Penso em você, logo desisto escrita por British


Capítulo 7
A briga


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Fiz o possível para não demorar muito! Eis o capítulo! Boa leitura!

Obs: Deixe um comentário ok? Seja legal comigo! haha

Até o próximo!



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Rio de Janeiro. Terça-feira, 14 de fevereiro de 2017.

Sakura chegou ao pré-vestibular junto de Deidara, ou seja, ela chegou lá horas antes da sua aula. Então, ficou na recepção, ajudando o amigo a organizar uma pasta de documentos. Enquanto eles batiam um papo sobre como Sakura apresentaria Deidara para Kizashi, Sasuke surgiu e cortou o assunto.

— Bom dia, Deidara, Sakura. O que faz tão cedo aqui Haruno? – Perguntou Sasuke.

— Bom dia, Sasuke. – Disse Deidara.

— Bom dia, eu marquei com Deidara de virmos juntos. Aí ele passou na minha casa bem cedo e cá estamos. – Contou Sakura.

— Vocês viraram amigos mesmo né? – Perguntou Sasuke.

— Exatamente! Então ai de você se fizer qualquer coisa pra partir esse coraçãozinho hein? – Avisou Deidara, tentando parecer durão e vão.

— Claro! Eu nunca faria nada para partir esse coração. – Concordou Sasuke rindo.

— Fique você sabendo que o Deidara deu uma surra no Kiba, então é bom tomar cuidado! – Entregou Sakura.

— É sério isso? – Sasuke ficou surpreso.

— Só um soco bem dado na fuça daquele idiota. Foi merecido. – Afirmou Deidara.

— Deidara é meu herói agora. – Contou Sakura animada.

— Vou ter que competir com você, Deidara? – Perguntou Sasuke preocupado.

— Não precisa, ela é toda sua. To abrindo mão, mas, se eu quisesse, você tinha zero chances Uchiha! – Disse Deidara sorrindo.

— Menos um rival então. Só preciso me preocupar com o Sasori agora. Feliz, Sakura? – Perguntou Sasuke.

— Que dama não ficaria feliz com dois caras disputando seu amor? Eu ia AMAR se o Dei entrasse na briga. – Disse rindo, debochada.

— Mas e o Sasori? – Insistiu Sasuke.

— Relexa, Sasuke! Eu prometi que ele tá fora! – Disse Sakura.

— Bom saber... vamos pra aula? – Perguntou Sasuke.

— Ainda não tem ninguém aqui! – Disse Sakura.

— Melhor assim, boba, aula particular... – Insinuou Deidara com um olhar cúmplice e Sakura entendeu.

— Vai perder essa chance? – Provocou Sasuke.

— Não mesmo. – Falou Sakura, seguindo Sasuke até a sala.

[...]

A sós, Sasuke puxou uma cadeira para perto de Sakura. Ela o encarou encantada com a atenção.

— Ficou com ciúmes do Deidara? – Perguntou Sakura para Sasuke.

— Tenho motivos? – Rebateu Sasuke.

— O Dei é gato. – Sentenciou Sakura.

— Beleza não é tudo. – Afirmou Sasuke.

— Eu percebi que você acha isso. Sua ex é bem feinha por sinal... – Comentou Sakura, arrancando uma gargalhada de Sasuke.

— Você achou isso é? – Perguntou Sasuke.

— Achei, mas não estamos aqui pra falar dela. Que tal começar a sua aula? – Perguntou Sakura.

— Antes de começar a aula, eu queria fazer uma coisa... – Disse Sasuke se aproximando, dando a entender que iria beijá-la, mas Sakura se esquivou.

— Aqui não. – Pediu.

— Por que não? – Perguntou Sasuke se afastando.

— Aqui é seu local de trabalho e onde eu estudo. Gosto de respeitar as situações. Fora daqui tudo bem, mas na sala de aula não. Pode ser? – Propos Sakura.

— Como a senhorita quiser... – Disse Sasuke decepcionado.

— Você entende né? Eu não quero misturar as coisas... – Explicou.

