Piratas do Caribe - O Retorno para o Mar escrita por Capitã Nana


Capítulo 12
Nassau


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeee

Ultimo capitulo do ano.

Boa Leitura!



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Quando a lua se situou ao alto do céu estrelado, depois de uma longa viagem um ponto de luz surgiu no horizonte, Nassau.  Localizada na ilha de Nova Providência, um porto pirata como Tortuga, no entanto, sua localização não era segredo onde apenas piratas sabiam o caminho. Nassau assim como Del Noble, era uma cidade de domínio da Inglaterra, mas fora tomada pelos piratas, tornando-se uma grande base para os infringidos da lei.

  O aviso de “terra a vista”  dava aos marujos uma sensação de alívio, pois agora encontrariam de vez sua liberdade, já que o acordo feito com Jack fora apenas seguir seu comando até que a fuga do Jolly Rogers fosse concluída. O que de fato seria um problema para Moira e o capitão, pois novamente teriam que recrutar homens a sua tripulação que contava apenas com Gibbs e Graham.

   — Já mencionei o quanto a sua idéia é incabível? Se apontarmos em Nassau não teremos mais tripulação e sem tripulação torna-se inútil um navio que não se pode navegar sozinho. — Sparrow seguia os passos da jovem tentando convencê-la pela milésima vez aquela noite a desistir de Nassau.

  —  Não tenho culpa se não soube ser astuto o suficiente na barganha, e ao invés de termos uma tripulação temporária teria negociado a permanência deles. — Moira subiu a popa do Úrsula e chamou a atenção dos homens. Fitou Sparrow com um sorriso confiante. — Hora de aprender como se faz senhor capitão — Sussurrou.

   — Escutem todos! — Brodbeck iniciou — Sei que estamos próximos a concluir a jornada ao qual tanto almejam. A liberdade. E quem não a ama? Mas senhores, durante nossa viagem algum de vocês sentiram-se presos? Incumbidos a uma vida de servidão sem valor algum? — Os marujos se entreolharam refletindo sobre o que ouviam e logo suas cabeças negavam em resposta às perguntas — Pois bem, o Úrsula é um navio de liberdade e também de proteção, por isso peço humildemente que se juntem a nós onde o nosso trabalho em conjunto garantirá nossas vidas pelos sete mares onde nós tornaremos a tripulação mais poderosa que todos já viram!

   Os homens começaram a gritar eufóricos com a ideia de serem conhecidos pelos sete mares e com isso Moira concluiu que havia feito um bom negócio. Novamente fitou Jack com um sorriso vitorioso, mas o pirata ainda aguardava pelo grande momento que chegou em seguida.

    — Espera, só isso?! — Exclamou um dos piratas.

    — Perdão?! — Ela estava confusa. Tinha plena certeza que seu discurso havia sido  o suficiente.

    — E o que ganhamos com tudo isso?! — Mais outro marujo se manifestou e assim o burburinho criou força.

    — Terá que ser mais convincente querida, são piratas. — Sparrow disse a garota. Mal podia conter seu sorriso de satisfação.

     Os olhos de Moira oscilaram ficando mais brilhantes, indicando o quanto estava irritada. No fim piratas não davam a menor importância a qualquer coisa que não fosse ouro, prata e rum.

   — Ouro! — Todos voltaram a fitar a garota — Jóias, moedas de prata… riquezas inimagináveis é isso que os aguardam caso considerem minha proposta. Afinal é disto que se trata essa aventura! E então o que me dizem?!

   Alguns instantes de silêncio e logo os gritos de alegria tomava conta do convés selando assim o acordo entre eles.

   — Estou curioso, onde pretende encontrar tal tesouro? — O capitão perguntou em tom audível apenas para a outra.

   — Eu consegui a tripulação, creio que como fará para mantê-la não seja a minha parte na barganha — Ela passou por ele e em seguida o fitou — Você é pirata, sei que logo encontrará uma maneira de lucrar no porto.

  Ao encerrar o diálogo todos se preparavam para aportar.

 — — —

     Pouco tempo depois o Úrsula atracou em uma região ao oeste da ilha, onde não seriam detectados com precisão e poderiam entrar a cidade discretamente. Augustus espreguiçou-se animadamente assim que pôs os pés em terra firme, juntamente com Jack, Gibbs, Moira, Graham e mais uma dúzia de piratas.

