Penso em você, logo desisto escrita por British


Capítulo 32
Dna


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem? Eu ainda estou meio enrolada, mas o capítulo saiu! Amém! Pelo título, vocês já devem ter sacado sobre o que é que vai ser né? hahaha Espero que curtam, comentem, fiquem roendo as unhas para o próximo capítulo! Enfim, boa leitura! Me contem o que estão achando! Vejo vocês nos comentários!

Obs 1: recadinho para você que sempre lê isso aqui e nunca comenta, não custa nada me dizer o que está achando! Significa muitooo pra mim!

Obs 2: recadinho pra você que sempre comenta aqui, obrigada, obrigada, obrigada! Por causa de pessoas como você que eu continuo achando que escrever fics é uma das coisas mais legais do mundo!

Então, após recados dados, só me resta desejar uma boa leitura - novamente - cofcof



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Rio de Janeiro. Sexta-feira, 30 de março de 2018.

Itachi marcou a reunião com Orochimaru ainda na parte da manhã no escritório do advogado. Chegou lá com seu café na mão, óculos escuros, de terno. Itachi sabia que sairia daquela reunião com seu futuro decidido e que não poderia voltar atrás.

— Olá, Itachi! Como sempre, pontualíssimo. – Elogiou Orochimaru ao receber Itachi.

— Não quero perder tempo Orochimaru. Você já conseguiu o que me prometeu? – Perguntou Itachi.

— Sim, é claro que eu consegui. Um pedido seu é uma ordem, Itachi. O juiz do seu caso é um grande amigo meu, que me deve alguns favores, então solicitei que ele indique o laboratório da nossa preferência. No laboratório, já está tudo arranjado para uma troca do material do exame da sua parte. Dará negativo. – Explicou Orochimaru.

— Isso vai me poupar grandes dores de cabeça com a minha família.

— Eu imagino. Só que Itachi, após o exame dar negativo, a mãe da criança provavelmente irá pedir um segundo exame em outro laboratório, agora, teremos que ficar espertos para falsificar o resultado pela segunda vez.

— Não temos como ficar só no primeiro exame?

— Acho difícil visto que a tal Ino foi sua namorada por um período, sendo inclusive apresentada à sua família. Se tivesse sido uma ficante de uma só noite seria mais fácil descartar.

— Orochimaru, eu não posso ser mais prejudicado por causa da Ino. Já perdi várias campanhas por causa disso. Não quero que essa situação se arraste por muito tempo.

— Só estamos esperando a Ino chegar na décima semana da gravidez, então ela fará o exame de DNA. Depois, em duas semanas teremos o resultado. Até o meio do ano tudo será resolvido. – Garantiu Orochimaru.

— Melhor que seja assim. Quanto ao meu outro assunto jurídico, terei alguma audiência com o tal Deidara?

— Não, pois conseguimos fechar um acordo com o advogado do Deidara. Você terá que pagar pelo tempo que ele ficar impedido de voltar aos palcos, os gastos do hospital e dos remédios você está pagando, então tá tudo certo. Esse daí não vai te dar mais dores de cabeça. Ele já até recuperou a memória. Fui notificado essa manhã pelo hospital. – Revelou Orochimaru.

— Ótimo saber disso. É como música para os meus ouvidos. Nos vemos no dia da coleta do material para o exame de DNA então?

— Sim, nos veremos lá. – Afirmou Orochimari, eles trocaram um aperto de mão e Itachi saiu daquela sala se sentindo vitorioso.

[...]

Ino já tinha começado a arrumar o quarto de seu bebê. Naquele dia, finalmente, a loja havia entregado o berço que Sakura tinha comprado para dar de presente ao afilhado. Ino estava tão eufórica, que interfonou para Sakura assim que o berço chegou. Quando ambas viram o móvel montado no quartinho todo branco, quase choraram.

— É lindo. Posso imaginar meu bebê aqui dentro. – Disse Ino, enquanto passava a mão pelo berço.

— Eu também. Ei, você já pensou nos nomes? – Perguntou Sakura.

— Já. Se for menino se chamará Inojin, mas, se for menina, será Violeta. Gosta?

— Gosto. Falta muito para sabermos do sexo do bebê?

— Acredito que nas próximas semanas ficarei sabendo. Vai querer ir no dia do ultrassom? Kiba me disse que vai comigo. Podíamos ir nós três. – Sugeriu Ino.

— O Kiba vai? Melhor eu não ir então. Ficaria um clima chato.

— Vai fugir dele até quando?

— Nosso último encontro não foi muito legal.

— Você dispensou ele depois de transarem, Sakura. Ok, foi chato, mas vocês são capazes de superar isso não?

— Vamos superar, mas ainda é recente. Tem dois dias só. Ele não falou mal de mim pra você por acaso?

— Ele jamais falaria mal de você, Sakura. A única coisa que ele comentou é que tinha se frustrado porque pensou que aquela transa tinha significado uma nova chance e não foi bem assim.

— Ah, Ino... Eu gosto do Kiba. Realmente, gosto, mas como um casal acho que não dá mais. Fraquejei naquele dia, confesso. Tava carente, o Kiba toda hora dizendo que me ama e o Sasuke ainda tá com outra lá nos Estados Unidos, esqueceu do meu aniversário. Juntou tudo e aconteceu. Foi mais forte do que eu.

— Você se arrepende de ter ficado com o Kiba?

— Sim, eu me arrependo. Falar isso pra ele só vai machucá-lo ainda mais, então é melhor a gente não se ver por um tempo mesmo. Ele tem um monte de garota atrás, logo me esquece de novo. Até o Sasuke conseguiu.