— Você não quer me beijar por isso ou por que não tá a fim? – Perguntou Sasuke na lata.

— Sasuke, você tem espelho em casa certo? – Perguntou Sakura e Sasuke assentiu – Então, eu não preciso ficar dizendo o quanto você é bonito e atraente né? É claro que eu to a fim. É só a circunstância. Vai que alguém entra e nos flagra? Eu ia ficar sem graça, não seria bom. – Justificou Sakura e Sasuke se deu por vencido.

— Sabe, eu nunca quis tanto que o Enem passasse logo. – Admitiu Sasuke e Sakura riu.

— Faltam só alguns meses. Você é forte! Aguenta! Além disso, nós dois temos assuntos mal resolvidos ainda. – Disse Sakura.

— Eu e a Karin não tem volta. Tá resolvido. – Garantiu Sasuke.

— E se ela ficasse solteira amanhã? Você ainda pensaria assim? – Sakura perguntou e Sasuke ficou pensativo.

— Eu...

— Você não tem certeza e tá tudo bem em não ter. Eu sentiria a mesma coisa se o Kiba terminasse com a Ino. Nossos corações foram partidos e faz parte da ordem natural das coisas a gente se recuperar aos poucos. A gente não precisa acelerar nada do que tá rolando. Vamos com calma, por favor... – Pediu Sakura.

— Tudo bem. Eu vou com calma, por você. – Enfatizou Sasuke.

[...]

Rio de Janeiro. Sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017.

Algumas horas antes do espetáculo começar, Sakura levou Deidara para conhecer os bastidores e, de quebra, apresentá-lo a seu pai.

Primeiro, eles caminharam entre as poltronas, chegaram próximos ao palco, subiram nele e Sakura pediu para o profissional responsável pela iluminação jogar um feixe de luzes nele para Deidara sentir a sensação de estar ali.

— Imagina a plateia gritando o seu nome, os aplausos... – Incentivou Sakura e Deidara fechou os olhos.

— Isso aqui é mágico. – Afirmou Deidara totalmente arrepiado e abriu os olhos.

— Eu fui criada aqui, vendo meus pais no palco. Foi difícil pra eles imaginar que meu destino não era o mesmo. – Confessou Sakura.

— Como você pode não querer ser atriz, Sakura? Nem eu entendo... – Disse Deidara.

— Eu adoro assistir às peças, mas não fazê-las. Eu gosto de aplaudir, dar os parabéns pra eles nos camarins, mas eu não quero a fama, as entrevistas, as pessoa especulando minha vida, com quem eu to ou não. – Contou Sakura.

— Pois eu quero isso tudo. – Afirmou Deidara e Sakura riu.

— Vou tentar te ajudar com isso. Meu pai é conhecido por relevar grandes talentos... Quem sabe você não é próximo?

— Deus te ouça, Sakura! – Falou Deidara animado.

[...]

Nos corredores por trás do palco, Sakura encontrou o pai e logo tratou de apresentá-lo a Deidara.

— Pai, eu queria muito que o senhor conhecesse o Deidara. Ele é tipo um anjo na minha vida e é ator. Ainda amador, mas é ator. Acha que rola a oportunidade de um teste pra ele qualquer dia desses? – Disse Sakura.

— Deidara, prazer em conhecê-lo! Sakura fala muito de você lá em casa! – Disse Fugaku.

— Eu sou um grande fã de seu trabalho, Kizashi! – Disse Deidara.

— Quanto a oportunidade do teste, acho que posso conseguir alguma coisa pra você no meu próximo espetáculo. Escrevi um monologo, mas mudei de ideia quanto o ator que ia estrelar a produção. Daqui a alguns meses vou fazer testes e, se tiver interesse, pode fazer. O que acha? – Ofereceu Kizashi.

— É claro que eu tenho interesse! Serei eternamente grato, senhor Haruno! – Disse Deidara.

— Obrigada, pai! O Deidara é muito talentoso e só precisava mesmo de uma oportunidade. – Agradeceu Sakura.

