Penso em você, logo desisto escrita por British


Capítulo 30
Recaída


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem? Voltei rapidinho só para postar o capítulo novo! Estou curiosíssima para ler os comentários! Nos falamos em breve! Boa leitura! ♥



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Rio de Janeiro. Quarta-feira, 14 de março de 2018.

Deidara ainda não se lembrava de nada, mas Sakura estava confiante de que sua memória voltaria com algum esforço. Então, assim que acordou, a primeira coisa que fez foi se preparar para visitar o amigo.  O ator ficou surpreso e feliz com a aparição de Sakura no hospital, pois estava entediado e se sentia confortável na presença da Haruno.

— Bom dia, Dei. Como você está? – Perguntou Sakura assim que entrou no quarto.

— Bom dia, Sakura. Minha cabeça tem doído menos. Acho que isso é um bom sinal. – Respondeu Deidara.

— Com certeza é. Quando você menos esperar, vai perceber que recuperou a memória. – Disse Sakura se aproximando da cama.

— Você pode me falar um pouco sobre nós? Como começou a nossa amizade? – Perguntou Deidara e Sakura sorriu.

— É uma ótima história. Nos conhecemos no pré-vestibular em que você trabalhava. Eu fui estudar lá porque quero ser médica e você sempre me deu força. Desde o primeiro dia, nos tornamos amigos. Foi uma conexão mágica. – Confessou Sakura e Deidara deu um pequeno sorriso.

— Posso não lembrar como foi, mas ainda sinto essa conexão mágica cada vez que coloco meus olhos em você. – Respondeu Deidara e Sakura segurou a sua mão.

— Eu também, Dei. Bem, depois de nos conhecermos, eu te apresentei para o meu pai, disse que você queria ser ator e ele te arrumou um teste para o monólogo que hoje você estrela. – Contou Sakura pacientemente.

— Seu pai é Kizashi Haruno, meu dramaturgo preferido, certo?

— Certíssimo. Você lembra dele?

— Lembro. Já vi peças dele milhões de vezes, mas não me recordo da minha peça, desse teste que você disse que eu fiz. Ele me favoreceu no teste por ser seu amigo?

— Não, meu pai não te favoreceu. O mérito foi todo seu, Dei. Pode acreditar no que digo, você é ótimo no que faz. – Disse Sakura.

— Como vai ficar a minha carreira agora? – Perguntou Deidara.

— Bem, no momento você deve se preocupar só com a sua saúde. A temporada no teatro foi suspensa. Quando estiver bem, você volta. – Resumiu Sakura.

— O médico me contou o que aconteceu comigo, mas eu não sei porque bati com a cabeça no chão. Você sabe, Sakura?

— Dei, você estava indo encontrar comigo na casa dos meus pais quando encontrou com a Ino e o Itachi discutindo na frente do prédio. Para ajudá-la, você se meteu na briga, levou um empurrão, se desestabilizou e bateu com a cabeça no chão. – Contou Sakura.

— Quem é Ino e Itachi?

— É verdade, você também não se lembra deles... Bem, Ino é minha melhor amiga, ela tá grávida. Itachi é o ex-namorado dela e pai do bebê.

— Não preciso nem de uma bola de cristal pra adivinhar o motivo da briga. Ele não quer assumir a criança né? – Chutou Deidara e Sakura assentiu.

— Exatamente! Acertou em cheio.

— Odeio esse tipo de coisa. Mesmo não lembrando do último ano, eu tenho certeza que me meteria nessa briga de qualquer forma.

— Sim, você é uma pessoa boa e que odeia injustiças. Aliás, é por isso que te admiro tanto. – Confessou Sakura e o coração de Deidara acelerou.

— Sakura, desculpa se eu estiver sendo equivocado, louco ou sei lá mais o que... Mas eu preciso te perguntar uma coisa.

— Pergunte o que quiser! – Incentivou Sakura.

—  A gente era só amigo? Ou rolou alguma coisa? – Perguntou Deidara e Sakura riu.

— Só amigos. Eu tinha namorado até ontem. – Respondeu Sakura.

— Até ontem? Ele ficou bravo por você ter vindo cuidar de mim?

— Na verdade, ele ficou bravo por outro motivo. Meu ex é irmão do Itachi, então está acusando a Ino de mentir e apoiando o irmão dele.

— Que droga! Seu namorado é um otário! Quem é ele?

— Sasuke. – Respondeu Sakura e Deidara ficou boquiaberto.

— Pera aí... Você era namorada do Sasuke Uchiha? E o itachi que me empurrou era Itachi Uchiha?

— Sim, são eles. Por que?

— É que deles eu lembro. São os filhos do meu antigo patrão Fugaku Uchiha. O Sasuke dava aula no cursinho e o Itachi sempre foi o playboy metido a bonzão. Vocês se conheceram lá também?

— Foi isso mesmo. Sasuke me deu aula.

— Agora as coisas fazem mais sentido...

— Você não consegue lembrar de nada mesmo?

— Não. Só memórias antigas. Obrigado por estar aqui, Sakura. Eu queria muito lembrar de você. – Afirmou Deidara.

— Você vai lembrar e, mesmo que não lembre, vamos construir memórias novas. – Disse Sakura sorrindo.

— Sei que do seu lado vou ficar bem. – Disse Deidara.

[...]

Na faculdade, Sasuke resolveu matar a última aula para se encontrar com Naruto no bar próximo ao campus. Por sua vez, o Uzumaki esperava Hinata chegar para poderem voltar para casa juntos.

— A aula acabou? – Estranhou Naruto ao ver Sasuke aparecer no bar antes da hora.

