Penso em você, logo desisto escrita por British


Capítulo 26
O romance morreu


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente! Tudo bem? Nem demorei muito né? Preparem o coraçãozinho pros próximos capítulos ♥ Boa leitura! :) Ah, deixem comentários né? É sempre bom ler alguns hahaha



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Rio de Janeiro. Terça-feira, 6 de março de 2018.

Era bem cedo quando Sakura passou na casa de seus pais para buscar uma encomenda que havia chegado lá, após tomar o café com Mebuki e Kizashi, a Haruno resolveu passar no apartamento de Ino para ver se ela estava bem, já que tinha visualizado, mas não respondido suas últimas mensagens. Então, para sua surpresa, quem abriu a porta da casa da amiga para ela tinha sido Kiba.

— Cadê a Ino, Kiba? – Perguntou Sakura invadindo o apartamento.

— Talvez você tenha mais sorte do que eu, bem, ela está no quarto e não quer abrir a porta. – Informou Kiba.

— O que aconteceu? – Perguntou Sakura preocupada.

— Você sabe da gravidez? – Perguntou Kiba e Sakura assentiu – Bem, o Itachi não curtiu a ideia de ser pai. A Ino está inconsolável...

— Por que ela não me avisou isso?

— Ah, Sakura, ela sabia que ontem era seu primeiro dia de aula e não queria estragar a sua felicidade. Fora que o Sasuke é irmão do Itachi... Ela não queria atrapalhar a harmonia familiar de vocês. – Disse Kiba.

— Você sabe o que Itachi fez?

— Basicamente, disse que não vai assumir a criança e ela terá que obrigá-lo a fazer isso judicialmente. – Revelou Kiba.

— Que absurdo! Eu entendo que ele tenha se assustado com a novidade, mas ele vai ter que assumir! Vou falar com Sasuke, se preciso contarei para Mikoto e Fugaku! – Afirmou Sakura.

— Eu to do seu lado! Se precisar de mim pra qualquer coisa, eu vou ajudar. Meu coração se partiu ao ver Ino destroçada daquele jeito. Ela bateu na minha porta pedindo ajuda, desde então to aqui, orientando.

— Ela já tem advogado? – Questionou Sakura.

— Sim, Asuma Sarutobi. Ele é meu advogado, então pedi que assessorasse a Ino. Pra comprovar a paternidade a gente vai ter que esperar mais um tempo, afinal tem que ter o exame de DNA. – Disse Kiba.

— O Itachi é um ridículo! Ele namorava a Ino! Eles não tinham um caso, era sério!

— Sakura, era sério pra ela. Para o Itachi era um jogo de conquista que agora não faz mais sentido, porque ele nunca quis formar uma família. Ele enganou a Ino. Aliás, melhor você tomar cuidado com o Sasuke também

— O Sasuke é diferente do irmão! Eu e ele já moramos juntos e queremos uma família. Você falar isso dele não tem nada a ver. – Argumentou Sakura.

— Você acha que ele vai ficar do lado de quem agora que o irmão dele largou a Ino?

— Kiba, o Sasuke vai ficar do lado da verdade, o que nesse caso é o lado da Ino.

— Você pode se surpreender Sakura. O cara é irmão dele! O que te garante que a família não vai falar mais alto?

— A partir de agora a Ino é família dele também, já que carrega o sobrinho dele! – Defendeu Sakura.

— Bem, se você acha isso... Depois só não diga que eu não avisei. – Disse Kiba.

— Vamos deixar de conversa fiada... Eu vou até o quarto falar com a Ino. Pra mim ela vai abrir aquela porta. – Afirmou Sakura.

[...]

#Playlist: Crawling – Linkin Park versão no piano

Sakura bateu insistentemente na porta do quarto de Ino, mas a modelo se recusava a sair de lá.

— Ino, por favor, saia daí... Preciso te ver. – Disse Sakura ao pé da porta.

