Rio de Janeiro. Sexta-feira, 31 de março de 2017.

No momento em que Itachi estacionou na frente do prédio onde Ino mora, ela retirou o cinto de segurança, mas ele não destravou as portas para que ela permanecesse ali.

— Não vou ganhar nem um beijo de boa noite? – Perguntou Itachi em um som sedutor.

— Melhor não. Não queremos pular etapas, certo? – Disse Ino.

— Em qual etapa estamos? – Perguntou Itachi interessado.

— Na que eu não te beijo na porta de casa. – Respondeu Ino.

— Ok. Mas quando a gente vai se ver de novo? – Perguntou Itachi.

— Não sei. Você é tão criativo que eu tenho certeza que vai dar um jeito para que o nosso reencontro não demore muito. – Disse Ino e Itachi riu.

— Pode ter certeza que não vai demorar. – Respondeu Itachi e destravou as portas – Pode ir.

— Estou impressionada! – Disse Ino se preparando para sair do carro.

— Por que? – Itachi perguntou e então viu Ino sair do carro, bater à porta e colocar a cabeça na janela para falar com ele.

— Você soube respeitar limites. Todas as modelos que conheço me disseram que dormiram com você na primeira noite e eu estou saindo ilesa. – Riu Ino.

— Vai ver você é especial. – Itachi deu de ombros e Ino mordeu o lábio.

— Vai ver eu sou mesmo. – Ela disse então andou em direção ao prédio, deixando Itachi babando por ela no carro.

— Ah, essa mulher vai ser minha! – Pensou Itachi alto antes de tirar o carro de lá.

[...]

Rio de Janeiro. Sábado, 1 de abril de 2017.

Após um pouco mais de três horas na estrada, Sasuke e Sakura chegaram a Búzios. Na pousada, o quarto deles tinha vista para a praia. Enquanto Sasuke guardava a bagagem, Sakura foi até a varanda e respirou o ar puro, enquanto sentia os raios de sol tocarem sua pele. Ela se sentia confortável, então foi surpreendida por Sasuke a abraçando pelas costas e beijando seu ombro desnudo pela blusa de alça fina.

— Gostou daqui? – Perguntou Sasuke.

— Você escolheu muito bem. É um lugar lindo e aconchegante. – Respondeu Sakura, se virando para o namorado e lhe dando um terno beijo.

— Nossa primeira viagem como casal tinha que ser especial, não acha?

— Acho – Sakura dá um selinho em Sasuke – O que nós vamos fazer agora? Rua das Pedras? Praia? Parada na estátua de Brigitte Bardot?

— A gente pode ir andar na rua das Pedras até dar a hora da nossa reserva o restaurante. Pode ser?

— Pode sim! Vamos?

— Vamos!

Sasuke e Sakura andaram pela rua das Pedras de mãos dadas o tempo todo. Entraram em algumas lojas, compraram lembrancinhas, tiraram fotos. Quando deu a hora da reserva no restaurante, eles já estavam famintos. Para acompanhar a comida, pediram um vinho.

— Ao nosso namoro! – Sasuke ergueu a taça para fazer o brinde.

— Ao nosso amor! – Completou Sakura. Então, eles bridaram sem desgrudarem os olhos um do outro.

— Olhando agora pra você, eu consigo nos imaginar daqui a cinco anos aqui, comemorando um aniversário nosso, bebendo esse mesmo vinho, lembrando de nós agora e fazendo planos para o futuro.

— Que planos? – Perguntou Sakura se escondendo atrás da traça de vinho.

— Uma casa própria, preparativos para um casamento numa igreja, discutindo sobre a vontade de ter um filho. Planos... – Devaneou Sasuke e Sakura sorriu.

— Você tem a sua vida toda planejada, não é Sasuke?

— Sim, eu gosto de saber qual é o meu próximo passo. Você não? – Perguntou Sasuke.

— Nunca tinha feito isso antes. É claro que eu penso no futuro, mas não estou acostumada a traçar objetivos tão concretos. Lá em casa, sempre foi de projeto em projeto. Meus pais sempre viveram muito o agora.

— Você e o Kiba não faziam planos assim?

— Nunca falamos sobre casamento ou filhos. Sei lá, começamos a sair muitos jovens. Acho que o plano mais longo que a gente fez foi uma viagem de férias após o fim das provas do colégio. – Riu Sakura.

— Eu a Karin fazíamos planos. – Lembrou Sasuke.

— Seus planos com ela eram parecidos com os que você está fazendo comigo?

— Um pouco. Eu ainda ia querer uma casa, casamento e filhos, mas não estaríamos em Búzios. Karin preferia a Europa ou os Estados Unidos. – Disse Sasuke.

