Love Story escrita por Queenie Winchester


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olás, estamos de volta com — acreditem ou não — a reta de final de Love Story. Como vocês passaram? Espero que bem. Alguém além de mim não consegue parar de assistir o episódio 20? Definitivamente o meu favorito dessa temporada.
Queria agradecer a todo mundo que leu, a quem comentou e dizer que eu não respondi os comentários porque essa semana foi bem difícil. Acho até que foi mais difícil que ver Olicity separado, mais difícil que aturar a Susan, mais difícil que gostar da Laurel (pelo menos para mim é difícil).
Espero que gostem do capítulo, perdoem qualquer erro e boa leitura!



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“E você tem um sorriso / Que poderia acender essa cidade inteira”

You Belong With Me - Taylor Swift

 

— Então Mr. Queen vai realmente casar? — ouvi a voz do meu velho amigo invadir a sala da presidência da QC e fiquei feliz por finalmente poder ter um minuto de descanso.

— Barry Allen — exclamei feliz em vê-lo e caminhei em sua direção para abraçá-lo.

— Sei que seu casamento é só depois de amanhã, e que você preferiu não ter uma despedida de solteiro, mas precisava ver você — ele me disse com um sorriso que me pareceu triste.

— Eu estou bem Barry — disse mais para convencer a mim do que a ele.

— Ollie, eu conheço você — Barry me dirigiu seu olhar de pai preocupado e eu soltei o ar cansado. — Sabe que pode confiar em mim, não sabe?

— Okay — me dei por vencido. — Preciso mesmo dividir isso com alguém. Mas você tem que me prometer que isso fica somente entre nós dois. Caitlin não deve saber de nada.

— Sim, senhor! — ele bateu uma continência exagerada, e depois riu.

— Vamos.

Levei Barry até o Jetters para podermos conversar sem que ninguém conhecido nos interrompesse.

— Pode começar Mr. Queen — Barry me encarou.

— Laurel está grávida — disse sem rodeios.

— Como? — Barry quase gritou, mas depois percebeu que estava pulando a parte da discrição e voltou-se para mim num sussurro: — Como assim, Ollie?

— Eu não sei Barry. Tudo o que eu sei é que Laurel apareceu na mansão dizendo que estava grávida, com um teste de gravidez e tudo mais e afirmou que o filho era meu. — Contei-lhe o acontecido. — Eu neguei é óbvio, mas não posso fazer nada até a criança nascer.

— Okay isso é um problema, mas Oliver estamos no século XXI, Laurel estar grávida não significa que você tem que se casar com ela, ainda mais se existe a possibilidade de o filho não ser seu — Barry me disse de forma tranquila

— Eu sei, mas a gravidez não é o motivo do meu futuro casamento — disse e ele me encarou sem entender nada. — Felicity é.

— Não me diga que Felicity mandou você se casar com Laurel por causa do bebê?! — Barry me olhou incrédulo.

— Felicity não sabe sobre o bebê, Barry — contei.

— Ollie, você não está fazendo sentido — ele me encarou colocando a mão em meu ombro.

— Há mais ou menos seis meses Felicity foi chamada para trabalhar no departamento de TI da Queen Consolidated, ela sempre sonhou com isso, assim como Cait sonhava em trabalhar com o Dr. Wells — comecei a narrar a bomba que eu segurava em minhas mãos. — Acontece que quando Laurel veio me contar sobre a gravidez, ela não queria apenas que eu assumisse a criança, queria que eu assumisse a ela também. Mas eu tinha certeza de que esse filho não era meu e eu havia acabado de pedir Felicity em casamento, então eu me neguei a assumir qualquer tipo de compromisso com Laurel, então ela tentou me chantagear dizendo que eu nunca veria a criança se não ficasse com ela.

— Uau, Laurel sabe como ser maluca — Barry disse com os olhos arregalados. — Mas ainda não entendo o que Felicity tem a ver com isso. Tirando o fato de existir a possibilidade de ela ter sido traída.

— Quando minha mãe descobriu sobre a gravidez de Laurel ela quis me obrigar a casar com ela, como eu mantive minha posição de não me casar, ela ameaçou mandar Felicity embora da QC. Eu não podia arriscar o sonho da mulher que eu amo, nem mesmo sua carreira, porque eu sabia que minha mãe não iria apenas demitir Felicity, ela iria destruir a carreira dela — pude ver Barry me encarar chocado, mas eu não estava mentindo, Moira Queen não se importa com os meios, ela apenas quer chegar ao fim da forma que julgar mais vantajosa. — Então eu aceitei me casar com Laurel. No dia seguinte fui até o apartamento de Felicity e terminei com ela da pior forma possível, usando o pior motivo do mundo.

