Save My Heart. escrita por RaySmoak, Natty Lightwood


Capítulo 5
04- The Heart Wants What It Wants


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas! Aqui é a Ray com mais um capitulo para vcs. Vou contar algo a vcs... Eu não lembrava que hoje era o dia de postar Save My Heart kkkk. E se não fosse por Natty, eu não lembraria kkkk Mas enfim... Aqui está mais um capitulo. Espero que gostem! Bjuss Girls..;



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O futuro que temos é tão incerto
Mas eu não vivo enquanto você não me ligar
E vou apostar contra tudo que dará certo
Guarde seu conselho pois não vou ouvi-lo
Você pode até estar certo, mas eu não ligo
Há um milhão de motivos para que eu te abandone
Mas o coração quer o que ele quer

—Selena Gomez-

 

FELICITY SMOAK 

Acordo com o som estridente do meu despertador avisando-me que já são 06h00min da manhã, o alcanço com a mão e o desligo ainda de olhos fechados. Sento-me na cama me acostumando com a claridade que invade meu quarto pela a janela, que mostra um céu pouco cinza. As nuvens ainda estão se dissipando lentamente para o dia, passo as mãos em meus olhos esfregando-os para ter uma visão melhor, quando sinto uma pontada de leve na minha cabeça. Motivo? Noite mal dormida. E eu sei muito bem o motivo dessa dor. Passo a mão em meus cabelos amarrando-os em um coque bagunçado, suspiro me recordando do “sonho” que tive nessa madrugada, ou seria pesadelo avassalador? Eu não sei explicar o motivo de ter esses pesadelos novamente, por tanto tempo eu pensei que um dia eu viveria livre deles. Quando meus pais morreram, eu fiquei em um estagio de negação, não suportava o fato de eles terem deixado a mim e principalmente o Tommy, foi algo horrível de se conviver... Não ter esperança, não ter, mas perspectiva de vida. Então passei a esconder minha dor em festas e em amizades que diziam serem meus amigos.

Foi aí que eu o conheci. Eu uma garota quebrada pela perca dos pais e um irmão que fazia de tudo para me manter protegida, eu só estava tentando fugir do que me causava dor, solidão e tristeza. Nesse período da minha vida eu entrei em um estagio sombrio, passei a discutir com o Tommy quase todo o tempo, porque ele dizia que esse tipo de pessoas não eram companhias agradáveis e que um dia eu iria acabar me machucando ainda mais. Mas era aí que estava o problema, eu não queria ouvir, não queria escutar seus conselhos, estava farta de tudo... Eu apenas queria que a dor que estava em mim sumisse, cicatrizasse de alguma forma, e ao que parecia a única forma era agir assim... Pensei errado. Porque a pessoa em quem eu mais acreditava que gostava de mim, não gostava.

Ele foi capaz de tentar fazer algo que iria deixar marcas para o resto da minha vida... Se eu já tinha um coração quebrado depois dele, pior ficou. Então a tragédia aconteceu e ele morreu. Até hoje não consigo contar toda historia para ninguém, lembrar já me faz querer encolher, só o Tommy e eu sabemos, e meu Tio Damian que morreu anos depois. Desde então eu percebi que não podia confiar nas pessoas facilmente, era necessário um longo caminho até que eu dissesse novamente “eu confio em você”, mesmo no meu estagio mais vulnerável. E então passei a confiar só no Tommy como minha própria fortaleza, ele é o único que me conhece e que pode cuidar de mim, acho que jamais haverá alguém que possa fazer isso. Foi Tommy quem me ajudou a passar por tudo isso, foi ele quem me ensinou a recomeçar e sempre quando eu precisava dele... Ele sempre estava lá.

E depois de tudo o que aconteceu estou aqui mais uma vez tentando recomeçar, tentando algo novo para mim. Mas de todas as vezes que tento, esses pesadelos aparecem para me atormentar. Impedindo-me de recomeçar. Uma maldita lembrança que jamais conseguirei esquecer. Mas de todos os meus pesadelos, quem aparecia neles para me salvar era o Tommy. Então porque diabos o Oliver apareceu? Isso foi muito estranho. Na verdade, eu até sei o motivo para ser justa. Mesmo ele sendo, petulante, mandão e um idiota em tempo real... Eu sinto que o Oliver não é daquela maneira como ele aparenta ser. A única coisa que sinto, é que ele precisa ser salvo assim como eu preciso. Quando nós nos chocamos naquele dia na “Book&Coffee” pude sentir algo diferente estalar dentro de mim... Conforto, proteção, um lar? Algo para se apagar sem deixa-lo ir? Talvez.