— Então, Búzios é o nosso lance? – Perguntou Sakura repousando a mão sobre a de Sasuke.

— Sim, Búzios é o nosso lance. – Concordou Sasuke com um sorriso e ganhou um beijo de Sakura.

[...]

Kiba tocou a campainha do apartamento de Ino e ela não demorou a atender. Quando a Yamanaka abriu a porta, Kiba se assustou com a quantidade de flores espalhadas pela sala do imóvel.

— Sua família voltou a ter uma floricultura e eu não to sabendo? – Perguntou Kiba confuso, Ino o puxou para dentro e trancou a porta.

— Não, mas eu ganhei um admirador. – Confessou Ino incomodada.

— Secreto? – Supôs Kiba e Ino negou.

— Quem me dera fosse secreto! Essas flores são dele! – Disse Ino entregando um cartão assinado por Itachi Uchiha para Kiba.

— Essas flores são para a mulher mais linda que já cruzou meu caminho. Quero vê-la amanhã às 21h no endereço abaixo. Por favor, não falte. Beijos, Itachi Uchia. – Leu Kiba em voz alta – Esse cara é o irmão do novo namorado da Sakura. Você sabia Ino?

— O que? Claro que eu não sabia! Mas isso e só mais motivo para que eu não vá. – Disse Ino nervosa.

— Ele está bem interessado. – Kiba devolveu o cartão e Ino rasgou.

— Eu conheço a fama do Itachi. Ele só quer me usar. Tudo o que eu não preciso agora é ser usada. Depois de você, eu to fechada para o amor. – Afirmou Ino.

— Eu conheci a fama dele também. Ele deu em cima da Tenten um tempo atrás. Isso só prova que ele é mulherengo. Mas, se ele te mandou essas flores, deve ter rolado um clima né?

— Kiba, eu flertei com ele, não vou negar. Mas não quero ir adiante. – Disse Ino.

— Carência?

— Sim, carência. Ele veio me elogiando e eu entrei no jogo dele.

— Você tem duas opções: Liga para agradecer às flores e dá o fora definitivo nele ou aceita o convite para o jantar.

— Kiba, você não sente um pingo de ciúmes de mim? – Perguntou Ino visivelmente chateada.

— Sinto muito, mas nossa história foi um erro desde o primeiro segundo. Já resolvemos isso. Não tenho porque ter ciúmes. – Esclareceu Kiba.

— Então, como meu melhor amigo, o que você me aconselharia a fazer?

— Isso depende do que você sente por ele.

— Itachi é divertido e sedutor. Acho que ele pode suprir a minha carência. Além disso, não deve durar mais que um mês. Depois ele arruma um novo interesse amoroso e larga do meu pé, certo?

— Talvez, mas ele pode se apaixonar...

— Nem você se apaixonou por mim! Como Itachi Uchiha se apaixonaria tendo praticamente o mundo inteiro da moda atrás dele?

— Não se diminua, Ino. Você é um mulherão! Qualquer homem ficaria feliz de ficar com você. – Disse Kiba.

— Você não ficou...

— Porque as nossas condições não foram legais. Se não houvesse Sakura, se eu já não a amasse, as coisas poderiam ter sido diferentes. A culpa do nosso relacionamento não ir adiante não foi sua, mas das circunstâncias. – Explicou Kiba e Ino pareceu entender.

— Ok. Então, eu vou ou não a esse encontro?

— Vá. Você precisa se distrair, se sentir o centro do mundo de alguém. – Incentivou Kiba.

— Você acha que eu vou ser o centro do mundo dele?

— Olha, pela quantidade de flores que eu to vendo nessa sala, acho que você já é o centro do mundo dele. Pelo menos, por enquanto...

— Ok. Eu vou. Obrigada pelo conselho – Disse Ino e abraçou Kiba.

— Disponha. Aliás, eu vim aqui pra te contar uma novidade. – Disse Kiba.

— Que novidade?

— Entrei no projeto novo da Tenten. Vamos fazer uma peça após o fim da temporada de “Penso em você, logo desisto”.

— Que legal! Kizashi já sabe?

— Soube sim. Ele ficou feliz por nós, mas parte de mim se sente traindo ele, afinal foi Kizashi que me deu a primeira oportunidade e agora eu decidi me afastar dele.

— Ele escolheu afastar você primeiro quando deu o monólogo para o tal Deidara.

— Pode ser, mas essa sensação não passa. É como se eu devesse algo a ele.

