Outra Dimensão escrita por ACLFerreira


Capítulo 55
Primeiro hound


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, amigos!!!
Desculpe pelo atraso, mas minha casa está em obra e está complicado escrever. Só agora consegui terminar o capítulo!
Como prometido a guerra está começando!



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No salão de reuniões da Aldeia, os cinco Kages se encaravam, tensos. Seus guarda-costas estavam as postos, cada qual atrás de seu líder.

Após retirarem os chapéus de suas capas e coloca-los sobre a mesa, eles se acomodaram. Os mais agitados eram A e Terume que mal conseguiam se manter sentados e foram logo questionando se tinham tido avanços e quais tinham sido.

— Tivemos acesso a algumas informações importantes que pode nos dar alguma vantagem sobre Shimura – revelou a Hokage, finalmente fazendo seus quatro companheiros se calarem e prestarem atenção no que dizia.

— E que informações são essas? – questionou A, fitando-a com a expressão ainda raivosa, mas Tsunade o fitou pelo canto dos olhos, fazendo-o lembrar que estava em seus domínios e era melhor maneirar em suas palavras.

— Creio que já foi informado sobre os eventos na Cachoeira da Verdade, sobre o fato de Shimura estar planejando ressuscitar a Juubi… – disse, surpreendendo os outros três que compreensivamente não achavam aquilo coisa de alguém em sã consciência. – Nós concordamos que temos de agir o quanto antes frente a essa realidade.

Onoki suspirou, enquanto A cruzou os braços, impaciente.

— Essa merda de ir e voltar através do tempo. Olha no que isso nos levou…

— Posso lhe garantir, Raikage-sama, que a ressurreição da Juubi não foi provocada pelas alterações no tempo espaço – disse uma voz na escuridão, fazendo-o se voltar. As feições lhe eram familiares, mas os olhos chapeados o fizeram cauteloso. – Infelizmente, é uma das coisas que adoraríamos que fosse impedida. Muitos morreram na vã tentativa de contê-lo.

— Quem é você?

— Posso, Tsunade-sama? – questionou a jovem de cabelos rosados e a Hokage apenas confirmou com um movimento de cabeça. Depois de alguns selos, ela espalmou a mão esquerda sobre a mesa, fazendo com que um selo surgisse, fazendo os Kages saltarem de suas cadeiras e afastarem-se. Mas o que surgiu foi um tigre de pelagem branca do tamanho de um gato. Ele estava sentado sobre as patas traseiras e balançava o rabo de um lado para o outro.

— Essa é Lilith, governante dos Guardiões – apresentou Sakura, dando um passo atrás, respeitosamente.

— Guardiões? – questionou A, surpreendido. – Está falando do mito dos espíritos guardiões da Terra?

— Isso mesmo! Vejo que conhece a história, Raikage – ironizou a tigresa, fazendo-o rosnar. – E vejo que sua personalidade também não foi uma das coisas alteradas.

O Ente caminhou sobre a mesa olhando cada um com um ar tranquilo até se deter no mesmo lugar onde originalmente estava.

— Como vivemos em uma outra dimensão, nós não somos afetados por alterações temporais provenientes daqui. Assim, nossas memorias não são afetadas e acredite quando digo que nada do que está acontecendo aqui nos dias de hoje já ocorreram.

— Se você é mesmo uma Guardiã, o que pretende se revelando após tantos séculos nos ignorando? – questionou A, parecendo de longe o mais exaltado, enquanto que os outros mantinham-se em silêncio.

— Originalmente? Queria ver como vocês evoluíram nos últimos duzentos anos, mas você me faz lembrar do porquê de meus antepassados terem ordenado que deixássemos essa dimensão. Somos afetados por tudo o que nossos Elos sentem e isso pode ser extremamente perigoso para seres como nós – disse, olhando para Sakura que corou ligeiramente.

— E o que quer de nós? – perguntou Mei, seria.

— Na verdade, acho que vocês é que precisam de nós. Originalmente, apenas observamos enquanto seu mundo caía aos pedaços durante a próxima guerra. E quase nos arrependemos amargamente por nossa escolha egoísta quando nosso líder se foi. O fato de Sasuke Uchiha e os outros terem voltado no tempo e inadvertidamente alterarem os fatos nos deu a chance de nos redimir e tentar mudar o futuro catastrófico que nossos oráculos predisseram muitos anos atrás. A primeira alteração pareceu fazê-lo, agora já não temos mais certeza.

— O que quer dizer com isso? – questionou Raza, curioso.

— O destino é uma linha que pode se dividir e tomar vários rumos, mas existem eventos-chave que, por mais que você altere o caminho, vão sempre acontecer. A Quarta Guerra é um desses eventos…

— Que pode ou não levar ao fim do mundo – disse Onoki, voltando a se sentar em sua cadeira. – E é uma coisa que vocês querem impedir a qualquer custo.

— Na verdade, pode precipitar o fim do mundo. Por isso, o Conselho e eu decidimos abandonar nossos domínios e voltar a essa dimensão antes que seja tarde demais novamente. Então, logo vocês terão noticias nossas – disse, desaparecendo.

Tsunade suspirou, enquanto Sakura cruzou os braços e fechou os olhos. E, antes que A se pronunciasse, levantou a mão:

— Antes que diga qualquer coisa, devo alertá-lo de que Lilith pode ouvir qualquer coisa que Sakura ouça, então é melhor ter cuidado com o que fala.

