Save My Heart. escrita por RaySmoak, Natty Lightwood


Capítulo 7
06- War Of Hearts


Notas iniciais do capítulo

Olá girls!! Sou eu Ray!! Desculpe-me por não ter postado ontem meninas. Mas está aí mais um capitulo bonitinho para vcs. Espero que aproveitem. Esperando os comentários e opiniões de vcs, pois são bem vindos! Bjuss Girls..



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Algo em seus olhos diz que você está caindo,
Você é uma parte de mim, você está sob minha pele,
Cada parte de mim se sentiu tão incompleta até que você entrou na minha vida, Você e eu estamos entrelaçados,
Eu sei que eu fui feito para você.

[Entwined- Tim Myers]

 

Felicity Smoak 

 Dias se passaram desde o último acontecimento entre Oliver e eu. Onde estávamos com a cabeça? Se não fosse pelo meu raciocínio logico teria acontecido o inesperável e com certeza, iriamos nos arrepender depois, disso eu não tinha dúvidas, eu tenho minha dignidade... mesmo que meus sentimentos estejam por todos os lados agora. Oliver não tem tocado no assunto desde então, voltando para sua postura fechada, sem querer demonstrar sentimentos em relação ao que aconteceu. Na verdade, ele vem evitando-me de uma maneira tão idiota que eu não sei o que pensar ao seu respeito. Eu queria questiona-lo, perguntar o porquê dessas suas atitudes tão repentinas. Eu até sei...

Você queria o quê? Que o Oliver lutasse por você depois de ter dito que não dava certo Felicity, que era perigoso? Principalmente depois de ter dito que não confiava nele.  Então não reclama caramba!

Até os meus próprios pensamentos são contra mim. Eu mereço! Suspiro exasperada tentando de algum modo desacelerar meus pensamentos conflituosos.

O problema não é que eu não confie em Oliver. Eu não confio no estrago maior que posso trazer para sua vida. Ele já tem problemas demais. Não posso enchê-lo com os meus, mas será que realmente eu posso confiar em um homem novamente? Minha consciência tem razão. Não posso exigir algo do Oliver, exigir que ele fale comigo, se eu disse que não dávamos certo. O bom seria fingir que isso nunca aconteceu. Mas como esquecer? Como posso esquecer de algo que ele me disse tão claramente? ‘“Eu me importo”. Oliver realmente se importa? Ou só esta querendo descobrir os meus medos? Quando será que vou confiar em alguém novamente além do Tommy? É tão complicado quanto pensei.  Nunca imaginei que vir para Star City mudaria tanto a minha vida. Fazer o quê? Reviravoltas inesperadas, amores impossíveis... Acho que foi o que a vida preparou para mim. Mas pensando bem, é melhor deixar como está.

— Felicity? – Ouço Ana chamar-me, pelo seu tom não é a primeira vez que diz meu nome. – Está tudo bem? – Perguntou tocando em minha mão. – Parece-me tão distante. – Disse preocupada, suas afeiçoes enrugadas me fitaram criticamente, ela queria cavar mais.

Estávamos na cozinha, Ana fazia algumas coisas para almoçarmos e ela falava sobre alguns assuntos aleatórios enquanto eu me perdia em pensamentos, até ela perceber que eu não estava prestando atenção em uma de suas receitas mais famosas.

— Eu estou bem Ana – Falei para tranquiliza-la. – Não há nada com que se preocupar. – Disse forçando um sorriso amável.

— Por que tantas mentiras Felicity? – Ela atirou-me de volta com sorriso doce. – Não precisa guardar tudo isso aqui... – Apontou para o lugar onde fica meu coração. – E nem aqui. – levou o indicador para minha cabeça. – Converse comigo Felicity. – Pediu com carinho. – Não confia em mim?

— Não é que eu não confie Ana... - Respondi levantando-me do balcão e ficando de pé, cruzando os braços. – Eu só não quero tocar no assunto. Lembrar-me de algo que quero esquecer todos os dias é difícil para mim, e relembrar dói... E só pensar em falar... – Nem concluo. Sinto uma bola se formar na minha garganta, se eu continuar irei me destruir.