— Não, eu só não estou com cabeça para ficar lá. Vou pegar as anotações com a Hinata depois. Na verdade, estou precisando desabafar. – Confessou Sasuke.

— Já até imagino sobre o que... Sakura, acertei?

— Faz só um dia, mas tanta coisa já aconteceu de ontem pra hoje.

— Tipo o que, Sasuke?

— Tipo eu estar de malas prontas para ir para Harvard no lugar da Hinata daqui a duas semanas.

— O que? Você vai no lugar dela? Como?

— Meu pai só precisou fazer uma ligação e a vaga já era minha. Acho que tomei a decisão no impulso e nem sei se me arrependo. Profissionalmente vai ser bom, mas quando penso na Sakura fico confuso. – Disse Sasuke.

— Cara, uma hora ela vai ver que errou em terminar contigo por causa da parada do Itachi. Vocês não tinham que ter brigado por isso. – Disse Naruto.

— Nós tentamos não brigar, mas parecia que a gente vivia numa guerra fria dentro de casa até que o conflito explodiu com o que aconteceu com o Deidara. Tenho que concordar com ela que estava insuportável. – Afirmou Sasuke.

— Mas vocês podem se resolver quando o resultado do DNA sair. – Rebateu Naruto.

— De qualquer forma, um de nós estará errado e o outro vai ficar com o orgulho ferido. Não sei se a gente é capaz de superar isso. Acho que seis meses longe vão me ajudar a pensar melhor sobre tudo.

— Sasuke, em seis meses tudo pode mudar!

— Eu sei e talvez seja melhor assim. – Disse Sasuke.

[...]

Rio de Janeiro. Sábado, 17 de março de 2018.

Deidara já esperava pela chegada de Sakura. Quando ela chegou, o rosto dele se iluminou e ela logo correu para abraça-lo.

— Adivinha quem está de alta? – Disse Sakura ainda sem soltar Deidara.

— Eu! Amém! Não aguentava mais as paredes brancas desse lugar! – Desabafou Deidara e Sakura o soltou.

— Dei, eu falei com o médico e ele acha melhor você não ficar sozinho por enquanto, então você vai ficar na minha casa tudo bem?

— Não vou incomodar?

— Não, claro que não! Para os meus pais, você é como um filho! – Disse Sakura.

— Então, eu vou. – Disse Deidara sorrindo. – Ah, eu tive uma lembrança, Sakura.

— De que momento?

— Foi só um flash, mas parecia real, muito real. Era do dia do seu aniversário, tinha uma festa e eu te dava um presente que simbolizava o teatro.

— Aconteceu isso mesmo, Dei! Sua memória está voltando!

— Eu espero que volte toda a memória em breve. Não quero esquecer nada que vivi com você. – Declarou Deidara e Sakura sorriu.

— Você vai lembrar. – Afirmou Sakura.

[...]

Sasuke estava no apartamento assistindo televisão quando a campainha tocou. Para o porteiro não avisar, certamente era uma pessoa conhecida. Então, parte de Sasuke torcia para que fosse Sakura atrás daquela porta, no entanto, quem apareceu foi Itachi.

— Oi, irmãozinho. Podemos conversar? – Pediu Itachi e Sasuke assentiu.

— Podemos. Graças a você, eu não tenho mais namorada sabia? – Ironizou Sasuke, enquanto se sentava no sofá e Itachi numa poltrona ao lado.

— Nossa mãe me contou quando liguei para ela. Sinto muito, Sasuke. – Disse Itachi, cruzando a perna.

— Não, você não sente. Você é o grande causador disso tudo. – Acusou Sasuke.

— Ainda dá tempo de você ficar do lado da Sakura, Sasuke. Corra até ela e diga que não acredita em mim. Ela vai voltar pra você, se fizer isso. – Provocou Itachi.

— Sabe por que eu não faço isso?

— Por que?

— Porque nossa família é importante pra mim, você é importante pra mim. – Enfatizou Sasuke.

— Obrigado pela confiança. Agora, que história é essa de você indo pra Harvard?

— Ah, ganhei uma bolsa de estudos. É mais um intercâmbio. Vou ficar por seis meses lá. Acho que é tempo suficiente da poeira baixar por aí, do exame de DNA sair o resultado e aí, quem sabe, eu e Sakura consigamos uma nova chance. – Disse determinado.

— Acha que ela vai mudar de ideia sobre a nossa família?

— O problema não é nossa família. É você. O problema da Sakura é contigo.

— O amigo dela já teve alta, ficou sabendo?

— Não, não sabia. Ele está bem?

— Aparentemente, sim. O único dano foi a memória recente, ele não lembra do último ano. Mas parece que é possível ele recuperar a memória. Nosso pai foi até o hospital conversar com o médico dele e me disse que não teve nenhum dano grave.

— Menos mal. Sakura deve estar aliviada agora.

— Certamente. Sabe, eu fiquei impressionado com o quão apegada ao Deidara a Sakura é. Não imaginava que era tanto. – Comentou Itachi.

— O Deidara foi a primeira página de um novo capítulo que Sakura começou em sua vida. Como toda primeira página, tem sua relevância, porque é a partir daí que se estrutura o resto da história. – Filosofou Sasuke.

— Pensei que a primeira página dela tivesse sido você.

— Não fui eu. Sakura conheceu Deidara primeiro. A ligação deles é forte. – Comentou Sasuke.

— Você não sentia ciúme?

— Sentia, mas Sakura nunca me preocupou. Ela é muito clara sobre o que sente, o que quer e eu via em seus olhos que ela me queria.

— Hoje ela não quer mais...

— É. – Pausa – Mas foi por sua causa.

— Voltamos às acusações...