— Duvido que o Sasuke tenha te esquecido.

— O Itachi, aquele desgraçado, foi quem me deu a notícia. Depois, confirmei com o Naruto. Ele tá com outra mesmo. Se é sério ou não, não me importa. O fato é que ele tem um trelele lá.

— Homem é tudo assim, Sakura. Se agarra ao primeiro rabo de saio. Pra eles, parece fácil separar amor de tesão. – Argumentou Ino.

— Mas o Sasuke não é assim, Ino. Pra ele ter caído no papo dessa garota, é porque deve ter ficado balançado.

— Ou talvez só tenha se sentido meio trocado por você. Sakura, ele saiu daqui e foi embora porque você terminou com ele, coração ferido, vai que a garota lá seja que nem o Kiba pra você.

— Eu e o Kiba temos uma história. Essa daí ele conheceu agora! Se fosse com a Karin, que é a ex dele, eu até entenderia, mas com uma qualquer?

— Sakura, eu agradeço você ter ficado do meu lado, do meu bebê, mas se você tá sofrendo tanto assim longe do Sasuke por que não fala com ele e pede pra ele voltar?

— Não vou fazer isso. Pra que?

— Pra acabar com essa tua agonia.

— Ino, essa agonia só vai acabar quando eu puder esfregar o resultado desse DNA na cara da família Uchiha inteira!

— Então, falta pouco amiga. Meu advogado já avisou que a coleta do DNA já tem data marcada.

— Só estão esperando as dez semanas né?

— Sim, é o mínimo para o procedimento não ser invasivo.

— Vai dar tudo certo. Você e seu bebê vão ser muito felizes ainda.

— Que Deus te ouça, amiga!

Rio de Janeiro. Sábado, 31 de abril de 2018.

Gaara estava se sentindo preparado para enfrentar Suigetsu nas piscinas pela primeira vez após começar a namorar Karin. Sabia que o seu rival estava furioso e faria de tudo para vencê-lo, então, mais do que nunca, ele necessitava de concentração para não se deixar levar pelas provocações soltas no ar por Suigetsu minutos antes da competição. Quando eles estavam em seus devidos lugares, Gaara deu uma rápida olhada para Karin para verificar se a namorada tinha mesmo ido torcer por ele. Alguns dias antes, Karin não tinha dado certeza se ia por causa de um compromisso profissional, mas ela tinha ido prestigiá-lo, o que o fazia sentir mais confiante.

Assim que a prova começou, eles pularam na piscina, acompanhados por outros cinco nadadores. A cada braçada, Gaara tentava ir mais rápido, sabendo do potencial de Suigetsu. Para os segundos finais, ele deu ainda mais de si e, quando finalmente tocou a borda da piscina, Gaara saiu como vitorioso. Eufórico, ele vibrou com os braços pro alto, enquanto Karin soltava beijos para ele. Observando tudo, Suigetsu socou a água e nadou para o lado oposto do adversário, se recusando a estar presente na hora da entrega da premiação. No entanto, depois ele foi convencido a voltar.

Após entregarem os prêmios, Gaara correu para os braços de Karin, onde foi recebido com um beijo apaixonado.

— Parabéns, campeão! Continue nesse ritmo que vai fazer bonito em Tóquio! – Disse Karin orgulhosa.

— Obrigado, meu amor! É sempre muito bom vencer, ganhar o primeiro lugar, mas a coisa mais importante é saber que eu tenho a sua torcida. – Disse Gaara.

— E você sempre terá! – Respondeu Karin, então Gaara observou Suigetsu saindo cabisbaixo do local da competição.

— Acho que alguém não gostou de te ver torcendo por mim. – Comentou Gaara.

— Não liga pra ele! Suigetsu nunca será razão suficiente para me impedir de ver meu amor competir. – Comentou Karin.

— Eu me sinto o cara mais sortudo do mundo, sabia? – Disse Gaara sorrindo.

— Você é! Não é pra qualquer um ter o meu afeto! Se souber valorizar, o terá para sempre. – Respondeu Karin.

— Isso é uma promessa ou um pedido?

— As duas coisas. Quero você pra sempre, Gaara. Quero mesmo. Aliás, duvido que eu tenha desejado tanto alguém como desejo você. – Declarou-se.

— Karin, presta bem atenção, nosso relacionamento é o presente mais bonito que eu já ganhei de Deus na vida. Nosso encontro não foi acaso, foi obra do destino.

— Acho que a gente bem que podia morar junto né?

— Eu adoraria, mas ainda acho cedo. Você tem a faculdade como foco agora, eu tenho que me dedicar para as próximas Olimpíadas, mas, depois de Tóquio 2020, eu sou todo seu. – Prometeu Gaara.

— Isso é um pedido? – Questionou Karin e Gaara riu.

— Ainda não comprei o anel, desculpe. Mas é um pedido sim. – Afirmou Gaara e em seguida se ajoelhou – Karin, casa comigo?

— Sim! Eu caso! – Disse sorrindo, puxando Gaara para levantar e beijá-la.

Rio de Janeiro. Domingo, 1 de abril de 2018.

Gaara acordou e foi direto para a cozinha fazer seu café. Enquanto apreciava alguns raios de sol invadirem a janela da cozinha, ele reparou na presença de mais alguém, pensou que fosse Temari, mas se surpreendeu quando Shikamaru apareceu.

— Bom dia, Gaara. – Disse Shikamaru um pouco constrangido.

— Bom dia, Shikamaru. Temari ainda não acordou? – Perguntou Gaara.