O olhar dele desviou o olhar em direção a jovem que parecia alheia ao que acontecia ao redor e achou melhor não contradizê-la. Precisava urgentemente se atualizar sobre essas entidades antes de entrar em um confronto aberto. Apesar de não achar aquela jovem um oponente digno, não poderia dizer ao certo com relação a Lilith.

— Então, quais são as novidades, Hokage? – questionou, retomando a discussão anterior.

 

Ter todos os Jinchuurikis no mesmo lugar deixou todos da Aldeia tensos e preocupados. Dois já era confuso de se lidar, mas as nove era loucura. Os civis andavam sob ovos e os ninjas olhavam desconfiados. Tinham medo de tudo aquilo não terminar nada bem.

Sakura, Akira e Ran foram escalados para acompanhá-los enquanto estavam naquela visita. O que estavam fazendo não passou despercebido pelos dois amigos considerando que ambos sabiam quais eram suas habilidades. No entanto, longe de se sentirem indignados por não confiarem neles, se sentiram tranquilos e até os convidaram para se juntarem a reunião.

Ao final da reunião, já bem tarde, os grupos decidiram pernoitar na Aldeia e partirem de manhã cedo. Os Anbus estavam em pontos estratégicos, guardando em constante tensão. Nada podia dar errado.

Tsunade se lembrava de que a ultima vez que aquilo acontecera fora no dia do nascimento de Naruto, um dia que ainda assombrava a todos na Aldeia.

— Boa noite, Tsunade-hime! – cumprimentou ironicamente uma voz atrás dela. A Hokage se voltou e se deparou com os dois ex-conselheiros, mas ela imediatamente ficou atenta ao perceber que eram dois clones. Por que eles mandariam clones?

— Ora, o que fazem aqui tão tarde da noite?

— Só viemos informar que você acabou de cometer um erro – disse o homem e uma bomba de energia foi lançada em sua direção.

 

O brilho e o barulho chamaram a atenção de todos na Aldeia, mas os Anbus não podiam sair de suas posições por ordem da própria Hokage. Antes que pudessem se concentrar no que fazer, um outro ataque sacudiu o campo de força e outros invadiram.

O que diabos está acontecendo?

Os ninjas levaram algum tempo para entender o que acontecia e os segundos preciosos permitiram o avanço rápido dos inimigos pela noite escura. Mas acabaram encurralados perto da praça central e, um único ataque, acabou com boa parte dos inimigos.

Mas o ataque parecia estar vindo de todos os lados, em cada beco parecia haver mais deles e os ninjas estavam mais do que ocupados para pensar no que acontecia na Torre Hokage.

Tsunade conseguira se esquivar do primeiro ataque e se livrar dos dois clones, mas logo percebeu que seus problemas estavam apenas começando. Agora os verdadeiros conselheiros estavam a sua frente junto a alguém que a fez rosnar:

— Enfim, a cobra decidiu sair de sua toca – comentou, rindo sarcasticamente. – Eu devia saber que a sede de vocês por poder os fariam fazer escolhas estupidas…

— Só estamos colocando as coisas no rumo em que deveriam – disse a mulher, séria, olhando-a com uma frieza que chegava a assustar. – Os ideais de paz de Hiruzen só nos levaram, para o fundo do poço e agora essa aliança… Deveriamos aproveitar para reafirmar nosso poder.

— Nos unindo a esse louco insano?

— Há males que vem para o bem – disse o homem, desviando o olhar ao perceber que duas outras figuras se uniam a Hokage.

— Vocês planejavam isso desde do início, não é? – disse uma das figuras, surgindo na escuridão. – Por isso, faziam vista grossa aos atos dele, queriam aproveitar tudo o aconteceria para dominar o Mundo Ninja.

Quando a figura se revelou, os ex-conselheiros tremeram nas bases, lembrando-se do aviso que Sakura lhes dera semanas antes. O homem tinha o rosto trincado e seus olhos tinham um fundo negro atrás das pupilas, mas suas feições eram inconfundíveis.

— Tobirama-sama?

O homem mantinha a expressão fria que sempre o caracterizara, mas olhou ao redor, as explosões que pipocavam pela Aldeia que fora o sonho de seu irmão, e só então os encarou novamente.

— Mas o que diabos é isso?

Shimura armou um ataque preciso, somado aos dos dois conselheiros que não queriam esperar para ver a reação do ex-Hokage, mas Tobirama se protegeu e devolveu o ataque, fazendo os três se protegerem.

— Como ele pode estar aqui? – questionou o homem, em dúvida.

— Edo-tensei – comentou Shimura, surpreendendo os outros. – Ele está sendo controlado por outra pessoa.

— Está errado, Shimura! – revelou o ex-Hokage, desviando o golpe que lançaram com um tapa. – Ele nos invocou, mas manteve nossas consciências intactas.

De repente, ele lançou um ataque que atingiu Shimura em cheio, jogando-o do alto do prédio, e só então voltou-se para os dois conselheiros.

— Nunca pensei que traíram a Aldeia desse jeito.

Os dois deram passos atrás quando outros ninjas se juntaram a luta. Uma dessas pessoas olhava sem acreditar para o homem a sua frente, mas mais chocado ficou ele ao se deparar com a figura a sua frente.

— Sakura?


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Notas finais do capítulo

Os peões já estão na mesa, aguardando as ordens. Como as pessoas vão reagir as revelações que estão por vir?



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