Penso em você, logo desisto escrita por British


Capítulo 14
Promessas


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente! Estão gostando da história? Do que vocês gostam mais? O que querem que seja mais explorado? Espero que se divirtam com o capítulo! Boa leitura! ♥



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Rio de Janeiro. Quarta-feira, 29 de março de 2017.

Já era mais de meia-noite quando Sakura pisou no seu quarto e encontrou Deidara esperando por ela.

— Como foi com o Kiba? – Perguntou Deidara ao notar que Sakura estava abalada.

— Difícil. Foi muito difícil. – Confessou Sakura e ganhou um abraço de Deidara.

— O que você sentiu? – Perguntou e se afastou.

— Pela primeira vez desde que ele me traiu, senti vontade de perdoá-lo. Não que eu vá largar o Sasuke e retomar o namoro, mas eu consegui olhar pro Kiba e não lembrar dele e a Ino se beijando. – Admitiu Sakura.

— Isso é perigoso. – Advertiu Deidara.

— Eu sei. Bem, ele disse que vai ficar longe e isso é bom. – Contou Sakura.

— Você vai ligar pra Tenten e avisar que ele tá bem? – Perguntou Deidara.

— Já está tarde. Vou mandar uma mensagem pelo WhatsApp. Será mais fácil assim. Pode ir dormir, Dei. Eu também já vou. – Avisou Sakura.

— Ok. Qualquer coisa, eu to no quarto do lado... – Despediu-se Deidara.

— Obrigada. – Disse Sakura e então voltou a ficar perdida em seus pensamentos.

[...]

Quando Sakura acordou, Deidara estava a observando. Ela levou um susto, deu um grito e então Deidara gritou junto.

— Que susto! Você quase me matou do coração! – Reclamou Sakura.

— Você que quase me matou! Seus pais saíram e me pediram pra te acordar! To te fazendo um favor! – Rebateu Deidara e então Sakura olhou o relógio e levou um susto.

— Eu to muito atrasada! Vou perder a aula de hoje no pré. – Disse Sakura enquanto pulava da cama e caminhava pro banheiro.

— Hoje você nem tem aula do Sasuke. Relaxa e chegue atrasada. Pessoas normais fazem isso sabia? – Provocou Deidara e Sakura se trancou no banheiro.

— Não enche! – Gritou Sakura de dentro do banheiro e Deidara revirou os olhos.

Quando Sakura saiu do banheiro, Deidara já não estava mais ali. Pelo aroma de comida que estava no corredor, ele deveria estar na cozinha fazendo o café da manhã deles.

— Não vai me dizer que fez o meu café? – Perguntou Sakura se sentando à mesa.

— Fiz, mas não se acostuma, porque eu não sou seu escravo. – Disse Deidara e Sakura abriu o sorriso.

— Eu já disse que amo você? – Disse Sakura enquanto Deidara entregava a xícara de café e o misto quente que ele havia feito.

— Não, essa é a primeira vez que você diz. – Afirmou Deidara tentando se lembrar se Sakura já havia dito algo assim para ele antes.

— Pois saiba que eu amo. Obrigada! – Agradeceu e deu a mordida no misto quente, o que deixou Deidara satisfeito.

— Também te amo. – Respondeu Deidara e em seguida mudou de assunto – Acho que vou pedir pros seus pais me adotarem sabia?

— Eu dou a maior força. Pode pedir! – Incentivou Sakura.

— Agora come mais rápido pra não se atrasar mais. – Apressou Deidara.

— Ok, mandão.

[...]

Kiba acordou cedo e foi correr na orla da praia. Quando voltou para casa, tomou uma ducha e bateu no apartamento de Ino. Ela atendeu a porta ainda de pijama.

— Oi, Kiba. Caiu da cama foi? – Perguntou Ino.

— Na verdade, não consegui pregar o olho a noite toda. – Disse entrando no apartamento.

— Deixe-me adivinhar... Sakura? Acertei?

