Penso em você, logo desisto escrita por British


Capítulo 41
Feitos um para o outro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Demorei um pouco, mas cheguei com capítulo novo debaixo do braço! Espero que vocês gostem, comentem, imaginem o que está por vir! Enfim... a fic já está maior do que eu tinha imaginado (Eu tinha planejado acabar no capítulo 41), mas, vão ter mais capítulos. Acabou que eu preciso resolver todas as tramas ainda e não quero que fique corrido porque temos muitos personagens. Tenham paciência comigo!

Obs: Caso tenham erros de qualquer tipo que seja no capítulo, me perdoem! Eu não conseguir fazer a revisão final e preferi postar logo porque imagino que vocês estejam curiosos! Senão, ia demorar muito e não teria previsão para postar o capítulo. Se aparecer qualquer erro, depois eu corrijo! ♥

BOA LEITURA!



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Rio de Janeiro. Domingo, 12 de agosto de 2018.

Ino estava dobrando e organizando por cor as roupinhas de Inojin quando recebeu uma mensagem de Itachi no celular. No texto, ele dizia: “Tem tempo de vir ao meu apartamento no fim do dia? O quarto de Inojin está pronto.” Ino hesitou em responder. Ela tinha tempo livre de sobra, mas não sabia se querer ir até a toca do seu ex. Certamente, Itachi tentaria enredá-la com palavaras envolventes como antes.

Ino pensou uma, duas, três vezes até  que resolveu responder. Não seria fraca e não se deixaria intimidar pelo jeito de Itachi. Ela já havia tomado uma decisão e nada que ele fosse dizer ou fazer mudaria o que hoje ela sentia por ele: pena.

Ino então respondeu: “Tudo bem, Itachi. Passo aí por volta das 17h. Até.” Fria? Sim, ela foi um pouco, mas era necessário ser direta com o Uchiha, senão ele acreditaria que ela estaria amolecendo.

Então, Ino voltou ao que estava fazendo anteriormente e, ao terminar, pegou o celular novamente para ver suas redes sociais. Por coincidência, Gaara acabara de postar uma foto na praia. Ele estava se exercitando e Ino percebeu que a foto era de um local próximo a seu condomínio. Então, como quem não queria nada, ela resolveu ir andando até lá.

Ao chegar naquela localidade, ela notou de longe a cabeleira ruiva do nadador que agora corria um circuito na areia. Ela parou próxima e então chamou por Gaara, que sorriu ao notá-la.

— Ei, Ino! Tudo bem? Dando uma voltinha com o baby? Como vai a gravidez? – Perguntou Gaara já se aproximando da loira.

— Tá tudo bem. Mal vejo a hora de parir! Inojin está ótimo também. Resolvi ver como tava o movimento na rua. É meio solitário ficar em casa só com o bebê.

— Ainda vai crescer mais, mas a sua barriga tá linda. – Elogiou Gaara.

— Só você pra levantar a minha autoestima. E você? Como tá?

— Focado nos treinos. 2020 é logo ali.

— Ótimo! E a Karin?

— Ah, você ainda não sabe? A gente terminou. – Informou Gaara e olhos se Ino se arregalaram.

— Eu não sabia. Vocês mudaram o status nas redes sociais? É o único jeito que me informo ultimamente. – Relatou Ino.

— Na verdade, a gente nunca colocou nada sobre relacionamento nas redes sociais. A gente era mais discreto.

— Entendi. É uma pena, vocês formavam um casal bonito. Mas o importante é que cada um seja feliz né?

— Sim, você está certa. Eu e ela estávamos brigando muito por bobeira. Aí foi melhor assim. Pensei que o Kiba tivesse te contado sobre eu e a Karin.

— Kiba? Por que?

— Ele e a Karin são amigos agora.

— Eu não sabia. Faz um tempinho que não vejo o Kiba. Moramos no mesmo prédio, mas ele tá enlouquecido com os ensaios do monólogo e aí mal nos falamos. Provavelmente, ele me contaria numa próxima vez.

— Entendi. – Disse Gaara e então o telefone de Ino começou a tocar, mas ela não atendeu.

— Era o Itachi. Não vou atender mesmo. – Dissse Ino guardando o celular.

— Como ficaram as coisas entre vocês? – Perguntou Gaara curioso.

— Na verdade, ainda estamos nos organizando. Afinal, seremos pais de uma criança que logo nascerá. Ele me pediu perdão, disse que tá mudado.

— Vocês reataram? – Perguntou Gaara.

— Não, não vamos. Isso já acabou.

— Que bom! – Gaara não conseguiu esconder a satisfação de ouvi-la dizer aquilo.

— Né? Também acho.

— Ino, eu já acabei por aqui. O que acha da gente tomar uma água de coco, sei lá... – Propôs Gaara.

— Eu acho uma ótima ideia! – Disse Ino sorrindo.

[...]

Sakura aproveitou que era domingo para andar de bicicleta com Sasuke pela Lagoa. Após darem uma volta, eles pararam no Parque dos Patins, onde se sentaram no deck para observarem a paisagem.

— Você tá meio calada hoje. No que está pensando? – Perguntou Sasuke.