— E você deve. Se o hoje o nome Kiba Inuzuka tem algum prestigio no mundo da arte, você deve a ele. Seja grato e siga em frente.

— É o que vou fazer. E seu pai Ino? Cadê?

— Viajou, de novo. Ele não para em casa. É como se eu morasse sozinha.

— E a sua mãe?

— Liga uma vez por semana. Ela está bem.

— E você está?

— Estou melhor. Queria falar com a Sakura, mas ela não tá no prédio.

— Ela tá aonde?

— Segundo o porteiro, foi pra Búzios. Você não soube?

— Búzios? Ela foi com quem?

— Com o namorado dela, Kiba. Com quem mais ela iria?

— É claro.

[...]

Ouça - Oh Wonder - High On Humans (Abbey Road Piano Sessions)

Sasuke e Sakura subiram para o seu quarto na pousada rindo. No corredor, antes de abrirem a porta, eles se beijaram com entusiasmo. Assim que entraram no quarto, bateram a porta com força e voltaram a se beijar, enquanto as mãos de Sakura iam para o botão e o zíper da calça de Sasuke, as dele começavam a puxar a blusa dela para o alto. Aos poucos, peça por peça foi ficando no chão e eles indo em direção a cama de casal até caírem. Sakura ficou por baixo dele e riu ao sentir as costas baterem no colchão e Sasuke posicionar suas mãos ao redor de sua cabeça.

Sasuke e Sakura se encararam por segundos, antes dos lábios dele pressionarem os dela num beijo lento que aos poucos foi ganhando mais ritmo. O coração dos dois batia forte e rápido, enquanto as peles se encostavam pegando fogo. Eles se amavam e se desejavam na mesma intensidade. Após transarem, Sakura abraçou Sasuke.

— Quando estou com você, é como se o tempo congelasse. – Disse Sakura olhando pro teto.

— Sinto a mesma coisa. – Concordou Sasuke, puxando-a para mais perto.

— Não deixa isso acabar, ok? Mesmo que um dia aconteça alguma coisa, por favor, não deixa nada nesse mundo separar a gente? – Pediu Sakura.

— Não vou deixar, mas por que está me pedindo isso?

— Porque eu não quero mais perder alguém que é muito importante pra mim. Não se sobrevivo uma nova perda dessas... – Disse Sakura se referindo a traição de Kiba.

— Eu nunca vou te trair. – Afirmou Sasuke.

— Existem outras formas de um casal acabar. Não quero que nada nos atinja! – Disse Sakura e Sasuke a olhou nos olhos.

— Não há nada nesse mundo que seja capaz de me tirar da sua vida. Entendeu Sakura?

— Entendi. Eu te amo. – Declarou-se Sakura e Sasuke sorriu.

— Eu também te amo. Muito. – Sussurrou Sasuke no ouvido da namorada que em seguida adormeceu em seus braços.

[...]

Rio de Janeiro. Domingo, 2 de abril de 2017.

Sasuke e Sakura acordaram cedo no domingo. A intenção do casal era de aproveitar o dia na praia antes de voltar para casa. Assim que estenderam a canga na areia, Sasuke se sentou ao lado de Sakura e passou o protetor solar na pele da amada que retribuiu a gentileza.

— Esse lugar parece um paraíso. – Comentou Sakura observando o mar no dia de sol.

— Nosso paraíso. – Corrigiu Sasuke e Sakura sorriu.

Estar ali com Sasuke significava algo importante para Sakura. Ali, enquanto ambos estavam sentados na areia, observando o mar, sentindo a brisa e o calor do som da manhã, ela registrava em sua cabeça que eram, de fato, um casal. Não era mais uma tentativa de esquecer Kiba ou uma chance de superar o passado. Sakura olhou de relance para o namorado e teve certeza naquele momento que eles haviam conquistado algo juntos naquela viagem.

— No que está pensando? – Perguntou Sasuke ao se deparar com Sakura o observando.

— Em tudo. – Disse com tranquilidade e Sasuke sorriu, antes de se levantar para ir até o mar.

— Vem pra água comigo? – Chamou esticando o braço para a namorada que recusou.

— Vou ficar um pouquinho mais. Quero me esquentar com o sol. – Disse Sakura, então Sasuke caminhou até o mar e mergulhou.

Sakura gostou de vê-lo dando cada passo. Sasuke era muito bonito e apreciar sua beleza era uma dádiva a qual ela era muito grata. Ele demorou a voltar do mar. Quando se agachou na frente de Sakura, a convidou de novo para ir para a água.

— Você não sabe o que está perdendo! A água está uma delícia... – Comentou Sasuke.

— Eu vou. – Decidiu Sakura, ficando de pé com ajuda de Sasuke.