— Um instante... – Disse Ino, finalmente, abrindo a porta – Eu não acho que seja a melhor hora pra gente se falar, Sakura.

— Vem cá... – Sakura puxa Ino para um abraço – Kiba já me contou tudo. Não precisa falar nada. Mas, se quiser chorar, eu estou aqui.

Ino então desabou nos braços de Sakura. Chorou todas as lágrimas que tinha dentro de si, um choro doído, com gosto amargo. Kiba, comovido com as duas, as abraçou. Naquele momento de tristeza, os três tinham esquecido completamente das situações difíceis entre eles no passado. O foco agora era acalentar o coração partido de Ino, que em seu ventre carregava seu primeiro filho.

Ino não tinha pais presentes, então sempre considerou Sakura e Kiba parte de sua família. Ela os amava profundamente e precisava deles para se manter de pé. Enquanto Ino chorava, Sakura afagava seus longos cabelos, enquanto os braços de Kiba cercavam as duas como um grande protetor.

— Obrigada, amigos. – Disse Ino quase num sussurro.

[...]

No momento em que Ino ficou mais calma, Kiba e Sakura se sentaram na cama ao lado dela, sem soltarem suas mãos. Ino olhou para cada um deles, agradeceu novamente pelo apoio, então Sakura começou a falar.

— Já sabe o que vai fazer, Ino? – Perguntou Sakura.

— Colocar Itachi na justiça para dar o nome dele ao bebê. Não vai ser a mesma coisa que ter um pai presente, mas é melhor que nada. Eu acho... – Respondeu Ino.

— O advogado falou que após o resultado do exame de DNA é impossível a Ino não ganhar o caso. – Comentou Kiba.

— Isso é bom. É claro que, se ele fizesse por vontade própria, seria melhor... – Completou Sakura.

— Você acha que ele pode mudar de ideia? – Perguntou Ino esperançosa.

— Não dê falsas esperanças a ela. – Repudiou Kiba.

— Eu não sei, Ino. Mas acredito que tudo seja possível, inclusive Itachi mudar de ideia. O que acha de darmos a notícia ao Sasuke e aos pais dele? A família Uchiha vai gostar de saber do novo membro. – Incentivou Sakura.

— E se eles rejeitarem o meu filho também? – Perguntou Ino preocupada.

— Claro que não vão! Quem sabe eles sabendo não conseguem mudar a cabeça do Itachi? – Supôs Sakura.

— Será? – Perguntou Ino.

— Você só vai saber se contar. – Disse Kiba.

— Vamos contar a eles então! Mas como me reúno com eles? – Questionou Ino.

— Bem, eu conto a novidade pro Sasuke e aí ele convoca um encontro com a família e você conta tudo pra eles, inclusive o quanto Itachi foi estúpido com você. – Alertou Sakura.

— Ok.  Vamos fazer isso. Obrigada por tudo. – Ino deu um mínimo sorriso e ganhou um abraço dos dois amigos.

[...]

Itachi era bom em convencer a pessoas. Ele não seria um bom publicitário, senão fosse. Então, ele decidiu antecipar qualquer movimentação de Ino e ligou para os pais, marcando um almoço com ele para dali a trinta minutos num restaurante próximo ao hospital em que ambos trabalhavam para facilitar. Chegando lá, Itachi olhava o relógio de minuto a minuto. Estava nervoso com a reação dos pais, mas tinha um bom discurso de defesa. Já havia ensaiado com Orochimaru e tinha recebido a aprovação do advogado, que o colocaria no lugar de vítima.

— Filho, que bom te ver! Faz tempo que não vem nos visitar! – Disse Mikoto, que foi a primeira a chegar.

— Tenho estado muito ocupado com o trabalho! Finalmente, consegui vir vê-los. Aliás, acha que o pai vai demorar muito? – Perguntou Itachi.

