Outra Dimensão escrita por ACLFerreira


Capítulo 64
Decisões


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, turma!!!
Chegamos ao fim do Arco da Quarta Guerra Ninja e vamos ter um pequeno salto no tempo. O capítulo ficou um pouco longo, mas espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/732391/chapter/64

O casal desceu para o café da manhã em silêncio acompanhados pelo silencioso Kakashi atrás de si. Ele ainda não se recuperara do susto que levara com a revelação do jovem Uzumaki. E, ao se deparar com o jovem Uchiha sentado sonolento a mesa, estancou a porta sem saber como agir.

Nesse momento, sua versão mais velha entrou na cozinha e, quase instantaneamente, Kushina questionou-o:

— Onde está o Naruto?

O homem se voltou e disse, parecendo sorrir sob a máscara:

— Ele foi até seu apartamento tomar banho e se trocar. Aquele garoto ficou a noite toda aqui velando pelo sono de vocês. O que não é nenhuma surpresa, ele herdou sua hiperatividade.

 A mulher não pode deixar de sorrir.

— Comam alguma coisa – disse, puxando uma das cadeiras para que ela se sentasse. – A Hokage mandou Anbus investigarem ao redor procurando por alguma movimentação estranha, mas por enquanto não recebemos nenhuma notificação.

Kushina se sentou, olhando ao redor parecendo analisar toda a situação. De repente, lembrou-se de uma das muitas histórias que ouvira de Mito Uzumaki durante o breve período em que convivera com ela antes da transferência. Uma história que na época não fizera muito sentido. Mito-sama lhe dissera que o fardo não seria seu por muito tempo e, quando questionara como poderia ter tanta certeza, a velha senhora contara-lhe a história sobre os primeiros viajantes e o jovem jinchuuriki que a sucederia ainda recém-nascido. Só não lhe dissera que o menino viria a ser o seu filho.

Ela começou a comer em silêncio, presa em seus próprios pensamentos, o que quase imediatamente chamou a atenção dos outros. Nunca tinham presenciado tal introspecção de uma mulher conhecida por sua impaciência e pavio-curto.

Quando terminou, Kushina olhou para a janela do comodo e, de repente, se levantou, saindo correndo da casa antes que qualquer um deles pudesse se atentar para o que acontecia. Todos se levantaram ao mesmo tempo, mas Minato ergueu uma das mãos e ordenou:

— Esperem aqui pela Hokage. Eu vou atrás dela.

Ele se concentrou e sumiu. Obito desabou na cadeira, suspirando audivamente.

— Eu só queria dormir mais um pouco.

Os dois Kakashi o encararam em repreensão, mas foi Rin que deu um cascudo no garoto.

Naruto estava a beira do rio jogando pedrinhas, parecendo perdido em seus pensamentos, mas se deteve no meio do movimento ao sentir os dois se aproximarem de sua posição.

— Você me disse que não teve a chance de conviver conosco – afirmou Kushina, mas ele não respondeu, apenas continuou o que estava fazendo. – O que foi que aconteceu?

— Não fará nenhum bem vocês saberem! Certas coisas não podem ser mudadas, kaa-chan, sem consequências desastrosas.

— Toda ação tem uma reação… nem sempre boa, não é? – replicou Minato, compreendendo.

 - Viajantes já alteraram a história vezes demais, nem sempre de forma benéfica, e aprendemos da pior forma que o destino não pode ser tapeado. Uma vez achamos que tínhamos conseguido um futuro melhor para uma pobre criança, mas condenamos a um futuro não muito melhor outras pessoas – disse, quicando uma pedrinha em suas mãos e voltando-se de lado para olhar os pais. – Os primeiros viajantes realizaram sua jornada acidentalmente e nos salvaram de seu futuro catastrófico, mas acabaram inadvertidamente destruindo sua nova realidade. Os posteriores nos deram uma nova esperança, mas saber do futuro pode ser muito mais perigoso do que não saber… e a morte de vocês foi uma amostra disso.

— Como assim? – questionou Minato, encarando-o de olhos franzidos.

— Meu filho conheceu Mito, Sarutobi e os conselheiros, bem como todos os lideres do Clã da época, e ele e seus companheiros alertaram sobre vários eventos que logo teriam lugar, inclusive a morte de vocês – revelou, surpreendendo ambos. – Mas eles pagaram para ver… pelo menos eu quero acreditar que sim… e só após esse evento resolveram tomar um posicionamento.

— Ou talvez preferiram desse jeito – disse a mãe, cruzando os braços. – Um jinchuuriki recém-nascido, sem a interferência de pais cautelosos e obviamente preocupados, seria facilmente manipulado e seria considerado um grande trunfo. Odeio pensar nisso.