— Se te deixa feliz, eu também fico, filha. Quem sabe com um amigo ator você não muda de ideia e decide seguir carreira também? Eu poderia escrever algo pensando nos dois... – Sugeriu Kizashi e Sakura riu.

— Danadinho! Pai, não tente usar o Deidara pra isso ok? O ator aqui é ele e não eu. – Disse Sakura.

— Deidara, minha filha tem talento, mas se recusa ser atriz! Veja se pode... – Disse Kizashi.

— Senhor, mesmo que não seja nos palcos, sua filha será uma profissional e tanto em qualquer carreira que ela deseje seguir. – Afirmou Deidara.

— Agora eu entendo porque o Kiba tava mordido de ciúmes desse garoto. É gente boa mesmo! – Disse Kizashi rindo.

— O que? Kiba com ciúmes do Deidara? – Perguntou Sakura.

— Sim, foi o que ele me disse no outro dia. Aliás, Kiba já está por aqui. Melhor você ir embora senão quiser cruzar com ele pelos bastidores. – Falou Kizashi como se não fosse nada demais.

— Nós vamos ficar para assistir à peça. – Informou Sakura.

— Tudo bem, filha. – Kizashi então deu um beijo na testa de Sakura – Apreciem o espetáculo. – Disse Kizashi e se retirou.

— Quer dar uma provocadinha de leve no Kiba? Eu posso atuar como seu novo boy magia de novo. – Disse Deidara e Sakura riu.

— Se você se oferecer de novo, vou achar que Sasuke está certo e você quer ser meu boy. – Disse rindo.

— Não ia ser nada mal pra minha carreira ser genro de Kizashi Haruno. – Disse pensativo.

— Para de falar bobagens! Vamos procurar nossos assentos antes que o público comece a chegar! – Disse Sakura e puxou Deidara pelo braço.

Sakura e Deidara sentaram-se no meio do teatro. A Haruno sugeriu que fosse assim para que Kiba não notasse sua presença rapidamente, embora soubesse que o cabelo cor de rosa não ia ajudar muito no disfarce. Durante toda a peça, ela e Deidara comentaram as cenas até que no final os dois decidiram esperarem por Tenten, que era amiga de Sakura e havia pedido para eles a esperarem.

— Sakura, querida, é uma alegria tão grande te ver aqui de volta! – Disse Tenten abraçando a Haruno.

— Considero o teatro minha segunda casa, então eu voltaria de qualquer jeito. – Disse Sakura.

— Saber da sua presença na plateia fez todos nós fazermos o espetáculo com mais amor ainda! – Disse Tenten.

— Incluindo o Kiba? – Perguntou Sakura como quem não queria nada.

— Com certeza! Kiba ainda não te esqueceu, mas não vou defendê-lo porque a certa nessa história é você! – Afirmou Tenten.

— Bem, Tenten, eu quero te apresentar o Deidara! Ele é um novo amigo meu! – Apresentou Sakura.

— É um prazer conhecê-la, Tenten! Acompanho seu trabalho faz tempo! Estás perfeita! Uma diva! – Elogiou Deidara.

— Obrigada, querido! Tento fazer o meu melhor sempre! – Disse Tenten.

— Tenten, Deidara é ator também. Quem sabe vocês contracenam no futuro? – Sugeriu Sakura.

— Quem sabe né? O futuro a Deus pertence! – Concordou Tenten.

— Seria um sonho! – Afirmou Deidara.

— Foi você que bateu no Kiba outro dia? – Perguntou Tenten curiosa.

— Ele te contou isso? – Sakura ficou chocada.

— Na verdade, ele chegou aqui com a cara arrebentada e teve que contar né? – Confessou Tenten.

— Não me orgulho de bater em ninguém, mas naquele dia ele mereceu... – Disse Deidara.

— Ele está arrependido do que fez... Não é Kiba? – Perguntou Tenten vendo Kiba se aproximar dos três e imediatamente Sakura e Deidara deram as mãos.