— Eu não teria essa coragem — Barry disse. — Você desistiu dela porque não queria prejudicar a carreira dela, eu entendo. Mas vocês trabalham juntos, assim como Cait e eu. Não sei como você consegue.

— No começo foi difícil — eu disse. — Mas agora não faz mais diferença.

— Como assim? — ele me olhou sem entender.

— Felicity foi trabalhar na Palmer Tech — contei contrariado.

Ainda me lembrava daquele dia, que foi há poucas semanas, mas que para mim pareciam séculos.

“Eu estava atrasado, de novo, era a terceira vez na semana e eu não me orgulhava disso. Sempre fui pontual, mas desde o jantar de noivado, eu mal tenho dormido. Passei pela mesa de minha secretária desejando um bom dia rápido, torcendo para que ela apenas respondesse e me deixasse seguir para minha sala onde eu teria que enfrentar uma pilha de documentos, nos quais eu não conseguia focar.

— Mr Queen, bom dia — Dinah disse com um meio sorriso. — Tem alguém esperando pelo senhor.

— Diga-me que não é Laurel — eu a encarei com certa súplica no olhar.

— Não, senhor — ela respondeu. — Mas não acho que o senhor vá gostar.

— O que quer dizer? — eu questionei sem entender e ela apontou para minha sala.

De onde eu estava senti meu corpo perder a capacidade de se mover. Felicity estava de pé encarando a cidade através da parede de vidro, ela parecia nervosa, batia o salto no chão de forma rápida. E eu não queria ter que entrar lá.

— Coragem Oliver — Dinah disse de forma amigável. — Ela não vai matar você.

— Espero que você tenha razão.

Segui a passos lentos até a minha sala, queria retardar o confronto. Assim que abri a porta ela se virou para mim e me encarou de uma forma estranha. Ficamos mais tempo que o necessário nos encarando, eu só queria ir até ela e beijá-la até que nos faltasse o ar.

— Dinah disse que queria falar comigo — comecei em um tom calmo, me aproximando dela.

— Queria lhe entregar isso — ela estendeu um envelope que eu peguei prontamente sem ler.

— O que é isso? — eu pensei em muitas possibilidades, desde uma ameaça que ela havia recebido até um exame que afirmava que ela estava esperando um filho meu. Confesso que a última hipótese me deixou bastante animado internamente.

— Minha carta de demissão — ela respondeu simplesmente.

— Su-sua o quê? — eu gaguejei, não tinha cogitado aquela hipótese.

— O que minha mãe disse no dia do jantar do seu noivado era verdade — ela começou. — Ray Palmer me ofereceu um emprego, e eu aceitei.

— Você disse que não tinha dado uma resposta a ele — eu lembrei.

— Até aquele dia — ela rebateu. — Eu pensei melhor, ser Chefe do Departamento de TI da QC é maravilhoso, sempre foi o meu sonho. Mas Ray me ofereceu o cargo de Diretora do Setor de Tecnologia Aplicada da Palmer Tech. Isso é mais do que eu poderia imaginar, é mais do que a filha de uma garçonete poderia pensar em conquistar.

— Mas trabalhar aqui sempre foi o seu sonho — eu disse um pouco irritado.

— Às vezes os sonhos se tornam pesadelos — ela disse simplesmente. — Foi um prazer trabalhar aqui, mas eu preciso seguir em frente. Você mais do que qualquer um deve me entender, tem momentos em que a gente tem que se libertar das nossas correntes — ela passou por mim sem me dar tempo de responder e saiu pela porta se afastando de mim definitivamente. ”

— Mas Oliver, tem uma coisa nessa história que não faz sentido — Barry chamou a minha atenção, ele tinha um olhar preocupado. — Como Laurel pode estar grávida de você, se vocês dois não veem há anos?

— Lembra daquela semana em que o Dr. Wells pediu para Felicity ir até Central City ajudar vocês com um problema? — perguntei.

— Lembro — ele respondeu.

— Minha mãe fez um jantar e convidou Laurel — eu contei. — O clima não foi dos melhores você pode imaginar. Então no dia seguinte Laurel ligou para a mansão, disse que queria me ver, tentar consertar as coisas entre nós de uma forma amistosa. Eu concordei, afinal porque não? Nós saímos para jantar, conversamos sobre várias coisas. Ela me disse que estava saindo com um professor de boxe, mas não me disse quem era. Nós apenas conversamos como duas pessoas normais — eu disse tentando entender o que havia acontecido. — Eu me lembro de me oferecer para levá-la para casa, lembro que ela me ofereceu whisky, mas não lembro de como fui parar na cama dela. Barry, eu realmente não sei se trai a mulher que eu mais amei em minha vida. Só sei que quando Laurel apareceu surtando na mansão, dizendo que era a vida dela que havia sido estragada eu só queria que aquilo fosse mentira. Eu só queria esquecer toda aquela noite.