Dessa vez, o casal correu até o mar, pularam três ondas antes de mergulhar e Sasuke brincou que eles deveriam ter pulado sete ondas em vez de só três para dar sorte. Ela riu da superstição do namorado, disse que não acreditava nessas coisas, então o abraçou.

— Gosto de você assim, mais relaxado. – Comentou Sakura.

— Lá no Rio eu não fico assim? – Perguntou Sasuke e Sakura negou com a cabeça.

— Você está sempre preocupado com as coisas. Aqui você se permitiu se preocupar um pouco menos.

— Talvez, aqui eu não tenha com o me preocupar.

— E o que te preocupa lá?

— Minha família.

— Pesa ser um Uchiha?

— Desde criança sempre quis dar orgulho aos meus pais. Quando vejo Itachi tendo problemas com nosso pai, me ponho no lugar dele e tento não cometer os mesmos erros.

— Você acha um erro ele não ter escolhido a medicina?

— Não, não acho. Mas acho um erro a motivação pela qual ele tomou essa decisão. Quando prestou o vestibular, Itachi não sabia o que queria fazer. Ele só dizia que queria qualquer coisa que não fosse medicina. Ele deu foi sorte em ser bem-sucedido na publicidade.

— Vai ver ele se dedicou até ser bom o bastante. Acho que o incomodou o seu irmão foi a necessidade da sua família ver a medicina como caminho natural, um caminho que ele decidiu não percorrer. Se a medicina era à direita, ele parou na encruzilhada e disse que preferia a esquerda e seguiu. Quando escolhi a medicina e disse ao meus pais que não queria ser atriz foi mais ou menos isso também.

— Seus pais não tiveram problemas com isso como os meus.

— Sasuke, cada um reage de uma maneira. Meu pai não entende direito a minha escolha até hoje. Acho que foi um pouco culpa minha ele ter se apegado ao Kiba, com a ideia de que ele seria seu sucessor por ser meu namorado, uma vez que eu não queria o negócio da família.

— Seu pai já achou um novo sucessor?

— Não sei, mas tenho certeza que ele está procurando.

— Kiba ainda está no páreo?

— Não sei. Meu pai se desiludiu um pouco com ele.

— Por causa da traição?

— Antes fosse por causa disso! Na verdade, Kiba está num projeto solo da Tenten e o meu pai não gostou muito. Acha que ele está pensando em deixar a companhia para ser sócio da Tenten.

— A Tenten saiu da companhia?

— Na verdade, ela está com o contrato para ser renovado e pode optar por não renovar. Até porque ela está se dedicando a sua própria peça e Kiba pode ir pelo mesmo caminho.

— Bem, acho que o seu pai vai ter que procurar por um novo herdeiro...

— Concordo! Ele está se dando bem com o Deidara sabia? Acho que essa pode ser uma boa solução.

— Pera aí... O Deidara quer entrar pra sua família?

— Como meu irmão, Sasuke! Nem vem com nóia de ciúme agora.

— Eu vou falar sério agora. Sakura, o Deidara é seu amigo, eu entendo que você goste dele, mas não acho bom que você fique nessa intimidade toda com ele.

— Por que?

— Ele é homem! E, francamente, seu irmão ele não é. Ele trabalha agora com o seu pai? Ok. Mas eu não quero ele dormindo na sua casa, se tornando herdeiro do negócio da sua família. Não acha demais não? – Argumentou Sasuke.

— Sasuke, você tá morrendo de ciúmes do Deidara! – Gargalhou Sakura e Sasuke se enfezou.

— Não estou!

— Tá sim! Olha só a sua cara! Para com isso! O Deidara é meu amigo! Ele sempre deu a maior força pra gente ficar junto e ele nunca que iria tentar separar a gente.

— Eu não teria tanta certeza... – Falou desconfiado e Sakura riu.

— Não sabia que você era tão ciumento! Meu Deus! – Risos – O Deidara não é uma ameaça! Preciso desenhar aqui na areia isso?

— Não, não precisa.

— Que bom! Eu vou deixar bem claro para você duas coisas, meu amor. Primeiro, não gosto de relação possessiva baseada no ciúme. Em segundo lugar, os pilares de qualquer relacionamento que eu possuo na minha vida são confiança e respeito. Você não tem porque se preocupar com o Deidara! Ele é meu amigo e ponto final. Se meu pai se encantar por ele e quiser fazê-lo de herdeiro, a questão é entre os dois. Eu não me meto nessas coisas. Entendido?

— Entendido. Desculpe.