— Vou parar... Tem mais alguma coisa que queria conversar comigo? – Questionou Sasuke.

— Sim, queria te lembrar que eu não sou seu inimigo. Não olhe pra mim com tanto ressentimento. Sakura é apenas uma mulher, existem milhões de outras no mundo...

— É isso que você pensa sobre a Ino, que ela é só mais uma mulher? – Pergunta Sasuke.  

— Sasuke, eu aprendi uma coisa com a minha primeira namorada: Não importa o quanto você ama alguém, sempre haverá um jeito de você falhar miseravelmente num relacionamento. Até hoje, todos meus romances falharam, inclusive com a Ino. Então, sim, ela é só mais uma mulher. Tem sua importância, mas não é insubstituível.

— Discordo. Não tive tantos relacionamentos quanto você, mas acho que há formas de não falhar com quem se ama. Nossos pais são um bom exemplo. – Respondeu Sasuke e Itachi riu.

— É sério que você tem como modelo de relação os nossos pais? Sasuke, acorda! Eles são mais sócios do que amantes. A família Uchiha que você tanto idolatra é quase uma farsa.

— Você está falando bobagens! Nossos pais se amam! – Defendeu Sasuke.

— Não digo que não existe amor entre eles, mas a chama já se apagou há muito tempo. Os dois vivem enfurnados no hospital ou viajando à trabalho. Você se lembra deles terem feito alguma viagem juntos? As de Natal não valem, porque não eram românticas. – Alertou Itachi.

— As viagens de Natal deveriam contar. Eram muitos divertidas e eu lembro bem deles brindando com uma taça de vinho tinto no jantar.

— É um ritual.

— Sim, um ritual deles. Algo que os mantém como o casal que são. Às vezes, não são necessárias grandes loucuras para se demonstrar amor. Eles fazem isso todos os dias com pequenos gestos como o brinde na hora do jantar, que vejo, claramente, como uma forma de celebração. – Apontou Sasuke.

— Tá, Sasuke. Encare a relação deles da forma que quiser. – Disse Itachi.

— Já que você tocou no assunto da sua primeira namorada. Eu tenho uma pergunta importante pra te fazer... Ela estava grávida um pouco antes de vocês terminarem, certo? O que aconteceu?

— Sasuke, esse assunto não deve ser mencionado. Não gosto de falar disso.

— Eu sempre respeitei você quanto a isso, mas diante da situação com a Ino eu fiquei me perguntando se...

— Se eu não quero ser pai por causa desse episódio? – Completou Itachi.

— É. Foi isso que aconteceu? – Sasuke perguntou e Itachi ficou pensativo.

— No dia que Izumi abortou o bebê por causa dos pais dela, desisti da ideia de ser pai. Vi que não era pra mim. - Resumiu.

— E se o filho da Ino for seu?

— Não é! Eu já disse e você concordou em me apoiar. Cadê a confiança? – Exigiu Itachi.

— Tudo bem. Não vou tocar mais no assunto. – Disse Sasuke.

— É melhor assim. Alguns assuntos devem ficar no passado. – Respondeu Itachi.

— Acha que nos vemos ainda antes da minha partida? – Perguntou Sasuke.

— Não sei. Tenho que procurar algum publicitário foda disponível para coordenar a nova campanha da joalheria pro Neji e isso vai dar trabalho.

— Ele tirou mesmo você do projeto?

— O que você acha que ele ia fazer com as acusações da louca da Ino contra mim? Fora isso, para piorar, teve o acidente com o Deidara. Meu nome anda ligado a coisas ruins e é óbvio que o Neji não ia querer meu nome com o dele. Não posso nem criticá-lo porque no lugar dele faria o mesmo.

— Quando você provar sua inocência, isso passa. – Comentou Sasuke.

— Espero que sim. Ah, eu acho que você vai adorar conhecer uma amiga minha quando estiver nos Estados Unidos. O nome dela é Konan e ela está treinando lá, se eu não me engano, ela compete por Harvard.

— Qual o esporte dela? – Perguntou Sasuke.

— Natação. – Informou Itachi e Sasuke fez careta.

— Passo. Não quero conhecer ninguém ligado ao mundo da natação. Obrigado. – Dispensou Sasuke.

— Ainda é um trauma porque você foi trocado por um nadador olímpico? – Debochou Itachi.

— Peguei ranço dessa raça. – Disse Sasuke.

— Ela é legal e completamente linda. Seria bom você ter uma amizade quando chegar lá para não ficar avulso. – Disse Itachi.

— Eu me viro. – Disse Sasuke de mau humor.

— Ok. Eu já vou então. Boa viagem irmãozinho. – Despediu-se Itachi do caçula com um abraço.

— Obrigado. Cuide de tudo aqui, de você, da mamãe, do papai e, principalmente, da situação com a Ino. – Pediu Sasuke.

— É o que eu vou fazer. – Garantiu Itachi.

[...]

Massachusetts, Estados Unidos. Domingo, 25 de março de 2018.

Sasuke desembarcou nos Estados Unidos e foi direto para o apartamento que havia alugado. Quando chegou ao seu lar pelos próximos seis meses, parte de si queria muito retornar ao Brasil. Desde que partiu, ele havia ponderado se tinha ou não tomado a decisão certa. Sasuke saiu do Rio de Janeiro sem se despedir de ninguém. Até com seus pais, ele havia falado apenas pelo telefone no dia do embarque. Aliás, viajar naquela data tinha sido uma escolha pensada para fugir do aniversário de Sakura, que se aproximava. Tudo que Sasuke não desejava era vê-la comemorando sem ser ao seu lado.