Barry me olhou com o que eu julguei ser pena. Eu suspirei, gostaria de poder voltar para quando as coisas eram simples. Quando, Barry não era meu amigo, quando Felicity não havia surgido em minha vida. Porque eu soube desde o dia em que a vi, que ela iria ser diferente.

“Era início das aulas no Starling College, como de costume os horários ainda não haviam sido organizados e por isso todas as turmas iriam para a aula de educação física.

Eu estava sentado na arquibancada com Tommy, Laurel e o restante de nossos amigos, quando a vi surgir ao lado de Sara pelo gramado. Ela não usava o uniforme de ginástica do colégio, o famigerado shortinho azul marinho acompanhado da regata azul claro que caia tão bem na maioria das garotas.

A vi dizer algo para o professor e depois lhe entregar um papel. Vi o homem balançar a cabeça e apontar para a direção onde Barry Allen, ou como Laurel e Joanna costumavam chamá-lo: Nerd Alien, estava.

A garota loira abandonou Sara e seguiu em direção a Barry. Os dois se cumprimentaram alegremente e por um instante eu quis ser ele. Não que eu quisesse ser zoado dia após dia, mas o sorriso dela era tão diferente que eu quis ter a honra de recebê-lo também.

— Talvez você devesse disfarçar, Ollie — Tommy me disse e eu olhei ao redor para ver se alguém me encarava. — Da turma ninguém, além de mim, percebeu. Mas acho que o restante do colégio já entendeu que é para deixar a loirinha em paz.

— Não sei do que você está falando, Tommy — respondi falsamente.

Era óbvio que eu estava satisfeito com o fato de que ninguém iria se meter com ela.

— Hey pessoal — Sara se aproximou de nós sorrindo.

— Por que não trouxe sua amiga pra sentar com a gente? — Tommy perguntou por mim.

— Licie não se sentiria à vontade — Sara riu. — Além disso, ela não vai fazer educação física.

— Por que não? — perguntei no meu melhor tom de desinteresse.

— Ela teve um imprevisto com os óculos — Sara disse. — Eles não ficaram prontos ainda.

Então a tal “Licie” usava óculos, não fazia educação física e provavelmente se tornaria amiga de Barry Allen. Oliver Queen, você precisa urgentemente rever seus padrões. ”

Felicity era a garota mais encantadora que eu já tinha visto. Ela era tentadora com aquele jeito meigo e atrapalhado, coisas que eu nunca tinha reparado em uma garota. Ela era inteligente de verdade, sem se esforçar e era humilde, não se achava melhor que ninguém por saber mais. Ela me encantava de tal modo que chegava a me assustar.

— No que você está pensando? — Barry me encarava com uma cara engraçada.

— Felicity — eu respondi simplesmente. — Sinto falta dela.

— Eu imagino, meu amigo — ele disse. — Eu estou com você. Para o que precisar.

— Eu sempre soube que Laurel era maldosa quando chamava você de Nerd Alien — eu comentei fazendo-o franzir a testa.

— Esse apelido é cruel — ele comentou.

— Laurel era cruel, sinto muito.

— Então não devo contar a Caitlin — ele suspirou mudando de assunto.

— Caitlin pode contar a Felicity — eu disse. — Nem mesmo Tommy sabe porque temo que ele conte à Felicity ou conte à Sara que obviamente contará a ela.

— Fico feliz que tenha confiado em mim — Barry disse.

— Você nunca me deu motivos para não confiar — sorri de verdade. — Você é o melhor Barry Allen.

— Vou gravar isso para quando eu estiver triste, tenho certeza de que vai melhorar o meu ânimo — ele riu. — Repete aí.

— Nem brinca — eu disse olhando para o relógio na parede. — Preciso ir, tenho um maldito terno para experimentar.

— Se fosse para o outro casamento eu até iria com você — ele disse. — Mas nesse caso, acho que vou visitar o Merlyn. Ver com meus próprios olhos que ele agora é um homem responsável, e saber se ele já aceitou o fato de que Cait nunca irá dar mole para ele.

— Não o deixe esquecer disso — eu disse. — É a maior derrota que ele já sofreu na vida.

Barry e eu nos despedimos e seguimos cada um para uma direção. Depois de acertar todos os ajustes do terno, decidi não voltar para a empresa, fui direto para a mansão que para minha surpresa e alegria estava vazia.

Subi para o meu quarto me certificando de trancar a porta depois de entrar, não queria que ninguém me incomodasse. Me joguei na cama e abri a gaveta da cômoda de onde tirei o tablet que tinha fotos minhas e de Felicity.