Só sei que nunca havia sentindo aquele furdunço de sentimentos. Sempre fui uma garota complicada sobre sentimentos, porém, a única coisa que sei, é que se for reciproco, que se tiver pelo menos uma fagulha de verdade... Eu lutarei para manter. Mas mesmo eu querendo lutar contra isso, meus sentidos dizem que eu deveria tentar, já o meu coração diz, não! Que confuso. Na verdade, eu tenho medo de me machucar e sofrer novamente, sofrer mais ainda porque eu sei que se eu me apaixonar por ele, vai ser verdadeiro, e o amor será para sempre... Mas eu mal o conheço, nem sei quem é ele de verdade, não sei o motivo da sua máscara que mostra a arrogância como se quisesse se manter fora do radar, seria Oliver como eu? Não, definitivamente não. Caramba! Ele é casado e tem uma filha, como posso pensar em ter esses tipos de sentimentos por ele? Que insano Felicity! Penso. Isso é loucura.

A única coisa que posso dizer, é que ele mexe com meus sentidos de uma maneira que é novo para mim, que chega a me causar medo, porque eu sinto que é forte... E eu preciso esquecer isso, por mim e por ele. Não é o certo, e isso é perigoso – bastante perigoso – o problema é que não tem como fugir disso, eu irei trabalhar para o mesmo e na casa dele. Como poderei evitar esses sentimentos se vou vê-lo todos os dias? Impossível! E isso me frustra. Porque eu o quero, mas nós não somos o certo. E evitar isso está me matando. Por isso vou agir como a garota petulante e encrenqueira de sempre. Assim o afasto de mim e dos meus problemas que já são muitos.

Balanço minha cabeça expulsando esses sentimentos para o mais profundo da minha memoria. Levanto-me um pouco desajeitada e rumo ao banheiro para tomar um banho frio e expulsar toda essa tensão que habita em meu corpo. Faço minha higiene matinal, tomo meu banho e vou em busca de uma roupa para o meu primeiro dia de trabalho. Escolho um vestido branco de alças que vai até as minhas coxas, ele é um pouco rodado e marca bem minha cintura. Coloco uma jaqueta preta por cima, porque pelo visto irá fazer um pouco de frio. Escovo meus cabelos, coloco-os para um lado e passo um batom vermelho em meus lábios, rímel e blush para tirar um pouco a palidez. Por fim coloco uma sapatilha dourada e estou pronta para o trabalho. Pego minha bolsa, coloco em um lado de meu ombro e ponho a chave extra dentro da mesma. Pego meu celular e o endereço de seu apartamento que está em um papel. Assim que saio do quarto sinto um cheiro de comida maravilhosa vindo da cozinha e já sei quem é que está cozinhando. Tommy! Paro abruptamente no meio do corredor. Mas que droga! Ponho a mão na testa lembrando-me que ele disse que iria conversar comigo pela manhã... Oh não! Arregalo os olhos com insegurança do que poderia dizer a ele. Ele irá perguntar mais uma vez do sonho. De repente até a fome passou. Mas para eu passar por ele tenho que passar pela cozinha, inferno! E se eu passar de fininho? Talvez ele nem note, prendo a respiração ficando nas pontas dos pés, e acabo me sentindo em algum filme de terror. Penso. Errado. Pois sinto sua mão puxar a minha blusa por trás assim que passo pela porta da cozinha. Mas que droga Tommy! Porra de homem ninja.

— Tentando fugir de mim tutti-fruti? – Pergunta com um sorriso irônico no rosto por ter me pego tentando fugir. – Nem pense que vai sair sem nós conversamos, Felicity. – Disse segurando minha mão e levando-me até a pequena mesa.

— Nossa! Você parece até minha mãe, Tommy – Resmungo revirando os olhos. – Não fui pega fazendo nenhum tipo de besteira. – Falei pegando um copo de suco de acerola e bebendo-o em um grande gole como se aquilo fosse um copo com uísque puro para preparar-me para seu interrogatório, o suco por sinal estava muito bom.

— Oras! Deixe de coisa Felicity. Precisamos conversar e você sabe disso. – Disse firme sentando na cadeira e fazendo um gesto com a mão para que eu sentasse também. E assim o fiz sem hesitar.

— Tão sério... – Eu disse fazendo um biquinho e ele riu. – Tommy... – O chamei com um suspiro cansado. – Eu sei que está preocupado por causa do sonho, mas eu te peço que não fique. Você começou no seu mais novo trabalho e eu não quero te preocupar com os meus problemas. Eu ficarei bem. Está tudo bem, sempre fica. – Concluo pegando em sua mão e dando um dos meus melhores sorrisos.

— Felicity, você é minha irmã e minha única família... Obvio que eu iria me preocupar com você. - Suspira. – E não é porque que eu comecei a trabalhar que vou te deixar de lado. Você é minha responsabilidade. – Afirma levantando-se para pegar uma xicara que estava no armário e colocando o café na mesma. Observo o vapor subir e o aroma se espalha entre nós.