— Eu sonhei com o Deidara noite passada. Acho que fiquei meio impressionada. – Confessou Sakura.

— O que acontecia no sonho?

— Ele aparecia no dia da estreia do monólogo e me abraçava dizendo: “Tá tudo bem”. – Contou Sakura.

— Não foi um sonho ruim então...

— Não, não foi. Mas eu acordei me sentindo estranha. Ele faz uma falta enorme.

— Eu entendo que sinta saudade, mas a vida segue. Você vai homenageá-lo em breve, tem a reestreia do monólogo, a inaguração da sala de teatro com o nome dele, a peça que seu pai prometeu escrever baseada nas anotações do próprio Deidara. O que mais falta? – Questionou Sasuke.

— Não falta nada. Tem razão. Ele vai receber todas as honrarias. Mudando de assunto, você e a Konan se encontraram? – Perguntou Sakura.

— Não, mas nos falamos por telefone. Ela deve ir embora hoje a noite do Rio.

— E você não vai vê-la?

— Não.

— Por que, Sasuke?

— Porque eu prefiro passar o meu tempo livre com a minha namorada. – Respondeu Sasuke seriamente.

— Você decidiu isso por causa da minha reação no outro dia? – Perguntou Sakura.

— Não foi só por isso, mas é claro que eu sempre levo em consideração como você se sente.  Sakura, quero que tenha em mente que é única pra mim.

— Não quero que você vire as costas para sua amiga por minha causa. Vá vê-la. Vou me sentir mal se eu for o motivo de você não ir. – Argumentou Sakura.

— Não vou. Já decidi e me expliquei para a Konan.

— O que disse a ela?

— Eu disse que nos veríamos numa próxima vez, porque precisava dedicar um tempo à minha namorada.

— Não precisava...

— Eu sei, mas preferi assim. Pode aceitar essa minha decisão?

— Posso, Sasuke.

— Te amo!

— Também te amo! – Sakura então beijou Sasuke.

[...]

Gaara  e Ino foram tomar uma água de coco num quiosque próximo. Lá abriram seus corações.

— Eu imagino a expectativa que você deve ter para o nascimento do Inojin. – Disse Gaara.

— Tá tudo pronto para quando ele chegar, eu fico contando os dias. Agora, o Itachi resolveu bancar o pai presente e fez até um quarto pro filho no apartamento dele. – Contou Ino.

— Que bom né? Assim, você pode ficar mais tranquila que vocês não vão ficar desamparados por ele. – Comentou Gaara.

— Sim, é um direito do Inojin pelo qual briguei até o fim.

— Você é uma guerreira, Ino. Acho linda a forma como você briga pelo bem do seu filho.

— Inojin vem em primeiro lugar na minha vida em tudo.

— Tem que ser assim mesmo.

— Sempre sonhei em ser mãe. Inojin é meu bem mais precioso.

— Sempre sonhei em ser pai também, mas acho que esse sonho ainda vai demorar um pouco para se realizar.

— Por que?

— Nem namorada tenho mais. Além disso, meu foco principal agora é a medalha nas olimpíadas em 2020. Só depois vou voltar a pensar nessas coisas de amor.

— E se você se apaixonar no meio do caminho?

— Bem, se isso acontecer, a minha parceira vai ter que ter paciência, porque o foco é mesmo Tókio 2020.

[...]

Konan tinha recebido bem a resposta negativa de Sasuke. Ela deveria imaginar que o desejo atual do Uchiha mais novo era agradarà namorada, depois de tudo que eles tinham passado nos últimos meses. Sem guardar qualquer mágoa, Konan resolveu então ir se despedir de Itachi. Chegando à casa do publicitário, ela pegou Itachi com uma vassoura e se surpreendeu. Afinal, ele não tinha o menor jeito para dono de casa.

— O que te deu? – Perguntou chocada.

— A Ino vem aqui mais tarde e reparei que a casa não tava limpa. Liguei pra minha faxineira, mas ela tá ocupada, então sobrou pra mim. – Informou Itachi.

— Ah, claro... Tinha que ser pra agradar a sua ex! – Disse Konan rindo.

— Não quero que ela pense que a minha casa é suja e que por isso meu filho não poderá dormir aqui.

— Tão bonitinho isso de você falando “meu filho”. – Elogiou Konan.

— É um fato né? Não tem pra onde correr, então bora fazer isso direito. Quero ser competente na minha nova função. Não nasci pra ser um perdedor. Se vou ser pai, serei o melhor do mundo. – Afirmou Itachi.

— Bem, use a sua competitividade para ser o melhor pai mesmo. O que te fez mudar tanto a forma de pensar?

— Sinceramente, no começo eu achei que era só por causa da promessa. Mas ver o quanto meu pai é um bosta me fez ter vontade de ser melhor que ele.

— A separação dos seus pais te fez mudar?

— Sim, foi o que me fez pensar que posso ser diferente ele. Minha mãe é tão corajosa, tão forte, tão capaz de ser mil em uma. Então, isso ficou na minha cabeça. Posso ser mais como ela e menos como ele. – Afirmou Itachi.

— To orgulhosa de você. – Revelou Konan.