Fiquei encarando as fotografias, uma a uma como se ao fazê-lo poderia voltar para aqueles momentos. Minha foto preferida era a da minha formatura, onde eu estava de beca a abraçando por trás enquanto ela ria e tentava tirar meu canudo de minha mão. Estávamos rindo, ela estava linda com um vestido bege com algumas pedras brilhantes e o cabelo preso para o lado. Eu nunca estive tão feliz, ela estava se orgulhando de mim. Tudo o que eu fiz até chegar naquele momento e depois dele foi para deixá-la orgulhosa, para que ela pudesse enxergar que eu era capaz de ser mais que o herdeiro dos Queen.

Eu nunca soube dizer o que a fez se apaixonar por mim e muito menos tive coragem de perguntar. Mas ela também nunca soube quando exatamente eu me apaixonei por ela, não duvido que ela tivesse suas teorias, Felicity tinha uma grande e fértil imaginação.

“ — Aquela garota, Felicity, ela está na minha lista negra — Lenny dizia bufando enquanto se aproximava de nós.

— O que a Feialicity fez desta vez? — Joanna questionou.

— Além de nascer? — Lenny rebateu. — Ela acha que pode me desafiar, que pode me questionar, que é capaz de proteger aquele Nerd Alien.

Eu o encarei por alguns segundos. Felicity havia o enfrentado? Ela havia acabado de subir no meu conceito.

— Não se preocupe, eu e Laurel daremos um jeito nela — Joanna comentou lixando as unhas.

— Laurel não quer comprar uma briga com a Caitlin — Tommy disse. — E Felicity é amiga da Caitlin.

— Além disso, ela é amiga da Sara também — eu comentei.

— Sara é uma traidora — Joanna rolou os olhos.

— Não importa — Lenny disse. — Isso não vai ficar assim.

Eu não sabia o que Lenny queria dizer com aquilo e definitivamente não me importei. Mas quando vi na porta da escola aquela roda imensa de alunos eu sabia que algo estava errado ali.

Tudo foi muito rápido. Lenny desferiu um soco no estômago de Barry, Felicity chutou Lenny bem no meio das pernas, Joanna tentou bater Felicity, Sara bateu em Joanna, Lenny foi para cima de Felicity, eu fui para cima de Lenny.

Ele não iria bater em uma garota, principalmente naquela garota.

— Você se acha tão homem Lenny, mas não passa de um verme — Felicity gritou. — Se acha melhor do que o Barry porque dirige um carro do ano e posa de machão para a escola toda, mas morre de medo do papai descobrir que você é um fracassado. Um fracassado de espírito e de caráter. Gente como você que se diverte em cima da fraqueza dos outros é menos que nada — Lenny tentou se soltar de mim para avançar nela, mas eu o segurei, estava mesmo na hora de alguém dizer algumas coisas para ele. — E quando você sair desse colégio metade desses seus seguidores fanáticos vão te largar, porque você não tem um futuro e nenhum dos seus amigos é realmente seu amigo. Você é só o dinheiro do seu pai, e quando ele se cansar de te bancar nós veremos quem é o desprezível, o idiota, o babaca inútil. Barry vai ter um futuro brilhante e muitos de vocês vão precisar dele, felizmente ele não vai precisar de nenhum de vocês.

Felicity saiu da roda ajudando Barry a caminhar. Soltei Lenny que me encarou furioso e corri na direção em que ela estava. Vi que ela tinha uma certa dificuldade em carregá-lo, o que me fez pensar que ele havia apanhado mais do que eu tinha percebido.

— Eu te ajudo — eu disse passando o outro braço de Barry por cima dos meus ombros. — Você foi bem corajosa.

— Uma hora alguém teria que ser — ela respondeu sem me olhar.

Ela não me encarava, não suspirava por mim, mal me dirigia um sorriso. Ela havia enfrentado Lenny e toda a escola. Ela não era como as outras garotas. Ela era forte, decidida, mas ao mesmo tempo era sensível e tímida. Como alguém poderia ser tudo isso? Como poderia uma garota com a qual eu dividia apenas dois horários me intrigar tanto. Ela era como uma série que me deixava ansioso pelo próximo episódio, a cada dia que eu a via eu descobria um ou outro pequeno detalhe.

Eu sabia coisas sobre ela que eu nem conseguia descobrir como sabia. Eu era capaz de identificar quando ela estava testa, quando estava pensando, quando estava intrigada, quando estava triste, quando estava feliz, quando fingia estar feliz. Eu a lia de uma forma tão assustadora que chegava a me aterrorizar.

Mas nada jamais seria tão surpreendente quanto à conclusão que eu havia chegado: Felicity Smoak tinha me ganhado, tinha me prendido. Eu estava apaixonado por ela. Completa e loucamente apaixonado por ela. ”

Depois que eu aceitei aquele fato, as coisas se tornaram diferentes. Eu não via mais graça nas “brincadeiras” de Lenny, não ria dos apelidos que Laurel e Joanna distribuíam. Eu estava vendo coisas que eu simplesmente não via antes, eu via o certo, o errado e o duvidoso. Eu sabia diferenciá-los e sabia qual eu queria escolher. A partir daí as coisas começaram a fazer mais sentido e eu comecei a tomar decisões melhores.

