Encadeados escrita por Nipuni


Capítulo 11
A Noite


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!! >////<*Eu não tive tempo de revisar o capítulo, então se tiver algum erro, por favor, relevem! ♥



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O quarto só não estava completamente escuro pelo pequeno abajur amarelo que ficava ao lado da parede. Etileno e cidreira impregnavam o ar, e ele só conseguia estar ali com o rosto coberto.

— Ela é teimosa. – o outro disse, sentado em sua cadeira enquanto foleava um livro velho. – Muito teimosa.

— Mas você já sabia disso. – o homem com o rosto escondido continuava parado como um soldado, e mesmo que não parecesse, sua voz estava repleta de obediência e submissão. – Afinal, foi por isso que a escolheu, não foi?

Ele sorriu. Os dentes brancos refletiram a luz amarelada com escárnio, e o único som que houve foi o do livro de fechando.

— Mesmo assim... Ela precisa aprender que não está em posição de fazer escolhas sozinha. Meu Izanagi não vai ser desse jeito. – e levantou da cadeira, deslizando até o abajur que ficava do outro lado. – Ainda não, pelo menos.

— Senhor?

— Você já sabe o que fazer. Seja rápido e não deixe vestígios. – seu sorriso agora era tão grande que podia ser visto de trás. – Gosto de quando ela fica assustada.

[...]

— Tudo bem? – Sasuke olhou ao redor e depois se focou em mim. – Você apagou por um segundo.

Ainda presa no que havia recordado, balancei a cabeça pros lados e joguei o cabelo pra trás, passando por ele ao sair do elevador. Foi rápido e absoluto como um caleidoscópio de memórias, onde eu revi tudo de uma só vez. Meu estômago ficou estranho.

— Não foi nada. – ouvi os passos de Sasuke me seguindo e apertei a bolsa com a mão. Senti a foto se amassando. – Só me lembrei de uma coisa.

— Quer compartilhar? – ele apareceu do meu lado antes de descermos os três degraus, e logo estávamos do lado de fora. Seus olhos estavam contidamente expectantes.

— Talvez mais tarde. – foi necessário muita força de vontade para que eu conseguisse isolar o pensamento por enquanto. – Imagino que já tenha planejado o que vamos fazer hoje.

Sasuke sorriu e acelerou até onde o Mustangue estava estacionado. Abriu a porta pra mim e se apoiou sobre o vidro da janela enquanto eu me aproximava.

— Excelente pergunta.

— Não foi uma pergunta. – passei por ele e me sentei sobre o banco de couro.

— Pelo bem da argumentação vamos dizer que foi. – Sasuke bateu a porta e se sentou no banco do motorista, mas não ligou o carro. – Sim, eu planejei. Fiquei os últimos dias me perguntando “o quê uma garota peculiar como a Sakura chamaria de único?”, e acredite, não foi uma resposta fácil de encontrar.

Gargalhei por dentro.

— Você se cura como o Wolverine, e eu sou peculiar?

— Extremamente peculiar. – ele adiantou, girando as chaves na ignição. Ouvi o ronco do Mustangue antes que ligasse, e mesmo que tivesse ouvido aquele som pouquíssimas vezes, ele sentiu extremamente familiar. – Continuando, depois de muitas horas considerando, cheguei a uma conclusão.

— Que é...?

— Você verá. Por agora, vamos dar uma volta. – o Mustangue avançou à sinaleira aberta e Sasuke engatou o cinto com uma das mãos. Segui o exemplo.

Quando alcançamos a saída da avenida, Sasuke virou a esquerda indo direção ao centro. Seus olhos estavam presos na estrada a frente e sua boca era uma linha sem expressão. Sua janela estava minimamente aberta e o vento que entrava balançava seu cabelo escuro.