— Sim, ela me procurou ontem à noite. – Confessou Kiba e Ino ficou surpresa.

— O que ela te disse?

— Apenas que não foi culpa dela eu não ter ficado com o papel e que ainda não vai nos perdoar. – Disse Kiba e Ino ficou decepcionada.

— Ela me incluiu na conversa?

— Ela disse que você foi até o apartamento na hora da festa, que nenhum de nós era bem-vindo mesmo. Odeio te dizer que avisei.

— Kiba, o que mais ela disse?

— O importante aqui não foi o que ela disse, mas como eu me senti. Não posso mais ficar com você. Não é justo. Se nós dois ficarmos juntos, a Sakura nunca vai nos perdoar e numa coisa ela tem razão: a gente precisa seguir em frente.

— A gente não namora mais, Kiba. Esqueceu?

— Mas ainda há algo entre nós... uma esperança da sua parte, ao mesmo tempo eu te tenho como porto seguro. Não tá certo. Por isso eu vim aqui... Quero ser só seu amigo. Eu te respeito, eu te adoro, mas o que tinha a mais entre a gente atração física, carência... Nunca foi amor. Você pode não entender isso bem agora, mas eu não sou o amor da sua vida Ino. – Falou Kiba calmamente.

— Só amigos?

— É só isso que podemos ser. Eu amo a Sakura e isso não vai passar. Eu percebi ontem que isso está longe de passar.

— Eu entendo. Acho que parte de mim sempre soube... Pena que pra gente perceber isso tivemos que perder a Sakura primeiro.

— Ino, eu acho que a gente tem chance de ter o perdão da Sakura um dia. Mas teremos que fazer por onde primeiro. Não vai ser fácil ou rápido, mas é algo possível. Ontem, eu vi nos olhos dela que é. – Afirmou Kiba e Ino deu um sorriso.

— Você acha mesmo?

— Acho. Por isso, continue firme no seu propósito de se aproximar dela. Não seja inconveniente, mas seja persistente. – Incentivou Kiba.

— Ok. Vou tentar ser. – Ino então abraça Kiba – Obrigada.

— Se precisar de mim, é só chamar... – Despediu-se Kiba e saiu do apartamento.

[...]

Neji chegou de viagem e foi direto para o escritório. Tinha compromissos a cumprir. Entre eles, receber Tenten Mitsashi para uma reunião, como haviam marcado previamente. Não sabia o que ela queria, mas estava interessado em saber.

Quando Tenten foi anunciada, ela teve de respirar fundo para não demonstrar insegurança diante de Neji. Ela precisava ser forte e destemida para alcançar seu objetivo ali, que era consegui o patrocínio do empresário.

— Senhorita Mitsashi, como vai? – Cumprimentou Neji de pé ao ver Tenten entrar na sala.

— Ótima e você? – Respondeu Tenten e ambos se sentaram.

— Também estou bem. O que a traz aqui? – Perguntou sério.

— Itachi me disse que você conhece muito bem o meu trabalho. Então, eu pedi essa reunião para pedir patrocínio para o meu novo projeto. – Começou Tenten.

— Que projeto é esse? Cinema? TV? Teatro? – Perguntou Neji.

— Estou produzindo a minha primeira peça de teatro sozinha, sem a ajuda de Kizashi. É um passo que espero dar com a sua ajuda. – Explicou Tenten.

— Sobre o que é a peça? – Perguntou Neji.

— É uma mulher chamada Lila, que acabou de perder a mãe que sofria de Alzheimer. Quando está arrumando as coisas da mãe numa caixa para doar, ela encontra cartas da época da juventude da mãe endereçadas a um amor do passado e então descobre a identidade do pai que até então era desconhecida. A partir daí, ela pega as pistas que tem nas cartas e procura por esse pai numa jornada de autoconhecimento. – Conta Tenten animada.

— É um drama então?

— Sim, um drama.

— E quem é o autor da peça?

— Eu! – Responde Tenten firme e Neji se surpreende.