— Eu sei... Eu sei Tommy. E eu te agradeço por você ser o irmão maravilhoso que você é. – Digo apontando para ele. – Mas eu não sou mais uma criança Tommy. Você tem que me deixar crescer, tomar conta das minhas próprias responsabilidades. Eu sei que conseguirei passar por tudo isso... Como da outra vez, lembrasse? – Pergunto com um sorriso em meus lábios.

— Claro que eu lembro... – Disse colocando a xicara na mesa e me puxando para um abraço apertado. – Foi bem complicado a maneira como você quis ter sua própria responsabilidade naquela época, e vejo o quanto você mudou Felicity. – Falou nos soltando um pouco para olhar em meus olhos. – Eu estou orgulhoso de você.

— Então... Não precisa se preocupar maninho. – Dou um beijo estalado em sua bochecha, que sinto o pinicar em meus lábios por conta da sua barba rala.

— Felicity Smoak... Sempre tão forte por fora e quebrada por dentro. – Ele disse passando a mão em meus cabelos, olhando para mim como se eu fosse à coisa mais preciosa do mundo.

— E você... Sempre com suas frases de efeito. Parece até um poeta. – Debocho dele com um sorriso no rosto que rir também. – Oh! Como eu não reparei? – Ele olhou para mim confuso. – Suas roupas! – Aponto para o mesmo que da um giro. – Está lindo maninho com essas roupas de segurança. – Aplaudo.

— Gostou? – Sinalizei que sim com a cabeça. – Meu mais novo terno. – Disse passando a mão em suas roupas novas. Que na verdade era um terno todo preto, eu só citei sua roupa para fugir da conversa... E eu acho que ele percebeu por causa da minha cara de cínica. – Mudando de assunto Smoak? Eu te conheço Felicity, não adianta fugir da conversa. – Falou tocando o indicador em meu nariz.

— Arrgh. Tommy... – Reclamo da sua persistência. Como eu vi que não conseguiria fugir dessa conversa mesmo fui ao ponto do que eu queria falar. – Tommy, eu te disse que comecei a trabalhar, porém não disse onde... – Informo com um sorriso amarelo. – Na verdade são dois empregos... – Fiz o gesto de dois com os dedos. – Um na “Book&Coffee” que é aqui pertinho... Que por sinal, já começo a trabalhar nesse final de semana...  E eu amei aquele lugar. Conheci a dona de lá que é extremamente legal, o nome dela é Thea, uma garota bem doce e gentil, que me conseguiu um emprego na casa de seu irmão para eu cuidar de sua sobrinha. Espero que não se aborreça por está te falando tudo isso agora! – Exclamo sem ar fechando os olhos em completo desespero de ele desaprovar essa ideia de dois empregos.

— Calma Felicity. Respira tá? – Pede segurando meus ombros e rindo. – Que ótimo que você conseguiu um emprego. Não! Na verdade, são dois. – Disse extremamente contente. – Pelo o que eu pude entender, essa “Book&Coffee” é algumas quadras daqui certo? – Perguntou e eu fiz que sim com a cabeça. – É uma loja de livros pelo o que eu vi, e você gosta dessas coisas... Sempre gostou de leitura. – Comenta tomando seu café e saindo da cozinha. Peguei minha bolsa e meu celular e o acompanhei até a sala. – Faça o que você gosta Felicity. – Ordena suave virando-se para mim e dando um beijo em minha testa, antes de pegar as chaves que estava numa mesinha perto do sofá. – Eu sei que você dará certo nos dois trabalhos. Então... Você vai para o de babá hoje? – Perguntou. Eu estava besta com a atitude do Tommy.

— O quê que te deu? – Perguntei desconfiada. – Eu não quero, mas eu pensei que você iria dá algum tipo de discurso de irmão mais velho.

— Nada... – Deu de ombros simplesmente. – O quê maluca? – Perguntou quando estreitei os olhos em sua direção.

— Você concordou sem mais nem menos. – Acuso o obvio. – Às vezes você é maluco Tommy, muito maluco, está no DNA. – Digo rindo da sua cara de bestão. E ele bagunça meus cabelos num gesto de “carinho” – Hoje eu vou para o de babá. – Respondo sua pergunta arrumando meus cabelos e ele sinaliza concordando com a cabeça.

— E de que horas você começa a trabalhar? – Perguntou a brindo porta. Destravo a tela do celular e olho a hora. Oh meu Deus! Arregalo os olhos para Tommy que me olha com cara de quem tá por fora do que está acontecendo. – Felicity! – Grita chamando minha atenção.

