Por minha causa... escrita por Rosalie Fleur Bryce


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Lumos.
O LINK DO TRAILER DESSA FIC É A PRIMEIRA PALAVRA DESSE CAPÍTULO.

Desculpa. Sorry. Perdón. Só sei nessas línguas, sou burra. Enfim gente, mil desculpas por ter demorado a postar, mas hoje foi meu provão e temos capítulo novo!!! E o próximo vai vir em menos de cinco dias... um pedido de desculpas, kkkk. Quero agradecer a Cni, que deixou um comentário, muito obrigada, amore!!



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Tentei evitar ao máximo o ocorrido. Ethan e Juliana perceberam que adquiri um jeito diferente, porque isso realmente aconteceu — André também perguntou se estava tudo bem, mas acabou aceitando meu falso “sim”. Comecei a andar mais atenta pelos corredores, a olhar certo meninos sob outras luzes. Até mesmo de Ethan acabei me distanciando, e tudo que ele tem feito, na verdade, é preocupar-se comigo e me respeitar quando peço espaço ou tempo.

Ontem chorei na frente dele, que obviamente alarmou-se demais, mas quando eu disse que não queria falar sobre nada, ele simplesmente aceitou, calado, me deu um beijo na testa e foi dormir.

Hoje o dia amanheceu claro; o céu branco. Olho pela minha janela e o gramado encontra-se enfestado de folhas marrons, alaranjadas e amarelas. O zelador da escola varre o excesso dessas folhas e as joga num balde, que arrota de bom grado.

De repente, uma sineta muito escandalosa começa a tocar. Minhas “amigas” acordam, ainda desnorteadas, e ficam perguntando o que está acontecendo. Uma espécie de alto-falante em forma de lírio grudado no canto da parede do quarto não para de berrar a frase: "todos para o pátio central, dividam-se por anos. Agora! Agora!"

Os monitores batem nas portas, nos acordando. Ainda estou de pijama, que compõe-se de um short com uma blusa branca, nunca gostei de dormir de calças, e por mais que esteja frio aqui em Hogwarts, essa última noite foi bem abafada.

— Onde está André? — pergunto a Juliana quando a encontro nas escadas, tento não demorar muito os olhos na sua blusa E calça do pijama todas estampadas com símbolos da Corvinal, além da pantufa azul, mas não posso simplesmente dizer que isso é normal.

— Dormindo, claro — ela gira os olhos. — Você não sabe, eu...

— Vem, Juli — Lilá Brown, minha colega de quarto, grita escandalosa e animada, enquanto arrasta Juliana escada abaixo. Acabo ficando para trás e espero a escada terminar de se mexer para continuar andando.

— O que está havendo? — ouço Rony perguntar. Ele, Hermione, Gina e Harry estão mais à frente.  

— Com certeza é um alarme de ataque falso. — uma das duas diz. Depois disso suas vozes vão ficando mais baixas e só escuto Hermione dizendo algo sobre uma página 327.

Sete filas são formadas são formadas no pátio central. Estou na quinta. Os murmúrios e cochichos estão incessáveis, todos querem saber o que acontecerá. Depois de quase dez minutos, Profª Minerva, Severo e a Profª Lamartine aparecem e se colocam de frente para os alunos, que, aos poucos, vão aquietando-se e mandando seus colegas fazerem o mesmo.

— Bom-dia — Dumbledore começa. —, sei que essa não é a maneira mais agradável de se começar o dia, mas eu e a professora Lamartine achamos que estamos em boa hora para treinarmos vocês para um possível ataque. À luz dos recentes acontecimentos, toda forma de proteção, defesa ou, em último caso, ataque, é necessária e importante. Agora, vamos instruí-los a fazer o correto em casos extremos. Dou a palavra à Professora Lamartine.

Com um discreto cumprimento com a cabeça, Dumbledore e Lamartine trocam de lugar. Ela está com trajes longos, porém leves; um vestido verde-desbotado bem solto que vai até o chão. Um cinto com pedrinhas de esmeralda marca sua fina cintura. E as mangas são de um tecido que imita algo como correntes de ferro no mesmo pigmento do vestido.