— Quer produzir um texto autoral? Audaciosa. – Comenta Neji.

— Você não gostou? – Questiona Tenten.

— Gosto da sua coragem. Também admiro o seu talento como atriz. Mas o que me garante que patrocinar a sua peça é um bom investimento? – Pergunta Neji.

— Qualquer investimento em cultura no nosso país é bom. Se você for o empresário que eu penso que é, sabe que me patrocinar é a decisão certa a se tomar. – Diz Tenten confiante e Neji sorri.

— E que tipo de empresário você pensa que eu sou? – Perguntou interessado e dessa vez foi Tenten que sorriu.

— Você se importa com cultura. Senão se importasse, não teria me assistido três vezes no teatro. – Respondeu Tenten.

— Quem te contou isso?

— Itachi Uchiha. – Respondeu.

— Ah, claro que tinha de ser ele: o fofoqueiro. Bem, eu concordo com você. Me importo com cultura, com o país...

— Então vai me patrocinar?

 - Vou, mas só porque eu sou um grande fã. – Disse Neji e Tenten ficou radiante.

— Você não vai se arrepender, Neji!

— Só tenho uma exigência...

— O que quiser...

— Quero estar com Hinata, minha noiva, na primeira fila no dia da estreia. – Pediu Neji e Tenten murchou.

— Ah, com certeza vocês estarão. – Concordou Tenten.

Neji ficou satisfeito com o trato, os dois trocaram um aperto de mãos formal e Tenten saiu daquela sala afetada. Era para ela estar dando pulinhos de alegria, mas ao ouvir o nome de Hinata a coisa mudou de figura. Algo dentro de Tenten gritava que aquela mulher não merecia o noivo fantástico que tinha. Depois que aquele pensamento se instalou em sua cabeça, a atriz voltou para casa.

[...]

Tenten ligou para a Kiba e eles marcaram de tomarem um café para conversarem. Ela ainda estava preocupada com o amigo e também queria dividir com ele a novidade sobre seu novo projeto.

— Fiquei feliz quando você me ligou. – Disse Kiba sentando-se na mesma mesa que a amiga já estava com seu café.

— Fiquei feliz quando você atendeu. O que houve com você no dia do aniversário da Sakura? – Perguntou Tenten.

— Eu só surtei um pouco. – Confessou Kiba.

— Está melhor?

— Sim, estou. Sakura conversou comigo e foi esclarecedor de muitas maneiras.

— Como assim?

— Eu ainda amo a Sakura na mesma intensidade de antes. Penso nela todos os dias, sonho com ela todas as noites, não me desfaço de nenhuma lembrança dela. Cheguei a essa conclusão no dia do aniversário. Ela falou comigo e tudo que eu queria era abraça-la. Foi tão bom abraça-la de novo! Então, tomei coragem e terminei de vez com a Ino. Acabei com qualquer esperança que ela tinha.

— Ela ficou bem?

— No fundo, ela já sabia que isso ia acontecer quando demos um tempo. Agora só teve que encarar que chegou a hora da gente se afastar.

— Acabou a amizade também?

— Não, isso não. Se ela precisar, tem em mim um ombro amigo e nada mais. A questão é que eu quero a Sakura de volta.

— Eu a vi com Sasuke e eles formam um lindo casal. São harmoniosos e apaixonados. É fofo. – Comentou Tenten.

— Preciso ser paciente. Além disso, agora preciso focar no trabalho. A temporada da peça está acabando e eu não tenho um novo projeto pra me jogar de cabeça. Quando achava que protagonizaria o monólogo de Kizashi, dispensei um papel de coadjuvante numa novela. Agora fiquei sem nada. – Desabafou Kiba.

— Então, eu tenho uma boa notícia pra você...

— Que notícia Tenten?

— Neji Hyuuga topou patrocinar minha peça, então acho que tenho emprego pra você. Quer ser co-protagonista comigo? – Propôs Tenten.