— Talvez se você tentasse querida eu tenho certeza que conseguiria Felicity. Eu não estou aqui para te julgar. Jamais! Eu não sei o que você passou, mas estou aqui para você. – Disse Ana com um sorriso cordial. Ela é uma boa mulher, posso ver isso em seus olhos, tenho vontade de me abrir, mas seria como expor meus sentimentos em destaque, eu não quero sentir a pena de ninguém. Tommy já me confortou e apenas ele me passa segurança... até agora.

— Obrigada Ana! – Agradeço dando-lhe um abraço que a mesma retribui.

— Espero que um dia você confie em alguém além do seu irmão Felicity. – Disse carinhosamente. – Vi que ele é bastante parecido com você. – Afirmou sorrindo. – Só é você e ele? – Perguntou curiosa.

— Você prestou mesmo atenção nele, não é Ana? – Perguntei achando graça. Ela deu de ombros corando um pouco. – Sim, sou só eu e ele... – Respondo sua pergunta. – Ele é minha única família. E já vejo que o conheceu bastante enquanto subi até o quarto para ver como Bea estava. Eu tenho certeza que passou bastante tempo conversando com ele para esta dizendo isso. – Falei pegando uma maçã e a mordendo logo em seguida.

Tommy hoje quis da um de irmão protetor alfa me deixando na casa do Queen essa manhã. Por sorte Oliver não estava em casa. Ele disse que queria conhecer meu trabalho e meu chefe e por fim acabou conhecendo Ana, que por sinal se deu muito bem com ela. Eu não entendo essa cisma do Tommy em querer conhecer o Oliver, já que ele trabalha para o mesmo. Ele é tão burro assim? Faço uma careta.

— Ele é sua única família Felicity, tem razão. Mas você precisa se desprender um pouco dele, não é sempre que você terá o Thomas para lhe aconselhar. Precisa deixar de ser tão insegura e passar a confiar em mais alguém além dele. - Aconselhou-me. Agradeci com um balançar de cabeça.

— Obrigada mais uma vez Ana. – Agradeço saindo da cozinha e indo até o quarto de Bea.

Entro em seu quarto e vejo que ela está acabando de acordar. Encosto-me a cama com cuidado para não assusta-la e quando ela me vê se anima toda.

— Licy! – Ela grita meu apelido e se joga em meus braços. Caímos na cama em meio há gargalhadas.

— Que bom que caímos na cama Bea e não no chão – Digo assustada, porém, rindo de tudo isso. 

Escuto meu celular tocando, fazendo com que eu deixe Bea a contra gosto e vá atendê-lo. Mas primeiro eu tenho que encontrá-lo. Onde diabos eu soquei esse telefone? Procuro em meio os lençóis bagunçando todos.

— Onde diabos está isso? – Pergunto com estrondo revirando o quarto praticamente ao avesso.

— Licy... - Bea cantarolou meu apelido chamando minha atenção. – Aqui oh... – Mostrou sinalizando com ele em suas mãos pequenas. Por um longo momento eu me senti incrédula.

— Obrigada meu amor... – Agradeci pulando na cama e pegando o celular de suas mãos. – A Licy não está em um bom dia hoje. Desculpe o palavreado informal, não repetia jamais o que eu disse, especialmente na frente do seu papai. – Sussurro para ela que senta na cama comigo. Ela balança a cabeça com sorriso fofo nos lábios, como não ama-la?

Pego o celular e vejo que tem mais de cinco ligações da Thea. Nossa! Ela vai me matar por não ter atendido antes. Mas o que ela quer? O telefone toca em minhas mãos mais uma vez. Olho para Bea e depois olho para a tela do telefone que vibra o nome; “Thea malévola” eu ri com esse novo apelido que dei para ela. Na verdade, a Thea sabe e ela odiou. Porém, ela não tem o direito de opinar em nada.

— Oi Thea... - Falo sem animação.

—“Oi Thea” Felicity?- Repetiu com irritação na voz. – Atenda esse telefone com pelo menos um pouco de animação. – Disse frustrada. Mas quem diabos chutou sua bunda?

