Atílio: Vamos, vou de te colocar na cama minha pequena.

Pilar: Não, acho que quero mais da sua cura. – ela sorri dengosa.

Atílio: Antes precisamos conversar, sobre tudo, e sobre nós. Pequena você realmente nunca teve outro homem além do Maldito, e já quer mais de mim, hoje fui terno e delicado com você, mas nem sempre será assim. – Pilar sentou no sofá e se tapou, sentiu um medo. – Calma minha pequena, não vou te machucar nunca, e tampouco vou exigir algo que não queira, por isso temos que conversar, sim. – ele vestiu a cueca e a calça, sentou no sofá ao lado dela e a puxou e ficou abraçado a ela.

Pilar ficou receosa, ficou sentido o cheiro dele, era bom, mesmo quando ele fumava, poucas pessoas não têm cheiro de cigarros quando fumam, ele é uma dessas pessoas.

Atílio: Está tudo bem, pequena não vou atacar você, não aqui nem agora. – ele deu uma gargalhada, zombando dela, que deu um tapa nele, bem no braço com a picada. – Ahhh maldita.

Pilar: Me desculpa, a picada de cobra.- ela deu um beijo no braço, ele sorriu.

Atílio: Pilar, pequena, Sofia é muito pequena, e curar as feridas dela, vamos precisar de auxílio. -ele a olhou sério.

Pilar: Sim, nós duas vamos a uma psicóloga, eu nunca fui forte fisicamente e aprendi a ser tolerante por anos com os abusos psicológicos e física de Eduardo, minhas cicatrizes são mais profundas, e acho que o mesmo acontece com Sofia, ela ficou mais madura para certas coisas e ainda é a minha menininha. -ela abraçou mais no corpo de Atílio que retribuiu o abraço.

Atílio: Sabe que sonhei com isso um dia, te amar você e te ter assim. Mas ao longo doa anos, eu tentei com muitas mulheres, tentei ser aquele garoto que te olhava a montar, ou na piscina da casa da fazenda, eu sei que tem cicatrizes assim como eu tenho, mas eu nunca vou te fazer sofrer ou te machucar física ou emocionalmente.

Pilar: Estás me seduzindo sr. Montenegro. - sorriu e continuou. – Eu sinto que não confio em determinados homens, só acho que devemos ser cautelosos com tudo isso, sim. – ela tocou o rosto dela, sentiu o quando sua expressão estava suave, seus olhos tinha um verde que enfeitiçava qualquer mulher, e ela percebeu que ele era vulnerável para algumas coisas.

Pilar se virou e o beijou, um beijo intenso, ele deslizou as mãos pelas pernas dela que estava expostas, ela sentiu que ele estava ficando excitado novamente e intensificou o beijo, ela não sabia de onde vinha tanto desejo, tanta paixão carnal assim, nunca sentira isso com Eduardo.

Atílio: Mulher quando você quer, é igual dinamite.

Pilar: E você o estopim. – ela sorriu, ele olhou dentro dos olhos dela, era outra, voltou a ser a jovem atrevida e tímida, sorridente e meiga que um dia ele conheceu.

Atílio: Pequena, quero que a partir de agora seja honesta comigo, sim. Quero que me pergunte tudo que queria saber, e me conto o que sente.

Pilar: A verdade, ok. Mas a pergunta é você ira me escutar, e falar a verdade para mim também?

Atílio: Vamos tentar ser honesto um com o outro. – ele a ajeitou no colo dele a beijou. – Vamos começar assim. – deslizou a mão para o meio das pernas delas. – Diga-me a verdade sim, o que sente quando eu te toco aqui.

Pilar: Sinto um arrepio gostoso pelo meu corpo e sinto que vou explodir. Eu nunca senti isso, sempre que...- ela parou.

Atílio: Shiii, esse passado sofrido irá esquecer um dia, somente lembrar e sentirá os meus carinhos e amor por você. Adoro seu perfume, humm, delicioso em você, o que é?

Pilar: É óleo de banho, uso no banho para hidratar, amêndoa doce. – ele enterrou a cabeça no pescoço dela e inalou fundo.

Atílio: Por que parou de ir na fazenda, seus pais iam, mas você nunca foi depois dele.