— Claro que eu quero! Aliás, isso vai ser ótimo pra promover a peça! A imprensa vai pirar quando souber! – Disse Kiba animado.

— Outra pessoa também vai pirar!

— Está falando de Kizashi? Acha que ele se sentirá traído?

— Kiba, ele nos deu grandes chances em nossas carreiras e agora vamos sair do ninho. No início, ele vai se sentir traído, mas depois ficará orgulhoso. Afinal, não vamos mais depender dele. – Disse Tenten.

— Vou gostar de não depender dele. – Afirmou Kiba.

— Eu também!

— Agora, me conte detalhes sobre o encontro com Neji Hyuuga...

— Foi ótimo! Ele é um empresário que gosta de incentivar a cultura. Além disso, é um fã meu.

— Fã? Por acaso ele flertou com você?

— Não, ele é muito educado para fazer isso. Ele só foi gentil. – Disse Tenten.

— Senti um pingo de frustração na sua fala. Ficou interessada nele?

— Sou uma boba né? É que Neji Hyuuga é tão lindo! Eu fiquei encantada... Mas, ele tem uma noiva e é apaixonado por ela.

— Sabe a minha opinião? Ele será um bobo se não der uma chance a você.

— Noivados acabam né? Talvez, eu tenha uma chance.

— Você não vai armar para separá-lo da noiva né? Eu odiaria se você fizesse isso.

—  Não, eu nunca faria isso, mas vou ficar torcendo pra ela dar uma mancada com ele. Isso não faz mal né?

— Não, não faz.

[...]

Naruto considerou que seu dia havia começado bem ao pegar o mesmo elevador que Hinata na chegada à faculdade. Dentro dele, eles se cumprimentaram e falaram um pouco da festa de Sakura. Quando chegaram no andar da Medicina, Naruto acompanhou Hinata até a lanchonete.

— Mandei uma mensagem pro Sasuke, mas ele ainda não chegou. Posso esperá-lo com você? – Perguntou Naruto enquanto via a garota comprar um suco.

— Pode sim. – Concordou Hinata.

— O Neji já voltou de viagem? – Naruto puxou papo.

— Já, ele me ligou mais cedo, mas ainda não nos vimos. Ele teve que ir direto pro escritório resolver uns assuntos. Quando chegar em casa, ele deverá estar lá. – Informou Hinata.

— Vocês já moram juntos? – Perguntou Naruto.

— Não, eu moro com meu pai e a minha irmã. Mas o Neji pode dormir lá quando quer.

— Entendi. Já marcaram a data do casamento? Já tá vendo os preparativos? – Questionou Naruto.

— Data ainda não. Mas eu e Neji queremos uma cerimônia simples, só para a família e amigos íntimos.

— Você vai ser uma noiva linda. – Comentou Naruto e Hinata sorriu.

— Eu espero que sim. - Disse Hinata e então a conversa dos dois foi interrompida por Sasuke.

— Olá, pessoal. Como vocês estão? – Perguntou Sasuke se juntando aos amigos.

— Bem, a Hinata tava me falando do casamento dela. – Disse Naruto.

— Já tem data? – Perguntou Sasuke.

— Ainda não. Estava falando com Naruto que eu e Neji queremos uma cerimônia simples. – Disse Hinata e Sasuke pareceu surpreso.

— Simples? Então, por que ta negociando com uma revista a cobertura completa do casamento? Foi o Itachi que me contou. – Disse Sasuke e dessa fez foi Hinata que foi pega de surpresa.

— Como assim? – Estranhou Hinata.

— Ele não te falou? A Caras quer fazer a capa com o casamento de vocês e tem outras marcas interessadas em patrocinar o casamento de vocês. Acho que o Itachi me disse algo sobre ser numa ilha... – Disse Sasuke e Naruto riu.

— Acho que o Sasuke sabe mais do seu casamento que você, Hinata. – Comentou Naruto e Hinata ficou pensativo.

— Parece que sim. Com licença, rapazes... – Hinata se retirou.