Trinquei o maxilar, me forçando a olhar para a frente. Talvez agora fosse uma boa hora pra falar da foto. Ainda focada na estrada, puxei a bolsa para meu colo e abri o zíper. Meu celular tocou na mesma hora e Sasuke se virou pra mim.

O aparelho exibia o nome “Temari”, e os botões verde e vermelho.

— Precisa atender? – ele olhou pro celular e para mim, as duas mãos relaxadas sobre o volante.

Balancei a cabeça para os lados, pressionando o botão vermelho, guardando o celular de volta na bolsa e desistindo temporariamente da ideia de mostrar a foto.

— Não é nada. – notei como já estávamos no centro iluminado de Tóquio, dirigindo devagar por entre as ruas largas e movimentadas.

Sasuke estacionou o Mustangue em uma vaga estreita e desceu do carro depressa, correndo até minha porta e a abrindo pra mim. Cerrei os olhos em sua direção, mas ele – muito espertamente, vale dizer – evitou o contato visual. Guardou as chaves no bolso e sinalizou para que o seguisse.

Luzes brancas estavam estendias diagonalmente sobre a passarela de concreto, amarradas a árvores e postes. As lojas e restaurantes também arremessavam sua parte de luz sobre o passeio, e eu percebi que o ar estava mais frio. O outono já estava chegando, então.

— Por aqui. – Sasuke pegou minha mão e me puxou até um dos estabelecimentos. Senti o cheiro de produto de limpeza caro ao entrarmos e meu sapato estalou no assoalho de madeira. Era uma loja de vinis. Duas longas estantes baixas guardavam incontáveis vinis antigos, e havia painéis eletrônicos com dez dígitos e fones de ouvido na frente de cada uma. – Escolha algo pra ouvir, eu já volto.

E com isso, ele virou e foi até o atendente no balcão. Corri os dedos sobre o alto relevo nas capas, deixando que a sorte decidisse o que seria. Puxei um pra fora e não reconheci o título do álbum ou a banda. Mesmo assim, digitei o código do vinil no painel e coloquei os fones sobre a cabeça, os olhos presos em Sasuke.

Acompanhei cada gesto que fazia de onde eu estava. Camuflei minha presença com os grandes fones, mas, na verdade, não conseguia ouvir uma nota sequer do que estava tocando. Sasuke acenou com a cabeça para o recepcionista e foi para a outra estante, começando a procurar algum vinil entre a infinidade de opções.

Estremeci quando minha bolsa vibrou. Tirei os fones e puxei o celular pra fora, vendo que quem me chamava – mais uma vez – era Temari. Dois passos me deixaram ao lado da vitrine, e eu espiei sobre o ombro. Sasuke ainda estava entretido com sua busca, então, apertei o botão verde.

— O que foi? – o celular estava em um ouvido e usei o indicador para tapar o outro, bloqueando a música suave que tocava dentro da loja.

Temari tossiu.

— Aconteceu um problema.

Ai, deus.

— Que problema?

— Teve um vazamento de gás no nosso andar e o prédio todo foi evacuado.

— Gás? Nossa, você tá bem?

— Tô, eu nem cheguei a sentir o cheiro, só ouvi o alarme. Os bombeiros já chegaram e estão procurando agora a fonte, mas o síndico disse que nosso andar só vai ser liberado amanhã de manhã. Manutenção e coisas do tipo.

— Temari, não me diga...

— Você não vai poder voltar pra casa.

Eu queria bater minha cabeça contra o vidro da vitrine.

— E eu vou fazer o que?!

— Aproveita pra passar a noite com o Senhor Gostosão! – ela gritou do outro lado da linha. – É o que eu faria.

De jeito nenhum. Depois que isso acabasse, eu ia passar a noite em um hotel ou coisa do tipo.

— Eu me viro. Amanhã a gente conversa. – e desliguei. Me virei para voltar aos vinis e quase esbarrei em Sasuke.

— Parece que você está presa comigo. – Seu sorriso dizia tudo.

— Você ouviu minha conversa?

