou por trás. Imobilizada Regina gritava por socorro. 


Senhor Henry ia cruzando pelo corredor da frente, dando instruções a dois guardas que ficariam no portão naquela noite. Assim que ouviu a movimentação e os gritos agoniados da garota ordenou que os dois seguranças fossem a seu encontro e fez o mesmo. No mesmo momento, Robin vinha de encontro a Daniel, enfurecido agarrou o outro pelo cabelo e o derrubou no chão. Ajoelhou-se sobre ele e desferiu dois socos até que os guardas os separaram.

Banhada em lagrimas e com a blusa rasgada Regina tremia, encostada a parede encolhida. Senhor Henry aproximou-se da garota e quase parou o que estava fazendo quando viu a pulseira em suas mãos. 

Poderiam passar cem anos e ele ainda reconheceria aquela pequena rosa de ouro. E ao encontrar os olhos castanhos apavorados ele tinha a certeza que conhecia aquele olhar de algum lugar, na verdade ele sabia a quem pertencia aquele olhar.


Não teve tempo porem de pensar em mais nada, e ajudou Regina a levantar-se. Num impulso a abraçou sem saber o que dizer. 
— Está tudo bem querida, me deixe ver,  você esta machucada? – Regina apenas moveu a cabeça num gesto negativo. Ainda sem reagir, Henry tirou o casaco das mãos dela e o pôs sobre seus ombros, ajudando a tapar o rasgo da blusa que deixava a mostra seu sutiã. 
— Obrigada – murmurou sem jeito enquanto Henry seguia hipnotizado por aqueles olhos.


Não pode ser, não pode ser.



Robin estava revoltado  e estendeu os braços a Regina a envolvendo. Ela ainda chorava baixinho, e se permitiu agarrar a cintura dele em resposta. 
— Você sabe o nome desse rapaz, Lancaster? – questionou Henry preocupado. 
— Daniel, o sobrenome eu não sei professor – argumentou Robin levando a mão esquerda a cabeça de Regina. – Esse filho da... 
— Você sabe que curso ele faz? Terei que conversar com esse garoto! – murmurou indignado – Querida? – voltou- se para Regina que abriu os olhos e o encarou ainda assustada – Você esta bem? Podemos te levar ao hospital, sente alguma dor?.
— Não senhor, muito obrigada! Se vocês não tivessem chegado não sei o que teria acontecido! – ela respondeu rápido, sentindo o ar escapar de seus pulmões sem aviso, sentindo-se fraca. 
— Fique tranquila, darei um jeito nisso, está bem? – confirmou o diretor. 
— Diretor, nosso grupo também quer permissão pra sair pra jantar, mas acho que irão só eles, ficarei aqui com Regina. 
Henry assentiu.
— Poderão ir mas sabem o horário da volta não é mesmo? – Robin confirmou – Qualquer coisa, qualquer coisa mesmo me chamem, estarei no meu quarto. 


Henry saiu ainda atordoado, mas Daniel não era sua única preocupação. A imagem da rosa de ouro não saía de sua cabeça. 


— Suspensão? Mas Diretor eu não fiz nada, era uma brincadeira! – esbravejava o jovem Daniel, esmurrando a mesa da sala do diretor. Muito pacientemente Henry o fitava com certo rancor.
— Eu não vejo nada engraçado em acuar uma mulher num corredor vazio durante a noite, Colter! Estes três dias serão bons pra você repensar esse ato e se, isso chegar acontecer outra vez não serei benevolente. Você será expulso da instituição.


Dito isso Daniel retirou-se e Henry pôde finalmente ficar sozinho.


Queria entender o por que estava sentindo aquele turbilhão de emoções. Queria saber o por que viu os olhos de Cora na figura do olhar daquela menina. Tinha certeza que se pareciam tanto... 
Na gaveta a sua direita, num papel já amarelado pelo tempo ele guardava a ultima coisa que tinha de sua amada, seu ultimo rastro, suas ultimas palavras.


