Por minha causa... escrita por Rosalie Fleur Bryce


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Lumos.
Arrrnallldoss, estoy de volta!! Juro que estou tentando postar com a maior frequência possível, é que maio tá sendo um mês doido.

Mas mto obrigada a ~brunnadamasceno, que deixou um comentário e favoritou, e a ~StydiaMalfoy, que favoritou! Me deixaram muitooo feliz!!!!! Sério mesmo!
Agora vamos ao capítulo, kkkk.



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Finalmente domingo chega. Acordo bem cedo para ir até o corujal e enviar cartas para a minha família, tenho dó da corujinha que escolho, ela parece tão bem aconchegada no seu soninho. Para me redimir, lhe dou pedacinhos de bacon que roubei da mesa do café da manhã.

Duas garotas estão servindo chocolate quente lá na sala comunal da Grifinória, pego uma caneca, visto meu sobretudo amarelo, que minha avó me deu de aniversário, e começo a andar por Hogwarts.

É tudo tão lindo e mágico aqui, desde os quadros falantes até um fantasma meio estranho que passa voando em rajada e gargalhando pelos corredores. Desço essas infinitas escadas que se mexem e quase sempre caio ou perco o equilíbrio quando uma delas dá um solavanco.

Minhas mãos estão muito geladas e me arrependo de não ter pego luvas quando fui até a sala comunal. Finalmente chego até o pátio central, que, por sinal, encontra-se totalmente deserto. Exceto por dois seres humanos, com parafusos a menos na cabeça, jogando xadrez.

Não tenho a intenção de ir falar com eles, na verdade, só quero andar um pouco e ir até um lago bem distante. Porém, ao me aproximar, vejo que os dois corajosos são Harry e Roy. Ambos percebem minha presença e acenam, dou um sorriso de volta e vou até eles.

— Oi — digo e vapor quente sai da minha boca.

— Oi, Rose — Harry diz. — Tudo bem?

— Tudo certo, não estão com frio? — eles riem, mas vejo a quantidade de roupas que estão usando, devem estar bem aquecidos. Além disso, reparo no cachecol vermelho de Roy, e minhas bochechas devem ficar quase do mesmo tom quando leio “Rony” tricotado em amarelo. Claro, Rosalie, você conseguiu errar o nome de uma das únicas pessoas que tem falado com você na escola inteira.

— Já estamos acostumados. Você não? — Rony pergunta.

— Não — admito numa risada. — O inverno lá no Brasil é o verão daqui. Então ainda congelo um pouco. — os dois riem de novo, Harry move um peão para a diagonal e toma o um cavalo de Rony.

— Ei — protesta Rony, ficando sério. — Quer jogar uma partida? — me pergunta.

— Melhor não — tremo de frio e aconchego minhas mãos nos bolsos do casaco. — Vocês seriam humilhados pela minha destreza no xadrez. — Eles riem de volta e vou me afastando aos poucos. — Vou indo, gente. Tchau.

— Tchau — dizem em uníssono, e tomo meu caminho até o lago.

Tudo está bem deserto, mas gosto disso. Nunca tive muita calmaria lá no Brasil, quero dizer, as coisas lá são bem agitadas, sempre na correria e o calor deixa tudo mais alvoroçado. Estou sentada num banco em frente ao lago quando ouço passos. Olho para trás e é Gina que vem vindo com seu maravilhoso cabelo ruivo.

— Bom-dia — digo e mais fumaça quente se encontra com o ar frio.

— Bom-dia — Gina diz com uma voz engraçada e brincalhona. — Acordou cedo hoje, hein?

— Já passa do meio do meio dia — informo porque conferi as horas no meu relógio de pulso há uns dez minutos.

— Vish — ela arregala os olhos como se estivesse encrencada, rio, mas então ela adquire um ar mais sério.

— Que foi? — não sei se temos intimidade para eu perguntar algo assim. O faço mais por educação, e até me impressiono quando Gina desacata a falar.

— Sabe a Mione? — ela senta-se ao meu lado, mas de pernas de índio.

— A Hermione? Que sempre está com Harry e Ro... Rony? — quase digo “Roy”.

— Isso, bem, hoje é aniversário dela. — também não sei se demonstro alguma reação diferente, continuo com a mesa cara. — E Harry e meu irmão simplesmente esqueceram... — ela gira os olhos.

— Nossa, não sabia que você tinha um irmão.