— Olha como você fala comigo sua malévola. – A provoco com seu apelido amável. – E primeiro; Eu não estava encontrando meu celular. Eu não sou o Superman, não tenho visão raio x. – Zombo defendendo-me

O problema é seu Felicity, eu não tenho nada a ver com isso. E pare de me chamar de “Malévola” Isso é ridículo. – Disse indignada.

— Eu não...  – Falo em meio a gargalhadas – É divertido ver Thea Queen Irritada.

Sua nojenta! – Pude ouvir sua risada abafada. – Você é a melhor Smoak. – Disse contente. Uma amizade como essa você jamais poderá encontrar.

— Eu sei disso! Mas vamos deixar de viadagem Queen... - Digo para ela mudando o tom de voz e escuto sua risada. Olho para Bea que está brincando com o seu teclado de brinquedo alheia a nossa conversa. Graças a Deus por isso, Bea sair repetindo por ai minhas palavras seria meu fim. – Agora me conte o motivo de tanta alardeado em uma ligação? - pergunto meio dramática.

— Coitada. Não se ache a ultima Coca-Cola do deserto Smoak. Mas enfim... Eu quero sair um pouco...  E pensei em te chamar para respirar um pouco. Sei que ficar dentro de um apartamento trancada o dia todo acaba sendo entediante. Vamos? – chamou-me alegremente.

— Humm... Thea eu não acho uma boa ideia. Estou com a Bea agora e ela já ia descer para comer algo. - Murmuro passando as mãos nos cabelos de Bea.

— Oras deixe de coisa Felicity. Arrume Bea e me encontre no parque daqui a vinte minutos. Você e Beatrice precisam sair da aí. E eu não aceito um não como resposta. – Disse autoritária. – Eu como Tia única, exijo ver minha sobrinha. – Ela desafia maldosamente. Eu queria xingar, mais reprimi.

— Tudo bom Oliver Queen? Como desejar vossa majestade. – Zombei dela com um sorriso nos lábios. Ele estava assim nos últimos dias, mandão. Às vezes da vontade de bater naquele rostinho lindo. Mas tenho amor aos meus dedos. Preciso deles ainda.  – Você é tão parecida com o seu irmão Thea, já basta um para me dá dor de cabeça e agora são dois. – Reviro os olhos com certa irritação pelos os dois ser tão teimosos.

—Ah me poupe do seu lamento Smoak. Eu não sou nem um pouco comparada ao Oliver. Ele é um carrancudo. – Acusou o irmão. Isso eu tenho que admitir.

— O seu irmão me irrita isso sim! – Exclamo sem paciência.

— Humm sei... - Senti certa malicia em sua voz. – O que rolou entre vocês naquele dia aqui na “Book&Coffee”?  Que olhares foram aqueles? – Perguntou.

— Nada criatura... Não tinha olhar nenhum. Poupe-me disso. – Respondo rápido demais. – Thea Queen e suas insinuações... Você é louca... Não, vocês todos são loucos. – Bufo levantando-me da cama.

— Não minta para mim Smoak. Eu sei o que eu vi. E eu vi que há algo há mais entre vocês dois. É como fogo e gasolina basta juntar e explode é uma química perfeita. – Disse animada. De onde diabos isso veio? Ela é mesmo de verdade? Eu queria gritar, mas seria melhor chuta-la pessoalmente. Eu aposto que ela está achando isso uma maravilha.

— Você é uma louca isso sim! – Repeti. – Vê coisas onde não tem. O quê? É bruxa agora? – pergunto tombando na mesinha de centro. Doeu.

— Cuidado para não se lascar Smoak. – Zomba entre gargalhadas. – Foi só uma afirmação do que eu vi. – Disse cantarolando. Aposto que ela está verificando suas unhas para da ênfase.

— Você já foi ao psiquiatra Thea? Seu caso pode ser sério. - Pergunto massageando meu joelho. Vai ficar roxo. – Porque você surtou completamente. – bufo.