— Acha que eu falei demais? – Perguntou Sasuke para Naruto.

—  É verdade isso?

— Sim, é verdade. Foi o que Itachi me disse. Talvez, ele quisesse fazer uma surpresa pra ela. Neji é um romântico incurável. Será que eu estraguei?

— Espero que sim! – Torceu Naruto.

— Naruto, pare de torcer contra eles! – Retrucou Sasuke.

— Eu aposto que o que você acabou de dizer vai causar uma briga entre eles!

— Por que acha isso?

— Sasuke, você não viu a cara da Hinata? Ela não gostou do que você disse.

— Pode ser, mas eu espero que eles não briguem.

— Cadê você torcendo por mim?

— Não preciso torcer contra o casamento da Hinata com o Neji pra torcer por você.

— Precisa sim! – Insistiu Naruto.

— Eu já te disse a minha opinião sobre essa sua paixão platônica. Enfim, te contei que o Deidara dormiu na casa da Sakura? Acho que ele é muito folgado! – Disse Sasuke.

—  Tá com ciúme?

— Sinceramente? Eu to sim. E se...

— Confia nela! – Naruto interrompeu Sasuke antes dele terminar a frase.

— Eu confio nela, mas nele não.

— O Deidara não é gay? Sempre achei que fosse! – Comentou Naruto.

— Não é. Já vi ele saindo com garotas. Não gosto da proximidade que ele tem com a Sakura.

— Sasuke, a sua namorada te ama! Desencana vai!

— É verdade. Vou viajar com ela e nada vai atrapalhar isso.

— Bora pra aula! Se eu demorar mais um pouquinho aqui conversando com você, chego atrasado! – Disse Naruto.

— Boa aula pra você então... Eu recebi uma mensagem que to com tempo livre, porque o professor vai se atrasar. – Informou Sasuke.

— Ok. Depois a gente se fala! Me mantenha informado sobre a Hinata ok?

— Pode deixar, Naruto!

[...]

Quando Hinata chegou em casa, Neji, sua irmã Hanabi e o pai Hiashi estavam na sala assistindo a um filme. Assim que viu a noiva passar pela porta, Neji se levantou e cumprimentou com um beijo.

— Estávamos te esperando, amor! – Disse Neji.

— Hina, senta aqui pra ver o filme com a gente! – Pediu Hanabi.

— Já jantou filha? Nós sabíamos que você ia demorar e aí comemos primeiro. – Disse Hiashi.

— Eu jantei lá na faculdade, pai. Hana, eu preciso conversar a sós com o Neji. O filme pode ficar pra outro dia. Amor, se importa de ir conversar comigo no quarto? – Disse Hinata série e Neji estranhou a atitude da noiva.

— Claro que não. Vamos! – Concordou Neji e seguiu com Hinata até o quarto.

— Neji, quando nós conversamos sobre a cerimônia do nosso casamento, eu pensei que tinha ficado claro que ia ser algo pequeno. – Começou Hinata.

— E vai ser, meu amor. Da onde você tirou que não vai? – Perguntou Neji.

— Sasuke me disse que você falou com Itachi que está negociando com uma revista a cobertura completa do nosso casamento e que ele será numa ilha! Coisa que até agora nem eu tava sabendo! – Revelou Hinata e Neji respirou fundo.

— Meu amor, eu recebi sim algumas propostas, mas ainda estava analisando elas para aí trazer para você. Se você não quiser nada disso, não faremos. Mas tenho que confessar que gostei da ideia da ilha. Seria uma cerimônia pequena ainda, para família e amigos, mas a revista queria fazer umas fotos pra capa. Só isso.

— Não quero vender o nosso casamento, Neji. Não quero ser capa de nada! – Afirmou Hinata nervosa.

— Tudo bem. Vou dispensá-los se é o que você deseja. Não precisamos brigar por isso. – Insistiu Neji.

— Eu também não quero brigar, mas olha em que situação você me coloca! Eu soube pelo Sasuke e não por você nada disso! – Disse Hinata.

