Mensageiro do Futuro escrita por Lady Pompom


Capítulo 6
VI




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“Então, é esse o uniforme?” Victor olhou o uniforme branco.

“Sim. Todo mundo usa um. Nunca esteve numa escola?” Regis franziu o cenho um tanto incomodado com a pergunta.

“… Não.” Ele respondeu simplesmente “Eu nunca fui à escola, apesar de eu ter escutado muitas histórias sobre como era do M-21 ajusshi e dos hyungs…”

            O nobre de cabelos prateados não sabia se deveria se sentir irritado ou ter pena do garoto. Como ele nunca foi a uma escola? Ele era proibido ou simplesmente não queria? Ele não era meio-humano? Não tem como ele nunca ter ido a uma escola antes.

“Acho que o fato dele ser um mestiço o roubou alguns privilégios, hã?” foi essa a conclusão a qual o Landegre chegou após refletir um pouco.

“Como ele teve permissão pra ir à escola? Nem o conhecemos direito!” Rael disse entredentes, num tom agressivo e de braços cruzados “Não entendo…” virou a cara.

“Vamos lá, se não, vamos nos atrasar.” Takeo pôs uma mão num dos ombros de Victor.

“Certo…”

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            Parker, o professor de matemática tinha espasmos nos olhos. Mais uma vez, o chefe dele, Diretor Lee o pediu para apresentar um novo estudante que aparentemente tem alguma relação com a família do Diretor. Ele suspirou cansado, já irritado com as garotas que coravam.

“Ele é um estudante transferido, ficará conosco por um curto tempo, mas tratem-no bem e o ajudem a aprender a nossa cultura.” Ele fitou o garoto que manteve uma expressão fria o tempo todo “Diga seu nome aos seus colegas.”

 “Victor.” Ele respondeu.

“Aah.” O professor suspirou pesadamente, tendo a sensação de que todos os etsrangeiros daquela classe cometiam os mesmos erros “Esse é o seu nome completo? Contenos o seu  nome completo.”

            Por um breve minuto, os estudantes o encararam, ele tinha uma confusão quase imperceptível e preocupação. Então, ele pigarreou e continuou, como se contar seu nome complete fosse algo problemático:

“Não sou muito fã do meu segundo nome.” Uma gota de suor desceu o rosto dele e ele fechou os olhos, visivelmente evitando o assunto.

“E-entendo… ” Pedro coçou a cabeça com um sorriso perplexo “Vamos chamá-lo de Victor, então. Pode se sentar…” ele ofereceu.

            O rapaz atravessou a sala de forma elegante. Isso atraiu atenção desnecessária, principalmente das garotas que coraram com a presença e perfume dele. Regis observou, suspeitando das intenções verdadeiras do garoto, embora ele não quisesse machucar ninguém ali.

            Raizel fitou-o quando ele sentou-se numa cadeira perto dos nobres de cabelos prateados, Shinwoo, Ikhan, Yuna e Suyi também estavam interessados no estudante novo. O humano de cabelos vermelhos criticava o recém-chegado com um ar de inveja; Ikhan também analisava o rapaz, ajudando os óculos, mas repreendeu Shinwoo por falar mal do outro.

            Na pausa para o almoço, Ikhan convidou Regis e ofereceu pagar o almoço dele, dizendo que eles deviam comer muito para ficarem mais altos.

“Hump. Consumir mais comida que o necessário é deselegante.” O Landrege conjecturou com uma careta.

“Não diga isso! Vamos pagar para o Rai e a Seira também!” Shinwoo se intrometeu na conversa colocando o braço ao redor dos ombros de Ikhan “Vamos lá Regis e Rai!”

“Não acho que ele-”

O jovem de cabelos prateados olhou para o assento de Rai e parou no meio da sentença. O noblesse não estava lá, e algumas interrogações pairaram sobre a cabeça dele.

“Eh? Rai?” Shinwoo olhou ao redor, mas ele não estava em nenhum lugar.

“Ele está na diretoria.” Yuna contou num tom tímido “Ele saiu da sala faz uns minutos, sabe…” ela sorriu resignada.