— Oras Felicity! Pare de omitir o que está escrito na sua testa em glitter. Você e Oliver pensam que enganam quem? Não sou burra. Vocês são dois cabeças duras, isso sim! – Meu Deus! Ela pirou. Eu estou ferrada.

— Parou com o assunto Oliver Queen, Por favor! – Pedi cansada disso já. – E só para lembrar à senhorita, o seu irmão é casado. — Frisei bem bonitinho para que ela percebesse que seu mundo cor de rosa não é tão rosa assim.

—Ele pode ser casado Felicity, mais isso não significa que Oliver seja feliz. – Confessou tristemente. – O casamento dele já acabou há muito tempo, eu tenho pena dele ainda viver com a dragoa.

— Tá bom! Eu não quero saber... – Dou de ombros fingindo que isso não me afetou. – Vamos sair ou não?! – pergunto mudando de assunto.

— Claro! Encontre-me no Parque em dentro de vinte minutos Smoak. –Ordenou. Revirei os olhos com seu tom autoritário. – Lembrando Smoak... A Thea aqui sempre consegue o que quer. – Diz com um ar suspeito me causando um pouco de medo.

— Ah vá se lascar Thea Queen. – Sussurro em meio a risadas, até porque tem uma criança no quarto e ela não pode ouvir essas palavras. E com isso encerro a ligação.

Nunca pensei que iria dar-me tão bem com a malévola. Thea é uma boa pessoa e eu gosto da sua companhia. Ela é sincera e verdadeira, sinto que posso confiar nela. Será que encontrei nela uma amiga? Thea faz-me esquecer-se dos meus problemas com suas loucuras. E é bom se sentir bem com alguém se conhece há pouco tempo. Chamo Bea para descermos que daqui a alguns minutos vamos nos encontrar com sua Tia.

[...]

OLIVER QUEEN

— Oliver, você está bem?- Pergunta Diggle me analisando. Olho para ele e levanto-me da cadeira jogando os papeis que estavam em minhas mãos.

Nos últimos dias não tenho me sentido muito bem. Principalmente depois do que falei para Felicity. Eu passei dos limites a respeito dela, não me lembrei de que tinha uma esposa e muito menos que ainda era casado. Droga! Eu não sei o que há comigo. Felicity desperta em mim o típico garoto de colegial, que lhe ofereceria flores e um jantar a luz de velas.

Porém ela me deixa intrigado ao seu respeito, porque quero descobrir o que realmente aconteceu com ela e ficar distante não está funcionando. Sei que estou agindo como um babaca ignorando-a, mais foi ela quem pediu, ela quem escolheu que fosse assim. Então eu deixei. Até porque querendo ou não, ela tem razão. Somos complicados demais. E tenho que me lembra de que sempre sou casado. Mas isso eu posso dá um fim. Mesmo antes de conhecer Felicity eu já tinha isso em mente. Então não é um obstáculo para mim. Posso fazer tranquilamente.

— Oliver, eu não sei o que há de errado com você cara. Ultimamente tem estado com o pensamento longe demais. - Diz ele fazendo aquela pose de psicólogo. Ele poderia colocar um óculos na ponta do nariz e puxar algumas anotações, e seria perfeito. Zombo pensando mais resolvo não ferir seus sentimentos.

— São só alguns problemas Diggle. Nada com se preocupar. – Digo meio vago não querendo entrar muito na conversa. Ninguém precisa saber como minha vida pessoal está.

— Você mente muito mal Queen.  Diga-me um dos motivos para te deixar tão frustrado e pensativo ultimamente? – Indaga cruzando os braços musculosos sobre seu peito. Vejo um sorriso fácil se levantar nos cantos, bem... Merda.  

— Você já se sentiu atraído por alguém de uma forma tão intensa que é capaz de te fazer esquecer-se que é casado? – Solto direto olhando em seus olhos cor de café que me fitam em silencio por um longo momento. Vejo Diggle tirar aquele sorriso brincalhão do seu rosto para um ar mais serio.

— Então esse é um dos motivos por estar tão pensativos nos últimos dias? – Diz com um levantar de sobrancelhas. – Ela deve ser encantadora para te deixar dessa forma. Faz muito tempo que me amigo não se sente assim. – Ele me conhece malditamente bem.

