Viúva negra- Parte 1 escrita por Laura Araujo


Capítulo 12
Treinamento


Notas iniciais do capítulo

Músicas do capítulo; Ela une todas as coisas- Jorge Vercillo/ Alex clare-too close
Bom galera peço desculpas pelo atraso. Tive uns problemas técnicos.



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Abraham saí da cozinha e vê Karen estatelada na porta. Com olhar distante.
—Karen? Kareeen?
—Oi! O que foi?
—Nada. Só você aí escorada na porta olhando pro horizonte.
—Me. Me desculpe, hoje foi um dia e tanto!—diz entusiasmada.
—Hum. Que bom para você!—Afirma sendo irônico. E senta no sofá dando de ombros.
—Está tudo bem?
—Não, não está.
—Ainda é aquela jovem?
—Não é só ela... E a falta dela .
Karen se assenta no sofá,a direita de Abraham.
—Karen estou a 2 meses sem me relacionar com ninguém! Sabe o que é isso irmã? 2 meses! Sem nenhuma garota! E a Luzia? Ela nem me olha! Eu sou um idiota mesmo.
—Ela te olha sim. E deve estar doida para falar com você. Ela só está fazendo isso para você gostar cada vez mais dela. E quando te-la,irá valorizar cada minuto. Tente mais uma vez, seje o mais romântico que puder. Se ela bancar a difícil, o que eu acho improvável, desista. Fechado?
—Ok. Fechado.
Amanhece, Abraham vai para a faculdade, quando chega no corredor, vê Luzia e se esconde. Observando a, vê um grupo de meninas se aproximando. E, para o seu azar, já tinha se deitado com todas. Essas meninas vão até Luzia.
Olha quem está aqui, se não é a suburbana.
Luzia a ignora, acreditava que fazendo aquilo elas iriam embora.
—Fiquei sabendo que Abraham anda correndo atrás de você...
Luzia continua ignorando.
—Quer um concelho? Desista! Isso não vai durar muito, ele vai se enjoar de você e vai voltar pra mim. Porquê só eu faço as loucuras que ele gosta.E você não tem nem chance comparada a mim—Ria de deboche.
Luzia bate a porta de seu armário.
—Isso é o que veremos.
Ela saí esbarrando nessa tal jovem e nas suas amigas. E, segurando as lágrimas, vai para o laboratório.
Ao chegar la, começa a chorar, logo vê uma rosa em cima do balcão, bem no local onde costuma se sentar. Ela pega a rosa, Abraham vem logo atrás dela.
—Você está em todas as coisas,
Não sei como explicar
Você está em todas as coisas,
Até no vazio que me dá
Quando vejo a tarde cair
E você não está ao meu lado
Talvez você saiba de cor
Tudo que eu preciso sentir
Você é uma pedra preciosa de olhar
Você só precisa existir
Para me completar.
Luzia,com a rosa na mão ouviu tudo o que Abraham disse e não conteve as lágrimas.
—Luzia, me perdoa?
—Pelo o que?
—Por isso.
Abraham se aproxima e a beija intensamente, empurrando a até o balcão. Durante o beijo,que dura alguns minutos ,as lágrimas de Luzia não param de sair. Luzia sede totalmente ao beijo e, derrepente, Abraham se afasta e demonstra está confuso e arrependido.
—Desculpe, eu... Eu não deveria. Não foi assim que planejei. Eu. Eu preciso ir.
Abraham saí. Ofegante, Luzia nem consegue responder.
Enquanto isso, Karen no seu quarto, recebe uma ligação.
—Alô?
—Karen.
—Joseph?
—Sim.
—Não me lembro de ter lhe dado meu número.
—Quando eu estava te investigando, descobri seu número de telefone. Isso tudo, claro, antes de ficar completamente apaixonado por você. E meses depois descobrir que você era o meu grande amor que tinha desaparecido há 11 anos.
—isso é verdade?
—Sim! Você não lembra de como te olhava? Quando estávamos presos, como cuidei de você. ..
—Eu não lembro Joseph...
—Ah... Eu tinha me esquecido disso. Me desculpe. Eu...
—Tudo bem. Você parece estar bem intusiasmado.
Sim,estou. E peço novamente desculpas, dessa vez por ontem, foi uma avalanche de informação. Era difícil manter o bom humor.
—Eu compreendo.
—Gostaria de saber mais sobre você, e o que aconteceu.
—Jura?—Pergunta com um largo sorriso no rosto.
—Sim, será que poderíamos nos encontrar no mesmo lugar e no mesmo horário? Tenho muito o que ouvir e o que contar.
—Sim, podemos.
—Então até as 13h.
—Até.
Karen saí andando pelo quarto desesperada.
—Aí meu Deus, com que roupa eu vou!