— Eu fui um otário. Peço perdão, Sakura e Deidara. – Disse Kiba parando ao lado de Tenten.

— Que não se repita! – Exigiu Deidara.

— Não vai se repetir... Sakura, não vai dizer nada? – Perguntou Kiba.

— Não tenho nada a dizer. Vamos embora, Dei? – pediu Sakura e Deidara assentiu – Depois nos falamos Tenten. – Despediu-se.

— Até mais, Sakura! Tchau Deidara! – Disse Tenten.

— Tchau pessoal. – Disse Deidara e saiu caminhando com Sakura.

— Agora ela só anda caminhando de mãos dadas com esse cara, você viu? – Disse Kiba.

— Eles só são amigos. – Disse Tenten.

— Tem certeza? – Perguntou Kiba.

— Absoluta. Agora, se você quiser continuando bancando o ciumento é melhor terminar logo com a Ino.

— Nem te contei que ela brigou comigo naquele dia que a gente saiu pra jantar né? – Contou Kiba.

— Sério? Deu a louca nela?

— Sim, mas não quero nem pensar nisso agora. – Disse Kiba.

— Quer ir lá pra casa? – Perguntou Tenten.

— Melhor não... Ino tá me esperando. – Disse Kiba.

— Ok. Depois a gente se fala então, vou pegar meu carro. – Despediu-se Tenten e Kiba também tomou seu rumo.

[...]

Rio de Janeiro. Sábado, 18 de fevereiro de 2017.

Tenten acordou com seu telefone tocando. Era Itachi Uchiha. Ela então se sentou depressa na cama e atendeu ao telefone, pois deveria ser algo importante. Uma ligação de trabalho, às 11h da manhã, num sábado, deveria ser urgente.

— Alô. – Disse Tenten.

— Te acordei? – Perguntou Itachi que já tinha sacado a voz de sono da atriz.

— Imagina. Tá tudo bem, Itachi? Algo importante pra me dizer? – Perguntou Tenten preocupada que o contrato tivesse melado.

— Conversei ontem com seu empresário e ele deve levar os papeis pra você assinar nos próximos dias. Não foi exatamente pra falar de negócios que eu liguei. – Disse Itachi.

— Se não foi pra falar de negócios, pra que seria? – Perguntou já sacando o interesse dele.

— Ah, hoje é sábado... Pensei que você talvez quisesse sair comigo. Sua peça é só a noite, certo? – Perguntou Itachi e Tenten tirou o telefone do ouvido por um minuto para rir.

— Itachi Uchiha está me chamando pra sair? Isso não pode ser considerado assédio? – Perguntou Tenten e dessa vez foi Itachi quem riu.

— Se não quer, é só dizer não. Perguntar não ofende, certo? – Disse Itachi e Tenten ficou pensativa.

— Não sei... Conheço sua fama Itachi. Que modelos das campanhas que você faz que não passou pela sua cama? – Questionou provocativa.

— Menos modelos do que dizem e que eu gostaria. – Confessou Itachi e Tenten pensou que ele era um cafajeste sincero.

— Agradeço o convite, mas não quero misturar trabalho e diversão dessa vez. – Dispensou Tenten.

— Foi algo que eu fiz ou disse? – Perguntou Itachi como se estivesse fazendo uma pesquisa de mercado.

— Nada em especial. Só não estou nessa vibe e já tinha marcado com uma amiga de ir fazer compras no shopping antes de ir pra minha peça. – Informou Tenten.

— É uma pena! Eu tinha pensado em coisas muito divertidas pra nós dois fazermos juntos. – Disse Itachi de um jeito insinuante.

— A próxima da sua lista deve aceitar sua proposta indecente, Itachi. Tente de novo. Agora, eu realmente preciso desligar. – Disse Tenten.

— Ok. Nos vemos em breve por causa da campanha. – Concordou Itachi.

— Ok. Tchau. – Despediu-se Tenten e desligou o telefone. Ela estava impressionada com a capacidade de Itachi em tentar seduzir as modelos que trabalhavam nas campanhas que ele idealiza.

