Outra Dimensão escrita por ACLFerreira


Capítulo 34
Sakura e Konan vs Sasori


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, amigos!!!
Desculpe estar postando tão tarde, mas apenas agora consegui terminar o capítulo. Espero que gostem.
Nossos amigos ainda tentam sair de Ame, mas parecem encontrar inimigos em cada esquina.



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As duas jovens mulheres corriam em silencio, sem trocarem uma única palavra. Não coincidentemente, haviam escolhido o caminho menos frequentado já que Konan ainda não estava totalmente recuperada.

Disfarçadamente, Konan analisava sua companheira de jornada.

— O que gostaria de perguntar?

— O quê?

— Tenho a impressão de que tem perguntas e temos um longo e tedioso caminho pela frente.

A outra hesitou, parecendo não estar disposta, mas de repente disse:

— Você abortou o ataque, não é? Seu chakra, somado ao do Guardião, deveria ter me matado, mas não o fez. Por quê?

— Eu não sou uma assassina – disse, surpreendendo a companheira. – Quando eu entrei na Academia, eu queria ajudar as pessoas, fazer a diferença nesse mundo. Não tenho instinto assassino.

— Sabe que isso em batalha pode coloca-la em perigo, não é? Tem noção de que eu poderia tê-los matado…

De repente, a jovem de cabelos rosados se deteve, fazendo Konan estancar.

— Você teve duas oportunidades de nos matar, mas não o fez. Queria nos fazer ir embora… ou estou errada?

Konan desviou o olhar.

— Vocês não eram Renegados nem muito menos Anbus. Não estavam aqui para nos ameaçar. Não havia porque desaparecer com quatro ninjas e isso nos traria somente mais problemas além daqueles que já tínhamos.

— Você é inteligente. Chegou a essa conclusão apenas nos observando?

A outra não respondeu, apenas seguiu em frente.

— Não foi só por isso que me poupou, não é?

Sakura apenas sorriu. A mulher de cabelos roxos ainda se perguntava se realmente poderia confiar nela ou não quando algo mais adiante as fez se deter.

— Mas o que diabos é isso? – perguntou Konan, franzindo os olhos. – Quem largou essa marionete aqui?

Era verdade, era uma marionete em pé no meio do caminho que elas teriam de percorrer. Mas quando ela fez menção de contorna-la, Sakura pôs o braço a sua frente.

— Espere, é uma marionete de combate. É melhor termos cuidado.

— Sério? E onde está o manipulador dela?

— Delas, você quer dizer.

De repente, várias surgiram, interrompendo a passagem.

— Já chega disso! Temos de passar – disse Konan, enviando papeis bombas, mas, de súbito, as marionetes se esquivaram.

— Parece que eles cansaram de brincar.

As marionetes passaram a ataca-las, mas foram facilmente destruídas.

— Estamos perdendo tempo aqui – disse Sakura, após destruir o último. – Temos que encontrar o manipulador se não vai continuar vindo.

Dito e feito, vários outros surgiram.

— Está brincadeira está perdendo a graça – disse Konan, novamente lançando seus papeis bombas, mas muito mais rápido e as muitas marionetes explodiram.

— Estamos gastando muita energia e não encontramos o inimigo – disse Sakura, analisando ao redor. Ele não podia estar longe, se seus estudos estavam corretos esse tipo de combate só poderia ser feito a curta e média distancia. Isso dependendo da habilidade do ninja.

E um dos maiores estava no Bingo Book de quase todas as nações.

— Sasori da Areia Vermelha – murmurou, enquanto uma sombra surgia na neblina da manhã.

— Vejo que a fama me precede – murmurou uma voz sombria enquanto um homem de baixa estatura, quase tão baixo quanto Sakura, se revelava. – Vocês são difíceis de derrubar.

— Mais do que você pensa – disse Konan, mandando uma chuva de papéis bombas, mas, quando explodiram, o que voou foram minúsculas farpas de madeira.

— O que diabos é isso? – perguntou Sakura, vendo a marionete em pedaços no chão. – É outra marionete.

— Isso mesmo – disse uma voz atrás delas, fazendo-as se voltar. Agora sem o manto, dava para ver nitidamente as juntas de seus braços, chocando-as. – Eu não tenho um corpo físico. Transformei a mim mesmo em uma marionete. Isso me torna imortal, enquanto houver marionetes, continuarei voltando.

— Esse cara é maluco!

Sasori sorriu, sarcasticamente, ao mesmo tempo em que puxava um pergaminho.

— Decidi me divertir um pouco – disse, desenrolando-o e, após uma explosão de fumaça, uma outra marionete surgiu. – Minha favorita… se sintam honradas.

— Apenas uma? Isso vai ser fácil!

Sem nem tocar o chão, a marionete se enroscou em torno de Sasori e, subitamente, se lançou contra as duas, os braços se soltando e revelando uma série de lâminas enfileiradas. As duas kinoichis se esquivaram, mas, em segundos, vários braços continuaram em suas direções lançando uma nuvem de fumaça em suas direções.

— Suiton: Projétil de Água…

O golpe conseguiu atravessar a fumaça e o emaranhado de braços atingindo em cheio a marionete.

— Você é mais forte do que eu pensei – exclamou o nukenin, visivelmente chateado, mas mais por ter perdido sua marionete favorita. De repente, sorriu, fazendo-as ficar em alerta novamente. – Será uma bela aquisição para a minha coleção.