— Vem ver o quarto? Chegaram os últimos móveis que a gente tinha comprado. – Disse Itachi puxando Konan para

— Claro, quero muito ver. – Concordou Konan.

O quarto de Inojin estava perfeito. Konan olhou cada detalhe e ficou impressionada. Além dos móveis novos, tinham brinquedos e mais roupinhas.

— Acho que você gostou da brincadeira de fazer compras. – Riu Konan, pegando um macacão branco nas mãos.

— Na verdade, são as minhas roupinhas, de quando eu era um bebê. Como Inojin é menino, minha mãe trouxe uma mala cheia dessas roupas.

— Que bonito! Sua mãe guarda tudo?

—  Sim, tudo. Roupas, brinquedos, dentes... – Avisou Itachi e então o telefone tocou. – Só um minuto, preciso atender porque é a Ino.

— Claro... – Concordou Konan.

Enquanto Itachi se ausentava para atender o telefone, Konan olhou as demais roupinhas que tinham sido de Itachi. Todas elas nas cores, branco, vermelho, azul e preto, que Itachi havia lhe contado serem as cores da família.

— Gostou mesmo das minhas roupinhas. Quer alguma de presente pra quando for mãe dar ao seu bebê? – Ofereceu Itachi.

— Agradeço, mas ser mãe não está nos meus planos agora. Essas roupas vão ser muito mais úteis ao seu filho. Aliás, o que a mãe dele queria com você?

— Ino vem aqui hoje não te falei? Ela ligou pra avisar que vem mais cedo. 

— E você está ansioso?

— Não vou mentir. Quero que ela goste do quarto de Inojin.

— Mais que isso, quer que ela goste de você de novo. – Insinuou Konan.

— Às vezes, a gente faz uma burrada muito grande e se dá conta tarde demais. Parte de mim, sabe que perdi a Ino. Outra, me pede pra insistir.

— E qual dessas partes está aqui hoje esperando pela chegada dela?

— 50% de cada parte. Justo?

— Justo. – Concordou Konan sorrindo.

— Tem algum conselho pra mim? – Perguntou Itachi.

— Seja você. – Konan então tocou o nariz de Itachi com a ponta de seu dedo indicador.

— Eu? Como assim? – Questionou Itachi tirando a mão de Konan de seu rosto, mas sem soltá-la.

— Você é encantador, Itachi. Seja assim, com esse seu jeitinho meio desprentensioso, meio garanhão e um pouco de cão arrependido. Vai dar certo. Comigo daria. – Revelou Konan e Itachi riu.

— Eu já cometi muitos erros na minha vida, mas te pagar uma bebida quando te vi no hotel sozinha em Nova York foi um dos grandes acertos da minha vida. – Menciou Itachi e Konan o abraçou.

— Toda vez que em despeço de você, uma parte minha fica. – Confessou Konan emocionada.

— Então, não vá. Fica aqui. Comigo. – Enfatizou Itachi, eles se olharam e então se beijaram sem raciocinarem muito à respeito. O beijo só acabou quando a campainha da porta e eles se afastaram no susto.

[...]

 Ino voltou para casa após o breve encontro com Gaara desanimada. Apesar de ter terminado o namoro, ele não estava mesmo a fim de emburacar em uma nova relação tão cedo. O nadador só falava das Olipíadas e do quanto deveria ser focado até atingir aquele objetivo. Depois disso, ela foi à casa do ex como havia combinado e tocou a campainha, mas Itachi demorava a aparecer e ela se perguntou se ele estava acompanhado.

[...]

— Melhor você ir atender. Eu já to indo embora mesmo. – Falou Konan sem jeito.

— Deve ser a Ino pra nem terem interfornado avisando. Pra que ir agora? Fica mais. – Pediu Itachi.

— Não dá. Preciso ver umas coisas antes. Além disso, a chegada da Ino é a minha deixa. – Konan sorriu sem graça.

— Konan, na minha vida existe um espaço só seu. – Declarou Itachi e Konan sorriu.

— Não quero ser sua amante. – Brincou Konan, mas Itachi permaneceu sério, então a campainha tocou novamente.

— Konan...

— Vá atender a porta. Eu saio pela outra porta enquanto a Ino entra. Ela não precisa me ver.

— Você não precisa se esconder.

— Vai ser chato ela me ver aqui. Afinal, ela sabe da gente antes disso tudo.

— Eu também não quero fazer ciúme na Ino, mas você tá aqui e vai sair pela mesma porta que entrou. Ok? – Insistiu Itachi.

— Ok. – Concordou Konan.

Itachi então abriu  a porta e cara de Ino foi de surpresa ao ver Konan atrás do Uchiha.

— Oi, Ino. – Disse Itachi.

— Oi. – Respondeu Ino.

— Bem, eu já to indo. Você vai amar o quarto do Inojin, Ino. Até mais, Itachi. – Despediu-se Konan.

— Liga quando chegar no aeroporto ok? – Pediu Itachi.

— Ligo. – Garantiu Konan, antes da porta do elevador fechar e ela sumir.

— Tem certeza que ela não é sua namorada? – Perguntou Ino.