— Não grite Tommy! Eu estou bem próxima a você... – Rosno olhando para ele. – Eu só estou totalmente, drasticamente... Atrasada. – Ele revira os olhos abrindo o caminho para que eu passasse. Escuto-o fechar a porta atrás de nós. – Nossa! Eu estou muito atrasada. O irmão da Thea irá me matar. – Digo descendo as escadas do condomínio junto com Tommy. Enquanto eu desço parecendo que os cães do inferno estivessem atrás de mim, ele desce em dois e dois como se fosse para alguma caminha matinal sem obstáculos.

— Oras Felicity! Não é para tanto. Você explica que teve um imprevisto e que não pode chegar ao devido horário. – Fala como se fosse simples se explicar para o senhor zangado. – Bom... Tchau maninha... Boa sorte no seu trabalho. – Se despede me abraçando. Vejo-o seguir em direção à faixa de pedestre e atravessar a mesma, ele olha para trás com um sorriso e sinalizo com a mão para o mesmo seguindo meu caminho.

[...]

 Sinto um frio na barriga e começo há ficar um pouco nervosa. Será que é por causa do novo emprego? Até porque cuidar de uma criança não deve ser fácil, porém não é impossível. Eu nunca cuidei de uma criança mais passei algumas horas olhando o tutorial de uma babá. Thea me disse que a Beatrice é uma criança adorável e que emana amor e carinho. Thea também me disse que a mãe de Beatrice não estava em casa, e sim que estava em Londres. Pelo jeito que a Thea falava, parecia não gostar muito dela, ela disse que a “dragoa” como ela se referia à mãe da menina era uma irresponsável que não cuidava da sua própria filha e tinha o trabalho como uma prioridade ao invés da menina. Que tipo de mãe diz isso para o próprio filho? Isso é horrível de se ouvir. Esse também foi um dos motivos de eu ter aceitado o emprego. Eu amo crianças. E eu prometi a Thea que cuidaria da sua sobrinha como se ela fosse da minha família, não deixarei que ninguém a machuque mesmo não a conhecendo ainda. Pelo o que pude notar a Bea ainda é um bebê e merece todo o carinho do mundo.

Porém, o mais difícil será ver seu pai todos os dias. Só em pensar em Oliver sinto meu coração palpitar dentro de mim... Ele é tão... Tão bonito que chegar a doer. Com seus olhos azuis como o céu, barba rala por fazer que deve ser uma loucura ao toque sensível, braços fortes que pode envolver um corpo pequeno como o meu confortavelmente. E seu porte físico? Impecável! Ele é um anjo em um corpo de demônio, mais sei que existe uma parte devassa nele, algo que o torna muito perigoso para mim e impossivelmente de ser tocado. Sei que seu coração pertence à outra mulher e eu jamais poderei ter seu coração assim; só para mim... E isso de algum modo me incomoda... Saber que tem outra em seu coração. Por isso finjo ser uma “encrenqueira”, alguém inalcançável.

Saio dos meus pensamentos quando chego ao seu apartamento que por sinal é bastante luxuoso, melhor prédio da cidade, cobertura. O porteiro abre o portão para mim perguntando se eu era Felicity Smoak e eu disse que sim. Assim ele deu passagem para que eu pudesse passar sem mais delongas entre nós, entrei no enorme prédio um pouco hesitante, ele realmente não demonstra poder com palavras, tudo a sua volta é poder. Passei pela recepcionista que me cumprimentou com um ‘Bom dia’, que retribui é claro! E segui para o elevador e apertei o botão do último andar. Saio do elevador em direção à única porta no fim do corredor largo. Aquele frio na barriga me atingiu novamente só em pensar que o verei novamente. Mas preciso esquecer esses tais sentimentos.

É quando chego à porta e toco a campainha que fica ao lado. Coloco meu melhor sorriso zombeteiro para esconder a aflição que está dentro de mim, à tristeza que amarga minha alma, de todos no mundo, eu não preciso da piedade dele. Com alguns segundos a porta se abre revelando o homem mais bonito que eu já deva ter visto na vida, meu coração bate descontrolado no peito, e solto uma respiração irregular, sentindo meus sentimentos por toda parte.

Oliver mostra uma cara de poucos amigos, seus olhos se estreitam em seu rosto observando-me, ele deve estar vendo minha vulnerabilidade, disfarço colocando uma máscara de desafio onde ele fica em silencio, suspiro, pois não consigo não reparar no quanto ele está bonito hoje.

Vestindo uma calça moletom preta e uma camisa de mangas longas brancas. Minha nossa! Ele poderia ter algum defeito, não? Que homem!  Assim se torna impossível de sentir o que eu estou sentindo por ele. Ele percebe que estamos nos encarando por muito tempo e nós mudamos nossa postura.

[...]

 OLIVER QUEEN

 

— Está atrasada senhorita Smoak! – Afirmei sem paciência... Ela me lançou um sorriso zombeteiro passando por mim. Deixando um lastro de perfume infernal de excitante, que faria qualquer homem cair aos seus pés em questão de segundos. Maldita cara de anjo. Controle! Eu preciso de controle.