Após tomar um banho e trocar de roupa, Sasuke decidiu dormir. Ficou cerca de 4h dormindo, quando foi despertado pela campainha de seu apartamento. Como poderia ter uma visita se não conhecia ninguém ali? Mesmo assim, o rapaz seguiu até a porta e ficou surpreso ao notar a bela mulher parada em sua porta.

— Você só pode ser Sasuke Uchiha, certo? – Perguntou animada.

— Sou, mas quem é você? – Perguntou sem ter ideia de quem ela era.

— Konan, prazer em conhecê-lo. Você é muito parecido com seu irmão! Um mais bonito que o outro! – Comentou divertida. – Posso entrar?

— Ah, ele me falou de você... Pode sim. – Sasuke deixou ela passar.

— Itachi me pediu para fazer uma visita cordial, trazer comida. Você deve estar muito cansado da viagem né? Eu moro aqui perto, então se precisar de alguma coisa... – Se ofereceu Konan.

— Obrigado, Konan. Realmente, não precisava. – Disse Sasuke.

— Não foi incomodo. Eu fico muito sozinha quando estou aqui, então é legal conhecer alguém novo. – Disse Konan.

— Você viaja muito por causa da natação, né? – Perguntou Sasuke.

— Sim, por causa das competições. Mas moro aqui tem uns três anos. – Informou.

— Entendi, mesmo assim, meu irmão não deveria ter te pedido nada. – Disse Sasuke.

— Itachi se preocupa com você. Sinceramente, achei fofo quando ele me ligou pedindo pra vir aqui. – Confessou Konan.

— Você e o meu irmão são o que um do outro? – Perguntou Sasuke curioso.

— Amigos. Só amigos. – Disse Konan analisando Sasuke dos pés à cabeça.

— Sei bem que tipo de amizade meu irmão faz... – Falou ironicamente e Konan riu.

— Seu irmão é um conquistador barato. É divertido e sexy, mas pode ficar tranquilo que eu não vou mais me deixar seduzir. – Garantiu Konan.

— Melhor pra você. Aliás, Konan, você sabe do que o Itachi está sendo acusado no Brasil? – Perguntou Sasuke, pois não queria que aquela moça tão simpática fosse usada pelo irmão.

— Sim, eu estava com ele quando a ex-namorada fez o maior escândalo na premiação. Sabe, Sasuke, seu irmão não é o que a mídia está dizendo dele. Quando olho para Itachi, penso que ele não é má pessoa. – Disse Konan.

— Você confia nele? – Perguntou Sasuke.

— Sim, confio. É até engraçado porque eu o conheço há pouquíssimo tempo, mas ele é aquele tipo de pessoa que faz a gente se apaixonar por ele sem entender muito bem porquê.

— Você está apaixonada por ele?

— Não no sentido romântico... Eu me refiro a admiração que sinto por ele. Quer dizer, é claro que nós já transamos, mas foi tudo diversão. – Disse Konan.

— Não me surpreende que você e ele... Enfim, mas que bom que existe outra pessoa no mundo que confia no Itachi. – Respondeu Sasuke.

— Você diz isso por causa da sua ex-namorada? Itachi me falou dela também... – Contou Konan.

— Sakura tinha suas razões para não confiar no Itachi. Não quero julgá-la por ficar do lado de quem ela ama.

— E esse alguém não foi você, né?

— É engraçado, mas, desde que ela terminou o namoro comigo, fiquei pensando que Sakura ainda não descobriu, mas ela gosta bem mais do Deidara do que sabe. – Confidenciou Sasuke.

— Pera aí, Deidara é o cara que o Itachi agrediu? – Disse Konan e Sasuke assentiu, então ela prosseguiu-  Ele mencionou comigo por alto... Ele e a sua namorada são o que um do outro?

— Melhores amigos, diz ela... Mas a preocupação que ela teve com ele, a forma como ela virou bicho quando tudo aconteceu... Eu fiquei pensando senão existia algo ali, algo que ela nunca percebeu porque estava ocupada me amando. – Disse Sasuke.

— Eu acho completamente possível uma pessoa amar duas ao mesmo tempo. Formas diferentes, é claro, mas genuinamente possível. – Comentou Konan.

— Isso me deixa um pouco preocupado...

— Você ainda gosta dela? – Perguntou Konan interessada.

— Eu amo a Sakura. Um sentimento assim não some do dia pra noite. – Admite Sasuke.

— Bem, você tem seis meses... – Insinuou Konan e Sasuke riu.

— Melhor a gente ir comer isso aí que você trouxe. Já deve até estar frio! – Desconversou Sasuke.

— Pode deixar, que eu vou tomar conta da sua cozinha! – Ofereceu-se Konan.

[...]

Desde que começaram a namorar, Hinata e Naruto tinham evitado sair juntos. Segundo Hinata, não estava pronta ainda para o julgamento da sociedade sobre a relação deles. Mesmo assim, Naruto conseguiu convencê-la a ir ao teatro no fim da noite.

— Vai dizer que você não gostou da peça? – Perguntou Naruto para Hinata assim que saíram do teatro de mãos dadas.

— Gostei. Foi muito divertido! – Admitiu Hinata e então Naruto lhe roubou um beijo.

— Podemos fazer isso mais vezes, o que acha?

— Sair mais vezes juntos? – Questionou Hinata.

— Sim, amor. Eu adoro ser seu namorado, mas quero que o mundo saiba disso. Por enquanto as únicas pessoas que sabem sobre nós são Sasuke e Sakura. – Disse Naruto.

— Já contei para Hanabi também. – Disse Hinata.

— Mas quando vou poder contar para Karin, por exemplo?

— Naruto, contar pra sua prima é a mesma coisa que contar pro Neji e eu queria esperar um pouco. Não quero que ele saiba da maneira errada. – Alegou Hinata.