— Ino, não gosto que você fale nesse tom da Konan. Ela não é minha namorada, mas é alguém especial pra mim. Peço respeito. – Disse Itachi.

— Não faltei com respeito a ela.

— Não gosto das suas insinuações. No momento, Konan não é minha namorada. Se algum dia, ela se tornar, você será avisada. Mas não acho que você tenha com o que se preocupar porque Konan é uma boa mulher, é uma atleta incrível que só terá coisas boas a ensinar ao Inojin.

— Ok. Posso conhecer o quarto do meu filho aqui? – Pediu Ino ainda parada na porta.

— Pode. Vem comigo! – Itachi então puxou Ino até o quarto e ela ficou boquiaberta.

— É lindo o quarto! Quanto bom gosto! – elogiou Ino de pé próxima ao berço.

— O mérito não é só meu.  50% fui eu, 49% a Konan e tem 1% da minha mãe.

— Eu adorei. Está tão bonito quanto o quarto dele na minha casa.

— Inojin é sortudo. Terá tudo em dobro. – Disse Itachi.

— Não quero que ele veja dessa forma, Itachi. Eu quero que Inojin sinta que só existe uma família.

— Mas ele terá duas casas, Ino. A minha e a sua. Afinal, você abriu mão da nossa casa.

— Não fui eu quem abriu mão de alguma coisa aqui. Foi você.

— Não vamos brigar, por favor.

— Bem, o quarto do Inojin foi visto. Preciso ir.

— Você mal chegou... – Argumentou Itachi.

— Se eu ficar um pouco mais, a gente vai brigar.

— Você não me suporta mais? – Perguntou Itachi.

— Suporto e sei que daqui pra frente você é parte da minha família, eu querendo ou não. Pelo bem do Inojin, vamos fazer direito, nos tratar bem, com respeito. Quero que nosso filho sinta orgulho de nós.

— Ele já vai nascer com os pais separados, Ino. Já pensou nisso?

—  Já, mas agora ele tem um pai, pelo menos. Nós estarmos separados é o de menos. – Disse Ino e aquelas palavras atingiram Itachi como um soco no estômago.

— Você pode não contar pra ele que eu não queria assumi-lo? – Pediu Itachi.

— Não sei. Algum dia, ele pode me perguntar o motivo dos pais não estarem juntos e eu não quero mentir.

— Diga a ele que nós queríamos coisas diferentes, mas não diga que eu não o quis. Se você dizer, ele vai me odiar, assim como você.

— Itachi, eu não te odeio. Só não te amo mais. – Corrigiu Ino.

— Então faz isso pelo bem do nosso filho? – Insistiu Itachi.

 - Se for pelo bem dele, eu faço. – Garantiu Ino.

— Obrigado.

— Preciso ir, mas adorei o quarto. Ficou muito bom! – Elogiou Ino.

— Quando ele nascer, quero que ele passe algumas noites aqui. – Informou Itachi.

— Veremos isso depois de Inojin nascer, ok?

— Ok. – Concordou Itachi.

[...]

Sakura chegou em casa satisfeita, após o passeio com Sasuke. Para ela, passar qualquer tempo só com eles dois juntos era muito importante. Ainda mais agora, na atual fase do relacionamento, depois deles superarem a primeira grande crise. No fundo, Sakura sabia que tinham saído mais fortes daquela situação toda. E nada seria capaz de atrapalhá-los. Por isso, o envolvimento de Sasuke com Konan era algo pequeno demais para incomodá-la. Mas, Sakura se sentiu mesmo aliviada ao ouvir da boca do namorado que ela era a sua prioridade.

Ainda sorrindo, pensando em Sasuke, Sakura se jogou na cama e, de tão casanda do passeio, adormeceu. Quando acordou, ouviu o sua mãe avisar que Ino estava esperando por ela na sala. Entãp, Sakura gritou que era para a amiga entrar no quarto. Quando Ino apareceu, Sakura já estava sentada na cama.

— Como vai, Ino? Tudo bem com o meu afilhado? – Perguntou Sakura.

— Bem demais. Acabei de voltar da casa do Itachi e Inojin ganhou um quarto lá. – Informou Ino.

— Ele mudou mesmo? Você acredita? – Questionou Sakura.

— Não sei se mudou totalmente, mas está se esforçando. Sasuke e ele continuam brigados?

— Sim, continuam. Dona Mikoto tem tentando fazer a cabeça do Sasuke, mas ele ainda está muito magoado.

— E você e o Sasuke? Como vocês estão?

— Ah, Ino, estamos bem. Mas tenho que confessar que é diferente de antes da nossa separação.

— Diferente como?

— É mais consistente. Desde antes eu e o Sasuke já pensávamos num futuro juntos, mas hoje nossa relação parece ter outro peso. É menos avassaladora e mais tranquila. Me sinto em paz ao lado dele.

— Você não acha que vocês cairam na rotina?

— Não, não mesmo. Mas acho que amadurecemos. Outro dia, eu tive uma crise de ciúmes porque a Konan estava no Rio e ligou atrás do Sasuke. Como ele não é bobo, percebeu. Ele podia ter brigado comigo, mas não. Tomou outra atitude.

— O que ele fez?

