Depois que teve o negócio sobre o grupo, eu me lembro que você ficou com raiva e tomou decisões insensatas. Até hoje alguma delas eu não sei quais foram, mas não importa.

Uma delas foi que você “brigou” com ele. Por que eu digo que essa atitude foi insensata? Sendo que você fez isso em pró a minha pessoa.

Ah é bem simples, por causa do jeito que você agiu depois. Você se lembra? Você veio no privado no WhatsApp me falar sobre isso. Ah como eu queria ter ficado com raiva de você, mas não fiquei. O porquê? Bem eu não sou você para tomar decisões insensatas.

Você nem deve lembrar como ele foi infantil, lembra?

Ele não participou de uma call só porque eu tinha entrado no grupo (claro que depois de muita discussão no WhatsApp) e depois ele vinha dizendo que eu atrapalharia o grupo, mas ele que vacilou com o grupo.

Você lembra que depois de toda a briga em que ele me chamou de inútil e que ele fazia José de escravo, Anna decidiu criar um grupo sem ele no WhatsApp, depois todo mundo saiu daquele grupo e também do grupo que era sobre o intercâmbio, se lembra? Provavelmente você lembra, se não deixa eu refrescar sua memória.

Quando todo mundo saiu do grupo, você de novo veio conversar sobre isso no privado.

Você me falou um monte de coisas sobre o grupo, dizendo que estava triste e tudo aquilo, e eu não entendia e não entendo. Eu disse isso para você, você me perguntou se aquele grupo significou algo, eu disse que não, porque era verdade, pra mim aquilo só era a droga de um grupo no WhatsApp e para mim o que conta não era as coisas “materiais” e aquilo não era nada.

Você me disse que era, como foi mesmo? Ah lembrei. Meio insensível.

Não, aquilo não me magoou até que me fez ficar feliz, sabia? Eu gostei de parecer insensível, porque se eu parecesse assim. Ninguém poderia usar as minhas emoções contra mim.

Mas depois disso tudo ficou na “paz”, nós ignoramos ele, quer dizer eu e Anna ignoramos.

Você e José não demoraram muito para logo voltar a falar com ele.

Eu me lembro daquele recreio, você decidiu falar com ele, você foi a primeira, depois José foi junto.

Eu me lembro que eu te disse que isso acabaria virando a droga de ciclo vicioso, mas o que eu ainda não sabia era que vocês já estavam num.

Mesmo depois da “reconciliação” de vocês, não voltei a ser amiga dele.

Você tinha dito que eu não era obrigada gostar dele nem nada do tipo. Você me perguntou se eu voltaria a falar com ele, eu disse voltar a falar com ele eu até posso, mas ser amiga dele nunca mais.

Eu me lembro que quando fomos para casa da Anna, eu disse “eu sou rancorosa, se você faz algo comigo, não importa o tempo que passe, eu vou lembrar.”

Eu disse em alto e bom som, eu acho que você ignorou isso né? Pra você “tudo” pode ser perdoado.

Para mim é totalmente o oposto.

Então tivemos outra segunda onde eu tive que faltar, o motivo eu não lembro. Mas eu me lembro do que aconteceu quando deu 19:00 e pouco no relógio.

Você me chamou no privado e disse que estava chorando, que não conseguia acreditar que ele tinha feito aquilo.

Você me contou bem superficialmente, José e Anna me explicaram o resto. Sabe eu não fiquei nem um pouco surpresa.

Sabe por quê? Porque ele não era confiável.

Eu tinha te avisado, você que decidiu não me ouvir.

Pelo menos eu senti o gostinho bom que foi dizer para você “Eu te avisei”.

Não vou mentir, eu realmente gostei de dizer aquilo.

Ele tinha pegado os anos de amizade de vocês no chão e pisou nela.

Para ele ganhar a competição boba de robótica era mais importante.

Você se magoou bastante, mas mesmo assim, mesmo dizendo que agora era demais.

Você voltou.  

E de novo você me perguntou sobre ele e eu disse a mesma coisa.

Isso logo, logo ia estragar tudo. Eu sabia disso.

Sabe eu realmente nunca liguei para fato de vocês voltarem a ser amigos, mas para você parecia que isso não era possível.

Se você conversava com ele, você dizia que eu ia ficar puta contigo.

Mas caramba eu digo e repito, EU NUNCA LIGUEI PARA A SUA AMIZADE COM ELE.

Acho que você dizia por consciência pesada. Só acho, se não for a verdade tanto faz, não te perguntei.

Aí você tirou nota baixa e contou quase para sala inteira.

O que ele fez? Ele te chamou de burra e teve todo aquele lenga-lenga.

Mesmo assim você fez como antes, ficou com raiva, falou coisas, “começou” a dá uma ignorada nele e depois voltou a falar com ele.

Eu disse para você, eu te avisei.

Você não me ouviu.