Querido Henry​


Sinto muito estar te escrevendo e me despedindo desta maneira, mas você sabe que eu não teria coragem de faze-lo pessoalmente. Estou indo embora, não me pergunte para onde e nem como, por favor não me procure. Nosso amor, esse amor que ainda sinto tão pulsante aqui dentro, é impossível. Não posso mais te prejudicar como estou fazendo. 
                    Adeus, com amor
                            Cora


Não houve um dia naqueles dezessete anos desde que recebera aquela carta que não se lembrasse de todas as juras de amor que fizeram, de todos os momentos que enfrentaram e desfrutaram juntos.

Aquela pulseira tinha que ser uma cópia, tinha que ser uma coincidência. Era, era uma coincidência. Henry convenceu-se disso. Sua consciência implorava que o fizesse, por amor a si próprio. Já faziam tantos anos, não fazia mais sentido seguir alimentando um sentimento que em tão poucos segundos e com algumas poucas palavras se dissiparam como cinzas no vento. 



— Robin... – Regina murmurou ainda encostada em seu ombro pouco antes de chegar ao saguão – Você pode ir jantar com os outros, não quero que deixe de se divertir por mim, vou ficar bem. 
Os claros olhos encontraram os seus num misto de preocupação e ternura. 
— Não vou conseguir sair e deixar você aqui desse jeito. Ah se eu pego aquele Colter! Quero deixar ele roxo! – esbravejou desviando seu olhar do dela por alguns instantes e voltando a focar-se em sua expressão de angustia – Não me importo de ficar com você, de cuidar de você... 
— Está fazendo demais por mim... – ela sussurrou. – Não somos nada um do outro.
— Eu não preciso de um motivo como esse para querer ver você bem...  – ele afirmou solene.
— Regina! O que houve com sua blusa? Com você? – questionou Ruby exasperada notando a vermelhidão no pescoço da irmã. Regina nada disse a principio e só depois de se acalmar conseguiu relatar a ela e aos amigos o que havia acontecido. 



— Não há o que discutir então Regina, ficaremos todos aqui com você! – bradou David levando a mão ao ombro de Robin que assentiu contente com seu gesto. Todos os outros fizeram o mesmo. Voltaram ao saguão.
Envergonhada, Regina limitou-se a colocar seu casaco como se devia e sentar-se no sofá tendo a irmã de um lado e Mary do outro. Robin percebeu que aquele não era o momento de insistir. 


Ele queria conquista-la por merecimento e isso só aconteceria com o tempo.  

É difícil definir quando o amor chega na vida. Para uns basta uma faísca, um gesto, um detalhe. Para outros pode levar alguns dias, algumas semanas. Não se sabe qual tipo de amor dura mais: se é o que chegou de repente ou aquele que levou mais tempo para ser construído. O fato é que Regina agora tinha outro tipo de olhar pousado em Robin e no mais profundo de sua alma ela notou que ele era diferente. Que de todos os garotos que conhecia ele parecia possuir uma luz, uma espécie de áurea. E talvez essa sensação se devia ao fato de como se sentia segura a seu lado.

Nenhum dos dois sabia o que era estar apaixonado até topar com esse sentimento, com a mistura de sensações que um só toque provocava, com o medo do outro estar machucado ou triste, com a possibilidade de magoar um ao outro sem querer. 

Aquela noite terminou com os amigos numa roda de música e diversão, trocando experiências e confessando coisas, embora pela curta vida muitas histórias puderam ser aproveitadas.

Corações invencíveis que marchavam em busca da felicidade que as pessoas costumam idealizar mas que ninguém sabe realmente como é alcançada, somente que existe e que está em algum lugar​.


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Notas finais do capítulo

Monólogo de Regina http://manteroumudar.blogspot.com.br/2009/11/mentiras-sinceras.html



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