— Ele sequer quis ver a amiga e disse a ela que queria me priorizar. Confesso que tirei um peso dos ombros ao ouvi-lo.

— O Sasuke é diferente do irmão até nisso. Hoje, quando cheguei na casa do Itachi, essa Konan estava saindo de lá. Percebo que pra ela serve qualquer Uchiha. –Comentou Ino.

— E você notou algum clima entre eles?

— Sim, notei. Itachi se preocupa com a Konan.

— E você não gostou disso?

— Não tenho nada a ver com isso, Sakura. Problema dele se vai ficar com ela.

— Tem certeza que você não sente mais nada por ele?

— Eu sinto, Sakura. Sinto pena! – Enfatizou Ino.

— Ah, Ino... – Sakura riu.

— Não acredita em mim? Saiba, Sakura, que digo a verdade. Não amo mais o Itachi. To apaixonada pelo Gaara que, embora solteiro, também não tem olhos pra mim.

— O Gaara não namora a Karin?

— Eles terminaram recentemente. Ele me falou hoje. Mas de que adianta? Ele só pensa nas Olímpiadas agora. – Bufou Ino.

— Ino, o cara certo vai chegar na sua vida no momento ideal. Vive esse momento da sua vida, a sua gravidez. Deixa pra pensar em namoro depois. Até porque você tem que rearrumar seus sentimentos. Imagino que tudo esteja uma bagunça. – Comentou Sakura.

— Você não acha que eu to mesmo apaixonada pelo Gaara?

— Acho que você pode estar confundindo simpatia com amor. O Gaara é um fofo, mas ele arrastava um caminhão por você e você não notou antes de ser largada pelo Itachi. Por que só agora?

— Eu estava cega antes.

— Não, estava apaixonada pelo Itachi. Ele partiu seu coração e aí o Gaara parece ser o principe encantado, mas talvez não seja.

— Eu queria ser amada por alguém decente. – Confessou Ino.

— E você será, Ino. Não duvide disso.

— Nem todas tem a sorte de achar um Sasuke por aí.

— O Sasuke não foi sorte. Foi destino. Pelo menos, eu acredito nisso... – Sakura deu de ombros.

— Bem, vou deixar você em paz e vou pra casa. Combinei de jantar com meu pai. – Disse Ino se levantando.

— Ele voltou de viagem?

— Sim, vai passar o mês todo comigo dessa vez. Então, não precisa se preocupar.

— Ah, você tem visto o Kiba?

— Não, Sakura. Ele tá tão focado na peça, que nunca mais deu as caras na minha casa ou me ligou.

— Ele fica meio obcecado com personagem novo né?

— Ele quer que o monólogo seja perfeito pra você. – Entregou Ino.

— Pra mim? Por que? – Estranhou Sakura.

— Porque é uma homenagem ao Deidara. Então, se é para ele, é para você também. Kiba se cobra muito. É da personalidade dele.

— Você acha que ele ainda pensa em mim? – Perguntou Sakura.

— Claro que pensa! Ele nunca te esqueceu e, talvez, nunca esqueça. Por isso, nenhum romance dele vai adiante.

— Eu queria tanto que ele seguisse em frente!

— Ele tá tentando! – Afirmou Ino.

— Eu me sinto meio culpada.

— Sakura, se tem alguém nessa história que não tem culpa do Kiba estar solteiro é você. Você pode culpá-lo, me culpar, mas não se culpar.

— Você tá certa, Ino. Obrigada por me dizer isso.

— Estou às ordens! Até mais! – Depediu-se Ino.

[...]

Mikoto chegou do trabalho exausta, afinal ainda tinha de lidar com Fugaku e vê-lo não era algo fácil. Tomou um banho quente e depois foi jantar.

— O que temos para o jantar, Chiyo?  - Perguntou Mikoto, sentando-se à mesa na cozinha.

— Temos uma sopa de legumes, Dona Mikoto. – Respondeu Chiyo.

— Ótimo! Vou comer um pouco então. O dia hoje foi difícil no hospital. – Desabafou Mikoto, indo em direção às panelas e se servindo.

— E quando não é? A senhora vê todo tipo de desgraça lá. – Comentou Chiyo.

— É verdade, mas me sinto melhor quando posso ajudar. Os piores casos, quando os pacientes já chegam mortos, que são difíceis. Não gosto de dar os pêsames. Mas, hoje, foi difícil por outro motivo.  – Disse Mikoto, já pronta para comer.

— Foi por causa do senhor Uchiha? Ele aprontou algo? – Questionou Chiyo.

— Ele me tira do sério! Não aprontou nada, mas só a cara dele já me irrita. É difícil vê-lo nos corredores e fingir que ele é invisível. Pior, ele é debochado e ainda me pergunta se tá tudo bem aqui em casa e com as crianças, como se ainda fossemos casados.

— Vai ver ele quer voltar...

— Nem em mil anos eu deixaria ele voltar! – Disse Mikoto entre uma colherada e outra da sopa.

— É tão triste ver um casamento de tantos anos acabar assim. – Comentou Chiyo.

— Eu também acho triste, mas não posso mudar o que ele fez.

— A senhora não o ama mais?