— Ela é uma preguiçosa. Enfim, espero que a minha presença não esteja te incomodando. – Disse Shikamaru.

— Que isso! Você é o namorado da minha irmã, então é bom eu me acostumar com você. Quer café? – Respondeu Gaara.

— Quero, obrigado. Olha, não sei se namorado é o termo apropriado. Ainda não paramos para rotular nossa relação. É complicada. – Resumiu Shikamaru, após pegar a xícara de café.

— Em geral, mulheres são complicadas. Minha irmã então nem se fala. Instável demais... – Opinou Gaara.

— Exatamente! Tem dias que sua irmã me odeia, em outros ela me ama. Fico confuso. – Confessou Shikamaru.

— Aposto que ela gosta mais de você do que fala. Temari não é muito aberta sobre seus sentimentos porque diz que dá má sorte. Ela nunca quer ser aquela pessoa que ama mais num relacionamento. – Entregou Gaara.

— Quantos caras já passaram pela vida da sua irmã?

— Sinceramente, eu não sei.

— Ela nunca apresentou ninguém pra família?

— Ninguém que tenha ficado por mais de um ano. Como eu disse, ela é instável. Vocês estão juntos há alguns meses né?

— É. Entre idas e vindas.

— Talvez, ela esteja esperando você falar de namoro... – Sugeriu Gaara.

— Garotas e essa mania insuportável de sempre esperarem o cara dar o primeiro passo. Desteto isso! Se ela quer, por que não fala? – Disse Shikamaru aborrecido.

— Bem, conhecendo a minha irmã, na cabeça dela, ela já deu pistas suficientes para você entender o que ela quer, então agora é a sua vez de ser claro e dizer o que quer. Se for pular fora, que seja logo, porque senão ela vai fazer planos e ferrou pra você.

— Minha ex era tão mais fácil de ler. As atitudes da Temari são loucas. Eu não sou vidente pra imaginar o que ela quer. – Comentou Shikamaru.

— Volta pra ela então! Tá arrependido? Cai fora! – Disse Temari, surgindo na cozinha.

— Aproveita que ela tá de bom humor. – Riu Gaara.

— Que lindo é acordar com dois machos confabulando contra mim na MINHA cozinha. – Disse Temari, colocando o próprio café.

— Você não entende nada que eu falo, Temari. Não quero a minha ex, você sabe. Só estava dizendo pro seu irmão que não sei ler suas atitudes. – Defendeu-se Shikamaru.

— Espera aí, vou te entregar meu manual de instruções – Temari começa a procurar e então para – Ah, eu não tenho! Desculpa aí se eu não sou uma garota previsível. – Comentou debochada.

— Não sei como ela não ganhou um Oscar ainda! Melhor atriz! – Disse Gaara se divertindo com a DR de Temari e Shikamaru.

— Tão engraçada! Quer saber, vou pra minha casa que eu ganho mais! Se quiser me ver de novo, liga. Tchau, Gaara! – Disse Shikamaru e saiu batido.

— Se eu fosse você, ia atrás dele... – Aconselhou Gaara.

— É tudo cena! Ele não vive sem mim! – Disse Temari.

— Ele só quer saber se o lance de vocês é sério ou não. – Relatou Gaara.

— Irmãozinho, sempre é sério. Ou você acha que eu saio ficando com qualquer um à toa?

— Tema, como disse o Shikamaru, eu não sou vidente.

— É uma pena! Seria muito melhor se fosse! Enfim, parece que a única pessoa que tem um relacionamento saudável nessa casa é você. Como foi com a Karin ontem?

— A cada dia que passa eu tenho mais certeza que é ela a garota certa. Fiz um pedido informal de casamento e ela disse sim. – Contou.

— Meu irmão está noivo? – Perguntou Temari sorrindo.

— Aparentemente sim, mas ainda preciso comprar as alianças.

— Parabéns, maninho! Você merece ser feliz!

— Obrigado! Mais o casamento deve ser só depois das Olimpíadas, então provavelmente só em 2021.

— Vocês vão precisar de uma casa ou vão morar aqui comigo?

— Pode deixar que a gente aluga uma casa. Até lá, Karin estará formada, eu tenho meu patrocínio e, se Deus quiser, vou ganhar medalha nas Olimpíadas. Vejo um futuro bonito pra nós.

— Tenho certeza que será lindo! – Disse Temari animada.

[...]

Deidara tinha recuperado a memória, o que era fantástico. Então, ele resolveu assistir à peça de Tenten e Kiba no shopping. Foi sozinho, porque Sakura estava estudando para uma prova, Kizashi estava pesquisando um tema para seu próximo espetáculo e Mebuki estava ao vivo num programa de TV, sendo jurada de um quadro de dança.

Após o fim do espetáculo, Deidara fez questão de ir esperar Tenten sair do teatro para falar com a atriz, que ficou feliz por vê-lo.

— Dei, querido! Como você está? – Perguntou Tenten, após cumprimentar o amigo.

— Ótimo! Recuperei minha memória e devo voltar a trabalhar em breve. Estou morrendo de saudade do palco! – Confessou Deidara.

— Tenho certeza que ele também sente sua falta! – Disse Tenten.

— O Kiba já foi? – Perguntou Deidara.

— Já, foi a um encontro marcado pelo Tinder. Eu não acredito muito nessas coisas, mas Kiba não desiste de usar esses aplicativos. – Comentou Tenten.

— Ele tá sofrendo por causa da Sakura e aí resolveu atirar para tudo quanto é lado né? – Disse Deidara.

