Opostos Equivalentes escrita por nina heilige


Capítulo 8
Tatuagens




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Estou concentrado na forma como Nina canta deitada em meus braços pra perceber qualquer movimento a nossa volta. Estamos deitados na cama de casal do seu quarto enquanto eu olho pro seu guarda-roupa e ela fica de olhos fechados. Meus braços rodeiam seu corpo e ela acaricia levemente meu quadril com o dedão.

— É tão singular
O jeito que me observa acordar
E meu cabelo não parece te assustar
Você, incrivelmente, não se importa
Se eu te chutar a noite inteira

Ela canta de forma leve e eu sorrio esperando o próximo verso

— É singular
Tua vergonha e tua forma de pensar
O teu abraço que me enlaça devagar
Enfeita todos os meus dias e horas

— É tão particular o meu encontro quando é com você
O meu sorriso quando tem o teu pra acompanhar
As minhas histórias quando você para pra escutar
A minha vida quando tenho alguém pra chamar
De vida

— eu amo ouvir você cantar morena. – sorrio pra ela e a ouço rir.

— eu gosto de cantar, e odeio quando fico doente e minha voz sai horrível.

— eu sei disso. – rio.- quando você ta doente ate você falando é horrível. – ela se senta na cama me olhando com a boca ligeiramente aberta enquanto eu rio. Ela me da um tapa e eu gargalho olhando seu rosto.

—idiota! Não é tão ruim assim.

— é sim! – eu afirmo rindo.

— vai a merda, vai.

— que agressiva. – beijo seu cabelo quando volta a se deitar.

— Não é sobre ter
Todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar
Alguém zela por ti – canto baixinho e ela se aconchega mais em mim

— eu amo essa música.

—eu sei disso. – sorrio.

— sabe uma outra coisa que eu gosto?

— não, o que?

— suas tatuagens. – ela ergue o rosto e sorri pra mim mas volta a sua atenção pro meu braço. – eu sou apaixonada por todas elas. – ela passa a mão por meu braço tocando em cada tatuagem. Minha coruja, o símbolo do Batman, meu corvo em cima de uma caveira com uma rosa na mão, meu pequeno floco de neve no pulso e a flor na minha mão. – e te apoio se quiser fazer uma com meu nome. – rio

—nem pensar, e se a gente se afastar? Vou ficar com seu nome no meu corpo pra me lembrar de ti.

— se a gente se afastar você pode colocar outro desenho no lugar, simples assim.

— vou pensar no seu caso.

—pensa com carinho. – ela sorri e beija meu queixo. – sabe, eu vejo com o alargador mas nunca mais eu vi com o piercing de lábio.

— ah, eu deixo em casa, me esqueço de colocar.

— coloca pra mim? – ela me olha fazendo biquinho. – eu gosto de olhar. – rio olhando pra ela.

— ta bom, eu coloco. – beijo seu nariz. – nunca pensei que alguém fosse me implorar por isso.

— e te imploram pra que? – olho ela e sorrio malicioso. – okay, não quero nem saber. – ela ri. – safado!

— eu? Quem perguntou foi tu.

— quem mencionou foi você. – Nina revira os olhos e eu a puxo pros meus braços outra vez. – nem precisava dizer alguma coisa.

—eu diria so pra te deixar com vergonha.

— aeh, porque eu fico com muita vergonha falando sobre sexo. – ela revira os olhos e eu fico rindo da cara dela.


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