— Não sei. Mas, a cada dia que passa, amo menos. Disso eu tenho certeza.

— Então, em breve a senhora achará um novo amor. Ainda é tão nova!

— Nem tão nova assim Chiyo... Tenho 49 anos e filhos com mais de 20!

— Não aparenta! Se eu a visse na rua, daria 30 anos no máximo! – Garantiu Chiyo.

— Obrigada, Chiyo! Adorei o relogiou – Mikoto sorriu – Está querendo me pedir um aumento?

— Não, senhora. Só falando a verdade. – Reafirmou Chiyo.

— Tudo bem, eu acredito... E Sasori? Já chegou do hospital? – Perguntou Mikoto.

— Ainda não. Ele me ligou e disse que ia ter que ficar de plantão porque outro médico tinha faltado. – Avisou Chiyo.

— Sasori é um ótimo rapaz, muito aplicado. Você deve ter muito orgulho do seu neto, né Chiyo? – Disse Mikoto.

— Tenho. Sasori vai ter um bom futuro! Tem estudo!

— Com certeza, terá! A moça que se casar com ele terá sorte. Ele já namora? – Perguntou Mikoto curiosa.

— Todos os romances não foram pra frente. Diz ele que da próxima vez que se envolver com alguém será para valer.  Estou pagando pra ver! – Declarou Chiyo e Mikoto riu.

— Então, ele é um mulherengo? Podemos dizer assim?

— Eu diria que ele é jovem demais. Só tem 24 anos. Nem sabe o que é o amor.

— Sorte a dele, porque assim ele vai descobrir o que é e viver.

— A senhora diz isso porque pensa que não vai mais amar ninguém?

 - Acho que não. Passou a minha vez. Vou amar meu neto que está pra nascer, meus dois filhos, meu trabalho.

— Se eu ainda fosse bonitona como a senhora, procuraria um namorado logo.

— Agradeço o conselho, Chiyo, mas vou ficar no meu canto.

— Tudo bem, se é assim que a senhora quer.

— Pode ir se recolher Chiyo. Eu vou terminar de comer e também vou para os meus aposentos. Não vou precisar mais dos seus serviços por hoje. – Dispensou Mikoto.

— Como a senhora quiser, boa noite.

— Ah, Chiyo, diga ao Sasori que eu escolhi o local do meu consultório e quero que ele vá conhecer. – Informou Mikoto.

— Ele me contou sobre isso de ir clinicar com a senhora. É para valer mesmo? Sasori não tem dinheiro para ter um consultório só dele.

— Não se preocupe, Chiyo. Eu quero ajudar. Sasori foi criado aqui, é um excelente médico e precisa de uma oportunidade. Faço por ele, o que faria para qualquer conhecido meu.

— A senhora é um anjo! Seremos eternamente  gratos!

— Eu que sou grata a você Chiyo! Quantas vezes foi você que tomou conta dos meus meninos para que eu pudesse ir trabalhar, então, veja que é só retribuição. Melhor, reciprocidade!

— Entendi. Mesmo assim, obrigada e boa noite.

— Boa noite, Chiyo.

[...]

Rio de Janeiro. Segunda-feira, 13 de agosto de 2018.

 Quando Mikoto estava saindo para o hospital, cruzou com Sasori em frente ao prédio em que morava. O rapaz, com aparência exausta, esboçou um sorriso ao ver Mikoto, que parou para falar com ele.

— Bom dia, Sasori! Veja só, quando eu saio, você chega. – Comentou Mikoto.

— Bom dia! Pois é! Fiquei preso no hospital ontem, agora vou tomar uma ducha e tentar dormir um pouco antes de ir pra faculdade... – Avisou Sasori.

— Você não está se formando? Deve ter menos matéria né? – Perguntou Mikoto.

— Sim, estou. Na verdade, só estou finalizando meu TCC agora e acaba. – Informou Sasori.

— E já sabe em qual especialização quer focar no período de residência? – Perguntou Mikoto.

— Sim, cardiologia como você. – Respondeu Sasori.

— Pensei que você fosse para a neurologia como o Fugaku. – Comentou Mikoto.

— Na verdade, você sempre me influenciou mais que ele e o coração é um órgão muito interessante.

— Entendi, Sasori. Mas você deve saber que eu não estarei no hospital no seu período de residência.

— Eu sei, é uma pena, mas vou ter vaga no seu consultório? – Perguntou Sasori.

— Vai, claro. Mas, inicialmente, como clínico geral. Só depois que terminar sua residência e se tornar especialista você vai assumir como cardiologista. Aliás, cometei com a sua avó que achei o consultório perfeito. Depois quero que você vá lá comigo conhecer a sua sala. – Disse Mikoto.

— Eu vou amar! – Disse Sasori eufórico.

— Ótimo! Depois combinamos isso direito. Preciso ir para não me atrasar para o trabalho. Até mais, Sasori. – Despediu-se Mikoto.

— Até, Mikoto! – Acenou Sasori e em seguida entrou no prédio.

[...]

Sakura tocou a campainha do apartamento de Sasuke. Quando ele abriu, ainda com cara de sono, se surpreendeu ao ver a namorada com um pequeno buquê de flores do campo.