— Bem, acho que é meio tarde pra isso. – Disse Naruto após indicar com a cabeça que Tenten estava próxima a eles.

— Ela nos viu? – Perguntou Hinata preocupada.

— Acho que sim e não vejo problema nisso. Hina, o Neji já seguiu em frente. Ele não vai apedrejar a  gente por estarmos namorando. – Disse Naruto.

— Mas e se ela contar do jeito errado? E se ele pensar que eu larguei o larguei no altar pra ficar com você? – Perguntou Hinata preocupada.

— Se ele conhece mesmo você, vai saber que essa não é a verdade. – Disse Naruto para tranquilizar a namorada.

[...]

Tenten tentou disfarçar que tinha flagrado Naruto e Hinata juntos, mas não conseguiu. Percebendo que o casal havia notado sua presença, ela tratou de dar às costas para eles e apressar o passo rumo ao estacionamento. Quando entrou dentro de seu carro, se surpreendeu com uma mensagem de Neji chamando-a para jantar dali a uma hora num restaurante próximo do teatro. Por um momento, a atriz vibrou e em seguida respondeu que se encontraria com o empresário no local.

Após dirigir-se até lá, Tenten foi ao encontro de Neji que já esperava por ela numa mesa do restaurante.

— Fiquei feliz por você aceitar o meu convide, Tenten. – Disse Neji após cumprimentar a atriz com dois beijinhos na bochecha.

— Adorei o convite! Estava saindo do teatro morta de fome! Mas me diga, Neji, como você está? – Perguntou Tenten, enquanto Neji puxava a cadeira para ela se sentar.

— Bem, apenas um pouco atribulado com os negócios. Inclusive, queria me desculpar por não ter ido assistir sua peça outro dia. – Disse Neji sentando-se.

— Você já foi tantas vezes que nem precisa se preocupar! Mas tenho que confessar que é sempre um prazer saber da sua presença na plateia. – Confessou Tenten.

— O prazer é todo meu em assisti-la. – Disse Neji e então chamou o garçom para fazer os pedidos.

— Eu me considero uma sortuda por ter a sua admiração, Neji. Acho que você é meu fã preferido, o número um. – Soltou Tenten para tentar envolvê-lo, enquanto esperavam a chegada dos pratos.

— Mas deve existir uma fila bem grandes de admiradores seus... – Disse Neji.

— Nenhum com quem eu me importe, como me importo com você. – Afirmou Tenten e em seguida colocou sua mão sobre a de Neji, que desviou o olhar na hora para observar a movimentação da sua pretendente.

— Obrigado por ter ficado do meu lado no momento mais difícil da minha vida. – Agradeceu Neji acariciando a mão de Tenten.

— Não precisa agradecer. Eu faria tudo de novo por você. – Disse Tenten sorrindo e então eles foram interrompidos pela chegada dos pratos da entrada.

Enquanto jantavam, Neji e Tenten conversaram sobre algumas amenidades, mas, sempre que podia, a atriz dava um jeito de elogiar o empresário fosse por sua postura ao apoiar a cultura ou por ter barrado Itachi na nova campanha da joalheria.

— Quando fiquei sabendo que você afastou Itachi da produção da nova campanha publicitária da joalheria me surpreendi, mas tenho que confessar que adorei. O que ele fez com o Deidara e com a Ino foi muito grave. – Comentou Tenten.

— Itachi é meu amigo, um dos melhores que tenho, então foi difícil afastá-lo. Mesmo assim, tive que pensar na empresa. Sei que o magoei quando tomei essa decisão, mas não podia prejudicar os negócios. – Confessou Neji.

— Mas como você se sente sobre as atitudes dele? – Perguntou Tenten.

— É difícil julgar. A versão do Itachi é que Ino está mentindo, o que será provado com o exame de DNA. Eles estão esperando só a gravidez chegar ao momento mais propício para o teste. Quanto ao Deidara, Itachi errou. É inegável. Pelo que fiquei sabendo, o advogado da família Haruno está processando Itachi pelo que aconteceu com Deidara. – Informou Neji.

— Ele ferrou com a carreira do Deidara temporariamente. Por sorte, parece que a sequela que ele teve, da perda de memória, não será permanente. Kiba tem me mantido informada sobre ele. – Disse Tenten.

— Você chegou a ir visitá-lo? – Perguntou Neji.

— Não, não tive tempo ainda. Além disso, pelo que Kiba me disse, Deidara ainda não é capaz de me reconhecer. Melhor dar algum tempo para ele primeiro. Sakura está cuidando dele. – Disse Tenten.

— Sasuke que deve estar arrasado. Soube por Itachi que ele foi passar seis meses nos Estados Unidos estudando. – Comentou Neji.

— É deve estar mesmo. Fiquei sabendo que eles terminaram, mas o que é má notícia pra uns, pode ser boa notícia pra outros. – Disse Tenten.

— Como assim? – Perguntou Neji.

— Ah, Sasuke por seis meses em outro país é uma notícia muito animadora pro Kiba, por exemplo. É a chance dele lutar pela Sakura de novo. – Revelou Tenten enquanto degustavam a sobremesa.

— Entendi. É como se a felicidade de uns fosse a desgraça de outro. – Comparou Neji.

— Mais ou menos. Acho que desgraça é um termo meio pesado. Não é como se o Kiba desejasse mal pro Sasuke só porque ele ama a Sakura, entendeu?

— Tudo bem. Acho que entendi o que você quis dizer. – Encerrou o assunto.

Após o final do jantar, Neji acompanhou Tenten até o próprio carro. Lá, ele se despediu dela para seguir rumo ao seu carro.