— Ela é teimosa, isso sim. – Digo petulante, e ele apenas rir balançando a cabeça. – Porém, estou ferrado por sentir o que sinto, quando sei que é errado. Sou ainda sou casado e isso não é justo para ambos as partes. – Droga! Preciso resolver logo essa parte da minha vida. Assinar logo os papeis e despachar Helena para fora da minha vida de uma vez. Desde que ela saiu para sua viagem ela não me atende e só liga uma vez perdida para saber da filha. Pelo o amor de Deus!

— É meu amigo... – Começa Diggle se levantando e se aproximando de mim com aquele sorrisinho cínico cintilando em seus lábios. – Você foi fisgado Queen. - Falou dando duas tapinhas no meu ombro. Mordo o lábio para não lançar uma réplica.  

— Eu não diria isso. – Respondo fazendo um aceno negativo para ele.

— Oliver, quando é que você vai admitir que esta afim dessa garota nova? Porque você acabou de me dizer que está atraído por ela, então se decida. – Falou encostando-se a mesa.

— Não é tão fácil quanto pensa. Eu não posso tomar nenhuma atitude com ela até me separar da Helena. – Digo amargo.

— Então se separe. Faça o que tem que ser feito para a sua felicidade e a da Beatrice. – Suspirou impaciente. – Mas me diga uma coisa... – Mudou o assunto. - O que você sente quando está perto dessa garota? – Perguntou.

— Sério que isso é importante? – Pergunto irônico e ele afirma balançando a cabeça. – Bom eu não sei... Mas, eu sinto que quando estou com ela algo dentro de mim se aquece, querendo a todo o momento estar cada vez mais próximo a ela. Meus sentidos diz que devo protegê-la a todo custo. Talvez ela possa mudar minha perspectiva a respeito de como alguém deve ser amado. Porém, ao mesmo tempo ela me deixa intrigado, confuso e me sentindo um completo idiota. E eu não gosto nada disso... – Confesso aborrecido por ter dito meus pensamentos.  – Eu acho que ela passou por muitas coisas e sinto que não foi algo bom. Eu não sei o porquê que ela não confia em mim e não quer se abrir. - Concluo preocupado. Posso sentir que seja lá o que for que Felicity esconde é sombrio.

— Ela desperta o que há de melhor em você. – Falou pensativo com um sorriso nos lábios. – Talvez essa parte do confuso seja só você tentando esquecer o que sente de verdade. Você tem medo Oliver, é isso que sente. Medo que isso seja forte e verdadeiro demais... Medo de que ela seja só mais uma que irá machuca-lo como a Helena fez.  - Disse calmamente. - Mas Você já se perguntou o que foi que ela passou antes de te conhecer?  

Antes que eu possa responder Clary bate na porta avisando-me que meu advogado preparou toda a papelada da minha separação e que precisa encontrar comigo num café que fica próximo ao parque central. Depois de me passar o endereço do local e dizer onde fica eu agradeço e ela volta para o seu habitual lugar de sempre.

— Eu vou com você Oliver preciso comprar algumas coisas para Sarah que a Laila pediu. – Diz acompanhando-me.

[...]

No caminho até o Parque vou pensando nas coisas que Diggle me disse. Talvez ele esteja certo. Ele não comenta mais nada no percurso. Calado está desde que saímos da empresa. E eu prefiro assim, sinto que ele está respeitando os meus pensamentos e me deixando livre para pensar.  

Encosto o carro em uma vaga do outro lado da rua. Só preciso atravessar a pista e ir em direção à cafeteria. Mas não antes de retirar o palito e arregaçar as mangas da minha camisa social preta e tirar a gravata e joga-la no banco de trás. Está um dia agradável para dar uma caminhada, penso em como seria bom trazer a Bea aqui e tomar seu sorvete favorito. Só em pensar em minha filha sinto uma imensa saudade de passar mais tempo com ela.

— Você não vai sair do carro pensador? – Zomba Diggle. Reviro os olhos para sua expressão.