— É duro ser rejeitado por quem a gente ama. Sei bem disso. Não julgo o Kiba por não querer viver numa fossa eterna. Ele sabe que é bonito, interessante e acredita mesmo que a Sakura está perdendo a chance da vida dela de ser feliz. Então, ele foi se divertir. Algum bom par de pernas e peitos vai distraí-lo.

— Mas ele não deveria se esquecer que esse bom par de pernas e peitos também é um ser humano e também deve ter sentimentos. – Comentou Deidara.

— Sempre sábio, Dei! Mas não acredito que Kiba fique refletindo muito sobre isso.  A gente pode conversar mais sobre isso o jantar? Eu to morta de fome! – Disse Tenten, já segurando no braço de Deidara. De longe, Neji que também tinha assistido à peça viu a cena e desistiu de se aproximar, pensando que Tenten estava flertando com Deidara.

— Vamos comer! – Concordou Deidara.

Já no restaurante, eles fizeram seus pedidos e voltaram a falar de Kiba.

— Eu realmente acho Kiba um idiota. Ele é seu amigo, da Sakura também, mas ele se acha o gostosão e eu não suporto isso. É como se ele tivesse certeza que todas as mulheres vão cair aos seus pés!

— Ah, ele é gato, Dei! Desculpa aí, mas ele é gostosão! – Riu Tenten.

— Já provou? – Perguntou Deidara e Tenten riu mais ainda.

— Mais ou menos. Em cena, já. Na vida real, não. – Respondeu sincera.

— Em cena não conta. – Retrucou Deidara.

— Então é não! Mas eu entendo o motivo de Sakura e Ino terem sido apaixonadas por ele.

— Então me diz, porque eu não vejo razão pra isso!

— Tá! Ele é gato, ele tem um bom papo, sabe fazer uma mulher se sentir a mais bonita e tem um coração de ouro. Sério, mesmo, ele é muito bonzinho! – Disse Tenten e Deidara fez careta.

— Como que um cara que trai a namorada com a melhor amiga dela é bonzinho? – Perguntou Deidara sem conseguir entender.

— Um deslize não define uma pessoa. – Defendeu Tenten.

— Você quis dizer um escorregão que fez ele rolar de escada abaixo não define uma pessoa né? Porque foi um erro gigante! – Disse Deidara gesticulando inconformado.

— Essa sua revolta toda com o Kiba tentando reconquistar a Sakura é porque você ainda a ama né? – Questionou Tenten e então os pratos chegaram.

— Se tem uma coisa que eu queria ter esquecido pra sempre é esse sentimento, mas nem a perda da memória afetou isso. – Confessou Deidara.

— Mesmo sem lembrar dela, você a amava?

— Tenten, eu bati meus olhos nela e o coração acelerou. Não lembrava de nada, mas meu corpo me dizia que ela era especial, importante. Eu contava as horas pra visita dela. Ficava ansioso, sonhava com ela, com os olhos, o sorriso. Um dia, eu perguntei pra ela se a gente tinha tido algo, mas ela negou. Então, a minha ficha caiu, eu tinha um amor não correspondido.

— E como foi lembrar?

— Lembrei de tudo quando a vi dançando com o Kiba outro dia. Ardi de ciúme. Queria matá-lo! Então, todas as lembranças vieram de uma vez, não só sobre ela, mas sobre tudo.

— Bem, acho que com o Kiba você não vai precisar se preocupar mais. Sakura deu um chega pra lá nele.

— Fico mais aliviado, mas ainda acho que ele não desistiu.

— E o que você sente quando ela fala do Sasuke?

— Também sinto ciúme, mas eu entenderia se ela voltasse pra ele. Sasuke é um cara legal, ama ela de verdade. Se ela for feliz, pra mim tá tudo bem.

— Ela te vê como um irmão né?

— É. É exatamente assim que ela me vê. - Lamentou    

[...]

Quando chegou em casa, Tenten tomou um banho, colocou o pijama e foi assistir TV. De repente, seu telefone tocou e ela se surpreendeu ao ver o nome de Neji no visor.

— Neji, que surpresa! É sempre ótimo ouvir sua voz! – Disse eufórica.

— Não atrapalho, Tenten? – Perguntou Neji.

— Claro que não! Estou em casa vendo TV! Totalmente de bobeira! – Comentou Tenten.

— Eu só liguei pra dizer que você estava incrível na peça hoje. – Elogiou Neji.

— Você foi me ver hoje? – Questionou incrédula.

— Fui e adorei. Como sempre, você salva meus domingos.

— Por que não veio falar comigo depois da peça? – Perguntou e Neji ficou reticente.

— Eu até ia, mas não quis atrapalhar você e o rapaz que te acompanhava. – Respondeu Neji.

— Ah, eu saí para jantar com o Dei! É verdade! Se tivesse vindo falar comigo, teria te convidado para o jantar também. – Disse Tenten.

— Quem é ele? – Perguntou curioso.

— Um amigo. Ele é ator também. – Disse Tenten.

— Parecia ser mais íntimo que um amigo. – Neji insinuou e Tenten tentou controlar o riso e tirou um aparelho de telefone do ouvido por alguns segundos para segurar a risada.

— Não vou mentir. Já fomos mais que amigos, mas não somos mais. Resolvemos nossa situação. É só amizade agora. – Jurou Tenten.

— Ele vacilou com você?

— Não, claro que não. O Dei é ótimo! É que, assim como eu, ele também está apaixonado por outra pessoa. – Disse Tenten e Neji sabia bem de quem ela estava falando agora.

— Acho que fui um tolo então por não ter me aproximado hoje. – Comentou Neji.