— Sim, Rony é meu irmão. Tenho seis irmãos — ri.

— Nossa — arregalo os olhos sem querer. Seis é muita coisa, eu, que só tenho uma, já perco a paciência às vezes. Imagina seis...

— Não, tudo bem, essa é a reação de todos. — deixo uma risada escapar e Gina sorri também. — Enfim, eles esqueceram e agora ela está bem mal.

— Hmm — murmuro, mexendo os pés para aquecê-los, senão provavelmente cairão da minha perna. — Por que não fazem uma festa surpresa? — sugiro.

— Como?

— Ah, hoje à noite, aí parece que eles estão fingindo que esqueceram, sabe? — uma vez esqueci o aniversário da Ju, então eu e André preparamos uma festa para pedirmos desculpas. Funcionou bem.

— Nossa, é uma boa ideia — o rosto dela se ilumina, como se fosse a melhor solução do mundo. — Valeu, Rose. Agora tenho que ir, tchau.

— Tchau.

— Ah, e você está totalmente convidada. — rimos e Gina sai correndo.

Fico aqui por mais um tempinho, escrevendo rascunhos para aquele poema que a professora Odette pediu, mas nada vem à minha mente, muito menos ao papel. Odette devia saber que nem sempre estamos apaixonados, e assim fica mais difícil de fazer um poema de amor.

Já devem ser quase 15h e o tempo vai ficando mais frio ainda. Fecho meu caderno e arrumo umas folhas soltas, me levanto quando ouço, aos poucos, umas risadas escandalosas e esganiçadas um tanto distantes, porém bem audíveis.

Vou subindo um pequeno morro em direção à escola e quanto mais ando, mais consigo reconhecer quem vem vindo; Draco e aqueles seus dois amigos. Chegamos ao ponto que uns dez passos nos separam e eles também já me notaram. Abraço meu caderno e tento ignorar os três me avaliando maldosamente, como se eu fosse uma aberração.

— Sabe o caminho de volta? — um dos garotos pergunta, Malfoy e o outro riem do que me parece ter sido a pergunta mais engraçada da vida deles. Os ignoro e continuo andando. Finalmente nos afastamos uns quinhentos metros o suficiente para que eu relaxe os braços e possa voltar a andar como alguém normal. Mas relaxar os braços faz com que a pressão que eu fazia contra meu caderno diminua e, assim, aquelas folhas soltas saem voando até o chão.

Paro de andar num susto e logo me agacho para recolher tudo. Dou uma rápida olhada para trás e me certifico de que os três sonserinos estão consideravelmente longe. Me acalmo e até arrumo as folhas nas páginas certas.

— Quer ajuda aí? — elevo meu olhar e um menino moreno está me olhando, segurando uma risada.

— Ah, que susto — suspiro, respirando fundo, me levanto e volto a abraçar meu caderno.

— Por quê? — Não digo nada, mas o garoto percebe minha expressão envergonhada e então estende seu olhar para além dos meus ombros. — Malfoy e seu bando? Estão implicando com você?

— Acho que estão implicando comigo assim como implicam com todo mundo. — ponho um fio de cabelo atrás da orelha e assopro minha mão para aquecê-la.

— Então tudo está normal — ele ri. Tem olhos castanho-claros e lábios grandes, é bem bonito, admito. — Não sei como deixam criaturas como ele virem ao mundo — ele diz como se fosse um absurdo, rio de volta. — Mas fora isso, está tudo certo?

— Uhum — confirmo com a cabeça e dou um passo à frente.

— Sou Charlie — ele se põe na minha frente para que eu pare de andar. — Você é a Rosalie, né?

— Sou, sim — tento esconder a cara de incomodada, mas está ficando cada vez mais difícil.

— Sim... venho te observando desde que chegou, sempre ouvi dizer que as brasileiras são mais exóticas. — Charlie não diz num tom indecente, até poderia soar bonitinho, mas se ele acha que levei isso como elogio, está muito enganado. Na verdade, foi bem imprudente.

Murmuro qualquer som e, deixando claro que fico sem jeito, tento continuar a andar, cabisbaixa.

— Você... me... entende... bem? — ele diz pausadamente, e me sinto um extraterreste.

— Sim, entendo — finjo uma risada.