— Acredito que não! Logo ele chegará... Me conta, como você está? Você me parece mais magro, filho! Tem comido bem? – Perguntou Mikoto.

— Eu estou bem, mãe. É sério. Quer dizer, tem algo que me preocupa, mas é exatamente sobre isso qu eu vim falar com a senhora e com o pai. – Disse Itachi e foi surpreendido pela chegada de Fugaku.

— Qual o assunto de tanta importância assim pra te afastar do seu trabalho Itachi? – Perguntou Fugaku já se sentando junto da família.

— Que bom vê-lo pai! Vocês querem pedir o almoço primeiro ou vamos direto ao assunto? – Questionou Itachi.

— Depende... É um assunto que vai tirar o meu apetite? – Perguntou Fugaku, que conhecia bem o filho.

— Provavelmente... – Respondeu Itachi, então Fugaku chamou o garçom.

— Vamos comer primeiro. Depois você conta. – Sentenciou Fugaku.

Assim, eles comeram sem tocar no assunto que Itachi tinha vindo falar. Enquanto almoçavam, falaram dos pacientes, de uma viagem á trabalho no próximo mês para um congresso e se queixaram de Sasuke, que tinha ficado muito rebelde depois de começar a namorar Sakura. Fugaku estava chateado com o filho, por ele ter aberto mão do intercâmbio e ido brincar de casinha com a Haruno. Mikoto era mais neutra em relação à Sakura, mas também não tinha concordado com a atitude do filho de abrir mão de uma conquista tão importante.  Após a sobremesa, Fugaku foi bem direto com o filho.

— Você tem dez minutos. Fale logo. – Disse Fugaku já olhando para o relógio.

— Me deram um golpe. – Disse Itachi rapidamente.

— Um estelionatário filho? Como foi? Já chamou a polícia? – Perguntou Mikoto preocupada.

— Não, porque quem quer me dar o golpe é a Ino, minha ex-namorada. – Começou Itachi.

— Como assim? – Questionou Fugaku sem entender aonde o filho queria chegar.

— Ela quer me dar o golpe da barriga, mas já adianto que o filho não é meu. Irei até a justiça para provar que ela é uma oportunista querendo tirar proveito do nosso nome e do meu dinheiro. – Antecipou-se Itachi.

— Mas você tem certeza que o filho não é seu? – Perguntou Mikoto.

— É melhor que não esteja querendo fugir da responsabilidade, Itachi... – Avisou Fugaku.

— É claro que não estou! Tenho certeza absoluta que o filho não é meu. Ino andava com outros homens. Tenho certeza que ela me traía! – Disse Itachi.

— Poxa, filho! Pensava que você tinha escolhido uma boa moça... – Lamentou Mikoto.

— Eu também, mãe! Infelizmente, fui enganado! Peço que vocês se preparem, porque ela vai levar a nossa situação à justiça querendo tirar dinheiro de mim, mas não vou me abater. – Garantiu Itachi.

— Talvez, fosse mais fácil dar algum dinheiro pra essa mulher e evitar a justiça. O nome Uchiha nos noticiários não será algo bom para a nossa imagem. – Alertou Fugaku.

— Eu sei, pai. Já ofereci uma quantia a ela, mas Ino é ambiciosa e deseja mais. Ela quer fama, talvez queira mais fama do que o dinheiro em si. Peço que vocês mantenham discrição sobre o assunto caso alguém venha falar com vocês. Aliás, o Sasuke namora uma amiga dela, então  tenho até medo do que ela deve estar inventando pra ele agora. – Insinuou Itachi.

— Isso só prova que essa namorada do Sasuke também não deve ser boa bisca. Essa gente de teatro não é confiável... – Disse Fugaku.

— Querido, não seja duro com a namorada do Sasuke. Ela é uma boa garota. Talvez, só tenha más amizades... – Defendeu Mikoto.

— Me diga com quem andas que te direis quem és... Se ela anda com a tal Ino, talvez seja oportunista como a amiga. – Disse Fugaku.