[...]

Naquele sábado, Karin estava animada. Tinha acordado cedo, corrido na praia, voltado para o apartamento, tomado um banho, se arrumado e estava pronta para ir almoçar fora com Suigetsu. Ela estava de bom humor, o que Naruto achou estranho. Mesmo assim, ficou calado e jogando videogame na sala. Até que a prima parou e o interrompeu.

— Hoje eu não tenho hora pra voltar. – Avisou Karin, enquanto procurava as chaves na bolsa.

— Vai ver o seu namorado? – Perguntou Naruto.

— Vou. Por acaso, você vai sair correndo pra contar pro Sasuke? – Provocou Karin e Naruto pausou o jogo.

— Ele não quer mais saber de você. Está com outra garota já. – Avisou Naruto e aquilo afetou Karin.

— Ah... que bom. – Fingiu indiferença.

— O seu namoradinho não pode subir entendeu? Se encontre com ele fora daqui. – Sentenciou Naruto.

— Não se preocupe. Ele vem de carro me buscar. Não vai passar do portão. – Karin tranquilizou Naruto.

— Ok. Use camisinha! – Aconselhou Naruto e Karin riu.

— Não se preocupe com isso. Até mais, primo. – Despediu-se Karin.

— Até! Juízo! – Disse Naruto e voltou a se concentrar no jogo.

[...]

Suigetsu abriu um sorriso ao ver Karin se aproximar de seu carro, que estava estacionado na frente do prédio. Assim que entrou no veículo, ela o cumprimentou com um beijo e em seguida colocou o cinto de segurança.

— Amor, para onde vamos? – Perguntou Karin.

— Consegui reservar uma mesa para nós dois num restaurante top. Você vai gostar! Foi tranquilo com o seu primo? – Perguntou Suigetsu, começando a dirigir.

— Naruto não manda na minha vida. – Disse Karin.

— Mas agora você mora na casa dele. Mais alguma regrinha chata que tenhamos que cumprir? – Perguntou Suigetsu interessado.

— Não, mais nenhuma. Aliás, falei pra ele que hoje eu não tenho hora pra voltar. Então, você está autorizado a ficar comigo pelo tempo que quiser. – Karin sorriu.

— Então, acho que o seu primo só volta a te ver amanhã. – Disse com um sorriso cafajeste na boca e colocando a mão na coxa esquerda da namorada.

A chegada no tal restaurante foi tranquila. Por ser uma celebridade, Suigetsu teve um tratamento especial e Karin por tabela. Realmente, a mesa escolhida tinha uma vista panorâmica da cidade e era muito chique. Karin ainda ficava afetada com os lugares em que frequentava com Suigetsu. Embora a família de Sasuke tivesse dinheiro, o ex nunca havia a levado para um lugar desse porte. Enquanto isso, Suigetsu sabia usufruir do dinheiro que possuía e isso era um de seus encantados.

— Está gostando? – Perguntou Suigetsu assim que fizeram os pedidos para o garçom.

— Está tudo divino! Como você sempre acerta? – Perguntou Karin, enquanto afagava a mão do namorado.

— Conheço seu bom gosto. Não quero que se arrependa de ter me escolhido. – Disse Suigetsu.

— Nem em um milhão de anos eu me arrependeria! – Afirmou Karin, completamente apaixonada pelo nadador.

Quando já estavam pedindo a conta para irem embora, uma jovem adolescente foi até a mesa do casal e abordou Suigetsu para tirar uma selfie. Muito educado, ele consentiu o pedido e foi Karin quem bateu a foto. A menina agradeceu e disse que os dois formavam um casal bonito, o que deixou Karin radiante.

Saíram de lá para um passeio pelas lojas. Segundo Suigetsu, a Adidas era sua patrocinadora e ele tinha que ir pegar umas roupas que havia negociado para promover a marca em alguns eventos e entrevistas. Mais uma vez, Karin olhou orgulhosa para o namorado. Se sentia especial por estar ao lado de um medalhista olímpico e promessa para as próximas olimpíadas. Andava de mãos dadas com ele como se fosse uma diva do cinema.