— Ótimo, eu estava indo para a minha sala comunal, sou da Corvinal, aposto que você nunca foi lá. — reconheço que ele está se esforçando para continuar carismático, mas não teve cuidado com duas coisas dessa frase. 1) Ele está indo para a sala da Corvinal, mas estava vindo da direção oposta da escola? 2) É claro que eu não fui na sala comunal da Corvinal. Meu cachecol da Grifinória e meu sobretudo amarelo combinando dizem pouco?

— Não, nunca fui — respiro fundo e dou uma última olhada para Charlie, na expectativa de que entenda que não estou com vontade de conversar, aperto o passo e até corro um pouquinho até o topo de uma pequenina colina, contudo, escolhi as botas erradas para tal tarefa.

— Você é muito bonita — eu teria achado fofo se não fosse pela sua entonação. Charlie fala como se já tivesse concluído e decidido o que vai acontecer. Continuo andando, mas ele continua me seguindo.

— Obrigada — soo rude de propósito, nem ao menos sorrio, mas Charlie não entendeu isso ainda, ou não quer entender. Já estamos dentro da escola e Charlie ainda não deixou de me seguir, e quando vê que vou pegar meu caminho para a Torre da Grifinória, ele diz:

— Não quer vir comigo? Podemos tomar um chocolate...

— Acabei de tomar — digo como se isso o parasse, ingênua eu sou. Tento andar mais rápido, mas Charlie tem pernas enormes e vai quase mais rápido que eu.

— Posso te mostrar a escola, fazer um guia turístico, você pode me mostrar algumas coisas também — quase engasgo com seu tom repentinamente malicioso, bufo de indignação e deixo mais do que claro que estou andando mais rápido. — Ah, o que foi? — ele ri, debochadamente.

— É Charlie, certo? — ele confirma com a cabeça, orgulhoso do próprio nome. — Desculpa, mas eu preciso ir — nem o olho para dizer isso, simplesmente me cubro mais com o meu casaco e procuro freneticamente com os olhos por alguma alma que possa me ajudar a sair dessa situação.

— Já? — ele me puxa pelo braço e quase tropeço.

— Não me toca.

— Calma, bebê — nossa, me chamar de bebê agita meu nervos num nível que nunca pude imaginar. — Só estamos nos divertindo. — não consigo dizer nada. Charlie me puxa mais para perto pela cintura e quando tento o empurrar, me aperta para mais perto ainda. Não tem ninguém por perto. Simplesmente ninguém. — Você pode escolher como isso vai acontecer — sussurra, estou tremendo tanto que ele percebe e ri. — Nervosa, bebê? Eu cuido de você...

— Charlie, por favor, me solta — digo séria, mas minha voz quase não sai.

— Respira fundo e olha para mim — Charlie acaricia meu rosto com as costas de sua mão e, tocando levemente no meu queixo, eleva meu olhar. — Só está nervosa, mas fica tranquila. Prometo que ter todo o cuidado e carinho com você, princesa.

— Me solta, Charlie — ordeno, porque ele me aperta de tal maneira que está começando a doer. Sinto sua mão afrouxando e respiro, mas então ela entra por dentro do meu sobretudo e fica sob minha blusa. Seu toque extremamente gelado me arrepia toda e meus olhos começam a se encher de lágrimas.

— O.k., mas vem aqui.

— Não, eu...

— Rose... Rose — ele ri, cambaleando charmoso até mim. De repente aperta meu braço e sou arrastada até o banheiro que estava do nosso lado o tempo todo. Ouço a porta ser fechada e, automaticamente, começo a analisar o lugar e procurar saídas. Ando hesitante, pois não sei se meus pés ainda estão grudados no corpo, mas estão.

— Agora temos mais privacidade — Charlie conclui, analisando o lugar de braços abertos.

— Charlie, só me solta, o.k.? — luto, mas ele é muito mais forte e continua me segurando.

— Você sabe que quer... não tente negar, ninguém diz não — ele se aproxima de mim e sussurra quase dentro do meu ouvido. Seu hálito quente me faz estremecer de medo. — Não estaria aqui se não quisesse. Não fica assim, não estamos longe. É que ninguém usa o banheiro dos monitores à essa hora... então é perfeito.

— Se você não me soltar agora...

Ele solta uma risada cínica, meio debochada, perguntando o que havia acontecido. Como se ele não soubesse. Só estamos nós dois aqui e sei que ele não tem a melhor das intenções.

— O quê? Vai chamar ajuda? De quem? Vai gritar? Quem vai acreditar? Todos me conhecem há anos, todos gostam de mim, e você é a brasileira novata. Em quem você acha que vão acreditar?