— Bem, eu não conheço a Sakura muito bem para afirmar isso, mas a Ino sim. Ela é uma cobra. – Afirmou Itachi.

— Vamos proteger você dessa mulher, filho. Se precisar de mim para qualquer coisa, estarei aqui. – Afirmou Mikoto.

— Obrigada, mãe. E o senhor? Vai ficar do meu lado também? – Questionou Itachi.

— Vou, mas acho que você devia ser mais prudente daqui pra frente. Não namore mais essas modelos. Arrume uma menina direita, como, por exemplo, Hanabi Hyuuga. Tem boa família, nós conhecemos o pai dela. Seria um ótimo par pra você. – Disse Fugaku.

— Pai, agradeço o conselho e a preocupação. Prometo levar em conta a recomendação. – Disse Itachi, vibrando por dentro por ter convencido seus pais de Ino era uma mentirosa.

[...]

Sasuke estava no pré-vestibular dando uma aula, quando o recepcionista entrou e avisou que seu irmão, Itachi, estava o esperando para uma conversa. Sasuke então pediu para que os estudantes terminassem de fazer as questões que ele havia passado e avisou que não demoraria a voltar, então foi falar com o irmão.

— Quem morreu, Itachi? Imagino que o assunto seja sério... – Disse Sasuke ao irmão, estranhando a sua visita surpresa.

— Não dava para esperar. Queria falar com você antes que a Sakura me pintasse com o vilão da história para você. – Começou Itachi.

— Por que a minha namorada falaria mal de você pra mim?

— Longa história. Podemos conversar numa sala mais reservada? – Questionou Itachi.

— Podemos. A salinha dos professores deve estar vazia agora, já que só tem aula minha hoje. Vamos e me explique o que aconteceu. – Disse Sasuke caminhando com Itachi até a tal sala.

— Eu e Ino terminamos. – Disse Itachi assim que entraram na sala.

— Oh, eu imagino que a Sakura esteja brava com você por partir o coração da amiga dela. Mas a minha namorada sabe que eu não vou tomar partido de ninguém né?

— Eu tenho certeza que ela vai ficar a favor da Ino e contra mim. Por isso, vim aqui pedir para que você fique do meu lado. Você é meu irmão e precisa acreditar em mim.

— Acreditar em você? O que aconteceu? – Perguntou Sasuke confuso.

— Eu não fiz nada, mas o discurso da Ino é outro.

— Do que ela está te acusando?

— Ela está grávida e diz que o filho é meu.

— E não é? Vocês namoravam, Itachi!

— Você sabe que a Ino não é 100% confiável. Eu já estava desconfiado da infidelidade dela e agora com essa da gravidez tive certeza que ela quer me dar o golpe da barriga, Sasuke. Nós sempre usamos camisinha! Como ela engravida? É no mínimo duvidoso!

— Bem, façam um exame de DNA e resolvam isso.

— É o que farei! E digo a você meu irmão que vou provar que tenho razão.

— Então, eu não sei o que você veio fazer aqui.

— Só vim te alertar para que não deixe a Sakura te envenenar contra mim. A Ino deve ter feito a cabeça dela a esta altura.

— Ok. Não se preocupe. Estou do seu lado irmão. Mas saiba que se essa criança for minha sobrinha, eu ficarei do lado da Ino.

— Eu juro que não é! – Falou Itachi com convicção.

— Então, eu acredito em você. Agora, eu preciso voltar para os meus alunos...

— Tudo bem. Depois nos falamos...

— Só mais uma coisa... Nossos pais já sabem?

— Foram as primeiras pessoas que procurei. Fora o meu advogado que está me aconselhando também.

— Ótimo! Assim as coisas vão ser resolvidas de maneira correta, só espero não brigar com a Sakura por causa disso.

[...]