Na faculdade, Abraham andando tão apressado que esbararra em seu colega.
—Ou! Abraham! Ta indo aonde com essa preça toda?
—Eu fiz uma besteira
—Engravidou uma mina?
—Não cara, não é esse tipo de besteira.
—Tabom. Vamos ali na lanchonete e você me conta melhor.
—Ok.
Karen, chegando na praia. Ansiosa como nunca, avista Joseph no mesmo lugar que no dia anterior.
—Joseph?
Ele olha e vai até ela, e da um beijo na testa.
—Vamos nos sentar no calçadão? Apreciando essa linda recordação que temos de nosso lar.
—O mar?
—Sim.
Eles se sentam no calçadão e Karen respira fundo
—Eu que continuo?
—Sim.
—Bom... Vamos lá.
Flashbacks on
Eu e Abraham nos escondemos em baixo de uma bancada, da tenda que Adam estava comercializando. Quando os tripulantes chegaram, foi direto falar com ele.
—Cadê a garota?
—Que garota?
Um deles se irritou e segurou Adam pelo terno, deu pra ouvir suas pernas batendo na tenda causada pelo empurrão.
—Onde ela está?
—Eu. Eu não sei.
—Se você não dizer. Nunca mais irá falar na vida.
—Ela foi naquela direção!
Todos os homens foram na direção contraria aonde eu realmente estava.
—Está tudo bem?
—Sim.
—Vamos. Não temos muito tempo.
Fomos para um lugar pouco movimentado. Mas perto do porto. Era uma casa velha e suja, quando vi aquilo, pensei: ótimo! Saí de um lugar ruim e vim parar num pior.
—Viúva, vou te deixar aqui até pegar meu carro, logo venho e te pego.
—Tabom.
—Não demoro.
Ele saiu. Eu e Abraham ficamos lá sozinho. Eu me abaixei e falei com Abraham.
—Você está bem?
—Si hermana— disse baixinho.
—Vai ficar tudo bem. Prometo.
Dei um beijo e abracei ele. Senti o pânico que meu irmãozinho tava passando. Fiquei ali abraçada com ele por uns minutos. Logo depois Adam chegou.
—Viúva? Vamos, vou te levar para um lugar decente.
Cheguei num acampamento que parceria um condómino de luxo. Quem passava por ali, não fazia a menor ideia do que aquele lugar realmente era.
—Esse é seu quarto, tem duas camas, banheiro com água quente é uma estante cheia de livros sobre ciências humanas .Já que me disse que Abraham gosta desses livros. Lá na frente é o refeitório, onde haverá 4 refeições por dia. Dentro do seu quarto tem roupas limpas para você e seu irmão. Tome um banho, se alimente e se arrume, preciso de você na ala D em 30 minutos.
—Aonde fica a ala D?
—Tem placas no refeitório que irá te guiar.
Balancei a cabeça como ato de confirmação.
—Ah, só mais uma coisa. Qual é seu nome ? Eu sei que te chamam de viúva mas, sei que tem um nome.
—Karen.
—Karen? É um nome muito lindo. Não se encontra todo dia uma índia com esse nome.
Nos olhamos por um tempo. Era impressionante como eu me pegava olhando para ele. E ele para mim.
—Bom. Te aguardo em 30 minutos.
Fui para o quarto, dei banho no Abraham e tomei um bom banho. Prendi meu cabelo e confesso que me assustei com as roupas que ele deixou. As do Abraham era igual a que ele usava, sendo que novinha. E a minha era um macacão preto que de primeira eu detestei. Mas tive que usar. Comemos e logo fui para a ala D. Quando cheguei lá tinha um monte de mulheres igual a mim. Não igual relacionado há vida. Mas igual na aparência. Todas eram brancas, baixas, magras, loiras e dos olhos azuis. Com exceção de uma, Luciana, ela tinha os cabelos castanhos curtos, olhos verdes e bem alta, completamente diferente das outras. Quando eu entrei na sala, ela foi a primeira a me olhar. Um olhar frio, e escuro, não tinha brilho nela.
—Seja bem vinda! —Dizia Adam— Estas serão suas novas parceiras! Meninas, essa é Karen.... Karen?
—González. Karen González.
—Karen González! Essa é sua nova equipe.
—Olá.
Todas as meninas olharam séria. E nenhuma me disse nada.
—Aquela moça alta de cabelos castanhos e a Luciana Bianch. Sua treinadora.
—Treinadora? Treinadora de que?
—Ah! Esqueci de falar. Que péssimo anfitrião eu sou. Karen! Bem vindas ao grupo de Viúvas Negras.


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Notas finais do capítulo

Garanto que postarei o proxímo capítulo rapidinho. E ele ta fervendo! rs



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