— Não seja tão irritante Diggle. - Digo fechando a porta do carro e ligando o alarme. – Finalmente vou fazer o que tenho tanto desejo em toda minha vida de merda! - Conto aliviado por esta quase me separando.

— Sinto-me feliz por você cara. – estimula sorridente. Ele odeia Helena tanto quanto minha irmã Thea. Eu não posso julga-los eu mesmo estou por um fio com aquela mulher.

Enquanto caminhamos pelo parque, vejo muitas crianças brincando com seus pais aproveitando o sol que se faz presente. Vejo casais apaixonados tomando sorvete e com olhares apaixonados. De certa forma isso me incomoda um pouco, por que talvez... Só talvez... Queria que fosse eu e uma pequena encrenqueira absolutamente teimosa!

— Então... – Diggle começa. – Quando vai aceitar a fazer a escolta do presidente? – Droga! Eu tinha me esquecido desse grande detalhe.

— Eu não sei ainda. Ele tem me ligado nesses últimos dias. – Falo apreensivo olhando fixamente para o horizonte. – Eu não penso em fazer sua escolta. Mas também se não fizer... Isso não será bom para empresa. – Coloco as mãos em meu bolso para afastar a frustração. Nega-se ao prefeito é como perder vários de nossos clientes, ele poderia suja nossa imagem.

— Eu posso ir com você se quiser Oliver. – Ofereceu-se. – Não há problema nenhum para mim. Ainda estou em forma. – Diz animado. E eu sorrio com a sua animação.

— Eu não sei Diggle. Lembra-se da ultima vez que foi em uma missão? - pergunto e ele concorda. – Você quase morreu com aquela bala dentro de você cara. Não quero arriscar de novo. E eu ainda preciso do meu vice-presidente e do meu amigo ao meu lado. – olho para ele dando uma leve tapa em seu braço.

— Então leve o Thomas contigo. Ele é um bom segurança, e enquanto você faz a escolta do presidente, ele fara a sua também. – Propôs criticamente.  

Eu não digo mais nada, continuo caminhando. Talvez eu pense em sua proposta. Sei que deveria ir direto para a cafeteria, mais prefiro dá um tempo para pôr meus pensamentos em ordem. Ah tantos problemas quanto imaginava.  Por fim Diggle não fala mais nada também. Vejo que ambos precisamos caminhar um pouco e esquecer estes assuntos. Assim que olho a minha frente vejo uma barraca de sorvete e uma silhueta bastante conhecida. Ela estava de costas para mim falando com o cara do sorvete. Aproximo-me mais e vejo Thea, minha querida irmã indecisa com qual sabor escolher.

— Thea... – Chamo-a surpreso por vê-la por aqui.

— Ai que susto Oliver! – Virasse para mim com a mão sobre o peito e olhos arregalados, como se tivesse sido pega em flagrante. Reprimo uma risada. – Seja mais cauteloso, por favor! – Murmura fechando a cara. Ignoro-a.

— O que está fazendo aqui? Uma hora dessas? – Pergunto curioso. Ela deveria estar na “Book&coffee”. Milagre ela deixar Roy sozinho, é sempre como unha e carne os dois.

— Não está vendo? - Respondeu petulante com uma pergunta levantando as sobrancelhas e mostrando o sorvete. – Ah, Oi Diggle... - Cumprimenta-o com um sorriso e Diggle retribui.

— Thea! – Chamo sua atenção impaciente. – Está aqui com quem? – Pergunto mais uma vez.

— Que bicho te mordeu Oliver? Nem um “Oi irmãzinha senti sua falta”. Parece que está mais carrancudo do que imaginava. – Olha para o cara do sorvete e pega mais dois. – Preciso levar esses sorvetes se não vão derreter. – Passa por mim como um raio e por Diggle me ignorando e indo em direção ao campo verde que fica no meio da praça. Faço uma careta para suas costas.