— Podemos corrigir isso... – Insinuou Tenten.

— Como? – Neji foi direto.

— Um jantar amanhã. O que acha? – Sugeriu Tenten.

— Ah, não posso. – Disse Neji e Tenten ficou desolada com o novo balde de água fria.

— Por que? Não queria me ver? – Rebateu.

— Quero! Mas, infelizmente, não poderá ser amanhã. Vou viajar a negócios. Devo ficar algumas semanas fora.

— Pra onde você vai?

— Primeiro, São Paulo. Depois, Nova York.

— Você não para mesmo né?

— Não mesmo. Por isso fui te ver hoje, sinto muito não ter me aproximado.

— Ainda dá tempo de me ver. – Tenten afirmou.

— Como assim? - Neji não pareceu entender.

— Vem agora. Não olha pra trás nem pro relógio. Só vem. Prometo que será inesquecível. – Disse Tenten com um tom sensual e Neji engoliu seco.

— Ok. Estou a caminho. – Disse e em seguida desligou, deixando Tenten eufórica.

[...]

#Playlist: Katelyn Tarver - Love Me Again

Quando Tenten abriu a porta de sua casa para Neji, ela trajava uma camisola de seda. O Hyuuga ficou impressionado por ela recebê-lo vestida de forma tão íntima, então, quando abriu a boca para expressar o que se passava por sua cabeça, foi interrompido por Tenten.

— Entre. – Ordenou Tenten com uma voz doce, puxando a mão de Neji, que a seguiu até a sala.

— Você já está vestida para dormir. Demorei muito? – Questionou Neji.

— Chegou na hora certa. Não se preocupe com nada. Que tal tirar o paletó? Não sente calor? – Perguntou Tenten e Neji a obedeceu.

— Sim, é uma noite quente. – Observou Neji, já sem o paletó.

— Você merece relaxar, Neji. É sempre tão sério. Que tal me deixar ajudá-lo com isso? – Perguntou Tenten já se sentando no colo do empresário, massageando seus ombros e o encarando ternamente.

— Você é tão linda! – Disse Neji lentamente, com os olhos fixados na boca de Tenten.

— Oh, querido! Você também é! Mais lindo do que pode imaginar! – Disse Tenten passando suas mãos dos ombros para o peitoral de Neji e em seguida abrindo devagar os botões da camisa social que ele vestia.

— Não sei se deveríamos... – Neji hesitou, colocando suas mãos sobre as da atriz, impedindo que ela continuasse despindo-lhe.

— Eu amo você, Neji. Parte de mim, acredita que você também me ama, mesmo que seja só um pouquinho. – Disse Tenten encarando o amado, que abaixou suas mãos e as colocou em volta da cintura da atriz.

— Acho que estou me apaixonando por você. – Admitiu Neji e Tenten sorriu.

— Então, me deixa te fazer feliz? – Perguntou Tenten, Neji assentiu e então eles trocaram um beijo calmo, que aos poucos foi evoluindo.

Enquanto se beijavam, Tenten terminou de retirar a camisa de Neji. Ela enfiou as mãos nos cabelos do rapaz e fez cafuné, enquanto ele passeava suas mãos pelo corpo da atriz, que estava receptivo a qualquer toque do empresário. Neji e Tenten se transaram ali naquele sofá. Não queriam discutir o amanhã ou fazer promessas no calor do momento. Uma chama havia sido acesa e eles queriam curtir aquele momento, que poderia ou não se repetir dali pra frente.

Massachusetts, Estados Unidos. Segunda-feira, 2 de abril de 2018.

Sasuke tinha começado a frequentar seu curso durante o intercâmbio. Era tudo incrível como todos haviam descrito, mas, no fim do dia, Sasuke não se sentia bem. Estar ali parecia errado, estar longe de quem ele amava, vivendo uma farsa. Na saída da Universidade, ele recebeu uma mensagem de Konan pedindo por sua presença no treino dela. Então, ele caminhou até às piscinas e, de longe, viu Konan cruzar a piscina de uma borda à outra numa velocidade inacreditável. Sem dúvida, ela era uma atleta talentosa. No fim do treino, ele a aplaudiu e ganhou um sorriso do tamanho do mundo como resposta.

— E não é que você veio! – Disse Konan empolgada pela presença de seu crush.

— Tava de bobeira... Belo treino! – Elogiou Sasuke.

— Obrigada! Foco total em Tóquio 2020! Quero uma bela medalha para a minha coleção. – Afirmou Konan.

— Você é tão boa quanto fala?

— Claro que sou! Está duvidando da minha capacidade?

— Nunca!

— E aí, como foi a aula?

— Foi legal. O curso é bom. Tudo como o previsto.

— Você não parece animado. – Constatou Konan.

— Sinto saudade de casa, dos meus amigos, da minha família... – Disse Sasuke.

— Da Sakura... – Completou Konan.

— Dela também. Principalmente, dela pra ser sincero. – Confessou Sasuke.

— Se arrependeu de não ter mandado a mensagem no dia do aniversário dela?

— Sim, mas não dá pra voltar atrás e fazer diferente.

— Sempre dá pra ser diferente. Você está vivo! Onde há vida é possível mudança. Olha, eu tenho uma queda por você, de verdade, tenho mesmo, mas até eu já percebi que seu coração tá lá com essa garota. Liga pra ela, pede uma chance, diz que foi um idiota. Costuma funcionar com garotas! – Sugeriu Konan.

— Sakura não é qualquer garota.

— Mas ela é uma garota que gosta de você. Provavelmente, vai ficar feliz em ouvir sua voz.