Neji voltou da sua reunião com os membros da diretoria da empresa com dor de cabeça. Estava cansado dos negócios, precisava de férias. Após ter sido abandonado no altar, tudo que o empresário mais queria era sumir, como Hinata havia feito. No entanto, tinha responsabilidades a cumprir na joalheria. Ainda pensativo, Neji passou seus olhos pelo porta-retrato com uma foto de Hinata em cima de sua mesa. Em seguida, abaixou a foto. Estava cansado de olhá-la. Então, foi desperto de seus pensamentos pela chegada de Hanabi à sala.

— Oi, Neji. Posso falar com você agora? – Perguntou a Hyuuga mais nova.

— Sente-se, Hanabi. – Ordenou Neji.

 - Tá tudo bem? Meu pai está muito preocupado com você. – Disse Hanabi.

— Diga a ele para se preocupar com Hinata e não comigo. – Avisou Neji.

— Ele sabe que Hinata está bem.

— Como sabe? Ela deu alguma notícia quanto a seu paradeiro? – Questionou Neji interessado.

— Ela não disse onde está, mas ligou e informou que estava bem. – Entregou Hanabi.

— Ela ligou pra você e não disse nada mais?

— Ela perguntou por você. Estava preocupada contigo, Neji.

— Da próxima vez que ela ligar, diga para ela esquecer que eu existo. Será melhor para todos nós.

— Não seja radical. Apesar de tudo, vocês ainda são primos!

— Só tenho uma prima: você.

— Neji...

— Se veio para tentar me convencer a perdoar a Hinata, está perdendo seu tempo. Ela fez uma escolha e sabe muito bem disso.

— Eu queria que tudo voltasse a ser como antes, Neji.

— Eu também queria, mas não dá mais. – Finalizou Neji.

[...]

Sasuke chegou em casa e flagrou Sakura lavando a louça do almoço. Ele a abraçou e depositou um beijo no pescoço dela, que riu da atitude do namorado.

— Você demorou hoje, amor. Foi o trânsito? – Questionou Sakura, enquanto fechava a torneira da pia da cozinha.

— Peguei um pequeno engarrafamento. E aí, pegou a encomenda na casa dos seus pais? – Perguntou Sasuke, enquanto acompanhava Sakura até a sala.

— Peguei sim. Depois fui fazer uma visita a Ino. Aliás, tenho um assunto sério para falar com você. – Afirmou Sakura.

— Ah, é sobre a gravidez da Ino. Acertei? – Disse Sasuke e Sakura ficou surpresa.

— O Itachi já falou com você? – Questionou Sakura e Sasuke assentiu.

— Sim, ele me procurou hoje e também já comunicou os nossos pais. – Informou Sasuke.

— Bem, isso é bom né? Ele mudou de ideia quanto a assumir a criança? – Perguntou Sakura esperançosa.

— Itachi não vai assumir um filho que não é dele. – Disse Sasuke.

— Como assim? O bebê da Ino é filho dele sim! Ele tá maluco de dizer o contrário? – Bradou Sakura completamente revoltada.

— Sakura, o Itachi garantiu pra gente que não é. Disse que a Ino traiu ele. Sinceramente, o que te faz acreditar na Ino e não no Itachi?

— A Ino não está mentindo! – Defendeu Sakura.

— E como é que você sabe? Ela foi capaz de mentir pra você por anos e traiu a sua confiança quando ficou com o Kiba ou já esqueceu disso? – Disse Sasuke e aquilo desmontou Sakura.

— Ela... ela jamais faria algo assim de novo.

— Meu amor, você não tem garantia nenhuma disso! Eu confio no meu irmão. Ao contrário da Ino, ele nunca enganou ninguém!

— Essa pode ser a primeira vez então! Sasuke, seu irmão também não é um santo! A Ino vai provar na justiça que o filho é dele e, sinceramente, eu vou sentir muita vergonha de você, sabendo que você rejeitou o seu sobrinho da mesma forma que o seu irmão! – Desabafou Sakura.

