Unsolved escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 40
Fuck the contract!


Notas iniciais do capítulo

Olá ♡

Boa leitura, amores.

Desculpe se houver erros, escrevo pelo celular, já viu né?



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Andrew Narrando

Passar horas em um avião, indo pra uma cidade que não gosto, era tudo o que eu queria. – A única vantagem era a Clarissa. Estando aqui, ela não conseguiria fugir de mim, e foi exatamente o que aconteceu. Ela até tenta evitar, mas sei que sente tanta vontade de me ter, quanto eu sinto de tê-la.

Enquanto Nick falava eu não conseguia parar de pensar nela. – Nua naquela cama, gemendo pra mim, deixando que eu a tocasse da maneira que quisesse. – Era loucura desejar ela desse jeito, mas a atração física era mais forte do que eu.

Se eu pudesse foderia ela em todos os lugares possíveis. – E no avião foi uma novidade pra mim também.

— Drew? – Nick me chamou, me despertando dos pensamentos.

— O que?

— Você escutou o que eu disse? – pergunta rindo.

— O que? – indago sem entender.

— Os Acionistas entraram em contato... – estreito os olhos ouvindo com atenção, minha expressão de irritação faz Nick sorrir. – Calma, eles só mandaram o endereço do local seguro.

— Local seguro? É meio difícil de crer que seja realmente seguro. – digo e Nick concorda. – Você sabe que eles não são confiáveis.

— Eu sei. Mas por enquanto temos que seguir essas instruções. Eles ainda não tentaram fazer nada...

— Se eles tentarem... – falo em tom de ameaça. – Eu arranco a mão de quem tentar encostar na Clarissa.

— Não duvido disso, Drew! – Nick concorda rindo. – Mas já que não para de pensar nela, por que não volta pra lá? – diz enquanto faz um gesto com a cabeça em direção ao quarto.

— Quem disse que eu estou pensando nela?! – indago com irritação.

— Drew te conheço a muito tempo, não precisa mentir pra mim. – fala com convencimento.

— Vai se foder Nick! – xingo e ele ri.

— Tudo bem! Pode mentir pra mim, mas não pra você mesmo. – conclui voltando a atenção para o notebook.

Nick só pode estar achando que é um psicólogo de merda! – Mentir pra mim mesmo?! Caralho viu.

Continuamos a resolver alguns negócios e as horas foram se passando. – O piloto avisou que estávamos próximos de pousar e fui até o quarto avisar a Clarissa.

— Está pronta? – pergunto entrando no cômodo.

Ela levanta os olhos da tela do celular e me olha. – analiso sua expressão e ela sorri.

Um maldito sorriso encantador. – Mal percebo quando caminho até a cama. – Clarissa está sentada e eu me sento bem na sua frente. Estamos próximos e tudo o que quero é beija-la e fode-la mais uma vez nessa cama.

— Vamos pousar? – pergunta e eu confirmo com a cabeça.

Aproximo mais meu rosto do dela. – sinto seu cheiro doce pairar no ar. – nossas bocas estão quase se encostando quando a vejo fechar os olhos. – Mordo o lábio inferior dela sugando-o. Clarissa suspira e isso me deixa com ainda mais vontade de tê-la. – A beijo com intensidade, estou quase devorando a boca dela. Minhas mãos agarram sua cintura e pressiono-a para que ela deite.

Clarissa interrompe o beijo e me olha confusa – Não sei porque ela fez isso, mas só de parar o beijo já estou irritado.

— Nós não vamos pousar?! – indaga confusa.

— E daí, Clarissa?! – retorquio com irritação.

Ela percebe meu tom de voz e se levanta da cama. – A vejo andar até a porta e a sigo, antes que ela possa sair do quarto a viro de frente pra mim encostando o corpo dela na porta.

Fico na sua frente, coloco minhas duas mãos sobre a porta, ao lado da cabeça dela. – Clarissa me olha feio e já sei que ela está irritadinha.

— Me deixa sair! – diz baixo, mas com firmeza. Maneio a cabeça dizendo que não.

— Porque não quis me beijar? – indago irritado e a expressão dela muda.

Eu não quis? – Ela ironiza e se eu tivesse menos irritado até riria disso. – A gente vai pousar Andrew, é perigoso ficar fora das poltronas!

— Perigoso é mais gostoso. – sorrio malicioso e a vejo corar de vergonha.