— Konan, eu agradeço seu conselho, mas nesse momento não existe chance pra mim e ela. Talvez, quando o resultado do exame de DNA sair, eu e ela possamos conversar de novo. Até lá, não tenho o que dizer a ela. Aposto que ela também não quer me ouvir. Eu fecho os olhos e ainda consigo lembrar dela saindo pela porta do nosso apartamento.

— Você ficou magoado com ela também né? Não é só por ela ter ficado do lado da amiga. Tem mais coisa aí né?

— Sabe o que me deixou pior? Ver que ela acreditou em tudo que o Kiba insinuou sobre mim e o meu irmão, que ela não me deu sequer um voto de confiança e que preferiu ficar do lado da “amiga” que ficou com o namorado dela bem na cara dela, que mentiu, que traiu a confiança dela, do que em mim que supostamente era o amor da vida dela. – Desabafou Sasuke.

— Foi por isso que você veio pra cá? Pra esquecer?

— Vim pra esfriar a cabeça. Se ficasse lá, ia enlouquecer. Minha família de um lado, a Sakura do outro. Pressão por todos os lados. Fora isso, ia ter que aturar vê-la desfilando com Kiba e Deidara para cima e para baixo. Nesse momento, ela prefere estar com qualquer um deles do que comigo.

— Você já imaginou que quando você voltar a Sakura pode estar com a vida diferente?

— Como assim?

— Você não acha que ela pode ter seguido em frente?

— Não acredito que isso seja possível.

— Tudo é sempre possível.

— Se ela me amar mesmo, não será.

— Você tá testando ela? O quanto ela aguenta dois caras em cima dela sem você por perto?

— Não é um teste, mas eu ia ficar aliviado em saber que ela não cedeu.

— Tem falado com o Itachi? – Perguntou Konan.

— Ele nunca mais me ligou. Você tem? – Rebateu Sasuke.

— Sim, eu falei e não acho que as notícias sejam boas para você.

— O que aconteceu?

— Itachi falou pra Sakura de nós dois. – Disse Konan.

— Não existe nós dois. – Afirmou Sasuke.

— Pois é, não existe pra nós, mas para a Sakura sim. Itachi provocou ela e deu uns detalhes picantes sobre nosso breve envolvimento sexual sem qualquer cunho romântico da sua parte.

— Não acredito! – Bufou Sasuke.

— Sinto muito, Sasuke. Por isso, liga pra ela, diz que foi engano, loucura do seu irmão, sei lá. – Incentivou Konan.

— De que adianta ligar? Ela já deve estar fantasiando sobre um monte de coisas, além disso, será que ela se importou? Eu nem sei se ela ainda se importa comigo. – Sasuke respondeu.

— Se você deixar ela pensar que eu e você somos um casal aí sim que vocês dois não tem volta.

— Tá bom. Eu vou ligar.

[...]

Quando Sasuke chegou em casa, tratou de ligar para Sakura de um número desconhecido. No momento que ela atendeu, ele respirou fundo antes de se identificar.

— Oi, Sakura. Podemos conversar? – Perguntou Sasuke ao ouvir o alô do outro lado.

— Sasuke? – Perguntou Sakura para confirmar se era mesmo o ex-namorado do outro lado da linha.

— Sim, sou eu. Podemos conversar? – Repetiu a pergunta.

— Não sei se temos algo para conversar. – Disse Sakura.

— Temos sim. Pelo menos, da minha parte tem.

— Então, fale... – Disse calmamente.

— Primeiro, eu queria pedir desculpas por não ter ligado no dia do seu aniversário.

— Tudo bem. Você esqueceu.

— Não, eu não esqueci. Só tive medo de te ligar e ser rejeitado. – Confessou Sasuke.

— Deveria ter ligado então.

— Eu sei. Mil perdões por isso. Eu queria muito ter falado com você nesse dia.

— Tudo bem. Já passou. – Falou friamente.

— Em segundo lugar, eu queria te dizer que nada do que o Itachi falou sobre eu estar namorando outra pessoa é verdade. 

— Ele inventou isso também?

— Ele aumentou, na verdade.

— Então, existe uma garota aí com você? Não é da minha conta, mas...

— Olha, Sakura, tudo a respeito de mim é da sua conta sim. Quanto a garota, ela existe, mas é uma amiga.

— Amizade colorida, Sasuke?

— Sakura, eu amo você.

— Mas transou com outra duas semanas depois do nosso término?

— Foi um fato isolado, sem importância. – Defendeu-se.

— Desculpe, Sasuke, mas não acredito nisso. Uma transa não é algo sem importância.

— Foi só sexo.

— Você ia ficar feliz se eu te dissesse que transei com outro cara também?

— É claro que não! – Retrucou Sasuke.

— Pois se ponha no meu lugar! Eu ouvi isso sobre você e a sua “amiga” um dia antes do meu aniversário! Foi humilhante! E pra completar você nem me ligou no dia...

— Já pedi desculpas, Sakura.

— Quer saber? Não preciso das suas desculpas esfarrapadas, também não preciso ficar discutindo com você sobre com quem você transa ou deixa de transar.

— Sakura, eu não queria ter te magoado...

— Mas magoou! E quer saber? Você não é o único quem tem transado por aí não. Eu também já segui em frente.

— Sakura, você tá mentindo.

— Não to não! Quer detalhes de como eu passei a noite do meu aniversário? Melhor falar com o Kiba, pois foi nos braços dele que passei os últimos segundos do meu dia. Agora, eu preciso ir. Adeus Sasuke. – Disse Sakura e bateu o telefone na cara do ex.