— Foi maravilhoso estar com você esta noite. – Afirmou Neji.

— Foi revigorante pra mim também. – Respondeu Tenten.

— Nos falamos em breve? – Perguntou Neji.

— Sim, eu espero. – Disse Tenten e Neji estava pronto para se afastar, mas Tenten segurou sua mão, se aproximou e o beijou ternamente. Ele não a afastou. Que dizer, não inicialmente. Por alguns segundos, Neji foi receptivo a proximidade da atriz, mas, de repente, ele terminou o beijo bruscamente, deixando-a confusa. – O que foi?

— Não posso, Tenten. – Disse Neji se afastando.

— Por que não? – Perguntou sem entender.

— Não é justo. Adoro estar com você, mas não posso usá-la enquanto tenho sentimentos por outra pessoa. – Justificou Neji.

— Hinata não merece você. Enquanto você me rejeita, ela está com Naruto, seguiu em frente. Eu vi os dois juntos hoje, aos beijos, felizes. – Contou Tenten e Neji murchou.

— Onde? – Neji se perguntou a dizer.

— Na saída do teatro. Eles deviam ter ido assistir a uma outra peça em cartaz e eu os vi. Eles me viram também, ficaram sem graça, mas estavam juntos, Neji. Eles estavam... – Reafirmou Tenten.

— Bem, melhor eu ir embora. Depois nos falamos, Tenten. – Disse Neji virando-se de costas para Tenten, que estava triste.

— Quando você vai se dar conta que eu sou muito melhor que ela, Neji? – Perguntou Tenten baixinho e Neji não foi capaz de ouvir.

[...]

Sakura e Deidara tinham acabado de assistir a um filme juntos na sala. Então, enquanto procuravam por outro para continuarem ali, Deidara resolveu puxar um assunto que Sakura vinha evitando desde que ele tinha tido alta.

— Você quase não fala sobre o seu ex-namorado, Sakura. – Observou Deidara.

— Por que você tá me dizendo isso? – Perguntou Sakura.

— Sei lá, passou pela minha cabeça agora isso, já que você está procurando filmes de ação e nada de comédias românticas. – Comentou Deidara.

— Se eu for ver uma comédia romântica, vou acabar chorando e nós não queremos isso, certo? – Disse Saskura e Deidara concordou.

— Você devia ligar pra ele e dizer que se arrepende de ter terminado. – Aconselhou Deidara.

— Não dá, Dei. Até porque a situação ainda é a mesma desde que terminamos. Nada mudou. Itachi continua não querendo assumir o filho da Ino, você continua sem recuperar sua memória. – Disse Sakura.

— Eu to melhor já! Sério, se for por mim, é melhor você ligar logo pra ele... – Insistiu Deidara.

— Não se culpe pelo fim do meu namoro. A culpa é minha e do Sasuke, só nossa. Você tem que se concentrar agora em recuperar a memória. – Disse Sakura.

— Eu lembrei de mais uma coisa hoje. – Anunciou Deidara.

— Do que lembrou?

— Seu aniversário está chegando! Temos que fazer uma festa! – Disse Deidara rindo.

— Verdade, está mesmo. Mas não estou em clima de festa, Dei. – Disse Sakura.

— Talvez, a gente pudesse fazer algo mais intimista. – Sugeriu Deidara.

— Ok. Pode ser. Pense em algo e me diga. Agora, vamos assistir a um filme de terror. – Sakura então selecionou uma opção no catálogo da Netflix.

— Ui, que medo! – Brincou Deidara.

[...]

Rio de Janeiro. Segunda-feira, 26 de março de 2018.

De manhã, Sakura recebeu uma ligação de Ino que pedia para que a acompanhasse numa consulta médica. Como boa amiga que era, Sakura foi. Na volta, Ino pediu para que Sakura subisse, pois queria mostrar algumas das roupinhas que tinha comprado para o bebê.

— Olha só que mimo, Sakura! – Disse Ino mostrando um macacão branco e outro vermelho que tinha comprado para o bebê.

— São lindos, Ino. Olha, eu faço questão de dar o berço de presente, viu? – Disse Sakura.

— Esse seu afilhado vai nascer já mimado. – Disse Ino rindo.

— Ino, e se for menina? Você fala como se soubesse que é um menino. – Comentou Sakura.

— Ah, eu sempre sonho que é um menino. Então, penso que vai ser, mas o exame vai confirmar só mais pra frente. Ah, eu quero que ele tenha a cara do Itachi pra calar a boca dele. – Disse Ino.

— Você já pensou que seria melhor para essa criança sequer conhecer o Itachi? – Perguntou Sakura.

— Já pensei sobre isso, porque realmente acho que Itachi não seja um bom exemplo pra ninguém, mas meu filho tem esse direito Sakura. Não vou negá-lo isso, por mais que eu ache que ser um Uchiha é um saco e ter o Itachi como pai pior ainda. – Comentou Ino.

— Então, tudo o que você quer é o nome do Itachi na certidão de nascimento do bebê?

— Sim, Sakura. E, é claro, que ele vai ter que me dar uma pensão, porque eu vou ter que parar de modelar por um tempo e os gastos com o bebê serão grandes.

— E seus pais? Como eles reagiram ao saberem da gravidez?

— Minha mãe curtiu a ideia e pensa voltar para estar presente no dia do parto, o que é algo bom. Já o meu pai não gostou. Ele desmaiou quando contei, mas já está se acostumando com a ideia. – Revelou Ino.

— Viu? Você não está sozinha. – Disse Sakura.

— Graças a Deus, não mais... Tenho meus pais, tenho você e o Kiba também. – Contou Ino.