Abaixo a cabeça e começo a beijar seu pescoço. – A pele dela tem um cheiro doce e é tão macia, viciante. Estou concentrado demais no que faço, e por isso Clarissa consegue me empurrar e se afastar de mim.

— Andrew! O avião vai pousar! – diz em tom de advertência e eu estou tão irritado por ela me evitar que mal consigo pensar em algo pra responder.

— Então vai sentar naquela porra de poltrona, caralho! – digo alto.

— Você é muito mimado! – Clarissa fala alto e com irritação. – As coisas não são do jeito que você quer! Nem na hora que você quer! – Ela vai até a porta e sai batendo-a com força.

Respiro fundo antes de sair do cômodo. – Só essa garota tem a capacidade de me levar ao extremo da excitação e da irritação. – inferno!

Me sento ao lado dela alguns minutos depois. – Clarissa olha para a janela me ignorando totalmente.

Nick nos olha segurando o riso, ele deve ter ouvido a discussão.

O avião pousa depois de algum tempo, e os seguranças saem primeiro para ver se está seguro, logo nós também saímos.

Dois helicópteros estão a nossa espera. – vejo a surpresa no rosto da Clarissa, ela não me fala nada, ao invés disso pergunta para Nick.

— Helicópteros? Por que não vamos de carro? – indaga.

— Segurança. – respondo e ela revira os olhos.

Clarissa sabe o quanto eu não gosto quando ela faz isso, parece que é só pra me irritar.

— É mais seguro sabe, e mais rápido. – Nick diz tentando amenizar o clima.

— Mas pra que dois? – Ela pergunta novamente.

— Um para nós três e o outro para os seguranças. – Nick explica paciente.

Embarcamos no helicóptero e o trajeto é rápido. – Clarissa continua me ignorando e eu continuou irritado com ela.

Pousamos no terraço de um hotel. – O tal local seguro, penso.

Assim que todos saem do helicóptero peço para que Nick nos espere mais a frente.

— Preciso conversar com você. – digo e ela me olha.

— O que?

— Tem umas coisas que você precisa saber, que eu preciso esclarecer... – começo a dizer e ela me olha curiosa e apreensiva.

— É sobre a minha mãe? – indaga, a voz dela sai baixa e o tom de tristeza é perceptível, mesmo que ela tente disfarçar.

— Sim e não. – respondo e ela parece confusa. – A primeira coisa que você precisa saber, é que pra todos aqui você não sabe que eu sou Andrew Black.

— Eles não sabem que você me contou a verdade? – indaga e eu confirmo.

— Você se lembra do meu outro nome?

— Jensen Lewis. – diz e é estranho ouvi-la me chamar assim.

— Na sua frente, provavelmente eles vão me chamar assim, então tente se lembrar de me chamar de Jensen. – digo e ela confirma que sim. – A segunda coisa é que eu não sei das intenções deles...

— Deles? Quem são eles? – pergunta e eu penso por alguns segundos se devo contar sobre os Acionistas.

— Eles se chamam os Acionistas... trabalhavam pra sua mãe, e se caso algo acontecesse com ela, eles tinham a responsabilidade de saber se você estava bem.

— Esses Acionistas... Eu acho que posso conhecer alguns deles. Quando eu morava aqui, me lembro que minha mãe recebia alguns homens para reuniões em casa. Ela nunca me deixava ficar por perto.

— A questão é que eles não são confiáveis, sua mãe me contou. – digo e ela me olha nervosa.

— Ela contou? – indaga apreensiva, sua voz tem uma nota de medo.

— Sim. Não precisa ficar com medo, ninguém vai fazer nada com você. Não comigo aqui. – tento tranquiliza-la.

— Andrew... – diz baixo, quase inaudível.

— O que foi? – indago me aproximando mais dela.

— E se eles tentarem me tirar de perto de você? Eles podem fazer isso? – olho em seus olhos e vejo que Clarissa está com medo.

Me sinto desconfortável com isso. Com essas perguntas. – Não quero responde-la, mas sei que não posso fugir disso.

— No contrato que eu assinei com a sua mãe, diz que se algo acontecer com ela, eles serão os responsáveis por cuidar de você. – digo tentando não ficar irritado por pensar que alguém possa tirar ela de perto de mim.

— Esse contrato... Eu me lembro que minha mãe me disse que duraria um ano. Que por um ano você cuidaria de mim. – diz assimilando tudo. – Então depois que esse um ano passar, eles me vão me tirar de perto de você? – ela pergunta quase inaudível.