— Então...? Onde está a menina bonita dos seus olhos? – Perguntou virando-se para mim.

— Fe. li. ci. ty... – A chamei pausadamente fechando a porta atrás de nós. Ela ergueu um pouco o queixo com aquele ar de petulante. Revirei os olhos com seu gesto. Que garota mais impossível! – Você está atrasada, e eu quero respostas sobre isso. – Falo impaciente.

— Ok... Ouve um imprevisto Mr. Queen, por isso me atrasei...  – Disse. Fiquei um pouco surpreso por ela ter dito meu sobrenome e por ter mudado de postura rapidamente. – Não se repetirá mais. – Pontuou com um gesto de mão. Continuei a encarando para saber se era mesmo verdade, e eu pude ver meia verdade em seus olhos. Percebi que ela ficará sem jeito e de repente mudou de assunto – Ok! Onde está a Beatrice? – Perguntou um pouco nervosa. Ótimo! Bom saber que a deixo nervosa.

— Ela está dormindo lá em cima querida. – Ana respondeu por mim. Só então percebi que Ana estava presente entre nós. Felicity virou-se procurando a dona da voz. – É um prazer conhece-la senhorita...? – Indaga estendo a mão em um gesto de comprimento que Felicity retribuiu.

— Smoak! Felicity Smoak. – Apresentou-se para ela meio atrapalhada com um sorriso doce nos lábios. Hum... A senhorita Smoak é atrapalhada e estava com as maças do rosto avermelhadas. Não sabia que Felicity era tímida. Bom saber. – A senhora é? – Perguntou para Ana franzindo o cenho.

— Eu sou a Ana, a governanta de tudo isso aqui... – Disse ela girando com o indicador no ar com um sorriso nos lábios. – Que bom que você chegou senhorita Smoak, essa casa está precisando de um pouco de alegria e tenho certeza que vamos, nos dá super bem. – Disse Ana empolgante, ergui uma sobrancelha para ela, onde fui ignorado.

— Obrigada pela receptividade senhora Ana. Ah! E só Felicity, por favor. – Pediu Felicity tocando em seu braço. E Ana concordou com a cabeça.

— Você é doce e gentil Felicity, com o mesmo pedido, eu lhe peço querida, me chame de Ana. – Pediu Ana com um sorriso nos lábios. – A Thea fez uma bela escolha, é muito difícil encontrar pessoas com quem nos damos tão bem à primeira vista. Mas há algo errado com você. – Acusou-a. - Seus olhos... Eles me parecem tristes e sombrios. – Observou um pouco preocupada. Felicity desviou o seu olhar dos olhos de Ana e pairou sobre os meus que de repente me pareceram tão tristes. Eu tinha visto assim que abri a porta, mas ela soube disfarça muito bem, eu queria arrancar respostas, mas não éramos nem amigos para ter esse tipo de conversa.

— Não é nada Ana... – Disse ainda olhando para mim. – Até porque, não tenho problemas... Então não há nada com que se preocupar. – Finalizou desviando seus olhos dos meus. Senti-me tão idiota por ter dito isso a ela naquele dia, e pelo visto ela não esqueceu. Então o que há de errado com você Smoak?

— Eu vou fingir que acredito Felicity. – Disse Ana desconfiada. De repente tudo pareceu desconfortável. Ana percebeu e mudou de assunto. – Então. Vamos que vou te mostrar a casa e como as coisas funcionam por aqui... – Limpou a garganta puxando Felicity. Que pelo visto não esperava essa reação da mais velha. – Ah! E o mais importante que é conhecer a Bea. Que por sinal, é uma criança apaixonante. – Ana conclui orgulhosa. Fico grato pelo carinho que ela tem por minha filha.

— Ana... – A chamo e as duas viram-se para mim ao mesmo tempo. – Pode deixar que eu irei mostrar a casa para a senhorita Smoak. – Peço a ela que sinaliza concordando. Felicity, porém não mostra nenhuma reação. Apenas olha e desvia o olhar um pouco... Insegura? – Vamos Smoak? – Pergunto passando por ela que me segue em silêncio.

Mostro todos os cômodos do apartamento para ela, onde fica cada um deles. E por todos os cômodos que passamos em todos eles ela permanece calada ou concorda com a cabeça. E isso me deixou um pouco incomodado. Ela parecia um pouco distante depois que Ana disse aquilo para ela e só fico mais curioso para saber o que se passou com ela. De repente ela ficou tão apreensiva, não estava mais com aquele sorriso petulante em seus lábios. Subimos até o terraço onde tem um lindo jardim com bastantes flores umas mais bonitas que as outras.