— Estive pensando, não seria melhor se um de nós “capitães” ficasse junto aos homens para assegurar que o Úrsula continue aqui, em perfeita condições e conosco? E isso também me faz lembrar que o assunto que nos trouxe aqui é de seu interesse, então podemos concluir que de nós dois, eu seria a melhor opção para aguardar. — Sparrow argumentava na esperança de vitória, no entanto o olhar de Moira sobre ele já o desanimava. Definitivamente seu dom de persuasão já não funcionava com Moira como antes.

  — Ora Jack, do que tem tanto medo? Não é possível que tenha problemas com cada pirata nesta ilha — A garota rebateu.

  — Um pouco mais que isso — Ele  sorriu frustrado.

  Ela suspirou em falso cansaço desistindo de argumentar qualquer coisa com o capitão, então iniciou junto aos homens sua caminhada pela praia rumo a cidade. Jack observava eles se distanciarem e uma inquietação lhe percorreu. Tinha plena consciência que Brodbeck era infinitamente mais forte que ele pois tinha seus poderes e os usaria caso não houvesse opção, mas sua mente insistia em se preocupar com ela. O motivo estava claro, mas Sparrow continuava a negar para si.

   — Ah, não há nada melhor do que estar de volta ao lar! — Augustus comentou.

   — O que exatamente quer com o ex capitão do Jolly Rogers? — Jack questionou, surpreendendo a garota e os demais. Porém ela não perguntou o porquê da mudança de idéia, apenas sorriu para ele.

   — Tenho uma pergunta a fazer.

   — Nós piratas não somos muito exigentes ao nos desfazemos de algo que não nos seja mais útil. Então perguntar ao Calico porque ele te enviou para a morte certa  ao lhe vender o Úrsula não fará sentido algum — Indagou o pirata de dreads.

    — Não é pelo Úrsula. — Ela respondeu fria, sem ao menos fitar o outro que parou de caminhar por alguns instantes.

     — Era isso que eu temia — Jack disse para si mesmo acompanhado de uma expressão amarga e logo correu desajeitado para junto de seus companheiros.
 

— — —

 O  som de música e risadas união-se quanto mais perto a tripulação se aproximava de seu destino. Onde haviam piratas alegria não poderia faltar. Com mais algum tempo de caminhada, eles chegaram a cidade, e Moira até se surpreendeu pelo lugar ser mais “civilizado” do que a ilha de Tortuga. Não que não houvessem piratas bêbados nas ruas, meretrizes e sujeira. Mas tudo era diferente. Observando o local, a garota imaginou se Del Noble estaria assim se a Inglaterra não houvesse ganhado a disputa pelo território no passado.

    — Se Jack está aqui, com certeza ele está no Madame Lourette — O sorriso de Henderson não escondia seu prazer de estar de volta. Ele apontou para o local que estava bem movimentado e barulhento.

— Por que? — Moira questionou.

—  Há é simples, essa  é com certeza a melhor taberna de toda Nassau — O pirata sorria orgulhoso.

 Algumas moças saiam do local com seus vestidos ousados, onde os seios ficavam à um passo para saltar dos espartilhos. Imediatamente a jovem entendeu o motivo de toda euforia do homem.

  Nesse meio tempo, de olhos semicerrados, Sparrow observava alguns piratas um tanto distantes de onde estavam.

   — Neste caso o que estamos esperando? — Jack apressou-se.

    Sem mais delongas adentraram a taberna e se depararam com um verdadeiro pandemônio. Moira era a única que parecia perplexa com o que via, as meretrizes disciplinando alguns homens a base de socos, chutes, garrafas e cadeiras, entre outras coisas. Uma delas em especial, jogou um pirata pela janela como se não houvesse esforço algum.

   — Pelos Deuses. Isso é...isso é um absurdo! — exclamou.

   — É o poder feminino — Jack disse com um sorriso.

  — Aqui ninguém sai sem pagar — Augustus completou.

  Naquele instante a mulher bem vestida e de cabelos claros fitou a entrada e logo reconheceu três dos do grupo ali presente. Caminhou até eles em passos lentos.