— Não! – minha voz sai exasperada. – Você fica comigo! Se quiser ficar... – Ela me olha com intensidade. E algo é diferente dessa vez, não sei o que é.

— Mas e o contrato?

— Que se foda o contrato! – digo com raiva e ela continua a me olhar com seriedade, até um sorriso pequeno aparecer em seus lábios.

Clarissa quebra a pouca distância que existe entre nós e me beija. – Os braços dela rodeiam meu pescoço. – A surpresa do primeiro momento logo passa, e eu retribuo o beijo com vontade. – Logo começo a conduzir o beijo, que seria leve e casto. Mas o faço ser intenso e quente.

— Ei, casal! – escuto Nick nos chamar.

Paro o beijo e olho mortalmente pra ele que está bem distante de nós. – Quando volto a olhar para o rosto da Clarissa a vejo com vergonha, sorrio malicioso pra ela.

— Vamos. – Ela diz e caminhamos pelo terraço até a porta onde Nick e os seguranças estão parados.

Adentramos o hotel. Descemos uma escada pequena e mais uma porta é aberta. – saímos em um corredor onde há mais algumas portas e percebo o quão luxuoso esse hotel é.

— Vocês devem ser o Sr. e a Sra. Lewis. – um homem baixo e com o uniforme do hotel nos recebe no corredor, ele tem um sorriso simpático forçado no rosto.

— Sim. – digo sério.

— Aqui está a chave do quarto de vocês. Pediram para que entregasse pessoalmente para você. – ele me entrega a chave. – O quarto de vocês fica neste corredor mesmo, um dos nossos melhores quartos.

— Vamos precisar de mais alguns quartos. – digo olhando ao meu redor para Nick e os seguranças. – Neste corredor, de preferência.

— Não sei se isso será possível Senhor. – O homem diz e eu estreito os olhos olhando para ele.

— Isso não é um pedido, é uma ordem! – me aproximo ameaçadoramente dele.

— Tu-tudo bem, Senhor. Vou ver o que posso fazer para seu pedido ser atendido. – Ele diz atropelando as palavras.

— Eu vou com ele até a recepção. – Nick fala acompanhando o homem.

— Precisava quase ameaçar o coitado do homem? – Clarissa indaga com indignação.

— Era necessário. – volto a caminhar pelo corredor e paro um pouco mais a frente.

Passo o cartão-chave que o homem havia me dado na “fechadura” e abro a porta de um quarto muito luxuoso.

Entro no local seguido por Clarissa, mas logo volto ao lado de fora.

— Dois de vocês vão ficar na porta, entenderam? – começo a passar as ordens para os seguranças. – enquanto os outros dois vão analisar o hotel e ver se há algo de estranho, e preciso de mais dois agora para me ajudarem a verificar esse quarto.

Eles entram no local comigo e começamos a revistar as coisas, do quarto ao banheiro. – Clarissa me olha confusa mas não diz nada.

— Tudo limpo, Senhor. – um deles diz.

— Podem ir. – digo e eles saem do quarto.

— Pra que isso?

— Pra sua segurança! – falo com impaciência.

— Sério? Não acha meio paranoico? – pergunta nervosa. Sei que está com medo de que algo ruim aconteça.

— Não. Poderia ter alguma escuta ou câmera aqui... Todo cuidado é pouco.

— Entendo... – Ela diz se sentando na cama. – O quarto é lindo.

Concordo com um maneio de cabeça. – Pego o notebook em uma das malas e me sento na poltrona que há no quarto.

Clarissa Narrando

Essa viagem escondia mais coisas do que eu esperava. – Quando Andrew me contou sobre os Acionistas foi inevitável não ficar com medo ou temor. – Eu já havia perdido minha mãe, e não tinha mais ninguém, não queria perde-lo também. Eu não poderia perder.

Como ele mesmo disse; essas pessoas não são confiáveis e podem querer me tirar de perto dele. Isso seria horrível, não gosto nem de pensar nisso.

E realmente não queria pensar, mas não tinha como. – Isso estava na minha cabeça desde que ele me disse.

Ainda tinha o fato de eu ter que chamar ele de Jensen. – Seria estranho, e teria que me esforçar muito para lembrar de não chama-lo pelo nome verdadeiro.

Eu estava exausta. – Uma viagem já é cansativa, ainda mais quando alguém pode te matar ou sequestrar você.