E quando eu olho mais a sua frente, a cena que vejo é o bastante para acabar comigo. Vejo Felicity correndo atrás de Bea na grama do Parque, as duas sorriem como se não houvesse amanhã. Ela está com um vestido amarelo rodado até suas coxas e seus cabelos negros presos em uma trança deixando algumas mechas caírem sobre o seu rosto, a claridade do sol cai bem em sua pele alva como a neve. Ela é completamente linda. Vejo que Bea está toda contente ao seu lado. Eu nunca vi minha filha tão feliz como agora e me sinto feliz por ela está feliz.

— Oliver tem algo escorrendo no canto da sua boca maninho... – Zombou Thea entre risos. – Precisa de um lencinho para tirar a baba? Você está caidinho por ela. – Nego veemente com a cabeça.

— Então esse é o motivo por Oliver Queen está frustrado ultimamente. – Diggle diz surpreso entrando na “brincadeira” de Thea. – Parabéns Oliver, ela é linda. – Elogia. Sinto uma pitada de ciúmes e o fuzilo com o olhar.

— Não sejam loucos vocês dois. - Aponto para os dois que continuam com sorrisos no rosto. – Só estou admirando a bela grama verde só isso. – Enrolo voltando o olhar para as duas que estão alguns metros de distância de nós.

— A grama verde Ollie... - Repeti Thea gargalhando.  – Não sei por que você tenta esconder o obvio. – Diz olhando-me profundamente. – Sei que sente algo por ela. – Ignoro suas afirmações balançando a cabeça em negativa e colocando as mãos nos bolsos. Porque minha vontade de apertar o pescoço de Thea está ficando mínima.  

— A grama verde está vindo em nossa direção pessoal. – Avisou Diggle com um sorriso brincalhão nos lábios. – Meu caro Oliver... Você está completamente ferrado. – Acrescenta ficando ao meu lado. Idiota!

— Olá! - Felicity cumprimenta a nós dois um pouco sem folego. – Pensei que seria um passeio entre garotas. - Perguntou franzindo o cenho, olhando para Thea e ignorando meu olhar.

— Papai... – Murmura Bea nos braços de Felicity interrompendo essa tensão. -Pegue eu papai. – Pediu ela estendendo os braços para mim com suas bochechas coradas.

— Vem cá meu amor... – Tiro-a dos braços de Felicity com delicadeza. Não sem antes de olhar dentro de seus olhos azuis e ver pura confusão refleti-los.  – Papai estava com saudades de você, sabia? – Digo passando minha barba em sua barriga e escutando sua risada gostosa. Pelo canto do olhar vejo um sorriso reluzir nos lábios de Felicity.

— Nós não nos conhecemos, eu sou Diggle amigo do Oliver... – Apresentou-se para Felicity que estava com um sorriso nos lábios. – Senhorita...?

— Felicity Smoak. - Estendeu a mão para cumprimenta-lo. – É um prazer em conhecê-lo senhor Diggle.

— Não, não, não... Sem formalidades. Por favor! – Pediu gentilmente. E ela sorri mais uma vez, o que me deixa intrigado. Ela mal dirigiu a palavra a mim e já sorrir dessa maneira para o meu amigo. Fico olhando atentamente para a amizade que surgiu entre eles.

—Sorvete papai... - Bea me desperta chamando minha atenção.  – Eu quero sorvete. – Pediu mais vez fazendo bico lindo e mostrando na sua voz o quanto estava brava.

— Calma Bea, a Licy da o sorvete a você... – Disse Felicity pegando o sorvete das mãos de Thea e chegando próximo a mim para dá um pouco para Bea. Pude sentir o cheiro de seu perfume me inebriando. – Se sujou toda querida. – Diz rindo, limpando a blusa da minha filha. Não consigo evitar e começo a rir também.

 - Beatrice sempre comilona, essa é minha sobrinha. Puxa a mim. – Estala Thea com os dedos animada. - Oliver você está indo aonde? – Thea pergunta mudando totalmente o rumo da conversa. Felicity olha para mim como se quisesse saber também. – Não está nos seguindo, está? – Olhou-me desconfiada.

— De jeito nenhum... – Nego. – De onde tirou isso? Não posso mais vim ao parque? Ele é privado agora? – Questiono e vejo um revirar de olhos das duas. Teimosas! – Eu vim resolver alguns assuntos com o meu advogado. Nada com que se preocupar. – A tranquilizo.