— Jamais saberemos, na verdade! – disse o garoto, arremessando a última pedra sob os olhares espantados dos pais. – Hiruzen-sama impediu que eles fizessem justamente isso, mas os Conselheiros morreram e Danzou Shimura é um Renegado há anos.

— Aquela múmia? – questionou Kushina, com escárnio. Nunca gostara de Shimura e nunca escondera de ninguém, principalmente quando, ainda na Academia, recebera a proposta nada lisonjeira para fazer parte da Raiz, deixando claro que não seria aceito um não como resposta. Em um primeiro momento, até considerara aceitar, desconhecendo totalmente a fama dos serviçais do Conselheiro, mas fora apenas até o momento em que Sarutobi a abordara e explicara sem meias palavras como era o treinamento e como os jovens ninjas terminavam. Desde então o repugnava e evitava-o como o diabo a cruz.

O rapaz sorriu.

— Depois que vocês morreram, descobriram que ele ajudou na invasão que causou suas mortes e ele foi declarado nukenin pelas mesmas pessoas que apoiavam suas ações no passado. Não se sabe sua localização atual, mas, devido a sua idade e sua inclinação a irritar as pessoas, duvido que viva muito tempo.

— Isso lá é verdade – disse a mãe, abrindo um enorme sorriso.

Minato reparou que Naruto não parecia realmente feliz. Era como se a custo procurasse não falar demais e revelar mais do que deveria. Se aproximou dele e pousou a mão direita sobre seu ombro, fazendo com que o fitasse confuso.

— Eu também fui criado sem meus pais. Foram mortos durante um ataque a Vila quando eu tinha dezoito meses de idade. Sorte que eu ainda tinha os meus avôs que me deram muito amor e carinho, mas Jiraya-sensei e tantos outros não tiveram a mesma sorte. Vi muitos se entregarem a dor e a escuridão em suas almas e me alegro em ver que não enveredou por esse caminho.

O rapaz fungou, limpando as lágrimas que começavam a cair.

— O Conselho vetou toda e qualquer tentativa de alguma família me adotar. Minha madrinha mesmo tentou, infelizmente descobri apenas muitos anos depois. Só me treinavam, quase até a exaustão, avaliações em cima de avaliações. Não acreditaram quando eu fui capaz de realizar o sushin com nove anos – disse, orgulhoso, fazendo Kushina dar uma risadinha. Provavelmente pensando na dor de cabeça que causara nos instrutores quando se entediava. – Mas, mesmo assim, era muito solitário, as pessoas não queriam que seus filhos convivessem comigo. O filho da Mikoto e a filha da Mebuki foram meus primeiros amigos.

— Elas também foram minhas primeiras amigas – disse a mulher, sorrindo. Enlaçou o braço em volta do pescoço de Naruto e disse: – Então, já que parece que passaremos mais algum tempo por aqui, que tal fazermos um programa em família? O Ichiraku ainda existe?

Minato revirou os olhos.

— Kushina, não vai começar. É muito cedo para lámen!

— Nunca é cedo para lámen – disseram mãe e filho ao mesmo tempo, depois se entreolharam e caíram na risada.

— Não vai me dizer que herdou a obsessão de sua mãe? Ela é capaz de ter uma crise de abstinência se não comer uma tigela enorme todos os dias.

— Não enche, Minato-kun – resmungou Kushina, se afastando com o filho.

Mesmo balançando a cabeça contrariado, Namikaze os seguiu.

Os dois já estavam na quinta ou sexta tijela, tagarelando sem parar, quando um rapaz com vestes de Anbu surgiu. Por segundos, ele pareceu espantado ao vê-los, mas logo se recompôs e anunciou:

— A Hokage solicita a presença de todos no Prédio.

Dizendo isso ele se foi.

O grupo suspirou, até mesmo Minato que tinha de admitir que estava se divertindo, e se despediram do proprietário do estabelecimento. Eles caminharam lentamente até o escritório da Hokage, mas, na entrada do escritório, Naruto se deteve em frente a porta, subitamente tenso.

— O que foi, querido?

O rapaz suspirou.

— Quero que conheçam alguns amigos…

Ele bateu levemente na porta e a abriu.

Dentro da sala, a Hokage estava sentada atrás de sua mesa e, por sua expressão, as coisas não estavam nada bem.

O casal logo foi atraído pelos outros ocupantes da sala que pareciam bem sérios. Naruto abriu um largo sorriso ao se dirigir aos três jovens desconhecidos.

— Estavam com saudades?