— Ele tem sido um baita parceiro né? – Comentou Sakura.

— Sim, muito dedicado. Ele disse que se o Itachi não quiser assumir o bebê, ele dará o nome dele. Achei fofo, mas neguei. No lugar, o convidei para padrinho. – Contou Ino.

— Eu e o Kiba seremos os padrinhos do seu filho juntos? – Disse Sakura surpresa.

— Tem algum problema? Pensei que tudo estivesse bem entre vocês...

— Tá tudo bem sim, Ino. É que pensar em mim e no Kiba desse jeito é estranho. Afinal, não somos mais um casal. – Comentou Sakura.

— Tá aí. Vocês podiam ser um casal de novo também. Fui eu quem estragou as coisas. Talvez, fosse o momento certo para consertar. – Sugeriu Ino.

— Não sei, não acho uma boa ideia. Ainda tem o Sasuke...

— Ele não foi passar seis meses fora? Sasuke sequer está lutando pela relação de vocês, enquanto isso o Kiba nunca desistiu... – Disse Ino.

— Parece que sim. Fico feliz por ele, porque era realmente uma boa oportunidade e a família dele vinha pressionando muito. Mas não acho que ele tenha que lutar por nada. Mas também não acho que seja uma boa ideia dar uma segunda chance ao Kiba.

— Por que?

— Eu ainda amo o Sasuke.

— E não sente nada pelo Kiba?

— No ano novo, Deidara flagrou uma conversa minha com o Kiba e me disse algo que me fez perceber que parte de mim ainda sente algo sim pelo Kiba. Mas é confuso, Ino...

— Você tem medo de se magoar de novo né?

— Não é só isso. É claro que parte de mim fica gritando que o Kiba me trairia de novo, que eu não devo ser idiota de acreditar que ele mudou e tal. Além disso, eu realmente amo o Sasuke e tenho sentido muito a falta dele. Senão fosse pelo Deidara me alegrando eu nem sei o que seria de mim...

— Pensa bem, Sakura. – Disse Ino.

— Eu já pensei... Não está na hora de pensar em romance e muito menos no Kiba.

[...]

Quando Sakura já estava indo embora, sem querer, ela esbarra em Kiba na portaria. Feliz com o encontro, ele sorri e a convida para subir até seu apartamento.

— Vamos, Sakura... Dez minutinhos e uma xícara de café comigo. Vai me negar isso? – Disse Kiba, insistindo após a negativa de Sakura para seu convite.

— Não sei, Kiba... Talvez seja melhor num outro dia. – Respondeu a Haruno.

— Por que não hoje? Quero muito conversar com você. Mal nos falamos desde que nos vimos no hospital. O Deidara está melhor? – Perguntou Kiba tentando parecer mais simpático que o normal.

— Tudo bem. Mais só vou poder ficar uns 15 minutos, ok? Ah, o Deidara está bem. Aos poucos, tem recuperado a memória. – Disse Sakura acompanhando Kiba até o elevador.

— É ótimo saber isso! Assim, ele vai poder voltar a trabalhar logo? – Perguntou Kiba, fingindo interesse em Deidara, pois sabia que Sakura gostava de falar do amigo.

— Acho cedo ainda. Ele não lembra de muitas coisas. – Informou Sakura já dentro do elevador.

— Agora, ele já lembra de você? – Perguntou Kiba.

— Lembra sim. É claro que não lembra de tudo, mas já recuperou algumas memórias nossas, como as do meu último aniversário. – Revelou Sakura.

— Aliás, é depois de amanhã o grande dia. Alguma comemoração? – Perguntou Kiba e então o elevador parou em seu andar.

— Não, não estou no clima. Provavelmente, ficarei em casa com meus pais e Deidara. – Disse Sakura, enquanto caminhava com Kiba até a porta do apartamento.

— Não deveria deixar passar em branco. – Disse Kiba, abrindo a porta de casa e entrando com Sakura.

— Não há o que comemorar. – Respondeu Sakura.

— Discordo! Você nasceu nesse dia, então temos que agradecer ao mundo que você existe. Não consigo nem imaginar como seria ruim um mundo sem você nele. – Disse Kiba, sendo galanteador.

— Ah, Kiba... você falando assim me deixa sem graça. – Disse Sakura acompanhando o rapaz até a cozinha, onde ele serviu o café a ela.

— Só falei o que sinto. Sabe, depois de tudo que passamos juntos, todos os dias de glória e também os de luta, sinto que saímos mais fortes. No seu último aniversário, eu me humilhei atrás do seu perdão e é tão bom pensar que hoje eu fui perdoado. – Confessou Kiba, entregando a xícara de café para Sakura.

— Caramba! Parece que foi ontem tudo isso e não há um ano né? – Comentou Sakura, após bebericar o café.

—  O tempo passa muito rápido. Mas e você? Como está? Falamos do Deidara, mas toda essa situação da Ino e do Deidara afetou você também... Fiquei sabendo que você e o Sasuke terminaram... – Disse Kiba.

— É, nós terminamos. Acho que ele foi passar seis meses nos Estados Unidos estudando. Mas estou bem, um pouco triste só. – Confessou Sakura.

— Você não precisa ficar assim... – Disse Kiba.

— Vai passar, Kiba. Não se preocupe. – Garantiu Sakura.

— Eu sempre vou me preocupar com você, Sakura. Eu te amo. – Disse Kiba e Sakura arregalou os olhos com a declaração sincera e completamente imprevista.

— Por favor, Kiba, não diz isso. – Pediu Sakura.