Disse para ela que poderia vir aqui à hora que quisesse e mais uma vez ela concordou em silêncio. E agora estamos no quarto da Bea, ela observava tudo com bastante atenção, vejo inúmeras expressões refletir em seu rosto. Fico a observando da porta a deixando mais a vontade para conhecer o lugar. Ela se aproxima da cama de Bea, e pela primeira vez a vejo da um sorriso verdadeiro no rosto, como se algo florescesse dentro de si. Um sorriso que iluminou todo o seu belo rosto. Ela pega Bea em seus braços dizendo palavras que não posso ouvir, só posso ver a felicidade dela se expandir o que me deixa atordoado. Felicity sorrir e cheira os cabelos da minha pequena que por sinal já acordou. Bea leva suas pequenas mãozinhas até as bochechas de Felicity acariciando aquela região para conhecer sua mais nova babá.

A Bea não estranhou Felicity e também não hesitou quando a viu, foi simples e terno. Vejo que Felicity ficará maravilhada com a cena. Felicity encosta a ponta de seu nariz no nariz de Bea em um gesto de carinho. Como é que ela conseguia fazer isso? Felicity parecia ter um dom para encantar pessoas. Nem mesmo com a mãe a Bea agia dessa forma, parece que já se conheciam de muito tempo. Quem é você Felicity? Que chegou bagunçando com minha vida de uma maneira inexplicável? Conquistando todos a sua volta?!

— Ela é extremamente encantadora e linda... – Disse tirando-me de meus pensamentos. – A Beatrice tem uma luz que acalma qualquer alma angustiada. – Finaliza admirada. É! A Bea é um encanto de menina. – Sua princesinha é linda, Oliver. – Ela está tão boba que nem prestou atenção que não me chamou de Mr. Queen.

— Sim. Ela é encantadora... – Digo indo até elas. – Olá meu amor, você acordou... – Falo dando um beijo em sua bochecha, que ela rir por causa da minha barba que faz cocegas em sua bochecha macia. – Essa daqui... – aponto para Felicity que a segura em seus braços. Ela olha para Felicity.  – É a senhorita Smoak, e ela irá cuidar de você pequena... – Ela diz um ‘é’ arrastado e solta um gritinho animado. E eu fico maravilhado com sua reação. – É sim meu amor. – Vejo um sorriso nos lábios de Felicity... Um sorriso terno. Quem chegar agora e nos ver assim, com certeza irá pensar que ela é a mãe de Bea.

—Licy! – Bea á chamou um pouco arrastado e adoravelmente doce. Vi que Felicity ficou admirada com a Bea e eu Também pela rapidez como ela se deu tão bem em dentro de minutos com Felicity.

Felicity segurava Bea em seus braços, entre nós dois e minha mão estava envolvendo sua cintura que eu só percebi agora. E de repente me senti tão confortável com essa imagem. Senti-me aquecido e livre de todas as minhas frustações... Elas me traziam paz de uma maneira absurda. E Felicity pareceu sentir a mesma coisa que eu, pois eu vi que seu rosto ruborizou ficando da cor de um tomate. Achei encantador. E então ela se afastou junto com Bea tomando um pouco de distância.

— Eu posso da um banho nela? – Perguntou virando-se para mim. – Não que ela esteja cheirando mal... Não é isso... – Disse meio sem jeito. – É que eu só acho que toda criança assim que acorda tem que tomar um banho para o dia. – Concluiu por fim colocando-a em pé na cama e tirando suas roupas.

A reação de Bea foi estranha, porque ela começou a chorar estendo os braços para Felicity e dizendo “pega eu” com a voz chorosa. Franzi o cenho com a atitude de minha pequena.

— A Bea nunca fez isso... – Apontei para a mesma que estava chorando. Com olhos pidões e bracinhos esticados para cima. Felicity olhou confusa para mim. Limitei-me a corrigir-me. – Não em questão do banho pela manhã, ela sempre toma. É claro que você pode, está cuidando dela agora. Mas me refiro ao motivo do seu choro quando você a tirou de seus braços... A Beatrice nunca fez isso. Com ninguém! Se você a coloca no chão ela fica. Se você a põe na cama ela fica, por mais que ela desça depois, mas é a primeira vez que ela se recusa a sair dos braços de alguém. – Afirmo admirado. Enquanto Felicity tira o pijama da Bea para dar banho nela.

— É normal vindo de uma criança Oliver... – Neguei com a cabeça. – Pode passar, por favor, a toalha dela? – Pediu. Ignorando meu gesto. – Obrigada! – Agradeceu quando eu lhe entreguei a toalha, cobriu Bea e a colocou no chão pegando em sua mão para levá-la ao banheiro.