Ainda me lembrava do dia em que terminei com Laurel. Eu o fiz na frente de “nossos amigos”, por insistência dela. Eu pedi desculpas por ser um canalha e estar com outras garotas enquanto a gente supostamente namorava. Disse que ela não era a pessoa com quem eu queria estar no futuro e que por isso eu precisava deixar a nossa história no passado. E disse quase que claramente, que eu tinha alguém melhor para conquistar e que para conquistá-la eu tinha que ser mais do que eu era.

Laurel não aceitou aquilo. E quando me viu no baile ao lado de Felicity fez questão de humilhá-la. O modo como Felicity saiu da festa não deixou de me atormentar um só dia. Os olhos dela refletiam tanta dor que eu quis protegê-la de todo o mundo. O problema era que ela nunca quis ser protegida. Ela era forte e capaz de resolver seus problemas sozinhas. E pensar nisso me faz questionar  porque de eu não ter lhe dito a verdade.

Mas a resposta era óbvia: porque eu a perderia. Perderia todo o respeito e toda a admiração dela. Ela não aceitaria ter sido traída e não acreditaria em qualquer coisa que eu dissesse para tentar justificar. E eu não diria nada, porque não há justificativas para o que eu fiz.

Ouço meu celular tocar em algum lugar da cama, pego-o e me deparo com a foto de Diggle indicando que era ele quem me ligava. Resolvo atender, qualquer coisa vinda dele é importante.

— Dig — digo colocando o aparelho rente ao meu rosto.

Oliver, como você está? — ele diz do outro lado da linha e eu escuto alguns sussurros.

— Bem — respondo simplesmente. — Aconteceu alguma coisa?

Tommy Merlyn e Barry Allen aconteceram — ele disse um pouco irritado. — Ah e o garoto, Roy Harper, também.

— O que eles fizeram? — me endireito na cama, desligando o tablet e o colocando na gaveta trancando-a com a chave.

Fazer não é bem o verbo que eu usaria — ele pareceu ponderar. — Está mais para o que eles descobriram.

— E o que eles descobriram de tão importante que te fez me ligar a… — paro tentando me lembrar qual o horário. — Que horas são, afinal?

22h, e eles descobriram que sua Felicity saiu para uma noite das garotas na sua boate — automaticamente sinto meu corpo se aquecer, minha Felicity. — Sua irmã teve a ideia. Felicity chamou a namorada do Barry e a Sara para irem junto.

— Dig, se Barry te contou que Caitlin e Felicity iriam sair e Roy provavelmente te disse para onde elas iriam — eu comecei tentando entender o que ele queria de mim, porque eu queria sair dessa casa agora e ir até a Verdant vê-la. Eu não tinha muita informação sobre ela, as poucas vinham de Tommy que arrancava uma ou outra coisa de Sara. — O que Tommy fez?

Me disse que você não teria uma despedida de solteiro — ele riu do outro lado da linha. — Acho que você deveria sair e beber com os seus amigos. Aproveitar seus últimos momentos de solteiro.

— Ir até a Verdant não vai deixá-la feliz — eu afirmei, afinal aquela provavelmente era a primeira vez que ela saia para se divertir com as garotas, não seria justo estragar sua noite.

Deus, Oliver! Você não faz ideia do que acontece na sua boate — ouvi Tommy dizer e soube que ele tinha revirado os olhos.

— O que quer dizer? — eu questionei.

Thea, sua nova gerente, organizou uma festa a fantasia — Roy disse ao telefone. — O valor arrecadado com a venda dos ingressos foi para ajudar o hospital do Glades.

— Isso é muito heroico — comentei a atitude de minha irmã.

E isso te deixa ir a Verdant beber com seus amigos, ver a sua garota e não incomodá-la — Barry tomou a vez ao aparelho.

— Eu não tenho uma fantasia — comentei.

Ollie, nós já pensamos em tudo — Tommy riu do outro lado. — Teremos a noite dos garotos também. Não conte à Helena.

Ri do modo como ele falou. O lance com Helena estava sério, apesar de eu ainda achar que ele não havia superado a paixão por Caitlin. Mas a Bertinelli o fazia bem, e ele estava realmente gostando dela e se esforçava para deixá-la feliz. Eles estavam começando bem.

— Onde eu encontro vocês? — questionei me levantando e saindo a procura das chaves do carro.

Meu apartamento — Tommy respondeu. — Não se atrase.