“Mas vocês estavam tão imersos nessa discussão que nem notaram!” Suyi franziu o cenho, cruzando os braços “Sério, prestem mais atenção aos seus arredores!”

“Eu estava distraído? Que inelegante…” Regis sentia-se incomodado com sua falta.

“Bem~” os olhos de Shinwoo brilharam “Se esse é o caso, devíamos visitar o escritório do diretor!” ele sorriu.

“Não acho que devíamos-” Ikhan foi completamente ignorado. Naquela hora, o amigo dele já estava correndo pelos corredores da escola em direção ao escritório do diretor.

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            Victor caminhava pela escola, olhando em volta, com olhos vacantes e uma inexpressividade. Ele estudava as paredes do corredor e olhava as pessoas passando por ele; ele observava a recreação dos estudantes jogando no pátio externo com os amigos. Os pés dele o guiaram espontaneamente para o ginásio aberto no qual os estudantes jogavam, ele os assistia de fora da quadra. Os olhos dele se perderam em seu próprio mundo.

“Nunca o vi por aqui antes. É um estudante novo?” o velho senhor varrendo o chão perguntou com um sorriso de um canto ao outro do rosto.

“Hm… Sim.” Ele foi pego num momento de distraçõ.

“Você não é da Coréia, é?” ele riu-se “O Diretor Lee aprecia bastante acolher estrangeiros na escola… É bom para os estudantes. Espero que goste deste lugar. Mas…” Ele olhou diretamente nos olhos de Victor. “Por que está aí parado? Não quer jogar com eles?”

“… Não… Eu só estava…” ele pausou, sem saber como responder “… Pensando em como esse lugar é impressionante…” um leve sorriso rolou nos lábios dele por um momento.

“Hahah. Fico aliviado que tenha gostado. Tenho certeza de que vai se adaptar, você é um rapaz jovem e bonito, e vai se dar bem com os outros estudantes…”

“Com licença.”

             Uma Terceira voz interrompeu a conversa, o zelador olhou para o dono da voz. Ninguém menos que M-21, com uma expressão de desgosto. Os ombros de Victor caíram involuntariamente.

“Gostaria de ter uma palavrinha com você.” O cenho dele se franziu num ângulo obtuso e o rapaz de cabelos castanhos podia dizer que não seria uma conversa amigável.

“Deixo ele em suas mãos, então.” O zelador disse inocentemente, saindo do local.

            Quando apenas M-21 e Victor estavam de pé lá (com o mais velho encarando intensamente o mais novo) o diálogo iniciou:

“Serei breve” cuspiu num tom irritado “Quem é você? Não é um nobre nem um lobisomem puro-sangue, tampouco um humano comum, e também não parece fazer parte da união… Quall ado está tentando ajudar?”

            O jovem mestiço franziu as sobrancelhas, perplexo e ao mesmo tempo, aflito com a pergunta, mas respondeu apesar disso:

“Se eu não estou do lado dos inimigos, então, deve ser óbvio de qual lado eu estou…”

“… Não foi isso que eu quis dizer… Estou perguntando como você existe nesse mundo. Além da união, não creio que outro cientista, exceto Frankenstein, seria capaz de criar um experimento tão singular quanto você…”

“Experimento?” o sorriso desdenhoso e a expressão de zombaria dele atiçaram ainda mais a fúria do M-21 “Você está me insultando… Mas, você está certo… E vou dizer de novo: você já respondeu sua própria pergunta… Eu disse que não sou da União nem de alguma outra organização…”

            A irritação expressa na face do homem de cabelos cinzentos se transformou em confusão, a mente dele estava aturdida e muitas informações percorreram sua mente ao mesmo tempo.

“Ele está insinuando que foi o Frankenstein quem… criou ele…?” ele engoliu seco com o pensamento, mas o sorriso do rapaz só parecia confirmar suas expectativas.

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On Headmaster’s office

            Raizel passou o copo perto do nariz para sentir o cheiro do chá quente que seu servo havia preparado há algum tempo. O loiro assistia lisonjeado o momento de apreciação de chá de seu mestre. Ele caminhou até a janela e olhou para fora, suspiando ao ver M-21 importunando a criança mestiça de novo.