— Charlie, me solta — repito com a voz trêmula e chorosa.

— Cala a boca, que quem está no comando sou eu — sinto seus braços ao redor do meu corpo, penso que não há mais saída. Ele me abraça e sei que não é um abraço de amor, carinho ou afeto. Só há apenas uma vontade minha de correr por medo e aflição, e a vontade dele de saciar seus desejos que afloram.

— Vamos nos divertir, eu prometo. Se você ficar calma, dói menos. — ele me vira e coloca uma de suas mãos ao redor do meu pescoço, enquanto a outra percorre todo o meu corpo, me apertando. Sinto uma das piores sensações que já tive na vida; me sinto suja, violada.

Por mais que eu grite, ninguém irá me escutar, mas mesmo assim tento, berro, esperneio e choro. Porém estamos sozinhos. Já ouviu o ditado: quando penso que não pode piorar, piora? Pois bem, piorou. Charlie dá apertos e tapas como se fossem avisos, castigos para eu ficar quieta. Aperta minha boca com tanta força que sinto gosto de sangue.

Em uma última tentativa, mordo sua mão e tento lhe machucar com um chute nas partes baixas, isso surte um efeito completamente oposto ao que eu esperava, pois quando tento correr, suas duas mãos me puxam para baixo. E, ao finalmente olhar seu olhos, reconheço a ira, o desejo e o furor; um misto de sentimentos que eu queria nunca ter experimentado.

Deixo as lágrimas, que estou segurando há tanto tempo, escorrerem e molharem minhas bochechas, porém antes que eu comece a choramingar alto o suficiente para que alguém ouça, Charlie tampa a minha boca com força e seca minhas lágrimas.

— Shhhh — mussita, como se estivesse tomando conta de mim. — Como eu disse, podemos fazer isso de dois jeitos, é você quem decide... — de repente, meu sobretudo amarelo some e deixa resquícios de brilho flutuando até o chão. Saio correndo, tomando cuidado para não tropeçar nas minhas botas com um salto pequenininho. Forço a fechadura, mas está trancada. Então entendo; ele me deixou sair correndo. Simplesmente para eu ter uma pequena esperança florescendo e depois destruí-la com o pior dos destinos.

Charlie vem até mim e vou tentando me afastar dele, mas acabo me encontrando com uma parede de pedra fria. Fico na ponta dos pés como se isso fosse ajudar em alguma coisa, e é inexplicável como quero gritar e simplesmente não consigo porque os olhos de Charlie me avaliam como se eu fosse uma presa qualquer.

Ele avança e me aperta contra a parede, segurando meus braços. Lhe dou tapas e socos, mas todos são em vão, e só deixam Charlie mais excitado ainda.

— Não — grito, e, como punição, Charlie aperta minha coxa bem no nervo, e dói tanto que paro de gritar. — Eu disse não.

— Depois disso vai estar me agradecendo — com rápida facilidade, ele tira minha blusa e a joga longe. Me cubro com os braços mas Charlie simplesmente os abre e me encosta mais ainda contra a parede. Ele começa a me beijar por todos os lugares e meu desespero aumenta a cada beijo. A cada grito ele me belisca e a dor é impiedosa. Tento o empurrar, mas ele é pesado e permanece intacto no chão.

— AJUDA! — finalmente grito com todas as forças restantes e Charlie parece perder a paciência. Ele me joga contra a parede e enquanto tenta, com uma única mão, desprender meu sutiã, também tenta desabotoar a minha calça. — Não... não... — sigo entre soluços. — Não, Charlie, não... — mas ele não me escuta. Como vim parar aqui? Por que comigo?

Continuo lhe dando socos e chutando-o, porém não provoca resultado algum. Meu choro é alto e escandaloso, mas ninguém o ouve, muito menos o garoto a menos de dois centímetros de mim. Charlie consegue desabotoar minha calça e quando está prestes a arrancá-la de mim, a porta do banheiro é aberta discretamente.

— Merda... Argh, merda.

É como o fim do mundo para Charlie, ele se cobre com o próprio casaco e, perdido como uma barata e xingando toda a qualquer coisa que vê pela frente, corre para fora, tomando cuidado para não cair.

Respiro fundo e enfim posso chorar. Caio de joelhos no chão e todo o meu corpo dói. Percebo uma pessoa se aproximando e quando ergo minha cabeça, vejo Draco Malfoy me encarando com raiva ou talvez desgosto. Ele passa por mim e deixo de escutar seus passos, depois o loiro volta a andar e joga minha blusa no chão, ao meu alcance.