— Obrigada, diretor — ela sorri. — Bem, alunos do primeiro e segundo ano, quando um alarme como esse tocar — com um gesto com a varinha, uma sirene muito incômoda soa pelo pátio inteiro. —, vocês tem que até suas salas comunais. Nessas últimas férias, nós instalamos tobogãs de emergência debaixo da lareira de cada sala comunal. Para entrar nesse túnel, vocês tem que falar uma senha que será dada pelo alarme. No mesmo instante em que ouvirem essa sirene, vocês descerão por esse tobogã.

— Que porcaria — ouço alguém cochichar, olho para trás e Draco Malfoy está rindo com seus amigos. Ele não percebe, mas acabo perdendo a compostura ao me lembrar da última vez em que o vi.

— Quinto ano — a voz da professora soa sóbria e me traz de volta ao seu discurso sobre o que fazer em caso de ataque inimigo, como se todos fossem agir com calma desse jeito. É engraçado a escola ser tão bem preparada para ataques das trevas, mas não ter controle dos garotos mal intencionados. — Vocês são os responsáveis por verificar se tem algum aluno perdido por Hogwarts. Se alguém estiver preso no banheiro, na biblioteca, se alguém estiver machucado... Enfim, vocês farão praticamente um pente fino pela escola inteira, menos nas salas comunais. Quero total concentração, ninguém pode ser deixado para trás. Ninguém mesmo. E quando acabarem de vasculhar Hogwarts, o que vão fazer?

— Vem, vamos — novamente, olho por cima do meu ombro e vejo Draco fugindo, acompanhado de Goyle e do outro menino mais alto, que não sei o nome. Não quero nem pensar no tamanho da bronca que levarão se forem pegos.

— No mesmo momento que vocês ouvirem os alarmes, se colocarão em volta do perímetro de Hogwarts o mais rápido possível. Quinto e sexto anos irão cercar Hogwarts, enquanto o sétimo se colocará na entrada da escola.

— Não! Droga! — um berro cochichado vem do corredor. — Que inútil, Goyle. — é a voz arrastada de Draco. Sei que devo ficar na fila e assistir ao sermão de como sobreviver. Na verdade, não estou prestando tanta atenção. Bem, Lorde Voldemort não é minha principal preocupação no momento, mas sim o garoto que me encara na fila ao lado.

Charlie.

Como se nada bastasse, ele me avalia de cima a baixo. Meus pés, agora frios por causa do chão de pedra, fraquejam e vão recuando aos poucos. Charlie desvia o olhar por um momento e corro.

Estalando os pés delicadamente no chão gelado, caminho rapidamente até a Torre da Grifinória. Viro à esquerda, porém outro cochicho debochado vem da direita. Paro por um momento e então, hesitando, atravesso o corredor e vou no sentindo oposto à minha trajetória inicial.

— Mas você é um inútil mesmo — rio com a entonação de Malfoy. Paro na esquina e me inclino para espiar o acontecimento. Os três conseguiram derrubar um enorme vaso de planta. Mas conheço essa espécie, a estudei há alguns meses e quase reprovei por causa dela. Não é uma planta qualquer, é de grande porte e com vários caules verdinhos com uma espécie de patinha com penugens na ponta.

Crabbe está a ponto de tocar no caule quando grito.

— Não toca!

Os três se assustam e Malfoy até aponta sua varinha para mim.

— Que está fazendo aqui? — o mais gordinho pergunta.

— Impedindo que você morra devorado por esse negócio — corro até eles e, com a varinha, reestruturo a planta e a coloco no seu vaso. — Uma mutação da Drosera Capensis — informo. — É venenosa e carnívora. — eles finalmente entendem.

Ainda não tive tempo para analisar Draco, mas pela mudez, me parece estar bem impressionado, ou talvez esteja só irritado.

— Algum de vocês tocou nela? — me viro e eles se assustam com o movimento repentino. Nenhum responde, porém, pela expressão de Draco já posso concluir. — Vem, entra aqui, rápido. — abro a porta da sala mais próxima e adentro nesta.

— Por que acha que vou deixar você mexer no meu braço? — Draco diz, mas não dou muita importância. Continuo arrumando uma mesa. — Eu disse que não precisa, novata. — ele responde, ríspido e arrogante.