— Com o volume do seu celular, você devia ficar surpresa se eu não tivesse ouvido. – Sasuke olhou para os lados e se abaixou – Que sorte, você vai ficar com o Senhor Gostosão hoje.

Desejei que um raio caísse sobre mim.

— Eu não vou passar a noite com você! Depois disso, eu vou pra um hotel e problema resolvido.

— Até parece. Não sei porque insiste em lutar contra isso, Sakura. – e revirou os olhos dramaticamente. – É pra ser.

— Sasuke...

— Olha, eu não vou tentar nada, ok? Eu já te disse – e eu vi um sorriso malicioso brotar de mansinho. – Só se você pedir.

— Não foi isso que aconteceu da última vez.

— Eu estava fora de mim. Não vai se repetir. – colocou a mão sobre o peito num gesto aparentemente solene, mas eu não apostaria todas as minhas fichas naquilo.

— Tenho certeza que sua colega de quarto não vai gostar da intromissão.

— Boa tentativa, mas ela está viajando. Aceite, esperta – e se aproximou tanto que eu acabei me escorando contra o vidro. – você está presa a mim.

Mas negaria isso até a morte.

— O que você foi pegar?

Olhei pra baixo e minhas vistas alcançaram os dois vinis que ele segurava.

— Algo que eu acho que você vai gostar. – Sasuke começou a andar em direção a um dos fones, digitando habilmente o código do item. Colocou o fone em meus ouvidos quando me aproximei e a música começou a tocar imediatamente.

Era uma ópera, e isso concluía tudo o que eu sabia sobre a música. Tinha um homem de voz grave cantando junto à uma orquestra de instrumentos de corda e sopro, mesmo que eu não tivesse conhecimento para identificar nenhum. A música era melancólica e agressiva ao mesmo tempo, como se fossem dois lados da mesma moeda. A demonstração acabou e eu coloquei os fones sobre o ombro.

— O que achou?

— Intensa. – observei a capa do vinil enquanto a música ecoava na minha cabeça. – Pesada.

— Triste?

— Um pouco. Acho que senti mais raiva do que tristeza. Qual o próximo?

Sasuke apertou os botões, iniciando outra melodia completamente diferente. Não era uma ópera, era um concerto de piano. A maior parte da demonstração se seguiu com notas agudas e altas, mas durante o final, só ouvi as graves.

— E dessa, achou o que?

— Acho que você pensa que eu entendo alguma coisa de música. – eu ri pra dentro, colocando os fones onde estavam.

— Você entendeu muito bem a primeira. – ele se recostou sobre a estante, me olhando de cima. – Me diga, o que entendeu dessa?

— Ela me lembrou uma história feliz com um final triste. Sabe, teclas altas, todo mundo bem, mas no primeiro grave senti que o personagem principal morreu.

Ele tentou esconder um sorriso.

— Viu? Entendeu melhor do que eu poderia. – e se virou de costas pra mim sem dizer mais nada, andando até o caixa. Voltou meio minuto depois com os dois vinis dentro de uma sacola de papel.

— Pra que comprou isso se já tinha ouvido as músicas? – saímos da loja e Sasuke olhou pra mim com o canto do olho.

— Não são pra mim, são pra você.

— O quê? Eu nem tenho um tocador de vinis, como eu vou ouvir isso?

— Não interessa. Toda vez que você olhar pra eles vai se lembrar de mim e é isso que eu quero. – Sasuke abriu a porta do carro pra mim, me entregando a sacola.

Eu não tive resposta para aquela. Afundei no banco estofado, apertando o cinto enquanto Sasuke entrava.

— Pra onde vamos agora? – tentei soar apenas levemente curiosa.

— Me diga uma coisa. – ele ligou o carro novamente, mas esperou até pô-lo em movimento. – O que você pensa quando ouve meu nome?

Estreitei os olhos.

— Como assim?