Mas o mundo perfeito de karin logo se ruiu. Quando pisaram os dois pés na loja, os cochichos começaram e Karin começou a se perguntar se havia algo de errado com ela. Ali, naquele espaço, o tratamento especial era só para Suigetsu e ela foi posta de lado. Quando o nadador já havia escolhido suas peças, Karin prestou atenção em duas funcionárias que estavam aparentemente rindo dela. Enquanto Suigetsu estava ocupado, Karin foi atrás das funcionárias para confrontá-las.

— Onde está a graça? – Perguntou Karin séria e logo as vendedoras pararam de rir.

— Não é nada com a senhora. – A primeira vendedora disse.

— Era uma piada interna. – Justificou a segunda mulher.

— Não foi o que pareceu, já que desde que eu coloquei os pés aqui vocês duas começaram a rir de mim. Falem! Por que estavam rindo? Eu não sou otária! – Argumentou Karin e as vendedoras se entreolharam.

— A senhora não vai gostar de saber... Vai por mim! – Aconselhou uma delas.

— Quem você pensa que é pra me dar qualquer conselho? – Questionou Karin alterada.

— Melhor a senhora ver isso aqui antes de brigar com a gente. – Disse a outra vendedora mostrando uma foto de Suigetsu em clima de intimidade com outra mulher.

— Essa foto é antiga! – Rebateu Karin, olhando a sequência de fotos que mostravam carinhos e até um beijo.

— A data é de ontem! Acho melhor você tomar conta do seu namorado. – Avisou a vendedora e pegou o celular de volta.

Karin sentiu vontade de chorar naquele momento, mas, ao invés disso, ela voou na vendedora e começou a puxar os cabelos dela.

— Fofoqueira! Imbecil! Quem você pensa que é pra inventar algo assim sobre o meu namorado? – Berrava Karin enquanto agredia a vendedora e a outra tentava apartar.

Logo os seguranças da loja apartaram a briga e Suigetsu não ficou nada feliz com o alarde da situação. Pessoas comuns que estavam na loja viram o barraco e filmaram com seus celulares. Ou seja, em breve aquilo estaria em sites de fofoca.

— Karin, chega! – Pediu Suigetsu, enquanto afastava a namorada que ainda se debatia.

— Essa oferecida estava insinuando que você me traiu! – Berrou Karin e Suigetsu olhou feio para as funcionárias.

— É só não dar trela pra esse tipo de gente. Vem, vamos embora! – Disse o nadador, puxando a namorada para fora da loja e sendo seguido por outro funcionário que carregava suas sacolas e ia pedindo perdão pelo comportamento das vendedoras.

— Nós sentimos muito, senhor Hozuki! – Disse o funcionário entregando as sacolas para Suigetsu já fora da loja.

— Espero que vocês tomem uma providência quanto as suas funcionárias por terem desrespeitado a minha namorada. – Disse Suigetsu.

— Não se preocupe. Elas levarão uma advertência cada uma. – Afirmou o gerente.

— Melhor assim! – Disse Suigetsu e correu para o estacionamento com a namorada que ainda estava furiosa.

— Estavam rindo de mim. – Disse Karin já mais controlada dentro do carro.

— Era inveja, Karin. Vai se deixar abalar por causa de gente despeitada? – Perguntou Suigetsu encarando a namorada.

— Elas me mostraram uma foto de você com uma menina de cabelo azul num bar. – Informou Karin e Suigetsu não se abalou.

— Deve ser uma foto antiga. – Argumentou Suigetsu.

— Foi isso que eu disse, mas a data era de ontem. – Disse encarando o namorado e Suigetsu respirou fundo.

— Ok. Não vou mentir pra você. Ontem eu fui a um bar com uma amiga, mas não rolou nada. – Confessou Suigetsu.

— Eu vi a foto de um beijo. – Disse séria.