— A novata quer te ajudar — finjo que Draco não foi mal-educado e dou um sorriso que diz: você sabe que está precisando da minha ajuda e esse treco inchado está doendo. Mas ele não cede, continua sério e arranca meu sorriso. — O.k., vai para a ala hospitalar e faça a Sonserina perder uns vinte pontos. — começo a recolher os materiais que dispus pela mesa vaga no meio da sala vazia.

— Não, calma — ele perde a compostura e até tira as mãos de dentro dos bolsos da sua calça provavelmente feita sob medida num alfaiate de gente nobre. Draco olha para os lados, checando se não tem ninguém por perto, então finalmente entra, tranca a porta e abaixa a persiana que cobre a janelinha, deixando seus amigos para o lado de fora.

Permaneço calada e com a cara fechada. Me sento, mal-humorada. É incrível como Malfoy consegue ser tão idiota quando tento ser o mais simpática possível. Não foi à toa que Roy e Hermione me avisaram sobre ele.

— Põe a mão aqui — digo enquanto, com um feitiço não-verbal, deixo uma bolinha de luz bem em cima de nós dois, só para eu conseguir enxergar melhor. — Essa planta deposita um veneno vivo na sua corrente sanguínea. O veneno se desenvolve no seu fígado e então se espalha até te deixar com febre — vou dizendo enquanto analiso a ferida localizada entre o seu polegar e os outros dedos. — Depois da febre, ela começa a te imobilizar por inteiro. Começa a mastigar os músculos do seu coração e então te mata.

Passo um algodão com álcool na ferida, ela é como uma grande espinha vermelha e inflamada. Devido à reação de Malfoy, que contrai as mandíbulas e tenta não deixar transparecer a dor, percebo que está ardendo.

— Daqui a pouco você se acostuma, não fica tão ruim — umedeço um pano de água e repito o que fiz com o algodão molhado no álcool.

— Como se essa dor fosse insuportável. — solta ele, arrogante.

Rio, sarcástica, da fala de Malfoy, que sempre busca dizer o possível para se passar como o fortão ou O Homem.

— Vai doer agora — aviso, ponho cada dedo de um lado da ferida e aperto como se fosse espremer uma espinha.

— Argh — quase rio do barulho que Draco deixa escapar. Aperto com mais força e um líquido branco pastoso começa a sair da mão do garoto.

— Já está acabando — digo com um pouquinho de dó, sei como dói.

— Isso não é dor — seu jeito insolente me irrita demais. Faço uma força exagerada e toda a pasta branca sai de uma vez só. — Bryce, que merda! — ele grita e soca a mesa.

— Isso já é dor? — o olho de canto de olho e ele entende o que eu quis dizer. — Como sabe meu nome?

— Sua blusa.

Olho para baixo e lembro que meu sobrenome está bordado no bolso da blusa do meu pijama. Logo arrumo o decote da camiseta e foco meu olhar na ferida, fingindo que meu decote não deixou nada demais amostra.

— Desculpa, eu não queria olhar — ele diz num tom encabulado ou desconfortável. Até me impressiono com tamanha educação vinda de Draco Malfoy.

— Tudo bem — passo mais álcool e Draco cerra os punhos. Ficamos em silêncio e nosso olhos finalmente se encontram quando termino de assoprar a picada. Malfoy abaixa o olhar rapidamente, até parece que tem medo de mim. — Malfoy e-eu... Só queria dizer obrigada.

Já espero que ele não saiba pelo o que estou agradecendo, mas ficar cabisbaixo já me garante que ele lembra muito bem daquela noite e do que ele realmente fez.

— Eu n-não, n-n...

— Eu não fiz nada — interrompe-me ele. — E se isso virar uma confusão maior, não ouse me colocar no meio disso.

— Tudo bem, mas você já está no meio disso...

— Claro, e já se passaram três semanas, você vai fazer algo a respeito de um garoto qualquer te beijando? O que um não quer, dois não fazem, novata.