Ele invocou mais marionetes, munidas das mais diversas armas.

Sakura se aproximou mais de Konan que parecia já estar ofegante. A cicatrização do pulmão ainda estava verde e todo o esforço empreendido na batalha estava exigindo demais do corpo ainda em recuperação.

— Presta atenção – disse ela, chamando a atenção da companheira. – Você reparou que todas as marionetes tem aquele buraco no peito?

A companheira assentiu.

— A única que não tem é aquela que está controlando as outras.

— Você acha que é através daquele troço que ele se transporta entre elas? – pergunta, visualizando a pequena esfera com um símbolo em vermelho.

— As linhas de chakra partem daquele dispositivo e se espalham por todo o corpo da marionete, mas ela é feita inteiramente de madeira.

— Então, a única parte orgânica é aquele dispositivo? Certo, então a única forma de acabar com isso é destruindo-o.

— Só conseguiremos nos aproximando dele.

Konan novamente lançou seus papeis, destruindo várias marionetes, enquanto Sakura pegava uma das armas caídas e avançava em direção ao inimigo. Ele ainda tentou se defender, mas a força extrema da kinoichi atravessou a marionete e o apunhalou.

Foi uma fração de segundo, mas ele conseguiu se ejetar, instalando-se em outra marionete.

— Não vão conseguir me eliminar desse jeito.

Mas as duas sorriam enquanto ele se dava conta de que havia algo errado. Ele baixou a cabeça e se deparou com um dos papeis em forma de lâmina cravado bem sobre seu coração, a única parte sua da marionete.

— Como?

— Foi a mesma coisa que eles usaram contra mim. O ataque da Sakura foi apenas um chamariz e você caiu como um pato.

Lentamente, um liquido cor de carmesim escorria e as marionetes que ainda controlava caíram inertes. Ele se ajoelhou no chão molhado e caiu morto.

— Acabou – disse Sakura, jogando a katana que carregava longe. Quando lutava preferia os punhos, não era fã de armas.

As duas já se preparavam para seguir caminho quando ouviram outro som em algum lugar ao longe e quase imediatamente o semblante de Sakura ficou preocupado.

— Parece que não somos as únicas a ter problemas.

— Eles sabem se cuidar, não se preocupe! Temos de continuar.

Sakura assentiu e as duas retomaram a corrida.

 

Longe dali, do lado de fora da Aldeia, um grupo de ninjas estava decidindo o que fazer. Inicialmente, foram mandados pela Hokage apenas como apoio, mas agora que estavam ali se preocupavam por não serem capazes de se comunicar com os companheiros e nem sentir suas presenças.

— Temos de encontra-los – disse um deles, os olhos perolados preocupados.

— Eu sei, mas a minha preocupação é não conseguirmos sentir a presença de ninguém – disse o que parecia ser o líder, pensativo. – Vamos esperar os batedores.

O rapaz sabia ser a coisa mais sensata a se fazer, mas não parecia convencido que era o melhor a se fazer. A falta de noticias parecia o deixava incomodado e nem seu Byakugan conseguia descobrir o que estava acontecendo.

De repente, os batedores surgiram.

— Descobriram algo?

A jovem de cabelos vermelhos, claramente uma Uzumaki, tomou fôlego antes de revelar:

— Ouvimos explosões ao longe, parecia uma batalha, mas não conseguimos localizar a assinatura de energia de ninguém.

— Não conseguiram identificar?

— Não, não conseguimos sentir. Parece que há uma barreira de proteção envolvendo a Aldeia inteira – disse um outro jovem, um ar raramente sério envolvendo seu rosto. Ele parecia verdadeiramente preocupado.

— Então, é impossível saber quantos inimigos ou se nossos companheiros estão vivos – raciocinou o líder, suspirando.

— O que faremos agora? – era o que todos pareciam querer saber, mas foi o outro jounin que questionou.

O líder, um homem corpulento, passou a mão pelo rosto, analisando suas opções naquele momento. Voltar sem seus companheiros não era uma opção, prometera ao Conselho e ao líder dos Hyuugas levar nem que fosse apenas os corpos, mas entrar em campo minado sem noção do que os esperava era bem arriscado.

De repente, a jovem de cabelos vermelhos se pôs tensa, chamando a atenção deles. Outro grupo de ninjas se aproximava e, embora ostentassem bandanas de Sunagakure, não era bom baixar a guarda.

— Ouvimos o que disseram sobre seus companheiros – disse o de cabelos ruivos, sério. – Achamos que gostariam de saber que a Aldeia está desabitada.

— Desabitada?

— Sim! Nosso Kazekage acabou de receber a confirmação do Lorde Feudal do País da Tempestade de que Aldeia foi devastada por um ataque quase treze anos atrás, tendo apenas três sobreviventes. Desde então, se encontra totalmente abandonada, pois eles foram viver na capital.

— E eles sabem quem fez isso?

— Sim, Danzou Shimura.

— Não foi o que nos foi informado. Foram atraídos por uma armadilha? – perguntou o jovem de cabelos em forma de abacaxi.

— Isso explicaria porque não conseguimos encontrar ninguém – disse outro, enquanto os jovens desembainhavam suas armas, preparados para a batalha.

— Mande um falcão para Konoha informando o que está acontecendo – disse o líder, resoluto, a um dos jovens. – Vamos entrar.

Todos assentiram, inclusive os três ninjas de Suna.


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