— Bom dia, amor! – Disse Sakura sorrindo, enquanto oferecia as flores ao amado.

— Bom dia, Sakura! Que coisa mais linda! – Disse sorrindo, pegando as flores em seguida e beijando a namorada.

— Te acordei? – Perguntou Sakura já dentro do apartamento.

— Não, eu já estava tomando café. Quer tomar comigo? – Ofereceu Sasuke, ainda com as flores na mão.

— Aceito um chá, camomila de preferência. – Pediu Sakura, se acomodando na mesa da cozinha.

— O pedido da minha amada é uma ordem. Açúcar ou adoçante? – Perguntou Sasuke, já esquentando a água para o chá.

— Açúcar. Quero bem docinho! – Respondeu Sakura.

— O que traz tão cedo até aqui? – Perguntou Sasuke.

— Saudade! – Respondeu Sakura diretamente, enquanto Sasuke colocava as flores num vaso.

— Nós nos vimos ontem. Deu tempo de ter saudade? – Riu Sasuke.

— Claro que deu! Você não sentiu minha falta? – Indagou Sakura, fingindo estar chateada.

— Senti. Eu sempre sinto. É que você tava com um discurso de que nós precisávamos ir com calma, nada de morar junto, cada um com seu espaço, que eu estranhei a visita, mas gostei. Aliás, eu amei. Pode fazer sempre? – Pediu Sasuke e Sakura riu dessa vez.

— Prometo fazer mais vezes, mas sempre não dá. Não sou tão grudenta! – Disse Sakura eu sua defesa.

— Pena! Adoro um grude! – Comentou Sasuke, então a água do chá ferveu e ele terminou de preparar o chá e serviu para Sakura.

— Estamos sozinhos? – Perguntou Sakura.

— Estamos. Hinata voltou pra casa dela, depois que fez as pazes com a família. – Disse Sasuke.

— Ela nem me falou nada.

— Agora que ela não tá mais aqui, você bem que podia voltar... – Sugeriu Sasuke como quem não queria nada.

— Ainda não. – Disse Sakura, após tomar um gole de seu chá.

— Tem medo que a gente dê errado de novo?

— Não, realmente não é isso.

— É o que então?

— Só não acho que esteja na hora de darmos um passo tão grande. Temos tanto a conquistar antes de dar esse passo, Sasuke!

— Ok, eu concordo com você.

— Vamos deixar pra falar sobre isso no futuro?

— Ok, se é assim que você quer, assim será. – Concordou Sasuke.

— Obrigada. – Agradeceu Sakura.

— Tem notícias do meu sobrinho? – Perguntou Sasuke.

— Tenho, vi a Ino e seu sobrinho está bem. Aliás, como andam as coisas com Itachi? – Questinou Sakura appos beber um pouco do chá.

— Não andam. Não fiz a menor questão de falar com ele e acho que Itachi tem respeitado isso. Mas minha mãe vive me enchendo...

— Diz a Ino que o Itachi parece mudado. Talvez, você devesse procurar seu irmão e perdoá-lo. – Disse Sakura e Sasuke ficou boquiaberto.

— O que te deu? – Estranhou Sasuke.

— Eu tava reavaliando as coisas e acho que sua mãe tem razão. Por pior que o Itachi tenha sido, ele é seu irmão.

— Isso não isenta ele da responsabilidade pelas coisas que faz.

— Sim, eu concordo, mas acredito que ele já esteja pagando por isso. Aliás, foi por sua caus que ele vai reconhecer o Inojin. Itachi considera muito você.

— Minha mãe te pagou quanto pra você sair em defesa do Itachi? – Brincou Sasuke Sakura riu.

— Por incrível que pareça, não ganhei um centavo!

— Bem, eu vou pensar no que você me disse e, quando me sentir pronto, vou perdoar o meu irmão.

— Ainda não se sente pronto?

— Não.

— Por que?

— Itachi era uma espécie de herói pra mim, o irmão mais velho, aquele que me defendia, que ia contra o papai. Depois do que ele fez com o próprio filho, com a Ino, com o nosso relacionamento, eu não consigo esquecer facilmente. Ele errou. Fico feliz que meu irmão tenha se arrependido, mas isso não apaga o que ele fez. Esse tempo pode dar para ele a dimensão da gravidade do que ele fez. Não sou muito de concordar com o meu pai, mas a minha mãe sempre passou a mão na cabeça do Itachi.

— Só na dele?

— Não, Sakura. Ela passou muito a mão na cabeça de nós dois a vida toda.

— Você a culpa?

— Não, não mesmo. Minha mãe fez o melhor que pode. Só que isso não a livra de cometer erros também. Ela é humana e achou que passando a mão na nossa cabeça estava fazendo o correto, só que não estava.

— Ela foi mãe tão jovem. É natural que tenha se equivocado. Ninguém é perfeito né?

— Discordo, pois você é perfeita. – Disse Sasuke e Sakura sorriu.

— Bobo! Pode ir me tirando desse seu pedestal, porque eu tenho muitos defeitos! – Afirmou Sakura.

— Quais? Eu não vejo nenhum daqui... – Disse Sasuke, se aproximando para beijá-la e Sakura se esquivou.