Seu tom me desafia e fico sem o que falar. Uma vontade imensa de chorar me domina, porque Charlie não estava só me beijando. Simplesmente não estava. É tão cruel o que Draco diz, que penso seriamente em cortar sua mão fora.

— O.k. — finjo me conformar e me levanto, escondendo meu rosto para enxugar as lágrimas. — Lave muito bem essa coisa e me encontre aqui amanhã. — digo, ainda de costas para ele.

— Eu não...

— Eu não pedi, eu mandei. Esse negócio é sério e não vou perder outra pessoa para essa planta, por mais ignorante que essa pessoa seja. Estou te ajudando, deixa de ser estúpido. — Agora ele se cala e me observa, com ódio, andar até a saída. — Malcriado — murmuro, mas não sei se Malfoy ouve. Ultrapasso o batente e fecho a porta com força, fazendo os vidros da mesma tremerem.

— Senhorita Bryce?

Abro a porta do meu dormitório. O diretor, Alvo Dumbledore, está bem na minha frente. E nem arrumada estou; trajo uma enorme calça de moletom, que deve ser uns dois tamanhos maiores que o meu, um blusão igualmente maior que eu e pantufas.

— Professor? — gaguejo, tentando, de alguma forma, domar meu cabelo recém-seco naturalmente. — Nossa, eu não sabia que o senhor vinha, me desculpe pelo meu estado. Hm... pode entrar, à vontade. — abro mais a porta e lhe dou passagem.

— Imagina, querida — ele ri, seus olhos quase se fecham por trás do oclinhos de meia-lua. — Foi rude da minha parte não ter te avisado, mas eu precisava vir e te explicar os detalhes do acontecimento do dia dezesseis.

Dia dezesseis. Simplesmente o pior dia da minha vida. Mas como ele sabe? Antes mesmo que Dumbledore adentre meu quarto, sinto minhas bochechas rosarem e muita vergonha.

— Ah, claro — engulo seco. — O que, exatamente, o senhor quer falar?

— Bem, eu jamais imaginei que isso poderia, em momento algum, acontecer bem diante dos meus olhos — admite ele, sentando-se num banquinho ao lado da janela. Os alaranjados raios do Sol se pondo iluminam sua longa barba branca e seus olhos azuis. Quase consigo identificar tamanho conhecimento aflorando do seu jeito de respirar. — Realmente, é muito complicado controlar o que acontece em Hogwarts inteira, principalmente nos banheiros, que, confesso meu erro, são muito pouco vigiados.

Não digo nada, sento, ereta, na minha cama e tento manter a postura. Ele realmente vai falar daquilo? 

— Eu já devia saber que isso poderia acontecer com uma garota como Gina.

— C-como? — minha cabeça se embaralha e acabo engasgando com minha própria saliva.

— Sim — afirma ele. — Vim para conversar sobre Ginevra Weasley, você a achou chorando no banheiro na noite do dia dezesseis.

Claro.

— Ah, s-sim...

— Passamos por um procedimento com Gina e fomos capazes de descobrir o que houve com ela. Aparentemente, algum tipo de força das trevas dominou o banheiro e... bem... — ele está com medo de dizer? — torturou ela.

— Como?

— Sim — ele bufa, frustrado. Depois se levanta e empeça a rondar pelo meu quarto. — Vimos sua memória e sim, ela foi terrivelmente torturada e machucada. Dementadores apareceram e por pouco não a levaram.

— Dementadores?

— Infelizmente sim. Agora ela está bem, garanto. Só achei que você deveria saber, uma vez que foi quem achou a Srta. Weasley. Mas, graças a Merlin, Gina está bem agora. Você a salvou, Srta. Bryce.

Alvo percebe que não digo nada. Me avalia por uns segundos e então respira fundo e fala:

— Srta. Bryce, me desculpe me intrometer, mas tive a leve impressão de que você não esperava que esse fosse nosso assunto. Há alguma coisa da qual não sei? Algo que aconteceu com a senhorita, em específico?

— Não, não — garanto com a maior certeza do mundo.  — Só estou chocada com a notícia. Nossa, eu... eu... nunca achei que algo assim poderia acontecer num lugar como este, como Hogwarts.

— Sim, eu sei. É lamentável. Mas bem, muito obrigado pelo seu tempo, Rosalie.