— Felicity... – A chamo quando ela passa por mim indo até o banheiro. Ela para e virasse. – Estou indo para o trabalho agora. Qualquer ajuda que precisar peça a Ana... Qualquer coisa... E não hesite em ligar para mim se precisar de algo que não esteja ao seu alcance ou do de Ana. Certo? 

— Tudo bem Oliver, pode ir tranquilo para o seu trabalho. Beatrice está em boas mãos. Não se preocupe. – Disse com convicção. E eu sei disso.

Concordo indo até Bea e dando um último beijo e ela diz um “Tchau papai”. Olho uma ultima vez para Felicity só para gravar mais do seu belo rosto em minha mente. As deixo no quarto e vou direto para o meu, preciso de um banho frio para limpar a cabeça e correr para a empresa.

No percurso que fiz do apartamento até a empresa fui pensando em como me senti tão feliz por um momento em que passei com as duas. Às vezes eu penso que Felicity veio para mudar meus pensamentos em relação ao amor. Será que ainda existe um amor que pode me curar? Será ela? E pela a primeira vez eu esqueci que ainda tenho uma esposa.

[...]

Estaciono meu carro na garagem da empresa e mando esses pensamentos para o mais profundo da minha mente. Saio do carro indo em direção ao mesmo percurso que faço todos os dias. Comprimento alguns funcionários e vou direto para minha sala não antes de cumprimentar a Clary minha secretaria com um ‘Bom dia’ e pergunto pelo Diggle, que como sempre está em minha sala a minha espera. Inferno de homem matinal.

— Bom dia Diggle! – O comprimento com um aperto de mãos. – O que temos para hoje? – Perguntei me direcionando a mesa e sentando-se na cadeira de frente para ele.

— Está animado hoje, não? – Perguntou-me com um olhar desconfiado e com um sorriso brincalhão. – Que bicho te mordeu Oliver? Não chegou afobado da vida hoje. –Concluiu cruzando os braços.

— Só estou um pouco animado para o trabalho Diggle... – Desconversei antes que ele começasse a me encher de perguntas. – Nada de mais. – Ele balançou a cabeça em negação não acreditando muito nisso. – Você e sua mania de procurar desconfiança em tudo Diggle. É telepata por acaso? – Perguntei franzindo o cenho.

— Não meu caro amigo. Mas eu sei quando algo está diferente em Oliver Queen... – Disse tocando em meu ombro. – Anos de amizade da nisso. E eu sei que há algo, mas você não quer me contar agora. Então o jeito serei eu descobrir por mim mesmo. – Falou rindo.

— Nossa Diggle... Você parece-me aquelas velhas fofoqueiras quando querem saber da vida dos outros. – Digo levantando-me da cadeira. – Eu não vou te dizer nada, porque não há nada a dizer. – Finalizo pegando os papeis de sua mão. Ele, porém, da de ombros não acreditando.

— Estes papeis... – Apontou para os mesmos. – São do Thomas Smoak. Como eu te falei, ele foi o único que passou nas etapas que foram dadas para todos. Ele é um rapaz muito bom no que faz; habilidoso e rápido. E precisamos de caras assim na empresa. - Informou Diggle. Pude ver um pouco de orgulho ao falar do tal garoto, o que me deixou surpreso.

— Ok! Pelas credenciais dele... Ele me parece muito bom. Ainda bem, porque na empresa não aceito homens fracos. – Suspiro um pouco severo. – Mas você o conhece? – Perguntei o encarando. – Falou tão bem do garoto como se o conhece há muito tempo.

— Sim o conheço... Ele é sobrinho de um grande amigo meu. No período em que estava no exercito conheci seu tio Damien Dark, que deixou o exercito por causa da saúde. Pelo o que Thomas me contou, seu tio falecerá e então ele veio para Star City para essa proposta de emprego. Mas não se preocupe, não é porque o conheço que dei uma mãozinha para ele passar nas etapas. Se ele passou foi por causa de suas habilidades e porque foi bastante treinado. – Esclareceu. E eu balancei a cabeça em sinal positivo. Eu e Diggle somos bons no que fazemos. – Eu confio em você Diggle, e sei que não passaria a mão na cabeça de ninguém... Mesmo o conhecendo. – Digo convicto. – Então... Onde está o nosso mais novo segurança? – Pergunto olhando para ele.

— Thomas está na sala de armas esperando você. – Disse com aceno. – Ele também é especialista em armas, que por sinal ganhou pontos por isso.

— Ok. Então vamos. – Saímos da sala e caminhamos pelos corredores da empresa.

Descemos alguns degraus até chegar à sala de armas, pois a mesma ficava em baixo. Assim que entramos na sala vi algumas pessoas fazendo tiro ao alvo e o tal Thomas estava entre eles. O cara era bom no que fazia. Não errava nenhum um alvo se quer. Esperamos ele concluir sua tarefa para que possamos falar com o mesmo. Assim que ele terminou, Diggle o chamou com um aceno de mão. Mudo minha postura para a de chefe cruzando os braços sobre o peito esperando-o se aproximar. Ele cumprimenta Diggle com um aperto de mão e em seguida de um abraço amigável.