— Tudo bem. Agora que está tudo às claras, a gente não vai ter mais problemas. – Afirmou Sakura e deu um beijo em Sasuke.

[...]

Ino chegou ao restaurante na hora marcada. Itachi já estava lá esperando por ela e ficou maravilhado com sua beleza ao vê-la se aproximar da mesa que tinha reservado para os dois.

— Ino, fiquei muito feliz por você ter aceitado meu convite. – Disse Itachi ao puxar a cadeira para que ela se sentasse.

— Resolvi te dar uma chance de me conhecer melhor. – Confessou Ino enquanto via Itachi se sentar à mesa.

— Bom, que tal começar sabendo o que você gosta de comer? – Disse Itachi, entregando o cardápio para a acompanhante e abrindo seu em seguida.

— Vou querer uma salada com um frango grelhado. Não posso abusar. – Disse Ino.

— Dieta agora? Sério isso? – Perguntou Itachi.

— Eu sou modelo. Não vivo de dieta, mas minha alimentação é saudável. Algum problema com isso?

— Não, nenhum. Você é fitness então. – Itachi chegou a essa conclusão e Ino riu.

— Não, não sou fitness, mas gosto de ter uma alimentação balanceada.

— Nada de suco detox? Malhar 7 vezes na semana?

— Não. Eu gosto de chá e malho entre duas a três vezes na semana. Gosto de corrida também. E você?

— Minha genética é muito boa. Não tenho casos de obesidade na família. Malho duas vezes na semana, no máximo. Mas gosto de comer besteiras nos finais de semana.

— Gosta de pizza? Eu adoro.

— Gosto, Ino. Acho que podemos comer uma pizza da próxima vez. – Sugeriu Itachi.

— Ok. Isso se tiver uma próxima vez... – Provocou Ino.

— Você me prometeu no mínimo duas semanas, então acho que é praticamente uma obrigação sua sair para comer uma pizza comigo.

— Ok. Você venceu Itachi. E, agora, o que você vai comer?

— Uma massa com molho à bolonhesa. Posso pedir um vinho que acho que vai bem tanto para o seu prato quanto para o meu?

— Pode. – Concordou Ino e então Itachi fez o pedido ao garçom.

Durante o jantar, o clima foi agradável. Itachi foi gentil, sem deixar de fazer a linha sedutor, que fazia Ino rir. Ela estava achando interessante ser alvo dos galanteios do publicitário mulherengo. No fim do jantar, Itachi deu uma carona para Ino até seu prédio e ele não resistiu e teve que se convidar para subir.

— Não quer companhia até seu apartamento? – Perguntou Itachi antes de destravar as portas do carro.

— Não acho que está na hora de você subir. – Afirmou Ino e Itachi respirou fundo.

— Tudo bem. Eu entendo. Mas o que você achou da nossa noite?

— Foi surpreendente. Você realmente não joga pra perder. – Opinou Ino.

— Isso não é um jogo. – Afirmou Itachi.

— Não? – Surpreendeu-se Ino.

— Desde que eu coloquei meus olhos em você, algo me diz que era por você que eu estava esperando esse tempo todo. – Disse Itachi galanteador.

— Você diz isso pra todas...

— Pode perguntar pras outras se você quiser, mas eu to falando sério.

— Quer dizer que eu sou especial?

— Nunca tive dúvidas quanto a isso. – Afirmou Itachi enquanto se aproximava de Ino o bastante para fazê-la ficar arrepiada.

Ino mal teve tempo de raciocinar, quando Itachi tomou seus lábios com avidez. Ela se rendeu facilmente aquele beijo. Itachi sabia como fazê-la se sentindo única, mesmo que ela soubesse que a lista de mulheres que se sentiram da mesma forma antes era imensa. Quando ele parou o beijo, mordiscou o lábio inferior dela e em seguida deu um selinho antes de se afastar. Ino ainda arfavava e Itachi percebeu isso, o que colocou um sorriso safado em seus lábios

— Tem certeza que não quer que eu suba? – Perguntou Itachi, achando que o beijo teria mudado a ideia da loura.

— Absoluta! – Afirmou Ino antes de sair do carro e bater a porta, o que fez Itachi rir.

— Tá com medinho de gostar mais de mim? – Perguntou Itachi brincando.

— Você é perigoso! – Disse Ino já do lado de fora do carro.

— Nunca disse que eu não era... – Rebateu Itachi.

— Eu vou subir sozinha. Entendeu? Vá embora! – Mandou Ino e Itachi riu.

— Ok! Pelo menos, agora você sabe exatamente o que está perdendo! – Disse Itachi antes de ver Ino entrar no prédio.