Me levantei da cama do luxuoso quarto de hotel e fui até a porta do banheiro. – Andrew nem pareceu notar, por estar extremamente concentrado na tela do notebook. – O banheiro era tão luxuoso quanto o quarto. Havia uma banheira de hidromassagem, chuveiro, uma pia grande com um espelho lindo. – Tirei minhas roupas logo depois de encher a banheira. – Seria relaxante um banho na hidro.

Não sei por quanto tempo fiquei ali relaxando. – Mas meu corpo agradeceu imensamente por isso. – Não pude deixar de pensar em como minha vida mudou desde que me casei com Andrew. Em como eu estava cega por mentiras. E que minha realidade nunca havia sido real.

Me enrolei no roupão confortável do hotel e saí do banheiro.

Assim que adentro o cômodo do quarto vejo Andrew sentado na cama. – ele me olha analisando-me e vejo um brilho de malícia em seu olhar.

Vou até a mala para pegar alguma roupa enquanto ele ainda me olha. – tento não olhar na sua direção, pois meu rosto já está vermelho de vergonha.

Antes que eu abra a mala escuto meu celular tocar. – O vejo em cima da cama e vou até lá para pega-lo. – Atendo ainda sobre o olhar analítico do Andrew.

— Alô?— digo.

— Clary! Sou eu, a Julie.— a voz animada, doce e contagiante da minha amiga me trás alegria.

— Julie! Meu Deus, que saudades.— respondo animadamente.

Andrew me olha. – Estou de pé bem na frente dele, noto que sentado ele é quase do meu tamanho e penso o quanto isso é injusto.

Enquanto falo no telefone com a Julie, ele me puxa pela cintura e fico ainda mais perto. – tento censurar ele com o olhar, mas Andrew sorrir provocativo.

— Como estão as coisas, as novidades?— pergunto para a minha amiga, que começa a me contar várias coisas.

Sinto as mãos do Andrew entrar por de baixo do meu roupão, ele as sobe pelas laterais das minhas duas coxas. – lanço um olhar de advertência pra ele, mas aquilo parece só estimula-lo a continuar. – Ele faz carícias na minha pele enquanto vai subindo. – Já não consigo mais prestar atenção no que Julie diz do outro lado da linha. – uma de suas mãos sobe até minha cintura enquanto a outra entra pela parte interna da minha coxa. – Andrew sabe o quanto aquele lugar é sensível pra mim, maldito!

Ele continua subindo a mão. – Sinto ele acariciar minha intimidade e um gemido involuntário escapa, finjo uma tosse para que Julie não perceba. – Andrew ri e eu sinto vontade de bater nele.

Julie, só um minuto...— afasto o celular e aproximo meu rosto do dele. – Para com isso Andrew! – digo seria e ele ri.

— Se quer que eu pare, por que gemeu? – indaga me deixando sem palavras.

— Idiota! – xingo ele e volto a falar no telefone.

Andrew volta a acariciar minha coxa, tento me afastar dele, mas ele segura minha cintura com firmeza – e agora sinceramente não quero que ele pare. Andrew está me tornando uma tarada igual a ele.

Sua mão volta a acariciar minha intimidade. – mordo o lábio segurando o gemido. – um dedo dele faz movimentos lentos apenas por fora e estou quase enlouquecendo. – Andrew continua a me estimular e eu já não faço ideia do que Julie fala do outro lado da linha.

— Em Clary?— Ela indaga.

— O que?— minha voz sai baixa, estou me concentrando para não gemer.

— E as suas novidades?

— Novidades...?! Bem, eu, eu... – tento pensar em algo, mas Andrew começa a fazer movimentos mais intensos e não sei se consigo raciocinar direito. Só penso no dedo dele em mim e nada mais além disso. – Estou na cidade, a gente vai poder se ver.— digo a única coisa que se passa pela minha mente.

Ele para na hora o que estava fazendo e me olha sério.

— O que? – Andrew indaga alto.

— Não acredito! Estou tão feliz Clary, não vejo a hora... — Julie comemora do outro lado da linha.

Julie eu te ligo mais tarde, tudo bem?— falo e ela concorda.

— Que caralho você acha que vai fazer? – Andrew tira suas mãos de mim enquanto fala alto e arrogante.

— Vou ver a minha amiga! – digo decidida.


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Notas finais do capítulo

Faça uma autora feliz, comente! ♡

Clarissa dizendo não pro Andrew... as coisas estão mudando?! Haha

Ps: quero agradecer a todas as novas leitoras, sejam bem vindas ♡

Beijos, até logo ❤



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