— Tudo bem, depois eu quero saber mais sobre este assunto maninho... - Indaga desconfiando. Meus sentidos me avisam que ela já sabe do que se trata.  – Diggle pode vir até aqui, por favor?- Pediu serio. Porém, tinha um misto de diversão no seu olhar. Thea! Eu sei muito bem o que está fazendo.  – Felicity querida, eu volto já. - Pisca para ela sugestiva. Felicity por sua vez comprime os lábios em completa irritação.

—  Claro... E Felicity! - A chamou. – Não fuja do que sente. –Disse deixando-a perplexa e com um misto de confusão em seus olhos. Diggle e Thea saem juntos. Eu sei muito bem o que eles estão aprontando.

— Não ligue para o que Diggle fala. Ele sabe ser um grande idiota quando quer. - Justifico mudando Bea de posição.

— Agora você fala comigo? – Perguntou chateada. Franzo o cenho não entendendo o motivo por está assim.  – Você é confuso Oliver. – Diz olhando dentro dos meus olhos.

 – Por que está tão chateada comigo? – Ela nega com a cabeça e cruza os braços. – Eu não entendo você Felicity.  Primeiro; você diz que nós somos o errado, que não confia em mim e que é melhor esquecer o que sentimos... E depois me vem dizer que sou confuso? - Inacreditável como ela é encrenqueira.

— Eu sei o que eu disse. Não precisa lembrar-me. – falou com o tom de voz amargo. – Oliver, eu não sei o motivo de você mexer tantos com os meus sentidos. – Confessou distraída olhando para algum ponto distante. Sinto meu coração da um salto dentro de mim.  – Eu procuro em você todas as formas de odiá-lo e não encontro nada, alguma forma de esquecer você e essa forma não aparece. – Olhou para mim com o olhar triste.

— Sentir o que sente por mim é tão doloroso assim?- Pergunto me aproximando dela. 

— Doloroso é não poder estar ao lado de quem se gosta. – Respondeu com o sorriso triste. – Deixe que eu seguro ela... – pediu apoiando Beatrice em seus braços. Então ela gosta de mim? – Mas isso não vem ao caso nesse momento. Você deveria ir, vejo que tem que resolver algo importante. – Completa colocando Bea no chão e segurando sua mão. E por puro instinto seguro a outra mão de Bea e assim seguimos em frente.

— Eu queria que as coisas fossem diferentes Felicity. Mas não são. – conto decepcionado.

— O patinho Licy... – Bea apontou para eles admirada quando passamos pelo lago. – São tão bonitinhos. – Disse arrastado.

— É sim meu amor. – Afirmou ela com um sorriso.

— Eu vim para Star City para refazer a minha vida Oliver. Tentar algo novo. Sair de lá foi a melhor coisa que fiz. – Vejo tristeza no seu olhar. – Não é que eu não confie em você. Eu não confio nos problemas que posso trazer para sua vida. Por isso é melhor ficarmos como estamos. – Sugeriu distante.

—Por que vejo que não é isso que quer? – Pergunto aborrecido por sua insistência em negar o que sente. – Felicity... Se você pelo menos me contasse o que se passou, alguma coisa... Com certeza eu entenderia. – Peço parando em sua frente. – Mas nesse momento e não entendo.

— Realmente você quer saber o que se passou na minha vida Oliver, será que não vai ser demais para você?

 – Eu não me importo com as consequências. Eu só quero saber o que é que te deixa tão relutante a mim? – Olho para ela tentando passar toda a minha preocupação e frustração. Algo dentro de mim estala e eu espero sua resposta, ela me olha e abre a boca para falar mais nada sai, antes que eu possa dizer algo fomos interrompidos.

— Felicity? O que está havendo aqui? - Viro-me para voz conhecida atrás de mim e vejo... Thomas? Ele a conhece? E por que Felicity está tão surpresa com sua chegada?  


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Notas finais do capítulo

Esperando os comentários de vcs e os favoritos Bjuss girls! E aproveitem as férias, Porque eu vou aproveitar as minhas hahaha!!!



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