—  SAKURA, NÃO DESLIGA ESSA MERDA! – Berrou Sasuke, mas era tarde demais. Ele voltou a ligar, mas ela não atendeu. Os dois acabaram exaltados com a ligação, que acabou piorando ainda mais a situação deles.

Rio de Janeiro. Segunda-feira, 30 de abril de 2018.

Ino havia acabado de completar as dez semanas necessárias para fazer o exame de DNA sem que o procedimento fosse invasivo. No laboratório, ela chegou acompanhada por Sakura. Após a coleta do material, elas se abraçaram emocionadas até que, de repente, Itachi surgiu acompanhado de seu advogado.

— Vamos fingir que não o vimos. – Disse Sakura, tentando afastar a amiga do ex.

— Oi, Sakura, Ino. – Cumprimentou Itachi para desespero das amigas, que sabiam que não poderiam mais ignorá-lo.

— Oi. Um belo dia para a sua máscara cair, não acha Itachi? – Disse Sakura.

— Minha máscara? – Ri – Acho que a única pessoa aqui que usa uma é a Ino. Esse rosto angelical engana. – Disse Itachi.

— Tenho nojo de você! – Cuspiu Ino e Itachi riu.

— Não me lembro disso... pelo contrário, acho que você sempre gostou muito de mim, Ino, querida. – Disse Itachi em tom provocativo.

— Itachi, melhor irmos... – Disse Orochimaru intervindo na discussão.

— Nos veremos no tribunal no dia que o resultado desse exame for aberto e, querido, a sua cara é que vai ao chão. – Afirmou Ino.

— Veremos... – Disse Itachi e então acenou e seguiu seu advogado para a coleta de seu material.

— Como ele consegue ser tão idiota? – Perguntou Ino para Sakura.

— Não sei, amiga, mas ele pagará por tudo. – Garantiu Sakura.

— Tem horas que tudo que eu mais queria era que meu filho não fosse dele, porque eu nos livraria de ter um crápula desse em nossa vida. – Confessou Ino.

— Querendo ou não, ele é o pai do bebê. Você agora tem que provar isso pra apagar as mentiras que ele disse ao seu respeito.

— Verdade, Sakura.

Rio de Janeiro. Domingo, 13 de maio de 2018.

Konan desembarcou no Rio de Janeiro para uma competição que aconteceria dali a três dias. Antes disso, ela tinha combinado com Itachi de ir visitá-lo e até acompanha-lo na audiência que revelaria o resultado do DNA.

Quando Itachi abriu a porta de seu apartamento para Konan, ele ficou feliz em vê-la e a recebeu com um forte um abraço.

— Fez boa viagem? – Perguntou o Uchiha.

— Ótima! Dormi quase o caminho todo! Como você está? – Perguntou Konan já se jogando no sofá de Itachi.

— Estou bem e você? Como andam as coisas com o Sasuke? Já posso te chamar de minha cunhada? – Perguntou Itachi, sentando-se próximo da nadadora.

— Estou ótima! As coisas com o Sasuke não evoluíram. Somos amigos, diria até confidentes, mas você não terá a honra de me ter como cunhada. – Lamentou Konan.

— É uma pena. Você dá de dez a zero na Sakura. – Comentou Itachi.

— Acho que você melou qualquer reconciliação entre eles. – Comentou Konan.

— Por que?

— Falou de mim né? Ninguém precisa ser vidente pra imaginar o que a Sakura está pensando sobre o Sasuke agora e até sobre mim. – Disse Konan.

— Vai se fazer de vítima agora? – Rebateu Itachi.

— Eu sou uma mulher solteira que transou com um homem solteiro. Não vejo motivo pra ser atacada como piranha e outros adjetivos chulos que já imagino que a tal Sakura deve estar me chamando.

— Não acho que ela culpe você nessa história. Ela jogou toda a raiva pro Sasuke.

— Você tem algo contra esse namoro?

— Me incomoda o fato dela ser amiga da Ino.

— A tal Ino ainda quer acabar com a sua raça?

— Quer e, por isso, eu preciso impedi-la.

— Vai sair o resultado do DNA. Isso acaba amanhã.

— Se o Orochimaru fizer o trabalho dele direito acaba.

— Como assim?

— Mandei ele falsificar o exame. – Confessou Itachi.

— Por que? O bebê não é seu filho né? Então, é só esperar o resultado.

— Na verdade, eu menti pra você. O filho da Ino é meu. – Confessou.

— Pera aí, Itachi, você é o pai do bebê e não quer assumir? Por que? – Perguntou Konan sem entender Itachi.

— Só não faz parte dos meus planos. – Justificou.

— Itachi, o que você está fazendo é errado. – Recriminou Konan.

— E quem é mesmo você pra me julgar? Konan, esqueça que eu comentei com você esse assunto. Será melhor pra você. – Aconselhou Itachi.

— O seu irmão tomou seu partido nessa briga, o namoro dele acabou por sua causa e agora ele tá lá sofrendo por causa de uma mentira sua! Ajeita isso! Ainda dá tempo! – Pediu Konan.

— Não vou fazer nada!

— Quando o Sasuke descobrir... – Konan ia dizer algo, mas Itachi a interrompe.

— Ele não vai descobrir.

— E se eu contar?

— Você não seria louca.

— Por que não?

— Porque aí você teria de acertar suas contas comigo e eu não sou bonzinho como o Sasuke. – Ameaçou Itachi.

— Isso é uma ameaça?