— Ah, claro, imagina — seu agradecimento me acorda de uns devaneios sobre aquela noite. Porque mais de duas coisas aconteceram, eu só não descobri a razão da terceira ainda. Quando me dou conta, o diretor já deixou meu quarto e fechou a porta. Lá fora, o Sol já se foi e estou no escuro. Me deito e fecho os olhos.

 

Noite do dia 16 de setembro

Por alguma razão, a festa de Hermione foi transferida para o campo de Quadribol. Minhas colegas de quarto ainda estão festejando. Claro, todos estão; ninguém tem efemeridades na vida. Eu, por outro lado, me encontro sentada na beira da minha cama, com edredons e lençóis já me cobrindo. Não faço nada, simplesmente estou aqui. Existindo. Olhando pela janela para o extenso gramado sendo iluminado por tochas.

Mas então algo se mexe e tira a paz e harmonia daquele jardim; uma espécie de vulto negro anda, apressado, pelo campo.

É claro que a curiosidade é despertada em mim. Me espicho e tento alcançar a borda da janela, onde posso me apoiar sem sair ou cair da cama. Cerro os olhos para tentar ver a pessoa, e consigo identificar um cabelo loiro-claro engordurado.

Draco Malfoy.

Depois de hoje, quero saber mais sobre ele. Afinal, foi quem, literalmente, me salvou. São duas horas da manhã e Malfoy está indo para o pátio, eu realmente quero saber o que está prestes a acontecer.

Calço minhas botas quentinhas e também visto meu casaco de frio. Cautelosa e atenta para ver se alguém me perceberá, desço as escadas e em dois minutos estou correndo até o pátio central. Tudo está deserto, gelado e escuro. Tento não fazer barulho.

Malfoy está atravessando calmamente o pátio quando, de repente, um armário surge na frente do garoto.

— Que droga é essa? — Draco murmura num susto. Mas sem pensar duas vezes, abre o armário.

Alguns segundos de silêncio dominam o pátio, e então uma pessoa surge do escuro armário. Com sapatos bem polidos, capa negra longa, uma bengala grafite com detalhes em rubi, jade e ouro na ponta, cabelos longos e brancos, olhos cinzentos e face fria, me parece uma cópia mais velha de Malfoy.

— Você não é meu pai... — Draco balbucia, seus joelhos fraquejando e sua postura orgulhosa simplesmente desapareceu. — você não... não...

— Ridikullus! — uma voz grossa ecoa como um trovão pelo pátio na noite silenciosa, e na mesma hora, aquele homem vira uma bexiga esvaziando enquanto voa em ziguezague pelo ar.

Olho para o lado e o professor Severo vem correndo até Draco.

— Um bicho papão? — Draco pergunta, indignado, ao ver o Severo.

— O que faz acordado, Sr. Malfoy? — pergunta o professor, quase sem mexer os lábios.

— Não é da sua conta! — Draco grita, desrespeitoso. E sai andando com a cabeça erguida. Severo mexe sua varinha e o armário desaparece, dá uma última olhada para os lados e corre apressado com sua negra capa esvoaçante dando a impressão de que ele voa ao invés de andar.

Estou com os pés em degraus diferentes da escada, recuo um passo, mas meu braço encosta na parede e move um quadro de um senhor dorminhoco. A moldura range ao encontrar-se com a parede e Malfoy rapidamente olha na minha direção. Mas estou no escuro, ele não consegue me ver. Até tenta enxergar algo, como se tivesse tido o pressentimento de que vê algo, porém desvia o olhar e toma o caminho para a sala comunal da Sonserina.


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Notas finais do capítulo

E AÍ??? O que estão achando??? Me contem nos comentários, pleaseeeee!!! Muito obrigada aos que estão acompanhando até aqui, e se você é novo, seja muito bem-vindo(a). Ah, e queria dizer que minhas orações estão com todos os envolvidos no ataque lá na Inglaterra, :( :( muito triste. Mas bem, espero que eu tenha deixado vocês um pouquinho mais felizes com esse capítulo, um beijo com cheiro de unicórnios, Arnaldos, e até a próxima...