“Ele cresceu recebendo grande afeição.” O noblesse disse, chamando a atenção de Frankenstein.

“Sim?” ele suou frio “Está falando de Victor?”

“Você está incrivelmente inquieto hoje, Frankenstein.”

“Inquieto? Hahaha… Mestre, não diga coisas assim…” ele coçou  cabeça “Quero dizer, só estou mantendo um olho nele…” ele riu desajeitado.

“Ele me implorou para proteger sua família.” Raizel continuou num tom preocupado “Eu o disse que não havia necessidade de implorar, ainda assim, ele me pediu ajuda… Isso prova o quanto ele ama a família… Ainda que ele não se considere forte o bastante para dispor de uma força com a qual foi dotado desde seu nascimento.”

“…” a expressão de Frankenstein mudou, tornando-se indecifrável “Eu queria que ele pudesse pelo menos desfrutar de um dia normal como qualquer criança, mas não aconteceu como eu planejava…” ele observou o rapaz de cabelos castanhos novamente, preenchido de compaixão.

“Eu acredito que ele ficaria feliz em ouvir suas intenções desde o início.” Rai bebericou o chá.

“Mestre…” respondeu num tom brando, surpreso com a sinceridade das palavras de seu mestre.

            Alguém bateu na porta, o diretor perguntou quem era. Tao e Takeo entraram no escritório. Eles estavam sérios e tinham expressões nervosas.   

“Tao, o que houve?”

“Na verdade, chefe, o M-21 está exasperado e está discutindo com o Victor…” ele contou sem jeito, coçando a face com um dedo.

“Ele tem implicância com o garoto por causa da essência dele… Ele acha que o garoto é um experimento como ele…” Takeo explicou.

“E a personalidade do Victor é semelhante a sua, chefe, aí… Fica um pouco difícil até para o M-21 aguentá-lo… Hahahaha!” Tao disse num tom descarado e gargalhou. 

“O que quis dizer com isso, Tao?” A voz do Frankenstein fez o homem tremer de medo.

“E-eu estava só brincando, chefe…!”

“Chame o M-21 aqui, e chamem o Victor também. Acho que eu deveria explicar pelo menos um ou dois detalhes sobre as circunstâncias da estadia dele aqui…” ele franziu o cenho, ponderando cuidadosamente o que iria falar.

“Agora mesmo, chefe!!” com uma continência, o duo de Ts deixou o escritório.

            Em menos de um minuto, a porta se abriu com um baque e isso irritou Frankenstein, ele estava prestes a reclamar com Tao, mas percebeu que não foi Tao quem abriu a porta.

“Shinwoo? O que está fazendo aqui?”

“Você trouxe o Rai, mas não nos convidou para beber chá, diretor! Isso é cruel!” ele fingiu estar ofendido.

“Eu disse pra ele não invadir o escritório de alguém assim…” Ikhan suspirou pesadamente em desaprovação.

“Ah…” esse foi o único som que o loiro emitiu ao ver seu escritório invadido por crianças.

 “Chefe!”

Outro grito veio de trás da porta, chamando a atenção dos presentes. Era Tao unto de seus parceiros e de Victor. Que hora ruim, foi o que Frankenstein pensou internamente. Não poderia ter sido pior. Agora as crianças iriam inquiri-lo também.

“Oh, vocês estão todos aqui!” o guarda de segurança cumprimentou alegremente.

“Tao Hyung!” Ikhan estava empolgado.

“Uau, parece uma das reuniões na casa do diretor!” Shinwoo sorriu.

“Ei, não estão fazendo muito barulho no meio do dia?” Suyi bronqueou os garotos “Isso é um escritório, sabe”

“Não estrague a diversão!” Shinwoo fez careta.

            Quando as crianças finalmente prestaram atenção aos hyungs, eles perceberam que Victor estava presente. Estavam impressionados, se não estupefatos.

“Hm… É o novo aluno, Victor, certo?” Yuna comentou “Ele veio aqui pra finalizar a transferência? Se for isso, não deveríamos incomodar o diretor Lee…”

“Não, a transferência dele está completamente resolvida.” Frankenstein respondeu num tom definitivo.