— De você? Imagina! – respondeu o moreno, revirando os olhos esverdeados.

Naruto abriu um sorriso ainda maior, esfregando a nuca.

— Mal-humorado que nem o Sasuke…

— Larga mão de ser mal-educado, Raiden – repreendeu alguém saindo das sombras, os cabelos grisalhos caindo sobre seus ombros. – Onde estão os modos?

O loiro apenas riu da interação entre os dois enquanto que a outra jovem apenas ignorou.

— Imagino que já se conhecem – supôs a Hokage, encarando os dois grupos seriamente. Os quatro recém-chegados assentiram juntamente com Naruto. – Que tal nos explicar então o que estão fazendo aqui?

A jovem de cabelos negro-azulados cruzou os braços.

— Levar os dois de volta para casa – resumiu, encarando Minato e Kushina que se surpreenderam. – Antes que provoquem mais danos.

— Mas ainda não encontramos quem fez isso.

— Na verdade, fomos nós que os trouxemos – revelou a menina de cabelos grisalhos, sorrindo amarelo.

Todos ficaram com a cara no chão ao ouvirem aquilo.

— Se ficassem lá, provavelmente iriam morrer – declarou Raiden, prático como sempre. – O que não estava no cronograma…

— Certamente que não – disse Naruto, olhando para a Hokage. – Qual é o plano então? E onde está o seu avô?

Os quatro se entreolharam e baixaram os olhos.

— Com licença! – disse Kushina, olhando para os quatro jovens em dúvida. – Quem são vocês?

Na verdade, o loiro lhe parecia muito familiar, na verdade parecia quase uma cópia de Naruto ou seria não fossem os olhos verdes. E toda essa história de viagem no tempo…

— Eu sou Yuri, o mal-humorado ali é o Raiden, a “velha rabugenta” é a Aiko – enumerou o jovem loiro, antes de esfregar a cabeça da grisalha em tom de brincadeira e apresenta-la. – E essa é a Sayuri, nossa mascote.

— Ei, sou mais velha que você…

— Ah, tá bom, por dois minutos…

— São meus netos, mãe – revelou Naruto, fazendo os pais fitarem-no com surpresa. Kushina os fitou com surpresa. Afinal, tirando a aparência de Yuri e os olhos da jovem Aiko, não havia qualquer indicio de que eram uma família. De verdade, não parecia nem mesmo que eram irmãos.

— Depois da morte de nosso avô, Sasuke, ficamos responsáveis pelos portais espalhados pelo Mundo Shinobi – revelou Raiden, encarando a avó que teve a ligeira impressão de que falava com seu ex-colega de Academia, Fugaku. – Infelizmente, uma vez abertos, fica muito simples reabri-los. Não encontramos uma forma segura e permanente de selá-los.

— Que ótimo! – disse Tsunade, suspirando. – Enviaram alguém para a Terceira Guerra?

— Na verdade, foi o contrário – resmungou Sayuri, fazendo uma careta. Tsunade quase sorriu pensando no quanto aquela menina lembrava sua família. – Chegamos um pouco atrasados.

— E o que pretendem fazer? – questionou Minato, pela primeira vez se intrometendo na conversa.

— Reuna seus companheiros e veremos isso – disse Aiko, muito séria.

Antes da hora do almoço, os cinco se reuniram no topo do prédio Hokage, o único lugar totalmente seguro onde havia um portal. Os quatro recém-chegados encararam um por um e finalmente declararam:

— Vamos regressar setenta e duas horas antes de tudo acontecer. Foi quando nosso amigo regressou de sua pequena viagem acidental. Se o tirarmos da equação, vai ser apenas mais uma das baixas da guerra. Considerando que ele era membro da Raiz, não vai ser difícil acreditar e não terá consequências futuras – disse Aiko, simplificando o plano. – O restante se ajeitará automaticamente.

— Será como se tudo isso nunca tivesse acontecido? – questionou Kushina, surpresa.

— Sim – confirmou, fazendo com a mulher baixasse a cabeça. – Certas coisas não podem ser mudadas, senhora, sem efeitos colaterais imprevisíveis na historia.

— Acho que isso ela já entendeu, Aiko – disse Yuri, sorrindo com tristeza. – Sinto muito!

Kushina limpou as lágrimas e encarou o filho.

— Adorei te conhecer, Naruto!

— Eu que o diga, kaa-chan – disse o rapaz, esfregando a nuca.

A mulher o abraçou com força enquanto o pai simplesmente bateu em seu ombro, sorrindo orgulhosamente. O Kakashi mais velho apenas observava em silencio, mas Raiden chamou sua atenção:

— Pode vir conosco, Hatake?