— Sinto muito, amor. Itachi trabalha comigo e aí fica sabendo de muita coisa. Não esperava que ele dissesse algo para o Sasuke e que ele te falasse antes de mim. Você compreende que eu não fiz por mal? – Perguntou Neji e Hinata assentiu.

— Eu sei que não foi por mal, mas não gostei. Qualquer coisa a respeito do meu casamento, quero que seja tratada comigo. – Informou Hinata.

— Não cometerei esse erro de novo. Estou perdoado? – Perguntou Neji e Hinata sorriu.

— Está! Claro que está! – Em seguida Hinata o abraçou – Desculpe por causar esse climão.

— Você está no seu direito. Aliás, já que estamos falando do casamento mesmo, eu quero te contar algo que você nem o Itachi sabem.

— O que?

— Acho que já tenho a data certa para o casamento. É claro, se você concordar.

— Qual data?

— Dia primeiro de março de 2018.

— Um ano depois do pedido de casamento?

— Sim! O que você acha?

— Cai num dia de semana, Neji!

— Eu sei, mas como vi ser pra pouca gente, não tem problema. Gosta da ideia?

— Eu não vou estar formada ainda.

— Não precisamos esperar todo esse tempo. Nós já temos um relacionamento estável, amor. Nada vai mudar.

— Tudo bem. Pode ser essa data. Agora precisamos decidir o local.

— Eu ainda gosto da ideia da ilha. E você?

— Podia ser na capela lá da fazenda também. – Opinou Hinata.

— Na capela onde a gente foi batizado?

— Essa mesma! Você gosta da ideia? – Perguntou Hinata e Neji sorriu.

— Gosto. Lá tem um pouco da nossa história. Será perfeito. – Concordou Neji e Hinata ficou satisfeita.

— Promete que será? – Perguntou Hinata e ganhou um beijo na testa.

— Eu prometo.

[...]

Rio de Janeiro. Quinta-feira, 30 de março de 2017.

Deidara chegou na casa de Sakura no horário que havia marcado com Kizashi. Eles iam fazer a primeira leitura do monólogo. Deidara estava ansioso e ficou surpreso ao não encontrar Sakura em casa, segundo Kizashi, ela havia saído para almoçar com o namorado e não voltaria tão cedo, o que deixou o louro um tanto decepcionado.

No escritório, Kizashi colocou Deidara a par do texto e pediu para que ele lesse de acordo com as intenções destacadas no texto. Após cada cena, Kizashi opinava sobre o que achava que poderia ser melhor e o que achava que já estava na medida. Deidara aceitava cada dica, afinal Kizashi tinha de sobra a experiência que ele mesmo não possuía.

— Temos muito trabalho pela frente rapaz. – Disse Kizashi após terminarem a primeira leitura.

—  Eu sei. Vou dar o meu máximo para fazer um bom trabalho. – Garantiu Deidara.

— Sei que fará. Você nunca ia querer decepcionar a minha filha. – Disse Kizashi e Deidara assentiu.

— Devo tudo a ela. Quero ser motivo de orgulho algum dia. – Respondeu Deidara.

— Ela já sente muito orgulho de você. Deidara, você chegou na vida na minha filha no pior momento e ajudou a Sakura a se erguer.

— Quem fez isso foi o Sasuke...

— Não, não foi. O Sasuke é importante, mas foi você quem devolveu o brilho no olhar e o sorriso da minha filha. Você tinha que ver ela falando pra mim e para a minha esposa de você!

— O que ela disse?

— Falou do seu carisma, da sua autoestima e que você era um ator que a gente devia conhecer. Ela nunca disse uma palavra ruim sobre você. É o melhor amigo dela.

— Eu nunca tinha sido importante pra ninguém antes. – Disse Deidara emocionado.

— Saiba que você tem alguém que olha por você e eu não to mais falando só da Sakura. Pode contar comigo também. Você é um rapaz batalhador. Admiro isso. – Elogiou Kizashi.