— É isso. Qual é a primeira coisa que te vem a cabeça quando pensa em mim?

Me virei pra frente, pensando no que responder.

— Deus da calamidade. – e voltei pra sua direção, decidida de que era aquilo.

Sasuke quase riu. Quase.

— Calamidade?

— É, caos. Você me lembra de caos, desordem, calamidade.

Ele ficou quieto por trinta segundos, fixo no passeio parado à nossa frente. Devagar, seu rosto se virou na minha direção, tranquilo.

— Se eu sou um deus da calamidade, o que isso te torna?

— Burra. – e eu ri de mim mesma, percebendo como tinha soado. – Afinal, eu estou num carro com você agora, né?

Eu soube que essa não era a resposta que ele esperava ouvir, mas não pareceu desagradá-lo.

— Você não é burra. Talvez seja imprudente, irresponsável – e deu ré, voltando pra estrada –, mas burra não.

O Mustangue nos tirou do centro de Tóquio rapidamente, e eu reconheci a estrada que estávamos seguindo. Era pra fora da cidade.

— Ok, eu até entendo o imprudente, mas irresponsável? O que eu já fiz de irresponsável?

Ele riu. Claramente sabia de algo que eu desconhecia.

— Eu te digo depois. – e logo, encontramos o oceano. Mais uma vez, a cena pareceu familiar demais.

Como de se esperar, a estrada estava vazia e silenciosa. Com as janelas abertas, o cheiro e gosto do sal estava grudado em mim, e mesmo distantes, eu conseguia ouvir as pequenas ondas rebentando na areia. Depois de alguns minutos em silêncio mortal, Sasuke deu a seta e encostou o carro próximo a bancada de pedra que dividia a estrada da praia.

— Deixe sua bolsa e celular aqui. – ele avisou antes de descer.

Apenas com o indicador e dedo médio, puxei a maçaneta e a porta se abriu com um estalo oco. Saí do carro e andei até onde ele estava.

— Faltaram os tacos. – brinquei. Sasuke estava recostado sobre o Mustangue e olhava para o mar, sério.

— Vem. – foi tudo que disse antes de pular a mureta e cair em pé sobre a areia. Sem saber o que fazer, obedeci.

Meus sapatos afundavam na areia toda vez que eu dava um passo, então arranquei os dois e os carreguei comigo, sentindo os pequenos grãos furando as solas de meus pés. Ao me ver, Sasuke fez o mesmo, e continuamos andando em direção ao oceano.

— Eu tive um sonho estranho hoje. – comentei, me apressando para alcançá-lo.

— Me conte.

— Sonhei que você falava russo. – analisei sua expressão, mas ela não pareceu mudar. – E francês.

— Só isso?

— Basicamente. – não iria enchê-lo com os detalhes. – Você não parece surpreso.

— Não estou. – suas sobrancelhas se franziram. Ele virou e piscou pra mim – Eu já sabia que você sonhava comigo há muito tempo.

Soquei seu braço.

— A parte em que você fala russo não te interessou nem um pouco?

— Você deixou o celular no carro, certo? – por algum motivo, Sasuke começou a tirar sua jaqueta de couro e largou os sapatos sobre a areia.

— Deixei. – fiz uma careta quando ele jogou o casaco no chão. – O que está fazendo?

Desejei não ter perguntado. Sasuke avançou como em um bote de cobra, me levantando sobre seu ombro e começando a me carregar até o mar.

— Acho que podemos tomar um banho.

— O quê? – comecei a me debater, tentando me soltar. Meus sapatos caíram uniformemente enquanto ele me carregava a força. Me xinguei por estar sorrindo. – Não, não, Sasuke me solta! Eu não quero entrar no mar, me põe no chão! É sério, se você me jogar na água eu não vou te perdoar nunca!

— Eu vou arriscar. – e eu vi a água o alcançando até os joelhos.

Meu deus.

Ele deu mais dois passos e já estava na cintura.