— Sakura, eu não quero brigar com você. – Disse Sasuke percebendo o olhar decepcionado de Sakura.

— Nem eu, mas olha só os absurdos que você disse! Só porque a Ino errou uma vez, não quer dizer que ela vai errar sempre.

— Sakura, eu só queria te alertar que a Ino pode estar manipulando você. Eu entendo a sua estima por ela, mas o meu irmão também não é o demônio que você está pintando.

— Ele propôs para a Ino o aborto, Sasuke! ABORTO! Você tem noção do quão arrasada ela estava quando eu cheguei lá? Senão fosse por mim e pelo Kiba lá dando apoia a ela...

— Você e o Kiba? Sakura, desde quando você tá amiguinha do Kiba de novo? – Perguntou Sauske, desviando do assunto e focando em seu ciúme.

— Não muda de assunto! – Gritou Sakura.

— Mudo sim! Porque se tem algo pior do que você nem considerar a hipótese de que a Ino esteja mentindo, é você ficar do ladinho do Kiba para dar apoio a ela! Vai me falar agora que você também não lembra do que ele fez com você?

— Já superamos isso! – Respondeu Sakura e Sasuke ficou com raiva.

— Já superaram? Que ótimo! Já tem planos de me largar pra ficar com ele também? – Provocou Sasuke.

— Você está sendo infantil, Sasuke Uchiha! – Disse Sakura seriamente.

— Eu? Você começa essa briga por causa da sua amiga mentirosa e do seu ex-namorado traidor e eu sou o infantil? Me poupe, Sakura!

— É sim! Você está com ciúmes quando não deveria estar e, pior, não leva em conta a possibilidade do filho da Ino ser seu sobrinho! Eu tenho certeza que ele é, Sasuke! E essa criança é minha afilhada! Eu vou zelar por ela até o fim e seu irmão não vai fazer mal algum a ela porque eu não vou deixar!

— Acabou?

— O que acabou?

— Seu discurso oras! Ou você acha que a gente está terminando?

— Depois das besteiras que você disse eu não me surpreenderia se você terminasse comigo, Sasuke!

— Olha, eu vou me arrumar e ir pra faculdade mais cedo. Depois a gente se fala. Não quero brigar mais. – Disse Sasuke saindo da sala e indo pro quarto.

— Ok, mas diz pro seu irmão ser valentão com alguém do tamanho dele, porque eu não vou deixar ele encostar um dedo na Ino ou no bebê, entendeu? – Disse Sakura enquanto Sasuke sumia da sua visão.

[...]

Sakura saiu de casa antes mesmo de Sasuke sair do banheiro. Ela estava com a cabeça cheia por causa da briga e queria espairecer. Então, ela foi até o teatro. Queria ver Deidara, conversar com ele e por isso foi para lá antes de seguir para a faculdade.

No teatro, Deidara estava dando uma entrevista quando Sakura chegou lá. Então, a Haruno ficou quieta observando o amigo falando de suas conquistas para a repórter. Quando a matéria acabou, ela foi até Deidara e ganhou um abraço reconfortante.

— Eu precisava muito te ver! – Choramingou Sakura ainda agarrada do ator.

— O que aconteceu, Sakura? – Perguntou Deidara preocupado.

— É uma longa história. Tá com tempo?

— Pra você, todo o tempo do mundo! – Afirmou Deidara e ganhou um sorriso de Sakura.

— Ótimo! Vamos para uma lanchonete?

— Vamos! Deixa que eu pago dessa vez! – Disse Deidara e então eles caminharam até a lanchonete.

— Você é meu anjo, sabia? – Disse Sakura.

— Sabia, mas é sempre bom te ouvir dizer. – Disse Deidara rindo e Sakura sorriu.

— Só você mesmo pra aliviar um pouco meu coração. Minutos atrás parecia que tinha uma tempestade em cima da minha cabeça. – Desabafou Sakura após eles chegarem na lanchonete e fazerem os pedidos.