Murmurei uma afirmação e ele desligou o telefone. Sai de casa ignorando a presença e o questionamento de minha mãe. Dirigi com certa pressa até o apartamento de Tommy que ficava no centro da cidade. Quando cheguei me deparei com quatro marmanjos fantasiados de super-heróis. Ri da cena, eles eram realmente incríveis.

— O que vocês são? — questionei enquanto encarava-os ainda sem acreditar.

— Nós — Tommy que estava fantasiado de Arqueiro Negro começou — seremos a liga da justiça.

— Não me lembro de o Arqueiro Negro fazer parte da liga — ponderei.

— Somos uma versão moderna — ele garantiu.

— O que eu vou ser? — questionei depois de encarar Barry que estava vestido de Flash.

— O Arqueiro Verde — Roy que estava fantasiado de Arsenal respondeu.

— Não vamos parecer ridículos? — questionei encarando a fantasia que Dig, ou melhor, que Espartano me ofereceu.

— Um pouco — ele respondeu. — Mas lá vai estar escuro, barulhento e repleto de pessoas bebadas e provavelmente com fantasias piores.

— Okay — suspirei e fui até o banheiro me trocar.

Dizer que eu não me senti ridículo era uma mentira, mas todos eles também estavam então eu soube que valeria a pena. Além do mais qualquer coisa para ver Felicity sem ser visto.

Chegamos a Verdant rápido, e logo pude constatar que Dig tinha razão, havia fantasias piores. Procurei por Felicity entre as pessoas, mas sabia que seria difícil encontrá-la.

— Vou fazer uma média com a sua irmã — Roy me disse apontando para Thea que cuidava do bar. — Se eu descobrir onde Felicity e as outras garotas estão, eu aviso.

Concordamos em silêncio e nos dirigimos até a ala VIP a qual eu tinha livre acesso. Sentamo-nos a uma das mesas mais afastadas, a intenção era apenas beber e jogar conversa fora.

Pedimos alguns drinques para a nossa mesa e vimos Roy se aproximar e se sentar com a gente.

— Thea me proibiu de ficar perto dela, disse que isso estragaria a noite das garotas — ele disse contrariado. — Não sei porque ninguém a impediu de usar aquela maldita fantasia de Ravena. Sabe o que ela cobre? Nada! Ela deveria ter vindo de Speedy.

— Wow garoto — Tommy riu e lhe ofereceu um copo. — Beba.

— Ele tem idade para beber? — Dig questionou.

— Faço vinte e um no próximo mês — Roy garantiu. — Então acho que sim — ele virou o copo de uma só vez. — Tenho notícias boas e ruins, qual vocês querem?

— Boas — Barry disse esvaziando seu copo.

— A boa é que eu sei quem são as suas garotas — ele disse. — De todos vocês, aliás.

— Helena está aqui? — Tommy se espantou.

— O que Lyla faria numa festa dessa? — Dig disse no mesmo tom que Tommy.

— Eu não sei motivos, só sei de fantasias — ele pegou outro copo. — Caitlin é Killer Frost, com direito ao cabelo branco e tudo mais. Helena é a Caçadora. Lyla é Lara Croft, achei apropriado diga-se de passagem. Sara é a Canário Branco, uma tal de Nyssa é alguma Arqueira estranha. E Felicity é a Poderosa. E eu digo isso com todos os sentidos que a sua mente quiser imaginar, Oliver.

Bebi o conteúdo do meu copo com pressa. O mero pensamento de Felicity em um maiô branco e justo me tirava de órbita. Com tantas heroínas com mais roupas ela tinha que ter escolhido justo aquela?

— E qual é a má notícia? — Dig lembrou.

— Está vendo o Superman ali? — ele apontou para um homem que parecia ter levado a sério a fantasia do super-herói. — Ray Palmer. Que encontrou Felicity “ocasionalmente” aqui — ele fez aspas. — Ah, aquela loira lá perto do bar, com a máscara e o casaco de couro, toda alá Canário Negro? — ele nos olhou de forma tediosa. — Laurel Lance.

Eu estava bem ferrado. Mais do que eu queria admitir. Desviei meu olhar de Laurel, apenas para voltar a encarar Ray, agora podíamos vê-lo ao lado das super-heroínas que Roy havia identificado como as nossas garotas.

Felicity estava sexy naquela fantasia, mais sexy do que eu era capaz de suportar, ela tinha um cinto onde havia uma corda amarela presa. Eu queria amarrá-la e fazê-la minha naquele momento.

— Eu preciso beber mais — anunciei.

As horas passavam e a medida que isso acontecia eu sentia meus sentidos serem dominados pelo álcool. Nós estávamos bêbados. Muito bêbados. Rimos de coisas sem sentido, como as piadas de Tommy, falávamos mais alto do que parecia e vez ou outra corríamos os olhos para encontrá-las dançando na pista.