  — Jack Sparrow…

   — Lourette —  O pirata sorriu abrindo os braços como se fosse cumprimenta-la com um abraço, mas a recepção foi frustrada quando a mulher deu-lhe um tapa no rosto, que automaticamente causou o espanto em Graham e Brodbeck.

  — Não sabia que ainda estava chateada por aquela noite — O pirata de dreads expressou, enquanto massageava o lado do rosto acertado.

   — Se fizer aquilo novamente eu juro por todos os cães do inferno que mato você! — Lourette exclamava com o dedo indicador apontado para Sparrow.

   A curiosidade dos  companheiros logo surgiu, o que o capitão houvera feito a ela?

— Madame por favor viemos em paz — Augustus chamou a atenção da elegante mulher.

—  Henderson? Achamos que estivesse morto.

  — Não, ainda não. E devo isso ao capitão Sparrow e a capitã Connor — O homem sorriu satisfeito.

 — Madame, estamos a procura de John Rackham, pode nos dizer se ele se encontra aqui? — Moira educadamente desviou a atenção dos demais.

    Lourette olhou para a garota de cima a baixo, analisando minimamente cada detalhe daquela bela jovem a lhe falar.

  — Claro. Calico seria um homem morto caso ousasse a ir em outra taberna — Sorriu de maneira sombria — Ele está logo ali, me acompanhem.

   — Esperem aqui. Divirtam-se mas nem tanto, quando bravas são piores que sereias — Jack disse aos seus subordinados.

 A proprietária do local os guiou a outra parte do grande salão, o que não estava muito diferente da primeira, no entanto havia uma escada que dava acesso a uma  área mais reservada. E em uma mesa rodeados de piratas, lá estava o capitão.

 Augustus Henderson animadamente seguiu até Rackham antes dos outros.

 — Capitão, Bonny!

Calico levou sua atenção ao homem, ficando surpreso com o subordinado a sua frente.

 — Augustus?! — Jack e Anne exclamaram.

 — Você está vivo…como é possível? — Rackham se levantou ia em direção ao pirata quando notou que mais um conhecido se aproximava.

 — Jack! — Sparrow disse sorrindo

  — Jack. — A resposta de Calico não parecia ter o mesmo fervor.

    — Anne! Está cada dia mais graciosa — O capitão sorriu para a bela pirata de longos cabelos ruivos, mesmo sabendo que ela iria o ignorar friamente.

  — Confesso que de vários rostos conhecidos pelos mares, o seu sem dúvida é o menos provável em Nassau — Rackham comentou ainda fitando Sparrow.

— E suponho que também não esperava me ver novamente não é mesmo capitão? — Moira se aproximou, surpreendendo ao bando de Calico e ao mesmo.

— S-senhorita… — O homem tentava puxar pela memória sobrenome dela.

— Brodbeck — Ela adiantou por fim. Rackham não se lembrava do nome, mas tinha plena certeza que não fora aquele que ouviu em Tortuga.

 Assim que a tripulação do Amanhecer Colonial ouviu o sobrenome mencionado apontaram suas pistolas para Moira. E no mesmo instante Gibbs colocou a sua na mira de Augustus que estava atônito com aquele momento. Graham fitou Anne e apontou sua arma para ela.

 —  Mudou rápido de nome. Só me resta saber se isso foi antes ou depois de Tortuga. — Rackham colocou a mão no cabo de sua pistola, indicando que estaria pronto para um confronto.

  — Baixe a guarda capitão Rackham dou-lhe minha palavra que não venho em nome de James Brodbeck. Apesar de partilharmos o mesmo sobrenome nós não temos os mesmos ideais,não mais...

   — Jack… — Anne Bonny o chamou como se pedisse para o companheiro não ceder ao pedido da desconhecida.

     A tensão se instalou com mais intensidade ao ambiente, todos a espera da decisão de Calico. Afinal, ela havia mentido para ele, e agora estava em companhia do pirata mais trapaceiro que já cruzou os mares. Confiar talvez fosse um risco desnecessário.


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Notas finais do capítulo

É isso aii!

Feliz Ano Novo!

Bjkas!



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