“Então…” Shinwoo encarou o rapaz que parecia um tanto envergonhado com a atenção que recebia.

            Tao sorriu de um jeito suspeito, como se estivesse tramando algo, Takeo sentiu instantaneamente uma voz interior o indicando para impedir seu amigo e ele esticou a mão, mas era tarde demais. Tao já havia aproveitado a oportunidade:

“Ah, não é isso!” ele deu uma risadinha “Não sabiam? Não conseguem ver?” ele perguntou, incitando a curiosidade dos estudantes.

“Hm… Tao hyung o que você está dizendo não faz sentido…” Ikhan estava perplexo.

“É verdade, o que está tentando nos contar?!” Shinwoo ergueu uma das sobrancelhas, irritado.

            Tao deu um riso e cobriu a boca antes de tomar coragem para contar num alto e animado tom:

“Ele veio aqui para ver o papai dele!”

“P-Papai?” M-21 suou frio.

            Houve uma reação em cadeia, todos, até mesmo Seira ficaram abismados com a declaração dele (e o fato dele ter contado isso como se não importasse), Raizel era o único que ainda conseguia beber o chá calmamente.

“Sim, não sabiam disso? O Victor é o filho do chefe, é por isso que ele veio estudar aqui! Hahahaha!”

            Alguns queixos caíram, M-21 suou ainda mais e Takeo estava no mesmo estado, não se podia ver os olhos de Frankenstein por trás das lentes dos óculos, Raizel bebeu o chá tranquilamente, e Seira estava surpresa com grandes interrogações pairando sobre sua cabeça.

“O-o quê? E-eu acho que não estou ouvindo direito…” Yuna suou frio.

“S-sim… O diretor Lee já tem um filho?” a boca de Suyi contorceu-se um pouco.

“Tao Hyung, isso foi exagerado até pra uma brincadeira.” Ikhan suspirou decepcionado.

“Sim, sim, sem condições que o diretor tem um filho que vive no exterior, certo? Não é como se ele fosse um pai irresponsável que abandona o filho sozinho em outro país, certo?” Shinwoo gargalhou.

            Um coro de risos preencheu o local, mas Tao continuou com o mesmo sorriso.

Tao…”

Um silêncio esquisito domino a sala quando ouviram a voz grave, quase irritada do diretor. Os estudantes engoliram em seco nervosos. Seira e Regis trocaram olhares preocupados, e o trio de humanos modificados sentiu um calafrio, fazendo as colunas espinhais deles tremerem, com medo das palavras que estavam por vir. Frankenstein tirou os óculos e fitou os presents na sala.

Estavam tão apreensivos que até Rai foi forçado a parar de beber chá e aguardar a reação de seu servo.

“Me sinto entristecido que me considere um pai irresponsável, Han Shinwoo, mas, de fato, Victor é meu filho assim como Tao lhes disse.” Ele pronunciou claramente cada palavra.

            Os espectadores sentiram-se ainda mais confusos, até Victor estava sem saber  que dizer diante da situação, embora seus olhos oscilassem numa mistura de admiração e uma felicidade ingênua.

“D-diretor o senhor realmente tem um filho?” Yuna não consegui acreditar.

“Sim, nunca nos contou que tinha um filho que vivia no exterior…” Suyi gesticulou indignada.

“Como isso é possível…? Tenho certeza que ele é…” Regis estava pasmo.

“Rai, você sabia disso?” Shinwoo direcionou o olhar para o noblesse que simplesmente confirmou com um aceno.

“Por quê? Há algum problema? Eu não posso ser um pai?” Frankenstein perguntou descaradamente.

“N-não… Não é isso, Diretor Lee…” Ikhan gesticulou tentando explicar que não era a intenção deles depreciar o fato “N-nós só não imaginávamos que o senhor tinha um filho…”

“O Ajusshi e os oppas sabiam disso também?” Yuna perguntou ao trio, com expectativas de uma boa resposta.

