Pilar entra na sala e sente um arrepio percorrer sua espinha. O clima ficou tão tenso e o ar tão pesado, que poderia ser cortado com uma faca. Os olhos daquele homem eram frios como gelo, seja lá o tipo de sentimentos que um dia demostraram, já não estava mais ali; o sorriso parecia o de uma serpente pronta para dar o bote. Aquele homem era o dono dos pesadelos e dos piores pensamentos de Pilar. Seu nome Eduardo Ferraz.

Ed: Pilar, minha querida. – ele riu irônico. – É um prazer rever você novamente, está linda como sempre. Eu a estava esperando, está atrasada para pegar Sofia. – ele se levantou e viu Atílio logo atrás dela.

Pilar sentiu a alma deixar seu corpo, ficou branca na hora, seu coração parou de bater, Atílio percebeu que ela estava em pânico a colocou para trás dele.

Ed: Vim para buscar minha filha e leva-la para minha casa.

Atílio: Com que honras? – disse ele ficando na frente de Pilar, que se encolheu atrás dele, seu medo e pavor ele era mais que evidente. – eu poupar-lhe o problema, Sofia e Pilar voltam comigo para casa.

Ed: E quem é você? – perguntou Eduardo o olhando de cima a baixo.

Atilio: Sou Atílio Montenegro, o homem que vai quebrar sua cara, ah e claro o noivo de Pilar.

Eduardo ficou mais tenso ainda em saber que Pilar estava com Atílio, ele recordou varias conversas do pai e da mãe de Pilar, sobre o vaqueiro, eram de gostos deles que Pilar um dia se casasse com ele.

Ed: Agora vem com seus amantes Pilar? O que um juiz poderá dizer sobre a mãe da minha filha, que anda com seus amantes por ai. Eu me casei tenho um lar estável para Sofia, já você. – falou debochado com raiva em saber Pilar estava com Atílio.

Pilar: Não, você não tem a guarda dela, e não pode simplesmente a levar. – falou ficando ao lado de Atílio, mas ainda com medo de Eduardo.

Ed: Ela é minha filha, tenho direitos, tanto quando você.

Pilar: Você quer o dinheiro que vem com ela, nunca se importou com minha filha.

Ed: Agora olha aqui, eu vou ficar com Sofia, nem que eu tenha que dar um fim em você.

Eduardo não teve tempo de reagir, pois Atílio fechou a mãe e socou a cara dele, o fazendo cair no chão tonto. Quando estava raivoso Atílio era igual a um búfalo. Eduardo ficou sem ação com o soco que recebeu,

Atílio: Cala a sua boca, maldito. Não acredito que ela se casou com um canalha como você. Pilar vá buscar Sofia e me espere no carro. – ela assentiu com a cabeça e saiu.

Ed: O que vai fazer, me bater mais. O amante que bate no ex-marido, nossa o juiz vai adorar isso tudo.

Atílio: Eu não vou sujar minhas mãos com um bosta igual a você, se chegar perto de Pilar ou se Sofia, sem que um juiz autorize terá uma visita minha e de um Índio. E vai arrepender-se de ter nascido, Atílio saiu e o deixou na sala, foi encontrar.

No pátio Sofia estava conversando com a Irmã Mary, sabia que o pai estava ali e a mãe, a menina viu que a mãe vinha pelo corredor e saiu correndo para abraça-la.

Sofia: Mãezinha, que saudades.

Pilar: Oi minha vida, eu também e muito.

Sofia: Eu terei que ir com ele.

Pilar: Não meu amor, você não terá que ir com ele, ainda temos tempo. Você ainda tem duas semanas de férias, e vamos para a fazenda da tia Monserrat, por mais uns dias.

Sofia estava abraçada com a mãe perto do carro, ela notou que não era o dela, então viu Atílio vindo em direção a elas.

Sofia: Oi quem é você?- perguntou assim que ele se aproximou e beijou a cabeça de Pilar.

Atílio: Sou Atílio. Atílio Montenegro.

Sofia: O filho da tia Monse que vive nas cavernas. – Pilar olhou para a filha com reprovação. Ele sorriu para a menina e respondeu.

Atílio: Eu moro em um rancho cheio de animais, têm cavalos, gados e até cachorros.

Sofia: Verdade! E tem índios que esfolam pessoas e tiram o coro da cabeça, e deixam os urubus comerem os restos.

Pilar e Atílio se olharam e dera

m uma gargalhada gostosa, A menina tinha uma ótima imaginação.

Pilar: Sim filha lá tem um índio, mas ele não faz isso. Não é Atílio.

Atílio: Não, só faz quando eu mando. - ele deu mais uma gargalhada. Vem vamos para casa, Pilar quer ir para sua casa ou ficar comigo.

Sofia: Oi eu estou aqui, o que vocês têm?

Atílio: Quer ir para a fazenda comigo pequena?

Sofia: Mãe você vai também. – Pilar assentiu com a cabeça e sorriu.

Pilar: Vamos para casa, assim arrumamos as coisas de Sofia, ainda tenho que falar com Emília sobre a empresa, ligar para Guilherme e pro meu advogado.

Atílio: Fazemos assim, deixo você em casa, e eu vou falar com seu advogado, e ver umas coisas e depois te encontro na sua casa, vou para jantar, quem vai cozinhar?

Pilar y Sofia: Amparo. Elas se olham e riram da situação.

Atílio: Então avise que eu vou para o jantar. 

Ele às deixou em casa, quando Pilar estava entrando com Sofia ele a chamou e sorriu.

Atílio: Não esta esquecendo nada Pilar? - ele sorriu e ela voltou e deu um beijo nele. - Te quiero mi pequeña.