—  O que foi? Brigou com o Sasuke?

— Sim, acho que foi a nossa briga mais séria até agora.

— Qual foi o motivo? Não me diga que foi o Kiba... – Disse Deidara em tom de brincadeira.

— Em parte, foi pelo Kiba. Mas não foi só por causa dele. Também foi por causa do Itachi e da Ino.

— Quero detalhes. Só assim vou poder ajudar.

—  Dei, a Ino tá grávida do Itachi, que por sua vez se recusou a assumir a criança e sugeriu que a Ino abortasse! Ela ficou arrasada, então chamou o Kiba para ajudá-la e até queria me deixar de fora, pensando no que o Sasuke pensaria sobre tudo isso, mas aí eu fui visita-la hoje e ela me contou tudo. Eu falei que ia pedir ajuda do Sasuke, mas quando cheguei em casa Itachi já tinha envenenado ele. Aí o Sasuke começou a insinuar que a Ino está mentindo, fiquei chateada, a defendi, Sasuke jogou na minha cara que a Ino não é confiável, aí eu insisti que ele pode estar errado sobre o irmão, mas ele não vê. Então, sem querer, toquei no nome do Kiba, porque ele estava com a Ino e comigo hoje, então o Sasuke surtou, trocou de assunto e começou a dar um show, dizendo que eu ia trocá-lo. Eu saí de casa meio tonta, só querendo estar em outro lugar, que fosse bem longe dele. – Resumiu Sakura.

— Uau! Que fase ruim né? Logo agora que vocês começaram a morar juntos... Mas a relação de vocês é mais forte que isso. Mais tarde vocês conversam e se acertam... – Disse Deidara.

— Sinceramente, estou começando a pensar que foi um erro a gente ir morar junto tão cedo. Se o clima continuar do jeito que estava hoje vai ser insuportável.

— Mas vocês se amam e, onde há amor, tem um jeito.

— Você é otimista, Dei.

— Você deveria ser também.

— Sabe, quando eu ouvi o Sasuke falar aquelas coisas ruins sobre a Ino, parte da minha admiração por ele foi abalada. Ele ficou do lado do irmão sem sequer questionar a possibilidade do Itachi estar mentindo. Era como se ele estivesse chamando a Ino de puta mentirosa sabe? Achei horrível.  – Confessou Sakura.

— Tudo bem, você está do lado da Ino. É totalmente compreensível, Sakura. Mas se coloque no lugar do Sasuke também. Itachi é o irmão dele, em quem ele confia e ama. A Ino pode ser a sua melhor amiga, mas para o Sasuke ela só é a garota que traiu a sua confiança. Então, é meio natural ele ficar do lado do irmão.

— A Ino não mentiria sobre um assunto tão grave, Dei! Tudo tem limite!

— Você acha isso, mas o Sasuke tem outra opinião. Um de vocês está errado, quem vai determinar isso é um exame de DNA no filho da Ino. Até lá, aconselho que você e o Sasuke fiquem neutros. Para não prejudicarem o relacionamento de vocês, já que, claramente, vocês não estão do mesmo lado nessa história.

— Não sei se consigo...

— Consegue sim! Você é forte e vai conseguir!

— Mas e você, Dei? De que lado você ficaria?

— Bem, eu não conheço a Ino direito e muito menos o Itachi. Acho que não posso fazer essa escolha. Mas, independentemente do resultado disso, eu ficarei do seu lado. – Respondeu Deidara.

— Mesmo se eu não tiver razão?

— Mesmo assim. Você está agindo com o coração e seu coração manda você ficar do lado da sua amiga.

— Queria que o Sasuke fosse compreensivo como você.

— Dê um tempo a ele. Talvez, se fosse o meu irmão, eu também agisse como ele. As coisas vão se resolver. O tempo vai provar quem está mentindo nessa história. – Garantiu Deidara.


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