“Ahaha…” Tao coçou a cabeça “Nós suspeitávamos apenas, mas… Acho que isso caiu como uma surpresa para nós também…”

“Então…”

            Shinwoo e as outras crianças encararam Victor por um longo tempo, como se tentassem lê-lo, e ele sentiu-se incomodado com os olhares analíticos deles. A tensão se dissipou quando as crianças sorriram e voltaram a conversar como se nada tivesse acontecido:

“Vocês dois são bem parecidos!” Yuna riu.

“Sim, olha só a cor dos olhos deles, é a mesma!” Suyi comentou.

“Uau, Eu não sabia que o diretor Lee tinha um filho… E é da mesma idade que nós…” Shinwoo cruzou os braços “Isso é impressionante!” ele balançou a cabeça num tipo de aprovação.

“É porque o director Lee deve ser mais velho do que aparenta.” Ikhan riu.

“Você está correto, o chefe é muito mais velho do que parece!” Tao afirmou num tom vivaz, recebendo um olhar mortífero do cientista loiro.

“Hm…” Seira perscrutou a face de Victor “Eles são semelhantes…”

“Ooh, Eu entendi agora!” Shinwoo socou a própria mão como se algo lhe tivesse sido revelado “É por isso que o Diretor sempre viaja tanto!”

“Ah, o senhor estava visitando seu filho?” Yuna sorriu.

“Sim…” o sorriso de Frankenstein era sem emoção, mas as crianças acreditaram naquele sorriso por causa da educação imbuída nele.

“Você vive no exterior com sua mãe?” Ikhan perguntou com um brilho de curiosidade nos olhos.

“Sim… Eu acho…” ele olhou para o pai, esperando alguma confirmação.

“Isso é verdade! Ele vive com sua bela e adorável mãe! E o chefe os visita frequentemente, não é verdade?” Tao riu alegremente, pondo um braço ao redor dos ombros de Victor “A mãe dela é muito apaixonada pelo país que vive na Europa, por isso ela não gosta de viajar para outros países, é por isso que o chefe a visita frequentemente, ele não é legal? O chefe é um homem esplêndido!”

“T-Tao…” Takeo repreendeu tentando dizer que a mentira estava exagerada demais.

“Ah, talvez Seira e Regis tenham vindo do mesmo país que ele? Isso explicaria como o Diretor Lee conhece os pais deles!” Ikhan fez uma hipótese.

“Ahahaha, isso mesmo!” Tao deu um joia com o polegar.

Victor ainda estava atordoado com a conversa, primeiro porque Frankenstein acabara de lhe contar que sabia do “segredo”, o que significava que ele não tinha sido tão discreto quanto esperava; em Segundo lugar, era, em parte, porque muitas pessoas descobriram sobre isso e este fato podia alterar o futuro; e por fim, era porque ele se sentia um tanto feliz por ouvir seu pai declarar isso em voz alta.

“Merda… Eles são espertos demais… Eu devia ter sido mais discreto… Eu sou uma besta…”

O mestiço suspirou profundamente e queixou-se em seu interior, mas, vendo como o lugar estava animado, ele não conseguiu sentir-se triste. Apesar de não ser uma mentira, o que  Tao disse era parcialmente uma mentira, porque ele ainda não havia nascido naquele tempo, destarte, ele teria que inventar outras mentiras para cobrir aquela. Eles eram espertos o suficiente para fazer isso, e ele devia começar a aprender como enganar alguém com os mais velhos.

Uma pequena curva surgiu nos lábios dele ao ver a cena. Aquele lugar estava trazendo muitos sorrisos ao rosto dele. Diferente dele havia uma pessoa que ainda se sentia perturbada, M-21, que estava ponderando melindrosamente sobre o caso.

“Ele é mesmo o filho do Frankenstein … Isso explica muito, mas… Se ele é apenas meio-humano, uma parte que ele herdou do Frankenstein, então… De quem veio a metade lobisomem dele…?”

            Com esta dúvida em mente, ele permaneceu distante das vozes animadas e estrondosas das crianças. Contudo, por quanto tempo esta vida pacífica que Victor tinha iria continuar? Esse momento efêmero se tornaria apenas uma memória quando ele focasse em sua missão novamente…


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