— Não, apenas um aviso. Posso acabar com você, com a sua carreira. Então, não tente acabar com a minha antes, porque uma ligação minha te destrói. – Disse Itachi.

— Ei, eu sou sua amiga! Lembra disso?

— Então, como minha amiga querida, vai ficar de bico calado entendeu?

— Entendi, mas vou torcer pra você mudar de ideia.

— Sua torcida não me importa. Aproveite que Sasuke vai perder a namorada de vez e tome o lugar dela. É o melhor que você pode fazer para vê-lo feliz de novo. – Aconselhou Itachi.

Rio de Janeiro. Segunda-feira, 14 de maio de 2018.

No dia da abertura do resultado do exame de DNA, Ino estava nervosa. Finalmente, desmascararia Itachi e isso era absolutamente tudo que ela desejava. Já no tribunal, ela ficou frente à frente com Itachi, que já estava acompanhado por seu advogado e também de Konan, sua amiga. Antes do envelope ser aberto pelo juiz, Ino trocou um breve olhar de cumplicidade com Sakura e Kiba que estavam sentados próximos a ela. Já Itachi estava sério, sem deixar transparecer qualquer um de seus sentimentos. Então, o juiz leu o resultado e o queixo e Ino atingiu o chão quando deu que o resultado havia dado negativo para a paternidade, fazendo a loura se exaltar e o Uchiha comemorar com um abraço em seu advogado.

— Senhorita, melhor se conter. – Pediu o juiz.

— ELE ADULTEROU ESSE RESULTADO, SÓ PODE SER!  - Acusou Ino quase voando para estapear Itachi, mas foi segurada por seu advogado.

— Eu disse desde o início que esse bebê não era meu. – Disse Itachi com a cara mais cínica do mundo.

— Ino, controle-se! Fazer um escândalo agora não ajudará em nada! – Aconselhou o advogado.

— ELE TÁ MENTINDO! ESSE EXAME TÁ COM O RESULTADO ERRADO! – Ino não parava de gritar e chorar.

— Podemos pedir um novo exame, Ino! Recorrer da sentença, alegando que ele pode ter adulterado. – O advogado a tranquilizou.

— Esse babaca ainda me paga! – Murmurou Ino ainda chorando ao ver Itachi sair de lá acompanhado pelo advogado e de Konan.

Então, Ino foi acolhida pelos abraços de Kiba e Sakura, que ainda estavam confusos com o que acabara de acontecer.

— Como pode dar negativo o resultado? – Perguntou Sakura para Ino.

— Ele tem dinheiro e influência, Sakura! Tá na cara que ele adulterou o resultado! – Disse Ino.

— Eu não duvido nada! – Respondeu Kiba.

— Nem eu! Ele é um crápula mesmo! – Disse Sakura.

— Você continua do meu lado né Sakura? – Perguntou Ino.

— É claro que sim! Se tem alguém que mente aqui é ele! – Afirmou Sakura, tranquilizando Ino.

[...]

Apesar da vitória na guerra em que tinha começado com Ino, Itachi não parecia feliz. Pensativo, ele mal havia conversado com Konan desde que voltara para seu apartamento. Então, a nadadora começou a analisá-lo e logo criou uma teoria para a falta de animação do publicitário.

— Sabe o que eu descobri hoje? – Perguntou Konan para Itachi, despertando-o de seus pensamentos.

— Hã? O que descobriu?

— Que vilões também amam! – Risos.

— Não inventa! – Retrucou mal-humorado.

— Estou falando a verdade! Vi com esses olhos que a terra há de comer! Você está mal desde que viu a Ino chorando após o resultado do DNA.

— O que tem? Apesar de tudo, eu gosto dela. – Confessou Itachi.

— Então, por que não assume que o filho é seu? Não seria mais fácil? – Questionou Konan.

— Lá vem você de novo com esse papo! Não vou assumir nada! Esqueça essa história, Konan! Achou hoje!

— Não acho que acabou...

— Acabou sim! O exame deu negativo. Legalmente não sou o pai dessa criança. Agora ela pode arrumar um pai melhor.

— É isso né? Você não se acha capaz de ser pai, acertei?

— Vamos encerrar o assunto, pode ser?

— Se você ama essa mulher, por que é tão difícil mudar essa sua vidinha de playboy por ela?

— Você jamais vai entender a minha escolha – Itachi então vai até o cofre e pega uma caixinha de veludo preta – Abre isso – Então ele joga a caixa nas mãos de Konan.

— Um anel!? Tá pedindo a minha mão? – Diz Konan após abrir a caixa e ficar surpresa.

— Não. Esse anel eu comprei pra Ino. Planejava pedir a mão dela no dia do prêmio de Homem do Ano – Explica Itachi.

— Desistiu por causa da gravidez?

— Sim! É óbvio que eu e ela não queremos a mesma coisa. Ela quer a família do comercial de margarina, já eu...

— Que comer geral! – Brincou Konan, mas Itachi não riu.

— Quero uma companheira que saiba que filhos não fazem parte dos meus planos. Sabe, você seria uma ótima esposa pra mim Konan. – Avaliou Itachi.

— Eu!? Me tira dessa! Tenho outro objetivo na vida!

— Que objetivo, Konan?

— Não casar com ninguém! A Konan aqui é de todos!

— Invejo sua liberdade!

— Itachi, um dia você ainda vai perceber que está deixando a felicidade passar por você por recusar aceitar a sua família. – Alertou Konan.

— Minha família que nunca me aceitou!

— Sua família hoje é a Ino e o bebê dela! Pensei nisso! – Konan jogou no ar e Itachi pensou no que ela dissera.


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