— Obrigado, senhor Haruno.

— Sou Kizashi. Vamos trabalhar juntos, então não precisamos de formalidades.

— Ok, obrigado Kizashi. – Disse Deidara.

[...]

Sakura havia acabado de almoçar com Sasuke quando recebeu uma mensagem no celular. Era Deidara avisando que tinha acabado de sair de sua casa e tinha adorado o ensaio. Sasuke logo percebeu que a namorada havia ficado agitada com a mensagem.

— Algo importante? – Perguntou Sasuke observando a distração da namorada.

— Ah, era o Deidara. Ele tava lá em casa ensaiando com meu pai e me avisou que não ia dar pra esperar lá. – Avisou Sakura.

— Vocês tinham combinado algo? – Perguntou Sasuke.

— Não, não combinamos. Eu sabia que ia vir almoçar com você e aí não marquei nada. Mas, vamos voltar ao que a gente tava falando... E a nossa viagem?

— To ansioso pra nossa viagem a Búzios. Tá tudo certo. Quarto na pousada reservado, reserva no restaurante para um jantar romântico, uma baladinha depois, praia no dia seguinte.

— Vou adorar passar esse tempo com você. – Disse Sakura afagando a mão do namorado.

— Tempos um pouco mais de um mês de namoro e eu tenho que admitir que nunca ninguém ocupou tanto meus pensamentos antes. – Confessou Sasuke.

— Isso é sinal de que a gente vai certo?

— Sinceramente, eu espero que sim.

— Você tem tido contato com a sua ex? – Perguntou Sakura.

— Não, e você?

— Sim, eu falei com o Kiba no dia do meu aniversário. – Contou Sakura.

— Como foi?

— Foi difícil. Acho que isso resume toda a experiência de falar com ele.

— E por que está me contanto isso?

— Porque não quero esconder nada de você. Acho importante que a confiança entre nós se estabeleça como pilar dessa relação.

— E assim será, meu amor. Além de difícil, o que mais significou esse encontro?

— Vi o sofrimento de Kiba. Pela primeira vez, senti vontade de perdoá-lo...

— O que isso quer dizer?

— Quando eu digo perdoá-lo, não é no sentido de retomarmos o namoro. Não é nada disso. Falo em perdoá-lo para que ele possa se perdoar também. Vi nos olhos de Kiba que ele sofre por minha causa e não gostei.

— Há sentimentos por ele?

— Não posso apagar o passado. Você também não se desfez da memória da sua ex não foi mesmo?

— Eu não converso mais com a minha ex.

— Eu só falei com ele uma vez desde que nós viramos um casal. Não quero que me julgue errado. Você não entende por que eu quero perdoá-lo?

— Teria que perdoar a Ino também. Não acha?

— Sim, eu acho. Mas não estou pronta para perdoá-la ainda. Vou pensar melhor sobre o assunto. – Refletiu Sakura.

— Só perdoe o tal Kiba quando for capaz de perdoar Ino também. Senão seria injusto e pareceria que você nutre sentimentos amorosos por ele ainda. – Argumentou Sasuke.

— Tem razão. Sasuke, quero que saiba que meu amor por você é uma certeza que carrego desde o primeiro dia do nosso namoro. Não há Kiba algum no mundo que possa nos separar!

— Promete? – Indagou Sasuke.

— Sim, prometo. É algo fácil de prometer! – Sakura sorriu e então ganhou beijo demorado do namorado.

[...]

Rio de Janeiro. Sexta-feira, 31 de março de 2017.

Ino acordou cedo, pois tinha que fotografar para o catálogo de uma loja de lingeries. Quando estava pronta para fotografar, a Yamanaka foi apresentada ao fotógrafo: Itachi Uchiha.

— Deixe-me adivinhar... Você é Ino Yamanaka? – Perguntou Itachi.

— Sim, sou eu. Você é Itachi Uchiha, acertei? – Respondeu Ino.

