Viúva negra- Parte 1 escrita por Laura Araujo


Capítulo 11
Adam


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura amores!



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O homem levantou, furioso, e me deu um soco tão forte que cai no chão, e saiu. O tal jovem, assustado com minha atitude. Foi tentar me ajudar.

 

—Moça, você está bem?

 

—Vou ficar...

 

—Olhe para o seu rosto. Foi um soco em cheio. Aonde estava com a cabeça em me defender?

 

—Fiz o que tinha que fazer.

 

Nos olhamos de uma tal forma. Que não sei explicar.

 

—Fico te devendo essa. Posso leva lá ao seu aposento?

 

—Eu sou uma escrava. Não tenho essas coisas não. Mas pode me levar até o corredor do quarto do meu irmão.

 

—Com prazer. Qual o seu nome?

 

—Viúva. Todos me chamam assim.

 

—Eu me chamo Adam.

 

Fomos conversando até a porta do quarto do meu irmão.

 

No dia seguinte, fiquei me esquivando do capitão. Mas não adiantou, ele me viu e percebeu que eu estava estranha. Quando levantou meu rosto a força, viu meu olho roxo e em volta minha pele estava bastante irritada.

 

Quem fez isso?— perguntava, indignado.

 

Eu não dizia nada.

 

—Vou perguntar mais uma vez; Quem fez isso!?

 

Eu não falei. Apenas esquivei levemente o olhar para a direção de um tripulante qualquer. Ele me empurrou, foi até o homem e, sem ele ao menos se defender, o capitão o espancou.

 

Observei tudo de longe. Inclusive os movimentos que o capitão fazia.

 

O verdadeiro culpado estava assistindo aquela cena violenta e injusta, mas nada falou. O que apanhou, sabia muitíssimo bem quem era o culpado. E logicamente, não deixaria isso impune.

 

Daquele dia em diante, a desordem se instalou no navio, um desconfiava do outro. Era a hora perfeita.

 

Adam ficou muito encantado comigo. E eu com ele,confesso. Aquele era o último dia dele no navio.

 

—Ficarei a madrugada e uma parte da manhã na feira do porto.

 

—O que é feira? 

 

—Comércio popular ao livre. Sempre fica cheio de gente. Bom, jovem moça de cabelos longod dourados, preciso ir. Foi um prazer lhe conhecer.

 

Fazia dias que eu não via meu irmão. Naquela mesma noite, último dia do navio no porto. Fui para o gabinete. Sendo que daquela vez foi diferente. Ele sentou na cadeira. E eu subi em cima dele, e pela primeira vez ele me ouviu falar. E ficou espantado.

 

—Bela madrugada capitão.

 

—Você fala! pensei que era muda.

 

—Só falo quando é necessário.

 

—Que bela voz... Que doce voz...

 

Vi uma pequena faca na mesa, enquanto beijava o seu rosto,me estiquei e peguei .

 

—Tenho certeza que nunca se esquecerá dessa madrugada...

 

Com a faca, rasguei o rosto dele. E pegou em cheio o olho direito.

 

DESGRAÇADA!

 

Ele me empurrou e veio com tudo em cima de mim. Peguei a faca e cravei na perna dele, e saí correndo.

 

Fui direto pro quarto do meu irmão

 

—ABRAHAM! Vem comigo.

 

—O que houve irmã?  Por que está machucada?

 

—Te explico no caminho. Vem!

 

Peguei uma coberta,caso precisasse.

 

Quando saí do quarto. Já estava amanhecendo, os homens do navio estavam me procurando. E o capitão, mancando e cego de um olho, gritou bem alto

 

—VIÚVA!!!

 

Saí correndo puxando o Abraham desesperada para o porto. Um deles quase conseguiu me pegar. Mas joguei um barril de cerveja para atrasa lo. E consegui. 

 

Descendo a rampa do navio, assustada, me deparei com uma multidão. Quando olhei para trás, tinha basicamente 20 homens correndo na minha direção. E o capitão no meio da rampa, me encarando. Consegui entender suas palavras:  "isso não vai ficar assim, viúva, eu vou te achar". Virei me e continuei correndo desesperada. Estava confusa, não sabia para onde ir até que esbarrei em um homem.

 

Viúva?

 

Adam?

 

O que faz aqui? Pensei que não pudia sair do navio.

 

Por favor me ajuda.

 

Adam olhou pro navio e viu aqueles homens vindo.

 

Tabom, vem, se esconde aqui.

 

Fim do flashback

 

Karen nota a feição estranha de Joseph.

 

—Está tudo bem?

 

—Sim... Já está de noite.

 

—Sim...

 

—Amanhã nos encontramos aqui de novo. E você continua contando o seu passado.

 

—E... Joseph, eu...

 

—Não diga nada. É muita informação para mim ok? Você. Você foi escrava durante 2 anos quase matou um capitão é ainda tem esse tal de Ada... Perai, esse Adam, é o mesmo Adam que é foi o seu chefe?

 

—Sim.

 

Joseph passa a mão no rosto é respira fundo.

 

—Ok... Vamos, vou te levar em casa.

 

Quando chegam no corredor do apartamento de Karen, ela, se sentindo mal. Tenta se justificar.

 

—Joseph. Eu não deveria ter feito isso. Estamos confusos, contar meu passado só vai piorar tudo.

 

—Está enganada. Isso vai esclarecer tudo. Quando contamos o nosso passado. E sinal de que estamos demonstrando confiança um no outro. E quem ama, confia.

 

Karen ficou constragida e logo suas bochechas ficaram vermelhas.

 

—Está vermelha meu bem?

 

—"Meu bem?"

 

—Sim. Você é meu bem mais precioso. Pode me dar um abraço de despedida?

 

—Aham.

 

Os dois se abraçam tão intensamente. Um abraço que levou 11 anos para se realizar. Karen, se lembra dos momentos que teve com Joseph e o que passou durante o tempo que achava que estava morto. E não contém as lágrimas.

 

E ele, lembra do sacrifício que fez para encontrar a assassina do seu melhor amigo. Mas nunca ia imaginar que ela, era o amor da vida dele. Que ele achava que tinha morrido.

 

Quando os dois terminam de se abraçar. Joseph observa as reações de Karen.

 

—Karen, você mudou tanto.

 

—É, eu sei.

 

—Bom. Preciso ir. Boa noite.

 

—Boa noite.

 

Joseph se afasta um pouco. Indo em direção ao elevador. E karen, na porta de seu apartamento observando o.

 

—Ah! Karen, esqueci de dizer algo. Nunca perca sua essência.

 

Karen, ao ouvir aquilo. Fica pensativa.

 

—Tchau!  Até amanhã.

 

—Até amanhã Joseph...

 

Karen entra no seu apartamento, refletindo na frase de Joseph. Cuja a qual causou um grande impacto nela.


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Notas finais do capítulo

Gostaria muitíssimo que vocês deixassem seus comentários, sugestões e opiniões!
Bjs



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