— Não foi nada, Karin. De onde ela veio, amigos dão selinho pra cumprimentar. Vai desconfiar de mim agora? – Perguntou Suigetsu.

— Não foi traição então? – Questionou Karin.

— Eu não vi dessa forma, mas se você quer deixar de ser minha namorada... – Suigetsu deu de ombros e Karin ficou quieta.

— Não é isso... – Disse incomodada.

— Karin, eu gosto de você. Eu assumi você pro mundo, coisa que eu nunca tinha feito com outra garota e agora você vai duvidar de mim? Esse beijo que fotografaram não significou nada pra mim. – Explicou Suigetsu.

— Mas significou pra mim... – Choramingou Karin.

— Você quer terminar? Se quiser, deixa claro. – Disse Suigetsu.

— Não, eu não quero. – Decidiu Karin.

— Então não fica assim meu amor... Nosso dia pode ser maravilhoso ainda. – Disse Suigetsu ligando o carro.

— Me deixa em casa, por favor. – Pediu Karin.

— Tem certeza? – Perguntou Suigetsu.

— Não tem mais clima pra hoje. – Alegou Karin e Suigetsu concordou.

— Como você quiser... – Disse já dirigindo.

[...]

Vanessa White – Running Wild – para ouvir

Karin desceu do carro ainda tonta com tudo que tinha acontecido. Havia se sentido humilhada, mas não queria perder Suigetsu. O amava e, do fundo de seu coração, queria acreditar em cada palavra que ele havia lhe dito. Assim, ela caminhou pelo calçadão da praia e se sentou num banco observando o ir e vir das ondas.

De repente, ela sentiu uma mão tocar seu ombro e ficou surpresa ao ver que era Sasuke.

— Oi, Karin. Tá tudo bem? – Perguntou Sasuke preocupado, sentando-se ao lado da ex.

— Pareço bem? – Karin lhe devolveu a pergunta e Sasuke negou com a cabeça.

— O que o atleta te fez? – Perguntou Sasuke, pois tinha acompanhado de longe Karin vagando perdida após descer do carro. Sabia que o casal tinha brigado e resolveu segui-la. Estava saindo da casa de Naruto e acabou, sem querer, vendo tudo.

— Beijou outra. – Riu amarga.

— E você terminou com ele? – Perguntou Sasuke.

— Não tive coragem. Sou uma fraca! – Lamentou Karin chorando e Sasuke a abraçou.

— Não chora. – Pediu Sasuke num sussurro. Era óbvio que ele ainda se importava com ela, apesar do que ela havia feito com ele.

— Você é bom, justo, lindo. Eu deveria estar com você – Respondeu Karin encarando a boca de Sasuke, comendo o rapaz com os olhos.

— Sabia que qualquer hora dessas você iria se arrepender... – Sasuke então umedeceu os próprios lábios e Karin então o beijou.

Ele poderia tê-la rejeitado, mas não o fez. Parte dele queria aquele beijo, sentir que havia vencido Suigetsu mesmo que por um momento. Karin sugou seus lábios com vontade, o desejo que sentia por Sasuke era latente. Pior, era recíproco. Parte do Uchiha, ainda amava aquela mulher, embora amaldiçoasse aqueles sentimentos. Quando o beijo se findou, Sasuke sorria e Karin se culpava.

— Não devia ter feito isso. – Antecipou-se a ruiva, o que fez o sorriso de Sasuke desaparecer.

— Por que não? Nós dois queríamos isso! – Argumentou Sasuke.

— Eu quis revidar o que o Suigetsu fez comigo. Não foi certo beijar você! Desculpe, Sasuke! – Disse Karin se levantando e Sasuke a segurou pelo braço.

— Quando você vai perceber que ele tá brincando com você, que isso não é amor? – Sasuke perguntou revoltado.

— Quem julga isso sou eu. Por favor, me deixa ir! – Implorou Karin e ele a soltou.

— Não sei porque eu ainda me importo! – Gritou Sasuke enquanto via Karin atravessar a rua correndo e em seguida entrando no prédio de Naruto. 


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