— Acertou, mas acho que a câmera na minha mão já tinha denunciado que eu que estou no comando hoje. – Disse sedutor.

— Sim, já tinha te entregado. Além disso, conheço bem seu trabalho. Sou uma fã. – Disse Ino e Itachi sorriu presunçoso.

— Posso dizer que vai ser um prazer trabalhar com a senhorita? – Perguntou Itachi.

— Eu espero que seja um prazer para nós dois. – Respondeu Ino.

— Ótimo! Pode se posicionar, que eu vou começar a fotografar. – Orientou Itachi enquanto ajeitada os detalhes da luz para fotografar.

Enquanto Ino era fotografada por Itachi num quarto de hotel, enquanto tocava ao fundo “2U”, de David Guetta feat Justin Bieber. Itachi estava fascinado pela beleza da modelo. Enquanto a fotografava, ele também buscava memorizar cada traço de seu corpo, suas curvas, a tonalidade certa de sua pele. A cada click, o Uchiha tinha mais certeza que não precisaria retocar nada. Ela era perfeita, uma musa. Sua musa.

Quando Itachi terminou de fotografá-la, Ino o aplaudiu. O que foi suficiente para Itachi querer se gabar das fotos que havia tirado.

— Quer ver suas fotos? – Sugeriu Itachi e Ino se aproximou.

— Que lindas! Pode me mandar algumas por e-mail? – Pediu.

— Vou fazer melhor. Além de te mandar por e-mail, vou mandar fazer um quadro com a mais bonita e levar na sua casa. O que acha? – Perguntou e Ino entendeu que ele estava dando em cima dela.

— Não sei se posso aceitar. – Recusou educadamente.

— Por que não? Algum namorado ciumento? – Sondou Itachi.

— Não tenho namorado, mas acho que nós devíamos manter nossa relação só no âmbito profissional. Me entende? – Disse Ino, que de boba não tinha nada.

— A foto era só uma gentileza. Você achou que eu estivesse te cantando?

— Foi o que pareceu...

— Eu tenho uma má fama entre as modelos é? Pode me dizer. – Pediu Itachi.

— Pelo contrário, sua fama é muito boa. Bonito, educado, bom de cama. Só ouvi elogios até agora. – Confessou Ino e Itachi riu.

— Acho que você esqueceu um mulherengo aí nessa lista. – Opinou Itachi rindo de si mesmo e Ino concordou.

— Apenas quis ser educada.

— Muito gentil. Então, se você ouviu tanta coisa boa de mim, por que não me dá uma chance de te conhecer melhor? – Propôs Itachi.

— Não sei. Acabei de sair de um relacionamento.

— Você tem medo de mim?

— Não, não tenho medo de você, mas, com certeza, eu tenho muito medo do que posso fazer com você entre quatro paredes. – Ino instigou Itachi.

— Tem medo de se apaixonar por mim?

— Talvez. Além disso, você não é do tipo que fica com uma garota por mais de duas semanas. Acho difícil eu ser uma exceção e eu não sou mulher de ficar com um homem por uma única noite. – Disse Ino entrando no jogo de Itachi.

— É pra namorar, noivar e casar é claro.

— Claro que sim!

— Então, como você é a mulher mais bonita que eu já vi na minha vida, vou fazer de você uma exceção.

— O que isso quer dizer?

— Vai durar mais do que duas semanas. – Afirmou Itachi sério.

— O que garante isso?

— Sou um homem de palavra. Eu garanto. Além disso, não vou forçar sexo nem nada. Quero conhecer você. Me deixa ser seu príncipe encantado? Sei que você acredita nessas coisas! – Debochou Itachi e Ino riu.

— Sabia que você tem mesmo uma carinha de príncipe? – Brincou Ino.

— Então, aceita uma carona até a sua casa na minha carruagem, vulgo carro? – Ofereceu Itachi.

— Tudo bem, eu aceito, mas você não vai subir. Ok?

— Ok!


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