— Okay rapazes para mim já deu — Barry anunciou olhando de forma fulminante para a pista, onde um cara vestido como Indiana Jones se aproximava de Caitlin mais uma vez. — Vou atrás da minha garota, sugiro que façam o mesmo. Palmer não parece se importar com o fato de sua cueca estar por cima da calça, ele só quer tirá-la e de preferência diante de Felicity.

Rimos do modo como ele falou e o observamos ir até Caitlin que riu de algo que ele falou. Depois de Barry o segundo a deixar a mesa foi Roy. Em seguida Diggle, que foi para casa assim que viu Lyla se despedir das outras e caminhar em direção a saída.

— Não vai atrás da sua Caçadora? — eu ri provocando Tommy.

— Ela não precisa de mim, você sim — ele disse. — Por que não me conta o que está acontecendo?

— Você não acreditaria nem entenderia — eu disse e apontei para suas costas de forma discreta, onde Helena bebia um drink no bar de forma tranquila. — Vá. É a sua garota.

— Só vou porque a sua está logo ali, sendo assediada — ele disse e apontou para a direção onde Felicity estava.

Ela estava saindo do banheiro ou entrando eu não saberia dizer, e alguns caras estavam a impedindo de passar. Idiotas. Me aproximei deles enquanto ouvia suas vozes emboladas dizerem:

— Eu não sei do que você está fantasiada gatinha, mas eu adoraria tirar essa roupa de você — um deles pronunciou e eu senti meu corpo ficar tenso.

— A sua ignorância me comove — Felicity soltou debochada e um deles a segurou pelo braço.

— Você parece muito arisca — o brutamontes que a segurava disse. — Eu gosto.

Ele a puxou para mais perto e eu não esperei estar próximo o suficiente para chamar a sua atenção.

— Hey imbecil — gritei me aproximando depressa enquanto ele se virava para me encarar. — Solte a moça. Ela não quer nada com você.

— Como é que você sabe Robin Hood — ele debochou a apertando mais e eu pude ver o medo nos olhos dela.

— Primeiro: é Arqueiro Verde. Segundo: uma garota bonita e inteligente como ela não daria bola para você — eu me acerquei dele ameaçador. — Terceiro: eu não vou deixar você passar mais nem um segundo com as suas mãos imundas sobre ela.

Se eu sabia dar um ou dois socos? Sabia. Se eu era um bom lutador? Não, não mesmo. Então depois de socar o brutamontes e seu amigo burro puxei Felicity pela mão e sai com ela da boate, levando-a para um lado menos movimentado da rua.

— Você está bem? — perguntei torcendo para que ela não reconhecesse a minha voz.

— Graças a você, sim — ela sorriu para mim. — Obrigada.

— Não tem que agradecer — eu disse sincero. — Nenhuma mulher deve passar por esse tipo de coisa.

— Gostaria que todos os homens pensassem como você — ela deu um suspiro triste.

— Eu também, assim eu não teria que estragar a festa de nenhuma garota bonita porque sou um péssimo lutador — eu disse fazendo uma careta que ela não viu.

— Minha festa já estava estragada mesmo — ela comentou.

— Por que diz isso? — eu tive que perguntar.

— Um ex idiota — ela disse e por um momento eu gelei.

— O que ele fez? — questionei receoso.

— Acha que ainda existe a possibilidade de nós voltarmos — ela comentou.

— E não tem?

— Não, definitivamente não — ela garantiu e eu senti meu coração apertar. — Cooper foi um bastardo. Foi e ainda é. Acredita que ele teve a capacidade de insinuar que eu estava dormindo com o meu chefe? Isso é rídiculo, Ray é apenas um amigo.

— Talvez esse Ray tenha demonstrado algum interesse em você — eu disse me lembrando da forma como ele a olhava.

— Ray tinha uma pequena paixão platônica por mim na época do MIT — ela riu sozinha. — Mas eu tinha namorado.

— O tal Cooper? — me fiz de desentendido.

— Cooper foi antes desse namorado, que virou noivo e agora é ex-noivo — ela lamentou. — Longa história.

— Esse seu ex-noivo só poder ter algum problema — eu disse. — Desistir de casar com você. Ou foi você quem desistiu dele?

— Ele — ela disse simplesmente. — Mas eu ainda sinto aquelas coisas bobas de gente apaixonada sabe? — eu assenti com a cabeça. — Então é por isso que Ray ou qualquer outro pode demonstrar todo o interesse do mundo que eu não vou me deixar levar. Eu ainda sou dele — ela me mostrou o colar onde seu anel de noivado ficava preso desde que eu havia lhe dado.

— É uma bela joia — comentei. — Combina com você. É simples e bonito. Encantador, eu diria.

— Você me lembra ele — ela disse. — Falando assim.

— Posso levá-la para casa? — eu ofereci mudando de assunto.