O homem piscou, mas não discutiu e, quando abriram o portal, o grupo se foi em absoluto silêncio.

O ataque foi tão rápido que o ninja nem teve noção do que o atingiu. Assim que saiu do portal ainda ofegante pela corrida que empreendera para escapar nem conseguiu perceber direito o que aconteceu. Outras figuras surgiram de dentro do mesmo portal e ele foi apunhalado antes mesmo que conseguisse atinar no que acontecia.

Os dois grupos se fitaram por longos momentos enquanto uma nevoa espessa tomava o campo. O jovem Kakashi fitou sua versão mais velha enquanto a sua imagem se tornava indistinguível. Pode apenas ouvir sua voz parecendo muito distante:

— Siga seu coração…

Ele ainda gritou quando as figuras enfim desapareceram.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

O destino não pode ser alterado. O que nos resta é fazer de nossas escolhas a construção de um futuro melhor.

Os dois meninos corriam lado a lado e acertaram quase ao mesmo tempo o ninja que se pusera a sua frente, mas ele desapareceu em um jutsu de camuflagem. O garoto de cabelos grisalhos tentou farejá-lo e, ao fazê-lo, tentou intercepta-lo, mas foi atingido em seu olho esquerdo. O inimigo voltou a se camuflar, mas foi surpreendido quando, ao tentar novamente atacar, o outro rapaz de cabelos escuros se virou e enfiou uma adaga em seu peito. A ultima coisa que viu foram seus olhos vermelho sangue.

Os dois entraram na caverna e conseguiram libertar a companheira, mas foram surpreendidos em uma armadilha que deixou o rapaz de cabelos negros preso debaixo de uma enorme pedra.

Naquele momento, como em um deja-vu, o jovem de cabelos grisalhos sentiu lagrimas armagas descerem de seus olhos.

 

Os sacrifícios só valem a pena quando são em nome dos outros, não de você mesmo. Aos vivos, resta apenas exaltar aqueles capazes de pensar nos outros e não apenas em si mesmo.

Os dois jovens fugiam, o barulho era demais até mesmo para ouvir seus próprios pensamentos. A garota insistia que tinha algo errado com ela, mas seu companheiro não conseguia entender suas palavras. Em um determinado momento, ela insistiu que devia matá-la, mas ele se recusou.

De repente, a menina pulou se colocando diante de seu golpe, recebendo toda a descarga a queima-roupa. Ela caiu para trás enquanto o companheiro corria para ampará-la, as lágrimas novamente banhando-lhe o rosto.

 

Chorar e lamentar só vale a pena quando fizemos de tudo. Lamentar o que não fizemos ou o que deixamos de fazer só faz no sofrimento pior.

A Besta se via presa, furiosa, observando enquanto o casal colocava o pequeno bebê na posição para a cerimônia. Sabia o que fariam, vira o mesmo acontecer duas vezes e não estava disposta a ver uma terceira.

Usando de suas últimas forças ergueu uma das patas e atentou contra o bebê indefeso, mas os pais se colocaram na frente, amparando o golpe com seus corpos. Ainda tiveram energia de terminar a cerimônia, fechando a prisão da Besta, e quando os companheiros os acharam já estavam ambos agonizando. A mãe só teve energia para pedir ao homem que considerava um segundo pai para cuidar do seu filho.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Kakashi acordou com um salto, sentado em sua poltrona na sala de sua casa. Olhou ao redor, meio perdido, mas nada pareceu fora do lugar.

Ele se levantou e foi até o aparador onde uma foto de sua velha equipe estava ao lado da de seus alunos, que eram seu maior orgulho. Pegou a foto olhando detidamente para Minato-sensei, Obito e Rin. Ele apertou a moldura lembrando-se dos momentos que passara ao lado daqueles que marcaram sua juventude. No entanto, seu coração parecia mais leve.

— Dormiu na sala de novo?

Ele se voltou sorrindo ao ver a linda mulher parada no umbral da porta com uma das mãos no batente e a outra sobre a barriga já grande. Colocou o porta-retrato no lugar e foi se juntar a ela, abraçando-a carinhosamente.

— Dia cheio – disse, sorrindo, acariciando levemente a barriga dela. Os dois foram para o quarto.

Na sala, três vultos sorriam olhando o casal que se afastava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O Arco final da Guerra era mais sobre a redenção de Kakashi do que propriamente Naruto. Uma forma dele deixar o passado totalmente para trás e reconstruir sua vida ao lado da esposa e do filho por nascer. Ele merece, cá entre nós, afinal na historia original ele nunca casou ou teve filhos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Outra Dimensão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.