Outra Dimensão escrita por ACLFerreira


Capítulo 58
Finalmente, Madara Uchiha


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, camaradas, mas tem acontecido tanta coisa na minha vida e no país que não estava com cabeça para escrever.
Mas vamos esquecer por alguns momentos dos problemas e ir para o nosso vício!!!!



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Os grupos se aproximavam cautelosamente, analisando a entrada com extrema atenção. Cada movimento era milimetricamente calculado em direção ao seu objetivo final, extremamente preciso.

No entanto, olhos os fitavam na escuridão, vigiando sua movimentação, o sorriso malévolo curvando-lhe os lábios ao mesmo tempo em que um brilho tomou o lugar.

 

Konohagakure

A Aldeia se encontrava quase totalmente deserta. Os civis passaram os últimos dias estocando alimentos e os mais variados mantimentos, esperando um ataque a qualquer momento, e haviam se atocaiado em casa só saindo em último caso. A única movimentação que se via eram dos shinobis que haviam ficado e do vai e vem dos médicos e enfermeiros.

Os mais idosos e os inválidos haviam se deslocado para os abrigos sabendo que, em suas condições, cada segundo era precioso e não queriam pagar para ver.

Os genins é que não conseguiam conter a própria ansiedade. Konohamaru e seus companheiros de equipe, como ainda não haviam sido promovidos, foram deixados na Aldeia com os demais.

 - Não me conformo! – resmungou, sentado na beirada de um dos prédios. – Eles é que ficaram com toda a diversão.

— Somos muito inexperientes – disse Moegi, paciente, mas suspirava diante dos resmungos do companheiro. O neto do Sandaime a olhou de rabo de olho, agastado, mas não conseguia encontrar palavras para contradizê-la. – Atrapalharíamos mais do que ajudaríamos. Nossa missão é garantir a segurança dos civis, o que deveria admitir que é tão importante quanto vencer a guerra em si. Isso se realmente quer ser o Hokage algum dia.

O terceiro membro da equipe se manteve em silêncio, mas se divertia com a troca de farpas dos amigos. Era sempre assim desde da academia. Moegi, como uma Senju, também era membro da nobreza, mas não se vangloriava disso, ao contrário, às vezes dizia que adoraria ter recebido o nome do avô, mas ninguém sabia qual era e a família acabara recebendo o nome da avó.

— Isso só pode ser castigo! – resmungou o jovem Sarutobi, apoiando a cabeça pesadamente nas mãos e suspirando.

Moegi desistiu de discutir e procurou um lugar mais sossegado para meditar. Afinal, seriam horas tediosas e seria melhor se não tivesse de ouvir o companheiro resmungar a cada minuto.

O silêncio havia se estendido por quase uma hora quando uma explosão fez Moegi sair da posição de lótus em que se encontrava e vir para o lado dos companheiros. Depois do choque inicial, os três genins seguiram em direção as explosões.

 

Os grupos entraram cautelosamente no esconderijo, o silêncio dominando as ações, estranhando o vazio. Caminharam por corredores que serpenteavam para dentro da montanha sem darem mostras de acabar. Até que se detiveram todos no mesmo lugar.

Era uma enorme sala totalmente vazia, apenas com uma espécie de pilar central que parecia sustentar toda a estrutura. Um dos ninjas acendeu uma lanterna e imediatamente identificou uma série de kanjis em volta de todo o pilar. Já tinham visto a mesma armadilha antes…

Um brilho envolveu a montanha antes dela cair sobre a sua própria estrutura…

Dois pares de olhos absolutamente sem emoção viram quando a montanha se destruiu bem como o planejado.

— Parte de nosso plano foi concluído com êxito. No final, aquele inútil nos serviu para alguma coisa – comentou Shimura, mas seu companheiro não emitiu opinião. Em silencio, os dois olhavam a poeira que se levantava até o velho conselheiro voltar-se, mas deteve-se na mesma hora fazendo com que o outro desviasse o olhar para trás de si.

Estavam totalmente cercados por vários shinobis e, logo de frente para eles, os cinco kages.

— Como…

Uma figura se colocou a frente deles, seus olhos chapeados brilhantes.

 

Três horas antes

Como todas as manhãs, Inoichi Yamanaka chegou a Central trazendo uma xícara de chá fumegante em uma das mãos. Nos últimos dias, mal estivera em casa, passava a maior parte do tempo ali coordenando as ações, chegando a dormir em um dos alojamentos quando o cansaço finalmente o vencia.

Seus comandados se revezavam em turnos de doze horas e sequer se voltaram quando a porta se abriu. Todos trabalhavam atentos aos mínimos detalhes, apenas um permanecia ressonando em uma das poltronas.