— Eu não me envergonho do que sinto. Errei com você, falhei como namorado, como amigo, como pessoa, mas você me perdoou... Agora, sinto que essa é a minha segunda chance, a nossa vez de fazer essa história dar certo. – Argumentou Kiba e Sakura se levantou, catando a bolsa o mais rápido possível.

— Nós somos só amigos, Kiba. Melhor eu ir embora. Como eu já disse, tenho um compromisso. – Disse Sakura saindo e Kiba foi seguindo-a até a porta.

— Você tá fugindo! – Acusou Kiba antes de Sakura abrir a porta.

— Não tenho porque fugir de você. – Sakura o encarou, então Kiba a encurralou contra a porta.

— Então, fica comigo? – Perguntou Kiba olhando diretamente para os olhos de Sakura, que por um segundo ficou sem palavras. – Quem cala consente... – Disse Kiba antes de beijar Sakura, que correspondeu a iniciativa do ex.

Era um beijo que transbordava saudade. Kiba amava Sakura e parte da Haruno estava confusa com tudo que vinha acontecendo. Por alguns instantes, ela se perguntou o porquê de ceder, o porquê de retribuir os carinhos que lhe dava, mas então ela o empurrou e pediu para parar.

— Não dá, Kiba. Não to pronta pra isso. – Alegou Sakura.

— Não tá pronta pra voltar a ser minha? Porque você me ama, Sakura! Esse beijo só prova que você não me esqueceu! – Disse Kiba.

— Eu não sei porque deixei você me beijar ok? Talvez, tenha sido carência... Olha, eu amo o Sasuke. Amo mesmo. Cada parte de mim sente falta dele agora e o namoro pode ter acabado, mas o amor não. – Explicou Sakura.

— Apesar de tudo, você ainda ama esse cara?

— Ele só ficou do lado do irmão dele, Kiba. Eu acho que foi errado, mas não é um crime. Ele não me traiu como você. – Rebateu Sakura.

— Quer saber? Faz o que quiser, Sakura! – Kiba abre a  porta – Eu só não posso te garantir que eu vou ficar a vida inteira esperando por você como tenho esperado até agora.

— Eu não pedi pra você me esperar. Agora, com licença... – Disse Sakura antes de entrar no elevador e deixar Kiba frustrado.

[...]

Sasuke estava estudando, quando a campainha do apartamento tocou e ele imaginou que fosse Konan. Então, pausou a leitura, e foi atender a porta.

— Oi, Sasuke! – Disse Konan sorridente.

— Oi, Konan. O que faz aqui? – Questionou Sasuke enquanto Konan entrava no apartamento.

— Vim te tirar da solidão! Tem uma festa ótima rolando, então a gente pode ir dançar, beber um pouco, rir... – Sugeriu Konan.

— Desculpe, mas tenho que recusar o convite. Meus livros me esperam. – Apontou Sasuke.

— Ah, não! Você não vai me deixar ir sozinha pra uma festa mesmo! Eu não vou sair daqui até você concordar ir comigo! – Avisou Konan.

— Konan...

— Sasuke, Sasuke!

— Você é teimosa né?

— Eu diria que persistente se encaixa mais no perfil! Vamos?! Eu espero você se arrumar e ficar ainda mais gato pra se acabar na pista comigo. – Disse Konan.

— Olha, eu vou ok? Mas vou ficar só por 1h e depois volto. – Anunciou Sasuke, enquanto ia se trocar.

— Ok, como você quiser. – Disse Konan se jogando no sofá para esperá-lo.

Na festa estava tocando “Vanze - Survive (feat. Neon Dreams)”, quando Konan e Sasuke chegaram. Ela tratou de pegar dois drinks, um para ela e outro para Sasuke. Então, os dois brindaram, beberam e ficaram dançando em meio a várias pessoas na pista de dança.

— Vai me dizer que não gostou daqui? – Perguntou Konan enquanto dançava sensualmente ao redor de Sasuke.

— É um lugar com música muito alta. – Disse Sasuke quase berrando no ouvido de Konan.

— Assim que é bom, porque a gente fica mais perto. – Disse Konan no ouvido de Sasuke.

— O que? – Perguntou Sasuke sem ter escutado o que Konan disse.

— Eu disse que assim é bom porque a gente fica mais perto! – Disse Konan dessa vez envolvendo Sasuke em seus braços e por um momento se passou pela cabeça dele que ela tinha segundas intenções com ele.

— Você tá querendo abusar de mim? – Perguntou Sasuke brincando e Konan riu.

— Só um pouquinho! – Afirmou Konan antes de roubar um selinho de Sasuke.

— Konan, eu...

— Ama a Sakura! Já sei, entendi! Mas não custava nada tentar! – Disse Konan rindo, enquanto rodava que nem uma louca ao som da música.

— Você fumou alguma coisa? – Perguntou Sasuke estranhando a alegria descontrolada da moça.

— Não! É só o efeito da música e de estar perto de um rapaz bonito! Alguém já te disse que você é gostoso? – Konan foi direta e Sasuke ficou sem graça.

— Acho que agora eu entendo perfeitamente porque meu irmão gostou tanto de você... – disse Sasuke.

— Por que?

— Você é doida e tarada que nem ele. – Comentou Sasuke e Konan riu.

— Isso não me ofende! Vem se divertir comigo! – Exigiu Konan, colando seu corpo no de Sasuke, que não demorou muito a ficar excitado com a sensualidade de Konan.

— Konan, melhor eu ir embora...

— Ah, mas a gente mal chegou! – Reclamou Konan.

— Eu percebi que não foi uma boa ideia... – Disse Sasuke.

— Foi uma ótima ideia! Sabe por que? A gente combina! – Disse Konan antes de beijar Sasuke, que dessa vez acabou se deixando levar pela atirada Konan.


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