Socorro.

Deu mais um e me soltou sobre a água salgada e eu afundei como uma pedra. Chutei o chão para submergir, jogando água na sua direção quando abri os olhos.

— Tá gelada!— estava batendo as pernas como um filhote de cachorro, me recusando a usá-lo como apoio.

— Nem tá tão fria assim. – sua mão passou por baixo de meu braço e se alojou nas minhas costas, me puxando pra perto. Meu corpo se chocou contra o seu devagar, e eu coloquei as mãos sobre seu ombro na tentativa de me afastar mais. Não deu certo. – Viu, já tá bem mais quente.

— Eu não acredito que você fez isso. – estava lutando contra a vontade de sorrir. – Eu não posso voltar pra casa, o que eu vou fazer com essa roupa molhada?

— Vai tomar banho, é claro. Eu te empresto uma blusa.

— E o resto?

— É, o resto não tem jeito. – ele nem tentava esconder aquele sorriso descarado.

— Esse era seu plano o tempo todo, né? Compra vinis pra uma garota e depois joga ela no oceano. Clássico.

— Clássico? – Sasuke pendeu o rosto para o lado, simulando curiosidade. – Isso acontece muito com você, então?

— Dois de três encontros, eu diria.

— E eu achando que estava sendo original.

— Não. Foi uma boa tentativa, no entanto.

— Então acho que já podemos ir. – achei que com isso ele tiraria a mão de minhas costas e começaríamos a voltar. Não foi o que aconteceu.

Seu rosto estava próximo ao meu como nunca tinha estado antes, nem mesmo na noite dos tacos, e eu sentia meu sangue fervendo por baixo da pele. Foi como antes, mesmo que ele não estivesse fazendo nada, eu sabia que estava próximo de fazer alguma coisa. De me beijar. Soube disso quando percebi que queria que ele o fizesse.

Mas não pediria.

Como num estalar de dedos, lembrei da foto. Era assustador o quão fácil eu me perdia de meus objetivos quando estava com ele, mas por sorte, consegui lembrar antes que fosse tarde demais.

— Tenho uma coisa pra te perguntar. – me afastei, mas Sasuke não permitiu que fosse muito. – E te mostrar.

— Pois não?

— Está no carro. – olhei na direção da estrada, para o Mustangue estacionado. Minha expressão continuou séria e percebi que a expressão dele endureceu também.

Nunca quis ler pensamentos como naquele momento. Saímos do mar dando passos largos como astronautas andando na lua, e eu sacudi os cabelos na tentativa vã de secá-los. Naquela situação, o cabelo era o menor problema.

Sasuke puxou sua jaqueta da areia e a bateu para se livrar dos grãos, colocando sobre minhas costas. Olhei com dúvida.

— Você disse que estava gelada. – foi como um projeto de justificativa.

Subimos até o carro, pulando a pequena mureta de pedra. Sasuke esperou ao meu lado enquanto eu puxava minha bolsa e a abria.

A foto não estava lá. Tirei tudo que havia dentro – que já não era muito – e olhei perto do banco. Ela não estava em lugar nenhum.

— Sumiu. – sussurrei, tentando fazer sentido com aquilo.

— O que sumiu?

Eu não podia simplesmente dizer. Olhei pra Sasuke. Ele havia ficado ao meu lado a noite inteira e não parecia fazer ideia do que eu estava falando. Não tinha sido ele.

— Acho que esqueci em casa. – menti. Ele não pareceu perceber.

Não sabia como ou quando, mas alguém ou alguma coisa havia pegado aquela fotografia quando eu não estava olhando. Um ladrão não deixaria meu celular pra trás e a única pessoa que sabia que eu estava na posse daquela foto era Hinata, e achei muito difícil ela dirigir até o meio do nada para pegá-la.

Algo estava errado. Tudo estava errado.

E eu cansei de esperar por respostas fáceis.


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