— Eu ronco, tenho crise de ansiedade e sou bagunceira. – Revelou Sakura.

— Meu sono é pesado, sei lidar bem com ansiedade e também não sou nada organizado. Acho que a gente combina! – Respondeu Sasuke.

— Nisso, eu concordo! A gente combina! – Disse Sakura, então ela deixou Sasuke beijá-la tranquilamente.

— Casa comigo? – pediu Sasuke se supetão após o beijo acabar.

— Sasuke!!! – Reclamou Sakura.

— Ué? Te pedi em casamento! A única resposta que eu aceito é sim, senhorita Haruno. – Adiantou Sasuke.

— Pode perguntar de novo daqui a alguns anos? Não to pronta pra casar. – Disse Sakura.

— Ok, se é o que você quer... Não vou insistir porque não quero ser largado no altar que nem o Neji foi abandonado pela Hinata. – Concordou Sasuke.

— Nem brinca com isso! – risos – Mas acho que não teria coragem de largar você no altar. É tão lindo que eu teria dó e casava de qualquer jeito! – Confessou Sakura.

— Bom saber...

— Ah, a Tenten me ligou outro dia e contou que vai se casar com Neji. Ainda não tem nada, mas ela me chamou para ser madrinha. – Informou Sakura.

— Legal. Já tem data? – Questionou Sasuke.

— Ainda não, mas deve demorar um pouco. O Neji não te contou nada?

— Não tenho falado com Neji. A faculdade e o estágio me tomam muito tempo. Ele também deve estar ocupado com a empresa.

— Quero chegar nessa fase do estágio em hospital logo. Fico atordoada com tanta teoria!

— Mas a teoria é necessária para que a prática seja bem feita. Tenha paciência! – Pediu Sasuke.

— Sortudo é o Sasori que já está se formando!

— Ele entrou na faculdade antes de nós, por isso vai sair antes também. Mérito dele.

— Outro dia, um professor de anatomia estava falando do Sasori, do quanto ele é inteligente e competente. Fiquei com inveja, confesso.

— Não precisa, pois você é tão ou mais inteligente que ele! – Elogiou Sasuke.

— Você só diz isso porque é meu namorado.

— Errado, senhorita. Digo isso, porque te conheço. Sei seu valor. – Respondeu Sasuke.

— Obrigada. Eu também sei o seu valor e do valor do Sasori.

— Se continuar falando dele, vou ficar com ciúme. – Declarou Sasuke já emburrado e Sakura riu.

— Sasuke, isso já faz tanto tempo! Sasori, certamente, já até esqueceu que algum dia quis ficar comigo. O mundo já deu tantas voltas depois disso...

— Ok, pode ser. Mas sempre vou ficar com um pé atrás.

— Vocês são amigos, não são?

— Somos. É que fomos criados juntos, então, ao mesmo tempo que somos próximos, também sempre competimos muito. – Contou Sasuke.

— Vocês competiam pela atenção da dona Chiyo?

—  Sim. Como meus pais sempre trabalharam muito, eu e Itachi ficavamos o dia todo com ela e Sasori. Eles são meio que uma extensão da família.

— Tenho que confessar que eu acho muito nobre a sua família ter ajudado nos estudos dele.

— Meus pais sempre falaram que a ajuda deles fi só um empurrão, mas que Sasori voou com as próprias asas. Se ele não fosse bom, não teria conseguido mesmo com todos os empurrões do mundo.

— Você sentia ciúme dele com a sua família também?

— Não, nunca senti. Itachi sentia mais. Afinal, quando Sasori optou pela Medicina, os olhos de meu pai se viraram para ele e Itachi sentiu muito.

— E a sua mãe?

— Minha mãe sempre foi neutra com Sasori. O queridinho dela sempre foi o Itachi, mas, mesmo em segundo plano, sei que ela me ama muito.

— Com certeza! Ela não saiu do seu lado nenhum dia após o acidente...

— Verdade! Ela enfrentou o meu pai para ficar lá ao meu lado. Minha mãe é minha super heroína favorita. – Admitiu Sasuke.

— Acha que seus pais não tem chance de reatarem o casamento?

— Só o tempo dirá, mas penso que minha mãe já decidiu e eu respeito todas as decisões dela.

— E se ela aparecer com um namorado?

— Bem, eu vou apoiá-la, como ela faria por mim. Não cabe a mim julgar as atitudes da minha mãe, principalmente, no campo amoroso.

— Quanta maturidade! Acho que eu não ficaria tão isenta se meus pais se separassem.

— Sorte a sua que seus pais continuam se amando e se respeitando.

— Sasuke, não foi porque o casamento dos seus pais acabou que ele não foi bom ou cheio de amor. O que importa são os momentos que vocês foram felizes juntos, como uma família.

— Eu sei. É que é difícil vê-los separados. – Relatou Sasuke.

— Pense que foi melhor para os dois e, se mesmo assim isso não ajudar, pense que eu to aqui do seu lado pra te acudir e consolar sempre.

—  Você é a melhor, Sakura. Te amo! – Declarou Sasuke.

— Eu te amo mais. – Respondeu Sakura.


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