O Yamanaka piscou algumas vezes até tocar os ombros do jovem e sacudi-lo de leve. Mas ele acordou com um salto.

— Desculpe assustá-lo! – disse, vendo o rapaz segurar a nuca e movimentar a cabeça como que tentando aliviar a tensão. – Não disse para encontrar uma cama?

O rapaz esfregou os olhos, olhando ao redor.

— Só estava descansando os olhos.

Inoichi riu de leve.

— Vá dormir! Não vai conseguir ser útil se estiver cansado.

O rapaz colocou-se ereto, sem lhe dar atenção.

— Terei tempo de descansar quando tudo isso acabar.

O outro suspirou. Foi quando, de súbito, o rapaz se colocou ainda mais ereto, chamando sua atenção.

— Kenji?

— Interrompa a invasão… É uma armadilha.

Todos na sala se detiveram e voltaram-se para ele.

— Eles vão usar o mesmo método que usaram em Amegakure.

— Vão explodir a montanha com todo mundo dentro – disse Yamanaka, pensando rapidamente na solução para a questão. Tinha que pensar rápido e abortar apenas chamaria a atenção do inimigo.

— Clones – disse o rapaz, chamando a atenção de todos ao redor. – Se acharem que vamos entrar, eles vão se revelar, então mandaremos clones…

— E eles não desconfiaram de nada por acharem que descobrimos os planos – concordou Inoichi, começando a distribuir as novas ordens: – Novos planos, companheiros! Faremos nossos inimigos saírem da toca.

Kenji levantou-se da onde estava sentado, mas quase instantaneamente voltou a desabar sendo apoiado por Inoichi.

 

Agora

— A neta de Tobirama – ironizou Shimura, fitando com escarnio a menina com estranhos cabelos rosados. – Deveria ter me esforçado mais em tentar convencer os Conselheiros a eliminar por completo sua família.

A jovem estreitou os olhos, mas não emitiu opinião, principalmente porque Tsunade olhava de um para o outro sem entender absolutamente nada.

No entanto, cansado de tanto papo a segunda figura lançou um ataque, fazendo com que todos se afastassem e se dividissem, enquanto diversas outras figuras surgiam atacando a Aliança.

A figura colocou-se diante dos kages que mal podiam crer na figura a sua frente, com o Mangekiou e o Rinnegan ativados.

— Há quanto tempo, Madara – cumprimentou uma voz terrivelmente familiar, fazendo o homem se voltar a tempo de se deparar com um redemoinho de onde uma figura do passado surgiu junto com Obito.

— Hashirama? Achei que estivesse fazendo companhia ao Shinigami.

— Estava muito chato daquele lado, então decidi me divertir por aqui – ironizou o velho Hokage, colocando-se em posição de ataque. – Senti sua falta, companheiro, então vim te buscar.

— Não está em meus planos imediatos – rosnou, atacando o antigo amigo que deslizou até onde os outros Kages estavam.

— Tsunade, você e os outros tem que voltar a suas Aldeias – disse Hashirama, fazendo com que todos os outros o fitassem. – Enquanto traziam o exercito quase inteiro para cá, Shimura mandou atacar as Aldeias desprotegidas. Hiruzen enviou Sasuke para a Névoa, enquanto Nagato, Yahiko e Konan se deslocaram para proteger as demais.

Os cinco se entreolharam, assustados. Por que não haviam contado nada disso para eles?

— Uma informação de cada vez – salientou Sakura, deixando os outros imediatamente irritados. – Estão conseguindo conter os invasores. Desculpe, tio!

Hashirama sorriu, olhando para ela.

— Tudo bem, rosada! Se você diz que está tudo sob controle, quem sou eu para dizer o contrário?

— Chega de conversa – disse Madara, lançando um novo ataque, mas Hashirama e Sakura ergueram barreiras de madeira maciça impedindo o ataque. No entanto, a moça foi lançada longe de encontro as árvores.

— Opss! Menos um.

Hashirama estreitou os olhos, expandindo seu chakra e ativando o Modo Sábio.

— Cuidem dos outros – ordenou, mas os outros fizeram menção de protestar. Afinal, se aquele homem era mesmo Madara Uchiha, uma pessoa somente não daria conta dele nunca. No entanto, Tsunade os olhou com firmeza e todos se afastaram.

Se aquela briga fugisse do controle, ninguém em sã consciência quereria estar no raio de ação daquela briga.

Em algum lugar, em uma fenda dimensional, uma figura observava os acontecimentos com preocupação. Afinal, chegou a um dos eventos-chave que poderia determinar os rumos do futuro e esperava que não tomasse uma das alternativas mais sombrias que poderiam.


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Notas finais do capítulo

Boa noite, companheiros, e firmes na luta!!!!!!!!!!!



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