— Eu acho que não será um problema — ela respondeu sorrindo.

Guiei Felicity até meu carro, e dirigi com ela pelas ruas de Starling City, fiz algumas perguntas apenas para que ela não percebesse que eu sabia de cor o caminho até seu apartamento. Felicity parecia inquieta e eu disse a ela para colocar uma música, assim ela ficaria à vontade. Dentre todas as músicas que ela poderia escolher ela acabou parando em I Need a Woman a nossa música. Me remexi um pouco desconfortável, aquela música me trazia lembranças boas e algumas até pecaminosas.

— Não gosta da música? — ela pareceu chateada.

— Gosto. Muito — eu respondi depressa. — Mas ela me lembra de alguém que eu perdi.

— Eu sinto muito — ela disse. — Se quiser eu posso tirá-la. Quer dizer, você pode tirá-la. É seu carro, são suas músicas, você é quem decide.

Rio do modo como ela fala.

— Tudo bem são boas lembranças — eu disse e ela sorriu.

A música ia ganhando espaço no carro, eu sentia vontade de cantá-la, e sei que ela também. Já havia perdido a conta de quantas vezes fizemos isso, dirigir enquanto cantarolávamos os versos daquela canção.

Honey I, I need a woman — ela cantava baixinho para que eu não ouvisse. — Not any woman… But a woman who needs me too…

“So how about you?”, completei em pensamentos. E me puni por ser tão covarde

Let me tell you baby I, I need a woman  — eu completei num tom tão baixo quanto o dela. — Not any woman… But a woman who needs me too…

— So how about you? — ela cantou sorrindo me olhando intensamente.

Eu analisei a situação, estávamos apenas a um sinal vermelho de sua casa, se eu a beijasse agora e ela resolvesse correr por se dar conta de que era eu quem estava com ela, as chances de algo ruim acontecer com ela eram bem pequenas.

Felicity não deveria sorrir para mim naquela fantasia, era ingenuidade pensar que eu perderia a cabeça e agarraria ali mesmo, pois eu já a havia perdido no momento em que a vi na Verdant. Então eu fiz o que eu queria fazer há algum tempo: beijar a minha garota.

Felicity se assustou com o impacto de nossos lábios, mas logo ela pareceu ceder, deixou que eu a aproximasse mais de mim, do modo como era possível e se entregou ao beijo. Nossas línguas procuravam uma pela outra com pressa e voracidade, eu sentia meu coração prestes a rasgar o meu peito e arriscava dizer que ela não estava muito diferente.

Mas então ela se afastou bruscamente e eu esperei pelo tapa que não veio.

— Não posso fazer isso — ela sussurrou olhando para a janela como se analisasse a opção de sair correndo. — Sinto muito.

— Desculpe — eu disse sem encará-la. — Vou levá-la para casa.

— Não precisa — ela avisou me olhando brevemente. — Já estou perto, é só atravessar a rua. Muito obrigada por tudo. Eu realmente sinto muito.

— Felicity! — eu chamei, mas ela já tinha fechado a porta eu sabia que ela não voltaria, mesmo que tivesse me ouvido.

Suspirei cansado, até quando eu não era eu, acabo estragando as coisas com ela. Virei a rua apenas para contornar a esquina e poder passar na frente do prédio dela. Olhei na direção de seu apartamento ela já estava lá dentro, a janela de seu quarto estava aberta e o vento que balançava a cortina me permitiu ter a visão dela encarando o espelho enquanto apertava o anel em sua mão.

Cogitei seriamente subir até lá e dizer a ela quem eu era e que eu a amava, talvez até implorar por uma última noite juntos, mas eu não seria capaz de deixá-la no dia seguinte. Não seria capaz de fazê-la sofrer mais. Dei partida no carro e sai sem rumo, não iria voltar para a mansão e não poderia voltar ao apartamento dela sem fazer alguma besteira, eu precisava espairecer.

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Poderosa (super-heroína de quem Felicity se fantasiou) 


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Notas finais do capítulo

OBS.: Poderosa é uma super-heroína que é tipo uma versão da Supergirl da Terra 2 nos quadrinhos, eu li que ela tem uma super habilidade com computadores e tudo mais, inclusive acho que deveriam ter cogitado transformar a Felicity nela ao invés daquela história dela ser a nova Canário. Mas não me levem muito a sério porque as vezes eu viajo bastante.
OBS2: A música que eles cantam no carro, I Need A Woman, é da minha banda favorita o McFly, super recomendo, mas não se animem muito porque estamos passando por tempos difícies com os rapazes.
Então é isso, até o próximo capítulo, obrigada por lerem até aqui e vamos todos torcer/rezar/pedir para que Olicity volte ainda essa temporada, porque meu coração não vai aguentar esperar muito mais tempo haha. Beijos!



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