— Thomas esse é o Mr. Queen o dono da empresa e seu chefe. – Apresenta Diggle Olhando de mim pare ele com sorriso discreto.

— Thomas! – Digo estendendo minha mão que ele cumprimenta com um aperto firme. – Sou Oliver Queen.

Nossos olhos se cruzam e vejo que encontrei um segurança de alto nível.

— É um prazer em conhecê-lo pessoalmente Mr. Queen. – Disse apertando minha mão com firmeza e vejo seriedade em seus olhos.

— Me falaram muito bem de você Thomas. Espero que seja tão bom quanto dizem.  – Digo serio.

— Obrigado! Mas a respeito de ser bom ou não, o senhor só verá quando eu estiver em campo Mr. Queen. – Afirmou desafiadoramente. Concordei com a cabeça.

— Ok rapazes! – Diggle toca em nossos ombros chamando nossa atenção. – Tommy, depois passe em minha sala para conversarmos a respeito do seu horário de trabalho e como você irá realiza-lo. – Disse com m sorriso cordial nos lábios.

—Claro! Obrigado Diggle. – Agradeceu dando um mínimo sorriso para Diggle e sinalizando com a cabeça para mim. E depois voltou para o lugar onde estava quando o encontramos.

—O que foi isso Oliver? –Diggle perguntou assim que nós saímos da sala.

—Apenas nos conhecendo. - Respondi vagamente. – Por quê? Pensou que iriamos brigar ou coisa assim?- Perguntei irônico.

—Oh, Oliver Queen é irônico agora?- Revidou brincalhão quando entramos em minha sala. – Pensei que fossem se matar lá em baixo. – Disse.

— Não pense besteiras Diggle. Apenas gostei do garoto e estava testando-o, vendo se ele não temia a mim só porque sou o Oliver Queen. E ele não ficou intimidado, agiu como um verdadeiro segurança. E você sabe mais do que ninguém que nesse trabalho, não devemos temer a ninguém...   

—... Porém o respeito é esse essencial. - Completou Diggle. Concordei com a cabeça.

— Agora vamos voltar ao trabalho senhor Diggle. – Digo mudando de assunto. – Eu recebi uma ligação do presidente, ele quer que eu faça a escolta dele essa próxima semana. Disse a ele que não podia, falei para ele que mandaria o Sebastian, porém ele não aceitou. Disse que queria que eu fosse. – Concluo um pouco hesitante.

— Porque eu vejo que você não ficou muito feliz com isso?- Perguntou sentando de frente para mim. – Ah algum problema Oliver?

—Eu não sei Diggle. Helena não está na cidade, a Thea está ocupada em sua loja e além do mais, tem a Bea... Eu queria passar um tempo com minha filha, sei que a nova babá está cuidando dela agora. Mas eu não sinto que essa seria uma boa ideia. – Digo levantando-me um pouco desconfortável.

—Eu entendo cara. - Ele disse pensativo. – Mas se ele te chamou, é porque ele confia em você Oliver. Não é a primeira vez que você faz a escolta dele. Você já deu a resposta?- perguntou. Neguei com a cabeça.

— Eu disse para ele que iria pensar e depois falaria com ele. – Respondo-o a contra gosto.

— Senhor Queen... – Olho para a porta e vejo Clary, continuo em silêncio esperando que ela continue. – Ana a sua governanta ligou dizendo que sairia mais cedo por motivos médicos e que não voltaria mais hoje. Pediu desculpas por não tê-lo avisado antes.  – Avisou olhando de seu tablete para mim.

— Ok Clary. Eu tenho alguma reunião importante? – perguntei frustrado

—Sim senhor. É com a empresa de tecnologia. A agenda deles está disponível somente para hoje, próxima semana eles estarão indo para Nova York. – Disse Clary olhando em seu tablete.

— Sim. – franzo os lábios em completa irritação. – Pode ir arrumando a sala de reuniões Clary, chegaremos lá em poucos minutos. – Ela concordou e saiu.

—Se você quiser eu vou em seu lugar cara. – Diggle se ofereceu.

— Não, eu preciso está presente nessa reunião. É de máxima importância uma parceria com uma empresa de tecnologia. Vamos. – Chamei-o saindo da sala.

O que posso fazer? Queria passar mais um tempo com a Bea. Mais não vai dá. Irei chegar um pouco tarde em casa, mas não posso perder essa reunião. Sei que Bea estará bem.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado meninas! Aguardando o comentário de cada uma de vcs. E me desculpem por qualquer erro. Bjuss girls...