Pilar: Se eu fosse, saberia que estava ficando sem vida, estava ficando triste com meu casamento. Eu sabia que não poderia esconder meus sentimentos, ainda mais estando em conflitos, estava infeliz e pensava em você, e conhecendo você como sei que faria, se soubesse, que estava infeliz, e te desejava ainda iria rir de mim, assim como fez quando te pedi o beijo de aniversário.

Atílio: eu não teria feito, teria sim matado ele antes, quando Guilhermine se casou logo depois de você, quando ela vinha para casa, eu sonhava que você viria com ela, assim como muitas vezes aconteceu, quando estavam estudando no internato. E sempre que minha mão perguntava ela respondia que não tivera mais contato com você.

Pilar: Acho que foi melhor assim, não queria decepcionar minha mãe e me divorciar de Eduardo, logo que ela morreu eu engravidei, meu pai já estava doente, o tratamento deu certo por um tempo, e quando Sofi tinha 4 anos ele morreu, somente sua mãe veio. E Eduardo se mostrou quem era realmente.

Atílio: Pequena, agora vamos pensar no de hoje para frente, o passado ficará no passado, quero ver como Sofia acostuma comigo, dai vamos dar um passo grande.

Pilar: Que passo.

Atílio: Chega de conversa por hoje, vem vamos para a cama.

Pilar: Terá que dormir no quarto de hospedes, Sofia as vezes tem pesadelos e vem deitar comigo.

Atílio: Sim, tudo bem, mesmo por que iria te amar a noite toda, e para quem ainda é como uma virgem, nos amarmos assim está de bom tamanho. – ele sorriu desafiador.

Pilar: Olha que eu posso te deixar chocado. – ela sorriu e segurou no pescoço dele e o beijou desejosa de mais. – Olha só, para quem quase correu comigo da sua fazenda, está rendido por mim e agora quem não o quer na minha cama sou eu. – ela corou pelo que tinha acabado de falar e eles riram.

Atílio: Eu diria mais. – passou os dedos nos lábios dela, e acariciou seu rosto. – Deve aceitar que sua chegada na fazenda e na minha iluminou tudo. Não há nada melhor do que uma mulher linda e maravilhosa na vida de um homem.

Pilar: É Atílio você tem que casar. – ela falou sem pensar e se arrependeu no mesmo instante.

Atílio: Às vezes desejo isso, casar, ter filhos. – Pilar se surpreendeu com o que ele acabara de falar, mas achou que era um simples comentário expressando seus desejos.

Nesse momento eles se olharam, com se fossem dois imãs atraídos um pelo outro da maneira com que ele falou, a fez querer ser a mãe dos filhos dele.

Atílio: Eu falei com seu advogado, e ajustei as coisas com ele, poderá ficar na fazenda comigo e Sofia, até as coisas se ajustarem. - ela o olhou intrigada, ou ele não queria falar sobre ter família, ou esse assunto o deixou incomodado.

Pilar: Atílio, não quero que dirija minha vida.

Atílio soltou ela dos braços dele e se levantou, pegou as roupas dela e a entregou, a olhou e viu que ela não tiraria sua camisa. Sorriu e a fez levantar, quando estavam saindo só escritório deram e cara com Amparo.

Amparo: Hum, estavam se amando, não é?

Pilar: Amá, para com isso. – ela ficou roxa de vergonha e ficou atrás de Atílio que sorria para a senhora.

Atílio: Irei cuidar da minha pequena de hoje em diante.

Amparo: Acho bom mesmo, isso já deveria ter acontecido há anos atrás. Os churros estão na cozinha, ainda estão quentes. Boa noite estou indo me deitar. – deixou os dois e piscou para ele, que sorriu e pegou a mão de Pilar e foram para a cozinha comer churros.

Pilar serviu os churros para eles, depois pegou duas garrafas de água, comeram e subiram, ele deu muitos beijinhos nela, e ela entrou no quarto, quando estava indo para o seu, parou na porta do quarto de Sofia, a porta estava entreaberta, ele sorriu, sabia que iria ganhar a confiança dela, iria conquistar o amor de Sofia também.

Atílio entrou no quarto, foi se banhar, e quando voltou para se deitar, estava só com a calça de pijama, quando olhou para a cama seus olhos brilharam, ele sorriu e tirou a calça e se deitou ao lado dela.

Atílio: É você pode me chocar, está linda e é tudo para mim. – ele a beijou ferozmente. - Veio pegar seu pegar seu beijo de aniversário. – ele sorriu e ela o beijou intensamente...