Me levanto rapidamente e não posso deixar de notar que Draco demora seu olhar no meu busto. Me viro e visto a blusa, uma torneira é aberta e levo um susto. Quando olho para trás, Draco está desabotoando a camisa.

Fico rígida, porém desolada, simplesmente não sei o que fazer. Corro vacilante e antes que eu saia, Draco diz:

— Feche a porta.

Obedeço e então saio correndo.

Enquanto corro, sem ao menos saber aonde estou indo, livro-me de todo o pranto e lágrimas que não pude soltar há dois minutos. É impressionante, pois sofro e resmungo em alto e bom som; ninguém aparece.

Fico cambaleando pelos corredores por mais de uma hora, talvez duas horas, não sei. Aparentemente, todos estão em suas salas comunais, ou em seus quartos. Ninguém é burro o suficiente para sair sozinha. E se sai, não é uma incompetente e delicada menininha que não consegue escapar das mãos de um veterano qualquer.

Minha cabeça começa a latejar e os beliscões na minha pernas empeçam a doer. Estou com frio porque Charlie fez meu casaco desaparecer, minhas mãos estão muito geladas formigam. Depois de quase duas horas ou três, acho a Torre da Grifinória e subo até o comunal.

A festa de Hermione.

Todos estão gritando e rindo e dançando e contando piadas. Ninguém nota minha presença ou meu olhar traumatizado. Cuidando para não torcer meu pé com o salto e também forçando sorrisos para quem me cumprimenta, vou indo até a escadas que dá para os dormitórios femininos.

— Menina! Menina loira!

Viro depressa e duas garotas vem na minha direção. Uma delas é Angelina, do time de Quadribol. A outra não conheço, mas jurava que era da Corvinal.

— Oi, Rose — Angelina diz, está ofegante. Provavelmente estava dançando há pouco tempo.

— Oi — cuido para minha voz não sair rouca. Mas sai mesmo assim.

— Você viu a Gina?

— Não, por quê?

— Ah, ela sumiu. — a garota ao lado de Angelina diz.

— Você checou no banheiro? — pergunto, e flashes de duas horas atrás veem na minha mente.

— Não... — pondera Angelina. — Faz isso pra gente? Vamos procurar no nosso quarto, o.k.?

— O.k. — as duas saem risonhas e vou até o banheiro, agora estou um tanto mais calma, mas o alvoroço de alunos gargalhando e berrando só me dá mais dor de cabeça.

Quando chego perto do banheiro, quase escorrego com a água que está vazando por baixo da porta. Cautelosa, empurro a porta e o banheiro encontra-se totalmente alagado. As pias não param de jorrar água e um choro ecoa.

— Gina? Tem alguma Gina aqui? — pergunto.

No entanto, antes que eu possa repetir a pergunta, meus olhos encontram uma garota encolhida, de joelhos, no chão, chorando mais do que chorei há um tempo.

É Gina.

Ela chora como se estivesse sendo torturada ou algo do tipo. Apresso-me e vou até ela. Fazendo força, puxo um braço de Gina e tento levantá-la, coloco seu braço em volta do meu pescoço e, com cuidado e pressa ao mesmo tempo, ajudo-a a andar.

— Ajuda — grito. — Alguém ajuda! Por favor!

— Tem alguém aqui? — uma voz masculina pergunta. Olho para trás e é Rony.

— Por favor, Rony, ajuda. Ela... ela... Argh — não me seguro e meus olhos voltam a se encher de lágrimas. Só percebo Rony vindo até mim e pegando Gina nos braços. Ele sai correndo e gritando, me deixando sozinha. No banheiro. Novamente.


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Notas finais do capítulo

ENTON????? Pesado, nenon??? Comentem PELO AMOR DE DEOS eu quero mto saber o que vcs tão achando!! Ah, e me desculpem se eu falo mto nas notas, é que é meu jeitinho de chegar até vcs hihihiihhi, mas me digam se vcs tão td bem com essas notas grandes kkkk.
AVISO MTO IMPORTANTE: FIZ UM TRAILER DESSA FANFIC, PROCUREM "draco malfoy because of you book trailer" meu canal é MinkPatronus!!!
Um beijo com cheiro de unicórnios e até a próxima...
Nox.